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1. Defina peritônio visceral, cavidade peritoneal, omento maior, omento menor, 
mesentério, mesocolo, bolsa omental e forame omental. 
Peritônio parietal: reveste a parede do abdome. 
Peritônio visceral: serosa que reveste as vísceras. Pode receber outros nomes quando 
envolve alguns orgãos: 
Mesentério (do intestino delgado): lâmina dupla de peritônio que liga a víscera 
à parede posterior do corpo e possibilita uma comunicação neurovascular da 
víscera com o corpo. 
Mesocolo transverso: mesentério do colo transverso. 
Mesocolo sigmoide: mesentério do colo sigmoide. 
 Obs: Mesentério pra intestino delgado, mesocolo para intestino grosso. 
Cavidade peritoneal: cavidade virtual de espessura capilar entre o peritônio visceral e 
o parietal. 
Omento: Prega peritoneal de duas camadas que sai das curvaturas do estômago e vai 
até as vísceras adjacentes. Unir órgãos. É um tipo de peritônio. 
Omento maior: Prende como um avental da curvatura maior do estômago e se 
fixa à face anterior do colo transverso. Possui 3 ligamentos peritoneais: 
Gastrofrênico, gastroesplênico e gastrocólico. 
 
Omento menor: Prega peritoneal menor, que une a curvatura menor do 
estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado. Pode acumular gordura. 
Pode se mover para locais com infecções para tentar mecanicamente impedir 
que a cavidade seja infectada. Possui 2 ligamentos: Ligamento hepatoduodenal 
(fígado ligado ao duodeno) e Ligamento hepatogástrico (fígado ligado ao 
estômago). 
Bolsa omental: Parte menor da cavidade peritoneal, localizada atrás do estômago que 
se continua com a cavidade peritoneal maior por meio do forame omental. 
Forame omental: É a passagem de comunicação entre a cavidade geral e a bolsa 
omental, localizado no ligamento hepatoduoenal, posteriormente à tríade portal. 
Obs: Órgãos peritonizados: fígado, estômago, baço, íleo, jejuno, cólon 
sigmoide e cólon transverso. 
Obs: Órgãos retroperitonizados: rins, pâncreas, duodeno, cólon ascendente e 
cólon descendente. (área nua) 
Obs: Importante na cirurgia porque o peritônio tem recuperação lenta e 
dolorosa. 
2. Cite as artérias e os ramos que irrigam o intestino anterior, médio e posterior: 
Intestino anterior: Esôfago, estômago, pâncreas, duodeno, fígado e ductos biliares. 
 Irrigação: Tronco Celíaco. Dor Epigástrica. 
Médio: intestino delgado distal ao ducto colédoco, ceco, apêndice vermiforme, colo 
ascendente, a maior parte do colo transverso. 
 Irrigação: A. Mesentérica Superior. Dor Umbilical. 
Posterior: a parte distal do colo transverso, colo descendente, colo sigmoide e reto. 
 Irrigação: A. Mesentérica Inferior. Dor Hipogástrica. 
 
 
 
3. Defina linha z e a localização vertebral da junção esofagogástrica. 
A junção esofagogástrica (T11) é identificada pela linha Z, linha irregular onde ocorre 
uma mudança abrupta da mucosa esofágica para a mucosa gástrica. 
Obs: Importante para a endoscopia, transição da mucosa esofágica que não é 
protegida pelo muco do estômago. 
4. Com relação ao estômago, cite: 
a) Sua morfologia externa (forma, partes, curvaturas e óstios); 
Dividido em 4 partes: 
Cárdia: Abertura superior do estômago. Circunda o óstio cardíaco. Posterior à 
6ª cartilagem costal esquerda. No nível da vértebra T11. 
Fundo gástrico: Parte superior dilatada. Relacionado com a cúpula esquerda do 
diafragma. 
Incisura cardíaca: Entre o esôfago e o fundo gástrico. 
Corpo gástrico: Parte principal do estômago. 
Incisura angular: entre o corpo e a parte pilórica. 
Parte pilórica: Região afunilada de saída do estômago. Antro pilórico + Canal 
Pilórico + Piloro. 
Obs: Piloro: Esfíncter que controla a saída do conteúdo gástrico através 
do óstio pilórico para o duodeno. 
Possui 2 curvaturas que propiciam o formato do J do estômago: 
 Curvatura menor. 
 Curvatura maior 
. 
b) Sua morfologia interna (pregas gástricas e canal gástrico); 
Parede muscular interna: Lâmina circular interna + Lâmina longitudinal externa + 
Fibras musculares oblíquas + vilosidades. 
Pregas gástricas: formadas quando a mucosa gástrica é contraída. 
Canal gástrico: constitui uma passagem mais rápida quando o estômago está vazio 
para líquido e comidas já mastigadas em pequena quantidade. 
5. Com relação ao intestino delgado, cite: 
a) A forma do duodeno, o seu comprimento, a sua localização, as suas partes 
(relacione com os níveis vertebrais), e os ductos que desembocam nele; 
Comprimento: Curto (25cm, o nome duodeno significa 12 dedos), formato de C, largo 
e com reduzida movimentação. 
Dividido em 4 partes: 
 Parte superior: Anterolateral à vértebra L1. 
 Parte descendente: Faces direitas de L1 a L3. 
 Parte inferior ou horizontal: Cruza a vértebra L3. 
 Parte ascendente: Sobe de L3 para L2. 
Off: Lembrar que são 7C, 12T e a última T está na última 
costela, então abaixo disso começam as L. 
Ducto pancreático e o ducto colédoco desembocam na parte descendente do 
duodeno, na forma de ampola hepatopancreática, a região de saída dele é na papila 
maior do duodeno. 
b) As características que diferenciam o jejuno do íleo: 
Jejuno e Íleo possuem entre 6 e 7 metros de comprimento. 
Jejuno 2/5, maior parte no QSE, começa na flexura duodenojejunal. 
Íleo 3/5, maior parte no QID, termina na junção ileocecal. 
Mesentério: Peritônio que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome. 
A parede é composta por uma camada muscular circular (interna), uma camada 
muscular longitudinal (externa) e mucosa com vilosidades. 
Diferenças entre Jejuno e Íleo: 
 
6. Cite as características que diferenciam o intestino grosso do delgado: 
O Intestino grosso se diferencia do delgado por apresentar: 
Apêndices omentais do colo: Pequenas projeções adiposas; Tênias do colo; 
mesocólica: fixa os mesocolos; omental: fixa os apêndices omentais livres; 
saculações; diâmetro interno muito maior. 
O intestino grosso é formado por: ceco + apêndice vermiforme + colos ascendente, 
transverso, descendente e sigmoide + reto + canal anal. 
7. Defina apêndice vermiforme, sua localização no abdome e cite as causas de 
apendicite em jovens e idosos: 
Apêndice vermiforme: É um divertículo que contém massas de tecido linfoide. É um 
órgão vestigial. 
A apendicite nos jovens é pelo acúmulo de nodos linfoides e em adultos e idosos é por 
obstrução de fezes. 
8. Com relação ao fígado, cite: 
a) Suas faces, lobos anatômicos, ligamentos e recessos peritoneais 
relacionados; 
Possui 2 faces: Diafragmática e Visceral. 
 Diafragmática: Convexa, em contato com o diafragma. 
Forma os recessos subfrênicos: espaço entre a face diafragmática e o 
diafragma, que é separado em direito e esquerdo pelo ligamento 
falciforme. 
Visceral: Possui muitas fissuras e impressões devido ao seu contato com 
outros órgãos. Plana ou côncava. Coberta por peritônio, exceto na fossa da 
vesícula biliar e na porta do fígado. Onde se encontra a tríade portal. 
 Obs: Tríade portal: Ducto colédoco + Artéria Hepática + Veia Porta. 
 
Forma o recesso sub-hepático, compartimento supracólico da cavidade 
peritoneal. Sua extensão forma o recesso hepatorrenal. 
 
A face diafragmática é dividida em lobos direito e esquerdo pelo ligamento falciforme. 
 
A face visceral é dividida em 4 lobos pelas fissuras: 
Fissura sagital direita: formada pela fossa da vesícula biliar e pelo sulco da veia 
cava. 
Fissura sagital esquerda ou umbilical: formada pelas fissuras do ligamento 
redondo do fígado e do ligamento venoso, o qual é remanescente do ducto 
venoso. 
Porta do fígado: por onde passam os vasos, plexo nervoso hepático e os 
ductos hepáticos. 
 Os 4 lobos formados são: 
 Lobo direito 
 Lobo esquerdo 
 Lobo caudado 
 Lobo quadrado 
b) Sua subdivisão funcional; 
Não corresponde a divisão anatômica. O critério utilizado são os componentes da 
tríade portal, ou seja, cada segmento possui sua própria vascularização e drenagem 
porta. São 8 segmentos hepáticos. 
 Divisão primária: 
 Plano: Fissura portal principal. 
Face visceral:fissura sagital direita. 
 Divisor: Veia hepática média. 
 Lobos resultantes: Lobos direito e esquerdo. 
 Divisão secundária: 
 Planos: Fissura portal direita e fissura umbilical. 
 Divisores: Vv. Hepáticas direita e esquerda. 
Lobos resultantes: Lobos direito e esquerdo divididos em medial e 
lateral. 
 Divisão terciária: 
 Plano: Plano hepático transverso. 
 
Obs: O lobo “medial esquerdo” não é subdividido em posterior e 
anterior, por isso recebe o nome de Lobo Medial apenas. 
 
Obs: O lobo caudado (da divisão anatômica corresponde ao Lobo 1 da 
divisão segmentar. 
 
 
 
c) A vascularização arterial e venosa do fígado; 
Irrigação dupla: Arterial + Venosa 
Artéria Hepática Própria: Ramo do Tronco Celíaco. 
Pode ser dividida em: A. Hepática Própria e A. Hepática Comum. 
Responsável por 20% do sangue que chega no fígado. 
 Veia Porta: União das Veias 
V. mesentérica superior + V. Esplênica (realiza anastomose com a V. 
Mesentérica Inferior). Responsável por 80% do sangue que chega no 
fígado. 
Resumo: A veia porta hepática é formada pela união da veia mesentérica superior com 
a esplênica, que faz anastomose com a veia mesentérica inferior. A partir disso, 80% 
do sangue do abdome é drenado para o fígado (pela porta do fígado) e sofre 
capilarização (oxigena o parênquima hepático). Depois disso, esse sangue sai por três 
veias hepáticas (esquerda, intermédia e direita) e vão para a veia cava inferior, que 
segue para o coração. Os 20% restantes da irrigação do fígado chegam pela Artéria 
Hepática Própria, ramo do Tronco Celíaco. 
d) A Drenagem linfática das partes anterior e posterior da face diafragmática e 
visceral; 
Produz entre ¼ e ½ da linfa do corpo. 
Vasos linfáticos superficiais: cápsula fibrosa do fígado. 
Vasos linfáticos profundos: tecido conjuntivo tríade portal e Vv. Hepáticas. 
Drenagem das partes anteriores das faces diafragmática e visceral: 
Vasos linfáticos superficiais e profundos acompanham a tríade portal  
Linfonodos hepáticos  Linfonodos celíacos  Cisterna do quilo  Ducto 
torácico  Ângulo Venoso Esquerdo. 
Drenagem das partes posteriores das faces diafragmática e visceral: 
Vasos linfáticos superficiais  Área nua do fígado  Linfonodos frênicos, 
paraesternais ou mediastinais posteriores. 
Obs: Vasos linfáticos superficiais  Unem-se aos vasos linfáticos 
profundos. 
e) As vias biliares extra-hepáticas; 
Bile: Líquido amarelo-acastanhado que auxilia na emulsificação de gorduras. Sai pelos 
ductos hepáticos D e E. 
 
f) Sua relação com a superfície corporal. 
Localização: QSD (protegido pela caixa torácica e pelo diafragma). Profundamente às 
costelas 7 a 9 no lado direito. Ocupa o Hipocôndrio direito, epigástrio e hipocôndrio 
esquerdo. 
Relação com o peritônio: Peritonizado, exceto na área nua do fígado, a qual está em 
contato direto com o diafragma e é demarcado pelas lâminas anterior e posterior do 
ligamento coronário. 
 
9. Cite as anastomoses portossistêmicas e sua importância clínica. 
São anastomoses que comunicam o sistema venoso porta com os sistemas venosos 
sistêmicos. Isso proporciona uma via de circulação colateral caso a veia porta se 
obstrua ou seja fisicamente comprimida. 
Quando ocorre essa obstrução da veia porta, acontece o refluxo sanguíneo, pois a 
veia porta e suas tributárias não possuem válvulas. Como esse sangue necessita 
chegar ao coração para ser bombeado aos pulmões e oxigenado, ele precisa 
encontrar outro caminho para isso. Este caminho são as anastomoses entre o sistema 
porta e o sistêmico, como na tela submucosa da região inferior do esôfago, tela 
submucosa do canal anal, região paraumbilical e nas áreas nuas dos órgãos. 
O sangue pressiona as veias que não possuem um grosso calibre e gera varizes. 
Obs: No caso da anastomose do esôfago, ocorre a Hematêmese (vômito com 
sangue), em pessoas com cirrose. Nestas, as veias podem ficar varicozadas e 
estourar, provocando sangramento. Na região do esôfago, esse sangramento vai para 
o estômago e ocasiona os vômitos com sangue. 
 
A: Veias esofágicas submucosas que drenam para a veia ázigo (sistêmica). 
B: Entre as veias retais inferior e média drena para a VCI (sistêmica) e a veia retal 
superior, continuando com a veia mesentérica inferior (portal). 
C: Veias paraumbilicais (portais) que se anastomosam com as pequenas veias 
epigástricas da parede anterior do abdome (sistêmica). 
D: Veia Cólica, Vv. Esplênicas ou a própria veia porta, anastomosam-se com as veias 
retroperitoneais da parede posterior do abdome ou diafragma (sistema sistêmico). 
 
 
10. Com relação ao baço, cite sua localização, forma, faces, margens, ligamentos 
relacionados, relação com a superfície corporal. 
Baço: Massa oval mole, arroxeada e carnosa. Possui uma cápsula fibroelástica que é 
recoberta por peritônio visceral. O peritônio visceral recobre todo o baço, exceto o hilo 
esplênico, por onde entram a veia e a artéria esplênicas. Além disso, geralmente está 
em contato com a cauda do pâncreas. 
Possui duas faces: 
Face diafragmática: Superfície convexa para encaixe na concavidade 
diafragmática e nas costelas (podem perfurar o caso fraturadas). 
Face visceral: Onde fica o hilo esplênico. É dividida em 3 áreas e possui 3 
margens. 
 Área cólica 
 Área renal 
 Área gástrica 
Margens: 
 Margem superior: entalhada. 
 Margem anterior 
 Margem inferior 
 
Localização: Na parte súperolateral do quadrante superior esquerdo, que corresponde 
ao hipodôndrio. Apoiado na flexura esquerda do colo. Unido à curvatura maior do 
estômago pelo Ligamento gastroesplênico. 
Relações: 
Anterior: Estômago 
Posterior: Parte esquerda do diafragma, que separa de: plaura, pulmão e costelas 9 a 
11. 
Inferior: Flexura esquerda do colo transverso. 
Medial: Rim esquerdo. 
11. Com relação ao pâncreas, cite sua localização, forma, partes e principais 
relações anatômicas, e ductos. 
Morfologia externa: Dividido em 4 partes (CaCoCoCa) 
Cabeça: circundada pelo duodeno. Parte expandida da glândula. Por onde passa o 
ducto colédoco. 
Colo 
Corpo 
Cauda 
O suco pancreático é liberado no duodeno pelos ductos pancreáticos. 
 
 
Ductos pancreáticos: 
Principal: Une-se ao ducto colédoco formando a ampola 
hepatopancreática que se abre na parte descendente do duodeno, na 
papila maior do duodeno. 
Acessório: Nem sempre está presente. Abre-se na parte descendente 
do duodeno, na papila menos do duodeno. Superior à papila maior. 
 
Localização: No nível do plano transpilórico (L1 e L2). Quadrantes superiores 
esquerdo e direito. 
Retroperitonizado. 
Relações: 
Anterior: Estômago e bolsa omental. 
Lateral esquerda: Baço. 
Lateral direita: Duodeno. 
Posterior: Vasos mesentéricos superiores. 
Superior: A. Esplênica e A. Hepática Comum.

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