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@ @ As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas de lábios e palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas, ou seja, ocorrem já no desenvolvimento embrionário e não há etiologia específica. Sabe-se apenas que ocorre uma falha no desenvolvimento e fusão dos processos maxilares e protuberâncias nasais entre a 4a e 8a semana gestacional. Têm origem na quarta a décima segunda semana gestacional pela não fusão dos elementos do primeiro e segundo arcos branquiais embrionários (ALTMANN,1997). Estas malformações não interferem na saúde geral do indivíduo, mas necessitam do tratamento da equipe multidisciplinar, com a orientação do fonoaudiólogo, profissional especializado em avaliação, diagnóstico, habilitação e reabilitação oral, fala, voz, sistema miofuncional e deglutição, desde o nascimento até o fim do crescimento, principalmente em relação à alimentação e desenvolvimento do sistema estomatognático, para manter o nível nutricional adequado e possibilitar etapas posteriores no tratamento (SILVA, 2014; DIOGO, 2012) As fissuras classificam-se em: • PRÉ-FORAME INCOMPLETA: afeta mais o lábio • PRÉ-FORAME COMPLETA: afeta lábios e alvéolo • PÓS-FORAME INCOMPLETA: afeta palato mole • PÓS-FORAME COMPLETA: afeta palato mole e duro • TRANSFORAME: afeta lábios, alvéolo, palato duro e mole. Há ainda tipos menos comuns como pré-forame cicatricial de Keith (com um leve sinal de cicatrização, dando uma aparência normal ao lábio na postura de repouso), fissura submucosa e submucosa oculta. Fissura Labiopalatina @ @ • PRÉ-FORAME INCOMPLETA, unilateral direita ou esquerda ou bilateral (Figuras 1A e 1B); • PRÉ-FORAME COMPLETA, unilateral direita ou esquerda ou bilateral (Figura 1C); • PÓS-FORAME COMPLETA (Figura 1D); • PÓS-FORAME INCOMPLETA (Figura 1E); • TRANSFORAME, unilateral direita ou esquerda ou bilateral (Figuras 1F e 1G). A. Fissura pré-forame incompleta unilateral esquerda; B. Fissura pré-forame completa unilateral esquerda; C. Fissura pós-forame completa; D. Fissura pós-forame incompleta; E. Fissura pré-forame incompleta bilateral; F. Fissura transforame bilateral completa; G. Fissura transforame unilateral esquerda. @ @ A. Fissura pré-forame unilateral incompleta. B. fissura pré-forame bilateral incompleta. C. fissura pré-forame unilateral completa. D. fissura pré-forame completa bilateral. E. fissura transforame unilateral. F. Fissura transforame bilateral. G. fissura pós-forame completa. H. fissura pós-forame incompleta. O tratamento é interdisciplinar, com equipe composta por: cirurgião plástico, nutricionista, ortodontista e odontopediatra, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social, otorrino, pediatra e em alguns casos até geneticista. O trabalho da Fono vai desde o diagnóstico conjunto até o acompanhamento do planejamento cirúrgico, além das intervenções adequadas nos momentos pré e pós operatório. Todas as funções estomatognáticas são afetadas na fissura pois ela gera uma insuficiência velofaríngea. Fonte: NOVO TRATADO DE FONOAUDIOLOGIA - 3a edição. Referência e Figura1: Cymrot M et al. Prevalência dos tipos de fissuras em pacientes com fissura labiopalatinas, Rev. Bras. Cir. Plást. 2010; 25(4): 648-51
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