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A Teoria da Riqueza das Nações

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Apesar de ter uma visão de liberdade moral e ser crítico da intervenção excessiva do Estado, ele não é totalmente liberal, e defende a ação do governo na garantia da propriedade, na defesa nacional, no oferecimento de bens públicos e na educação.
Livro I
Introdução
Riqueza = fundo de trabalho anual → produto per capita
 Determinação produto per capita:
a habilidade, a destreza e o critério com que se executa o trabalho da nação (produtividade) → mais importante: motor da riqueza das nações
e a proporção entre o número dos que estão empregados em trabalho útil e dos que não estão, sendo a primeira mais determinante do que a segunda.
Capítulo 1 – Da divisão do trabalho
Divisão do trabalho: simplifica as atividades e aumenta a eficiência, gerando um aumento proporcional das forças produtivas do trabalho.
Esse aumento se deve: i) ao aumento da destreza de cada trabalhador; ii) à economia do tempo que normalmente se perdia ao passar de uma tarefa para a outra; e iii) à invenção de um grande número de máquinas 
Capítulo 2 – Do princípio que dá origem à divisão do trabalho
A divisão do trabalho é uma consequência de certa propensão na natureza humana à troca, que parece ser consequência necessária das faculdades da razão e do discurso. Na medida em que é por acordo, por troca e por compra que obtemos uns dos outros a maior parte dos serviços mútuos dos quais necessitamos, é essa mesma propensão para a troca que originalmente leva à divisão do trabalho. 
É a propensão à troca, ao incentivar a divisão do trabalho, que cria a diferença de talentos e a torna útil. Se não existisse propensão à troca, todos precisariam cumprir os mesmos deveres e realizar o mesmo trabalho, de modo que não existiria tal diferença de ocupações que por si só fosse suficiente para criar uma diferença de talentos. 
Capítulo 3 – A divisão do trabalho é limitada pela extensão do mercado
Como é o poder de troca que origina a divisão do trabalho, a extensão dessa divisão deve ser sempre limitada pela extensão desse poder, ou, em outras palavras, pela extensão do mercado. Quando o mercado é muito reduzido, ninguém encontra estímulo para dedicar-se exclusivamente a uma atividade, uma vez que não haverá a possibilidade de trocar todo o excedente de produção do trabalho de outros homens de que tenha necessidade.
Capítulo 4 
Com a divisão do trabalho, a maioria das necessidades é satisfeita por meio da troca, o que leva a sociedade a se tornar uma sociedade mercantil. Inicialmente, os homens só tinham a oferecer nas trocas os diferentes produtos de suas respectivas atividades, de fato que a troca dependia de uma coincidência de interesses. Assim, os homens começaram a levar consigo certa quantidade de mercadorias que eles consideravam que provavelmente poucas pessoas rejeitariam. Foram usados como moeda primitiva gado, sal, conchas, bacalhau seco, tabaco, açúcar, pele e couro curtido.
A vantagem do uso dos metais como moeda é que eles podem ser guardados com perda mínima por serem pouco perecíveis, divisíveis, duráveis, escassos e de fácil transporte. O uso do metal em estado bruto ocasionava dois inconvenientes: a pesagem e a avaliação da pureza. Isso determina a instituição de moedas, cujo cunho, cobrindo inteiramente os dois lados da peça, tinha por finalidade certificar a proporção e o peso dos metais. Tais moedas podiam ser recebidas por quantidade, sem o transtorno da pesagem. Ainda assim, algumas pessoas raspavam a moeda cunhada. Paralelamente à cunhagem, desenvolveu-se o certificado de depósito, que deu origem ao papel-moeda.
Smith: demanda por moeda devido apenas à facilitação das trocas
Padrão-ouro: problema de expansão da oferta monetária
Fim do padrão ouro → moeda de curso forçado
Funções da moeda: unidade de conta, reserva de valor e meio de troca
Capítulo 5 – Do preço real e nominal das mercadorias, ou de seu preço em trabalho e em dinheiro
O valor de qualquer mercadoria é igual à quantidade de trabalho que tal mercadoria lhe permite comprar ou comandar. O trabalho é, pois, a medida real do valor de troca de todas as mercadorias.
Preço real = trabalho corrente/direto + trabalho pretérito/indireto (capital)
O valor é objetivo! (está nos bens)
Como o trabalho não é homogêneo, é preciso levar em contra também os diferentes graus de fadiga e engenho. Todavia, não é fácil encontrar uma medida exata tanto da fadiga como do talento. Sua conta não é regulada por uma medida exata, mas pelo regateio e pela negociação do mercado.
Por ser mais frequente trocar uma mercadoria por outras, é mais natural estimar o valor de uma mercadoria pela quantidade de outra mercadoria. O dinheiro é a mercadoria pela qual outras mercadorias são em geral trocadas, logo é mais fácil estimar o valor de uma mercadoria pela quantidade de dinheiro. 
Porém, por serem mercadorias, o ouro e a prata tem seus preços reais flutuantes e portanto a moeda nunca pode ser uma medida exata do valor. O trabalho, por outro lado, tem um valor constante para o trabalhador e é, portanto, o padrão genuíno e real que pode servir, em todos os tempos, para avaliar e comparar o valor de todas as mercadorias. 
Preço nominal é uma boa aproximação de preço real?
Em épocas bastante afastadas umas das outras, iguais quantidade de trabalho serão adquiridas por quantidades de trigo (a subsistência do trabalhador) mais aproximadas do que as quantidades de ouro e prata ou, talvez, do que qualquer outra mercadoria, logo, iguais quantidades de trigo, em épocas afastadas, terão aproximadamente o mesmo valor real.
Capítulo 6 – Das partes componentes do preço das mercadorias
A quantidade de trabalho regula o valor de troca das mercadorias apenas em sociedades primitivas, que precedem a acumulação de capital e a apropriação da terra. 
Tão logo começa a acumular-se capital nas mãos de particulares, alguns deles naturalmente o investirão a fim de obterem lucro com a venda de seu trabalho, ou com o valor que sua força-de-trabalho acrescenta às matérias-primas. Os lucros não são salários de uma espécie particular de trabalho, o de inspeção e direção, mas a remuneração do capital aplicado, em parte ligado ao risco, e regulados pelo valor do capital empregado.
Nesse estado de coisas, o produto total do trabalho nem sempre pertence ao trabalhador. Na maioria dos casos, este deve dividi-lo com o detentor do capital, que o emprega. Tampouco a quantidade de trabalho normalmente empregada para adquirir ou produzir qualquer mercadoria é a única circunstância a regular a quantidade de trabalho que essa mercadoria poderia normalmente comprar, adquirir ou pela qual poderia trocar-se. É evidente que será devida uma quantidade adicional pelos lucros do capital, que adiantou os salários e forneceu as matérias-primas àquele trabalho.
Logo que a terra se converte em propriedade privada, os proprietários passam a cobrar pela licença de explorá-la, na forma de uma parcela do trabalho exercido. A essa parcela deu-se o nome de renda da terra, o terceiro componente do preço da maior parte das mercadorias.
Deve-se observar que o valor real de todas as diversas partes componentes do preço se mede pela quantidade de trabalho que cada uma delas pode comprar ou adquirir. O trabalho mede o valor, não apenas dessa parte do preço que se resolve em trabalho, mas também da que se resolve em rendas e lucros.
O preço total de qualquer mercadoria sempre deve se reduzir, em última análise, a uma ou outra, ou a todas essas três partes, pois tudo o que restar após o pagamento da renda da terra e do preço de todo o trabalho empregado em produzi-la deve necessariamente constituir o lucro de alguém. Da mesma forma, salários, lucros e renda da terra são as fontes originais de todo rendimento, bem como de todo valor de troca, representando todo o valor produzido pela sociedade.
Capítulo 7 – Do preço natural e de mercado das mercadorias
Taxa natural de salário, lucro e renda = taxa média ou normal, determinada pela condição econômica da sociedade
Taxa natural de salário e lucro: socialmente determinada, de acordo com seu emprego
Taxa naturalde renda: determinada pela fertilidade da terra.
O preço que permite o lucro normal é o mais baixo pelo qual o comerciante provavelmente venderá as mercadorias durante um período considerável, ao menos onde vigorar uma perfeita liberdade, ou onde ele puder mudar de comércio quando queria.
O verdadeiro preço pelo qual qualquer mercadoria efetivamente se vende é chamado de seu preço de mercado. Pode ser inferior, superior ou exatamente igual ao seu preço natural. O preço de mercado é determinado pela relação entre oferta e procura efetiva (dos que estão dispostos a arcar com o preço natural da mercadoria). 
A quantidade de mercadoria posta no mercado se ajusta naturalmente à demanda efetiva. Se essa quantidade exceder durante algum tempo a demanda efetiva, é necessário que certas partes componentes de seu preço sejam pagas abaixo de suas taxas naturais, fazendo diminuir o interesse dos que a recebem, que irão retirar parte de seu trabalho ou de seu capital desse emprego. Portanto, o preço natural é, por assim dizer, o preço central, em torno do qual os preços de todas as mercadorias gravitam continuamente.
Quando há desequilíbrio entre oferta e demanda, o preço natural e o preço de mercado divergem, o que significa que pelo menos um dos componentes do preço não está recebendo sua taxa natural. Havendo liberdade, esse fator se movimentará, causando uma realocação setorial que reequilibrará oferta e demanda.
O preço de monopólio é, em qualquer ocasião, o mais alto que se pode obter, e o preço natural, o mais baixo. O preço de mercado de uma mercadoria pode permanecer por muito tempo acima de seu preço natural, mas raramente permanecerá abaixo, pois os produtos deixarão o mercado.

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