Prévia do material em texto
1 Sistemas de comunicaSistemas de comunicaçção ão e novas tecnologiase novas tecnologias MMóódulo 3: Capitalismo informacionaldulo 3: Capitalismo informacional Prof. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos DantasProf. Dr. Marcos Dantas Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Por que o Por que o Por que o Por que o Por que o Por que o Por que o Por que o FacebookFacebookFacebookFacebookFacebookFacebookFacebookFacebook pagou US$ 1 bilhão pelo pagou US$ 1 bilhão pelo pagou US$ 1 bilhão pelo pagou US$ 1 bilhão pelo pagou US$ 1 bilhão pelo pagou US$ 1 bilhão pelo pagou US$ 1 bilhão pelo pagou US$ 1 bilhão pelo InstagramInstagramInstagramInstagramInstagramInstagramInstagramInstagram???????? ... e os ... e os ... e os ... e os ... e os ... e os ... e os ... e os fundadores do fundadores do fundadores do fundadores do fundadores do fundadores do fundadores do fundadores do PiratePiratePiratePiratePiratePiratePiratePirate BayBayBayBayBayBayBayBay estão presos?estão presos?estão presos?estão presos?estão presos?estão presos?estão presos?estão presos? Por que o Por que o Por que o Por que o Por que o Por que o Por que o Por que o FBI fechou o FBI fechou o FBI fechou o FBI fechou o FBI fechou o FBI fechou o FBI fechou o FBI fechou o MegauploadMegauploadMegauploadMegauploadMegauploadMegauploadMegauploadMegaupload???????? O O O O O O O O ququququququququéééééééé éééééééé TV TV TV TV TV TV TV TV digital?digital?digital?digital?digital?digital?digital?digital? Por que o Hollywood Por que o Hollywood Por que o Hollywood Por que o Hollywood Por que o Hollywood Por que o Hollywood Por que o Hollywood Por que o Hollywood apapapapapapapapóóóóóóóóia o SOPA e o ia o SOPA e o ia o SOPA e o ia o SOPA e o ia o SOPA e o ia o SOPA e o ia o SOPA e o ia o SOPA e o Google Google Google Google Google Google Google Google éééééééé contra?contra?contra?contra?contra?contra?contra?contra? O que O que O que O que O que O que O que O que éééééééé CreativeCreativeCreativeCreativeCreativeCreativeCreativeCreative CommonsCommonsCommonsCommonsCommonsCommonsCommonsCommons???????? Por que a Sky estPor que a Sky estPor que a Sky estPor que a Sky estPor que a Sky estPor que a Sky estPor que a Sky estPor que a Sky estáááááááá fazendo propaganda fazendo propaganda fazendo propaganda fazendo propaganda fazendo propaganda fazendo propaganda fazendo propaganda fazendo propaganda contra a lei da TV contra a lei da TV contra a lei da TV contra a lei da TV contra a lei da TV contra a lei da TV contra a lei da TV contra a lei da TV por assinatura?por assinatura?por assinatura?por assinatura?por assinatura?por assinatura?por assinatura?por assinatura? O que O que O que O que O que O que O que O que éééééééé sociedade da sociedade da sociedade da sociedade da sociedade da sociedade da sociedade da sociedade da informainformainformainformainformainformainformainformaçççççççção?ão?ão?ão?ão?ão?ão?ão? ... e economia ... e economia ... e economia ... e economia ... e economia ... e economia ... e economia ... e economia criativa?criativa?criativa?criativa?criativa?criativa?criativa?criativa? ... ali... ali... ali... ali... ali... ali... ali... aliáááááááás, como o s, como o s, como o s, como o s, como o s, como o s, como o s, como o FacebookFacebookFacebookFacebookFacebookFacebookFacebookFacebook ganha ganha ganha ganha ganha ganha ganha ganha dinheiro? dinheiro? dinheiro? dinheiro? dinheiro? dinheiro? dinheiro? dinheiro? ... e o Google?... e o Google?... e o Google?... e o Google?... e o Google?... e o Google?... e o Google?... e o Google? Questões do nosso tempoQuestões do nosso tempo Para responder, vamos ter que entender o capitalismo contemporânPara responder, vamos ter que entender o capitalismo contemporâneoeo 11 2 Fatores de crise: Fatores de crise: desequildesequilííbrio entre brio entre oferta e demanda, oferta e demanda, crise social gravecrise social grave Fatores de crise: Fatores de crise: carência de matcarência de matéériasrias-- primas, esgotamento primas, esgotamento das das ááguas, movimentos guas, movimentos sociaissociais Fatores de crise: Fatores de crise: desequildesequilííbrio entre brio entre fiafiaçção e tecelagem, ão e tecelagem, ocupaocupaçção dos rios, ão dos rios, movimentos sociaismovimentos sociais RelaRelaççãoão trabalhotrabalho--conhecimento: conhecimento: cientcientííficofico--ttéécnicacnica RelaRelaççãoão trabalhotrabalho--conhecimento: conhecimento: empempííricarica RelaRelaççãoão trabalhotrabalho--conhecimento: conhecimento: empempííricarica Os ciclos longos do capitalismo modernoOs ciclos longos do capitalismo moderno Motor: Motor: hidrhidrááulicoulico Principal indPrincipal indúústria: stria: fiafiaççãoão Motor: Motor: vaporvapor Principal indPrincipal indúústria: stria: têxtiltêxtil Motor: Motor: eleléétrico e trico e explosãoexplosão Principais indPrincipais indúústrias: strias: ququíímica e elmica e eléétricatrica RelaRelaççãoão trabalhotrabalho--conhecimento: conhecimento: cientcientííficofico--ttéécnicacnica Motor: Motor: eleléétrico e trico e explosãoexplosão Principais indPrincipais indúústrias: strias: consumo de massaconsumo de massa Hegemonia inglesa: liberalismo Hegemonia estadunidense: keynesianismo ou “fordismo” A ciclos de mais ou menos cada 50 anos, o mundo industrializadoA ciclos de mais ou menos cada 50 anos, o mundo industrializado (capitalista) passa (capitalista) passa por uma grande transformapor uma grande transformaçção. A esses ciclos, denominaão. A esses ciclos, denomina--se se ““ciclos de Kondratieffciclos de Kondratieff”” 22 19741929 1985 194018801830 1770 1850 2000 Fatores de crise: Fatores de crise: desequildesequilííbrio entre brio entre ffáábrica e brica e ““escritescritóóriorio””, , dimensão espadimensão espaççoo-- temporal das temporal das organizaorganizaçções, crise ões, crise energenergéética e tica e ambientalambiental A partir dos anos 1970, o mundo capitalista e todo o mundo industrializado, inclusive o antigo bloco socialista, começaram a passar por novas transformações kondratieffianas. O antigo padrão “fordista” de acumulação chegou aos seus limites de expansão e começou a exibir graves problemas. Esses problemas apareceram nas formas de: 1) falência do dólar como padrão monetário internacional (1971), 2) da crise do petróleo (1974), 3) os déficits fiscais de quase todos os Estados ao longo dos anos 1980, 4) da inflação mundial, 5) da enorme dívida dos países periféricos, 6) dos crescentes problemas ambientais, e ainda outros fenômenos. Ao mesmo tempo, as novas gerações exibiam grande insatisfação cultural e política diante do mundo aparentemente “perfeito” herdado de seus pais. Essa insatisfação vai se manifestar no radicalismo político (anos 1970), no movimento hippie e outras manifestações de contra-cultura, inclusive na música (1970-1980), nos levantes que derrubam os governos socialistas (década 1980), na organização das primeiras ONGs (década 1980) etc. A grande crise do “fordismo” atravessa toda a década 1980 e só dá sinais que vai começar a se resolver na segunda metade dos anos 1990: é quando aparece a internet! 1.1. Elementos de Economia PolElementos de Economia Políítica tica da Informada Informaçção e Comunicaão e Comunicaççãoão 3 EconomiaEconomia Duas abordagens polDuas abordagens polííticotico--econômicaseconômicas ECONOMIA MARGINALISTAECONOMIA MARGINALISTA (Neocl(Neocláássica)ssica) A questão central para a Economia A questão central para a Economia éé o problema do VALOR. Por que algo tem valor e, o problema do VALOR. Por que algo tem valor e, dadaíí, pre, preçço? As duas escolas dão respostas bem diferentes para esse probleo? As duas escolas dão respostas bem diferentes para esse problema ma O valor O valor éé obtido pelo obtido pelo intercâmbio de trabalhointercâmbio de trabalho(rela(relaçção social) ão social) O valor O valor éé obtido pelo obtido pelo atendimento a uma necessidadeatendimento a uma necessidade (decisão individual)(decisão individual) O preO preçço o éé uma medida do valor uma medida do valor mas mas éé funfunçção de muitas ão de muitas varivariááveisveis (acima ou abaixo do valor) (acima ou abaixo do valor) O preO preçço o éé o encontro do custo o encontro do custo marginal do produtor e renda marginal do produtor e renda marginal do comprador, dada a marginal do comprador, dada a necessidadenecessidade (define o valor) (define o valor) O curso usa conceitos e mO curso usa conceitos e méétodos todos da Economia Polda Economia Polííticatica D. Ricardo (1772-1823) K. Marx (1818-1883) ECONOMIA POLECONOMIA POLÍÍTICATICA (Cl(Cláássica)ssica) A. Marshall (1842-1924) L. Walras (1834-1910) 33 MercadoriaMercadoria A mercadoriaA mercadoria ECONOMIA POLECONOMIA POLÍÍTICATICA (Cl(Cláássica)ssica) ECONOMIA MARGINALISTAECONOMIA MARGINALISTA (Neocl(Neocláássica)ssica) A mercadoria deve ter propriedades A mercadoria deve ter propriedades materiaismateriais para que possa para que possa trocar de mãos. trocar de mãos. O O intercâmbio de uma mercadoria implica intercâmbio de uma mercadoria implica alienar seu valor de usoalienar seu valor de uso, ou atribuir sua , ou atribuir sua propriedade propriedade ao exclusivo usufruto do comprador. ao exclusivo usufruto do comprador. “A mercadoria é um objeto externo, uma coisa, o qual, pelas suas propriedades, satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie. A natureza dessas necessidades, se elas se originam do estômago ou da fantasia, não altera a natureza da coisa. [...] A utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso” (MARX,O Capital) “São três as principais razões para que a concorrência perfeita não proporcione alocação ótima de recursos: indivisibilidade, inapropriabilidades, incerteza” (K. ARROW, Bem estar econômico e alocação de recursos para a invenção) 44 4 Fetichismo da mercadoriaFetichismo da mercadoria ht tp :// 3. bp . bl og sp ot . co m /_ 0u Xh gL EN d8 8/ S2 sb DF Kh An I/A AA AA AA AA Dw /b yz 5B NU Jg O Y/ s3 20 /A br il,+ Id ad e+ M ed ia . jpg , ac es so em 9/ 04 /2 01 2 Nas sociedades prNas sociedades préé--industriais, a maior parte das industriais, a maior parte das necessidades pessoais era atendida por produnecessidades pessoais era atendida por produçção ão domdomééstica. A unidade produtiva era a fazenda, logo não stica. A unidade produtiva era a fazenda, logo não havia distinhavia distinçção entre lar e trabalho. O comão entre lar e trabalho. O coméércio era restrito rcio era restrito a poucos bens: mata poucos bens: matéériasrias--primas ou produtos de consumo primas ou produtos de consumo suntusuntuáário. As relario. As relaçções entre as pessoas eram definidas ões entre as pessoas eram definidas por regras estatutpor regras estatutáárias, pouco mutrias, pouco mutááveis.veis. ht tp :// in fin ito se st ilo s. fil es . w or dp re ss . co m /2 01 0/ 1 0/ ce n tu ry 21 - 2. jpg , ac es so em 9/ 04 /2 01 2 Nas sociedades industriais capitalistas Nas sociedades industriais capitalistas modernas, quase todas as necessidades modernas, quase todas as necessidades pessoais são atendidas por produpessoais são atendidas por produçção realizada ão realizada para compra e venda: para compra e venda: mercadoriasmercadorias. A unidade . A unidade produtiva produtiva éé distinta do espadistinta do espaçço domo domééstico e de stico e de lazer. O comlazer. O coméércio rcio éé generalizado. Dageneralizado. Daíí, para Marx, , para Marx, as relaas relaçções entre as pessoas são ões entre as pessoas são mediadasmediadas pela pela mercadoria. O Indivmercadoria. O Indivííduo duo éé o que ele o que ele temtem.. No mundo antigo e medieval, as relaNo mundo antigo e medieval, as relaçções dos homens entre si e com a natureza ões dos homens entre si e com a natureza eram explicadas por foreram explicadas por forçças as ““misteriosasmisteriosas”” ou ou ““divinasdivinas””, era um mundo , era um mundo ““enfeitienfeitiççadoado””. No mundo moderno, a mercadoria assumiria esse lugar . No mundo moderno, a mercadoria assumiria esse lugar ““misteriosomisterioso”” de explicade explicaçção da sociedade. ão da sociedade. 55 http://www.omelhordobairro.com.br/produtos/116821031125947costu2.jpg, acesso em 02/04/2011 http://www.omelhordobairro.com.br/produtos/116831031125947modage2.jpg, acesso em 02/04/2011 Toda mercadoria deve ter,antes de mais nada, alguma utilidade para alguém. Essa utilidade pode ser instrumental, pode ser intelectual ou psicológica. Em qualquer caso, a utilidade sempre será de fundo cultural, além de variar de indivíduo para indivíduo, de grupo social para grupo social. A utilidade define o valor de usovalor de uso da mercadoria. Toda mercadoria demanda um certo tempo de trabalho para ser produzida. Este tempo é função das condições físicas e mentais médias do conjunto dos trabalhadores, bem como das tecnologias disponíveis. Esse tempo determina o valor valor de trocade troca da mercadoria. Por mais diferentes que sejam entre si, qualquer mercadoria serPor mais diferentes que sejam entre si, qualquer mercadoria seráá a unidade entre valor de uso e a unidade entre valor de uso e valor de troca. Esta unidade constitui a valor de troca. Esta unidade constitui a forma mercadoriaforma mercadoria. O valor de uso exprime o . O valor de uso exprime o significadosignificado da da mercadoria, enquanto o valor de troca mercadoria, enquanto o valor de troca éé o seu o seu significante significante (ve(veíículo material).culo material). O valor da mercadoriaO valor da mercadoria 66 A Economia (Política ou neo- clássica) só se interessa pelo valor de troca (equivalência) 5 A produA produçção de um bom prato de comida ão de um bom prato de comida éé um processo de trabalho que demandarum processo de trabalho que demandaráá um certo TEMPO devido a: 1) natureza dos materiais empregados; 2um certo TEMPO devido a: 1) natureza dos materiais empregados; 2) desenvolvimento ) desenvolvimento das fordas forçças produtivas (panelas de pressão, por exemplo); 3) objetivos, mas produtivas (panelas de pressão, por exemplo); 3) objetivos, metas, planos etas, planos do cozinheiro (receita, temperos, sofisticado cozinheiro (receita, temperos, sofisticaçção, grau de cozimento...). ão, grau de cozimento...). ht tp :// w w w . su pe rb om . jp/ , ac es so em 27 /0 6/ 20 10 ht tp :// te m pe ro vir tu al . bl o gs po t.c om /2 00 9/ 02 /b ife - ao - al ho . ht m l, ac es sa do em 27 /0 6/ 20 10 http://crgpaes.files.wordpress.com/2009/09/cozinheiro.jpg, acesso em 27/06/2010 MATÉRIA PRIMA TEMPO DE TRABALHO VALOR DE USO O VALOR DE USO O VALOR DE USO éé um produto material no qual um produto material no qual estestáá contido contido ““tempo de trabalho coaguladotempo de trabalho coagulado”” (VALOR (VALOR DE TROCA). Esse produto serDE TROCA). Esse produto seráá destrudestruíído pelo seu do pelo seu uso, mas deve conservaruso, mas deve conservar--se como valor de uso atse como valor de uso atéé ser efetivamente trocado e consumido. O TEMPO de ser efetivamente trocado e consumido. O TEMPO de conservaconservaçção pode ser maior ou menor, dependendo ão pode ser maior ou menor, dependendo de fatores naturais e tecnolde fatores naturais e tecnolóógicos. gicos. ValorValor--trabalhotrabalho 77 No TEMPO de trabalho, o trabalhador aplica No TEMPO de trabalho, o trabalhador aplica seus conhecimentos, experiência, habilidades seus conhecimentos, experiência, habilidades no processo de transformano processo de transformaçção da matão da matééria: este ria: este éé o seu VALOR DE USO. No MESMO TEMPO, o o seu VALOR DE USO. No MESMO TEMPO, o seu corpo sofre fadiga natural, quelhe exigirseu corpo sofre fadiga natural, que lhe exigiráá comer, dormir, descansar para voltar comer, dormir, descansar para voltar àà jornada jornada no dia seguinte: no dia seguinte: éé o seu VALOR DE TROCA o seu VALOR DE TROCA http://w w w .geladeirasantigas .com .br/img/g _28 .jpg , acesso em 12/07/2011 http://www.tbus.com.br/images/tecnologia- pesquisa.jpg, acessado em 11/06/2011 http://www.industry.siemens.com/metals- mining/PT/images/166.jpg, acesso em 4/11/2007 PESQUISA, PROJETO, ENGENHARIA FABRICAÇÃO E MONTAGEM Qualquer processo industrial moderno envolve duas fases Qualquer processo industrial moderno envolve duas fases principais:principais: 1. Pesquisa, projeto e engenharia: esta fase resulta na 1. Pesquisa, projeto e engenharia: esta fase resulta na concepconcepçção e construão e construçção de um modelo ou protão de um modelo ou protóótipo;tipo; 2. Fabrica2. Fabricaçção e montagem: esta fase visa replicar o modelo em ão e montagem: esta fase visa replicar o modelo em milhares de unidades idênticas e prontas para uso. milhares de unidades idênticas e prontas para uso. Todo o processo consome um certo tempo e tempo é dinheiro A produA produçção industrialão industrial Toda mercadoria é suporte material de alguma idéia útil, reproduzida em objetos unitários cujas formas e outras características são idênticas entre si. 88 6 ht tp :// da vi dc or re ia jun io r. fil es . w or dp re ss . co m /2 00 8/ 0 8/ cl ar ic e_ lis pe ct or . jpg , ac es so em 27 /0 6/ 20 10 Clarice Lispector (1920Clarice Lispector (1920--1977)1977) ht tp :// w w w . jcp rin t.c om . br /im ag e m /g to . gif , ac es sa do em 27 /0 6/ 20 10 Na produNa produçção de um bom livro, colaboram dois tempos de trabalho muito distão de um bom livro, colaboram dois tempos de trabalho muito distintos intos TEMPO de trabalho do artista: TEMPO de trabalho do artista: éé um tempo incerto, um tempo incerto, geralmente demorado e de difgeralmente demorado e de difíícil mensuracil mensuraçção, ão, cuja jornada pode consumir meses ou anos. O cuja jornada pode consumir meses ou anos. O valor de uso criado valor de uso criado éé emoemoçção, prazer, empatia, ão, prazer, empatia, sentimentos identitsentimentos identitáários, elementos psicolrios, elementos psicolóógicos, gicos, subjetivos, subjetivos, ““simbsimbóólicoslicos””, pr, próóprios da cultura. O prios da cultura. O seu objeto material são SIGNOS necessseu objeto material são SIGNOS necessáários rios àà COMUNICACOMUNICAÇÇÃO ÃO O tempo de trabalho artístico é coagulado num ORIGINAL ÚNICO para efeito de reprodução O tempo de trabalho de reproduO tempo de trabalho de reproduçção não ão não tem relatem relaçção com o de criaão com o de criaçção e tende a ão e tende a ser cada vez mais curto, quanto mais se ser cada vez mais curto, quanto mais se eleva a composieleva a composiçção orgânica do capitalão orgânica do capital A produA produçção artão artíísticastica 99 ht tp :// da vi dc or re ia jun io r. fil es . w or dp re ss . co m /2 00 8/ 0 8/ cl ar ic e_ lis pe ct or . jpg , ac es so em 27 /0 6/ 20 10 Clarice Lispector (1920Clarice Lispector (1920--1977)1977) ht tp :// w w w . jcp rin t.c om . br /im ag e m /g to . gif , ac es sa do em 27 /0 6/ 20 10 Na produNa produçção de um bom livro, colaboram dois tempos de trabalho muito distão de um bom livro, colaboram dois tempos de trabalho muito distintos intos TEMPO de trabalho do artista: TEMPO de trabalho do artista: éé um tempo incerto, um tempo incerto, geralmente demorado e de difgeralmente demorado e de difíícil mensuracil mensuraçção, ão, cuja jornada pode consumir meses ou anos. O cuja jornada pode consumir meses ou anos. O valor de uso criado valor de uso criado éé emoemoçção, prazer, empatia, ão, prazer, empatia, sentimentos identitsentimentos identitáários, elementos psicolrios, elementos psicolóógicos, gicos, subjetivos, subjetivos, ““simbsimbóólicoslicos””, pr, próóprios da cultura. O prios da cultura. O seu objeto material são SIGNOS necessseu objeto material são SIGNOS necessáários rios àà COMUNICACOMUNICAÇÇÃO ÃO O tempo de trabalho artístico é coagulado num ORIGINAL ÚNICO para efeito de reprodução O tempo de trabalho de reproduO tempo de trabalho de reproduçção não ão não tem relatem relaçção com o de criaão com o de criaçção e tende a ão e tende a ser cada vez mais curto, quanto mais se ser cada vez mais curto, quanto mais se eleva a composieleva a composiçção orgânica do capitalão orgânica do capital O valor de uso do trabalho artO valor de uso do trabalho artíístico são as stico são as emoemoçções e sentimentos que suscita, na ões e sentimentos que suscita, na COMUNICACOMUNICAÇÇÃO. O trabalho vivo do artista ÃO. O trabalho vivo do artista mobiliza atividades vivas do leitor, do mobiliza atividades vivas do leitor, do espectador, do ouvinte. O suporte em que este espectador, do ouvinte. O suporte em que este trabalho esttrabalho estáá reproduzido não pode ser reproduzido não pode ser destrudestruíído durante o consumo. Como o tempo de do durante o consumo. Como o tempo de trabalho de replicatrabalho de replicaçção de cada unidade tende ao ão de cada unidade tende ao limite de zero, o suporte poderlimite de zero, o suporte poderáá sempre ser sempre ser substitusubstituíído por outro de ainda mais baixo ou do por outro de ainda mais baixo ou nulo valor material de troca, desde que o nulo valor material de troca, desde que o TRABALHO VIVO DO ARTISTA possa ser TRABALHO VIVO DO ARTISTA possa ser reproduzido em algum outro suporte material reproduzido em algum outro suporte material (ignorados fatores subjetivos que acabam (ignorados fatores subjetivos que acabam sendo tambsendo tambéém m ““estestééticosticos””, , ““artartíísticossticos””). ). A produA produçção artão artíísticastica 1010 7 Trabalho sTrabalho síígnicognico No capitalismo contemporâneo (capital-informação ) o processo de trabalho, inclusive o industrial, adquiriu características predominantemente sígnicas e artísticas. Trabalho vivo é mobilizado para efetuar atividades de pesquisa, investigação, estudo, análise e tomada de decisões científico-tecnológicas que resultarão em modelos, protótipos, matrizes, isto é, material sígnico de natureza artística. http://www.designup.pro.br/files/port/ 1226320270.jpg, acessado em 27/06/2010 http://cadiugf.files.wordpress.com/2009/01/desenho- industrial1.jpeg, acessado em 27/06/2010 http://images.quebarato.com.br/photos/big/6/A/834F6A_ 1.jpg, acesado em 27/06/2010 http://www.qpcpesquisa.com/desenho- industrial.jpg, acessado em 4/10/2010 http://www.guiadacarreira.com.br/wp- content/uploads/2009/06/desenho_industrial.jpg, acessado em 27/06/2010 ht tp :// lh 3. gg ph t.c om /_ dL u 0p 4T Hr E4 /S ka Sg bw _ UD I/A AA AA AA AD Hs /J Kh By _q oB k4 /P r in t% 20 Sc re en 7_ th um b% 5B 2% 5D . pn g? im g m ax = 80 0, ac es so 4/ 10 /2 01 0 1111 Trabalho sTrabalho síígnicognico No capitalismo contemporâneo (capital-informação ) o processo de trabalho, inclusive o industrial, adquiriu características predominantemente sígnicas e artísticas. Trabalho vivo é mobilizado para efetuar atividades de pesquisa, investigação, estudo, análise e tomada de decisões científico-tecnológicas que resultarão em modelos, protótipos, matrizes, isto é, material sígnico de natureza artística. http://www.designup.pro.br/files/port/ 1226320270.jpg, acessado em 27/06/2010 http://cadiugf.files.wordpress.com/2009/01/desenho- industrial1.jpeg, acessado em 27/06/2010 http://images.quebarato.com.br/photos/big/6/A/834F6A_ 1.jpg, acesado em 27/06/2010 http://www.qpcpesquisa.com/desenho- industrial.jpg, acessado em 4/10/2010 http://www.guiadacarreira.com.br/wp- content/uploads/2009/06/desenho_industrial.jpg,acessado em 27/06/2010 ht tp :// lh 3. gg ph t.c om /_ dL u 0p 4T Hr E4 /S ka Sg bw _ UD I/A AA AA AA AD Hs /J Kh By _q oB k4 /P r in t% 20 Sc re en 7_ th um b% 5B 2% 5D . pn g? im g m ax = 80 0, ac es so 4/ 10 /2 01 0 http ://w ww . crys talo tica . com . br/im age s/lin ha-d e-gr ife.jp g, a ces sad o e m 4/11 /201 0 O conhecimento embutido nesses objetos torna-se PROPRIEDADE INTELECTUAL do capital, sendo associado a uma MARCA. 1212 8 Valor de usoValor de uso--ssíímbolombolo 1313 No capitalismo No capitalismo informacional informacional contemporâneo, os contemporâneo, os valores de uso valores de uso instrumentais estão instrumentais estão cada vez mais cada vez mais subsumidos subsumidos ààs s suas dimensões suas dimensões psicolpsicolóógicas, gicas, identitidentitáárias, rias, distintivas. Odistintivas. O valor valor simbsimbóólicolico tornatorna--se se determinante para o determinante para o consumoconsumo 2.2. A sociedade do espetA sociedade do espetááculoculo 9 ht tp :// sr c. od ia rio . co m /Im ag em /2 01 0/ 09 /0 6/ g_ 19 55 43 42 8. jpg ht tp :// w w w . w eg . n et /v ar /e zf lo w _ si te /s to ra ge /im ag es /m ed ia - ce n te r/n ot ic ia s/ . . . //T ek a_ re si ze _ ga le ria _ fu ll_ h. jpg , ac es so em 5/ 10 /2 01 0 http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/ocea nos/content4_clip_image002.jpg, acessado em 5/10/2010 2) O tecido especial para os jeans é fabricado em Santa Catarina, Brasil. Seu custo final é de R$ 6,44 (USD 2,80) por calça (preços de 2005) 3) As calças são confeccionadas em Horizonte, CE, dando emprego a 450 pessoas. O preço unitário pago à confecção varia entre R$ 28,80 a R$ 48,85 (USD 12,37 a USD 22,57), valores de 2005. Por mês, um(a) operPor mês, um(a) operáário(a), em rio(a), em Horizonte, ganha entre R$ 300 a R$ Horizonte, ganha entre R$ 300 a R$ 500, dependendo da produ500, dependendo da produçção (2005) ão (2005) Fonte: Folha de S. Paulo, 13/11/2005; e Wikipédia 4) Nas lojas, seja em Nova York, Paris, Milão ou São Paulo, as calças são vendidas por preços que variam entre R$ 700 (USD 304) e R$ 1.200 (USD 522), a unidade. O processo produtivo: O processo produtivo: um exemploum exemplo http://1.bp.blogspot.com/_7JVXw9DbR9Q/S8jDErdkY eI/.../T%C3%AAxtil+e+Vestu%C3%A1rio+- +Design+de+Moda+-+Designer+02.gif, acesso em 5/10/2010 1) Sediada em Molvena, Nordeste da Italia, a Diesel desenha e comercializa roupas masculinas e femininas, sendo famosa pelos seus jeans. Faturou USD 766 milhões em 2009, empregando 647 pessoas. CorporaCorporaçções como ões como a Diesel são a Diesel são denominadas denominadas corporacorporaççõesões--rederede.. 1414 850 pessoas na Califórnia -corte - tingimento - -controle de qualidade FFáábricabrica 70 “detectores de moda” 450 confecções subcontratadas TelecomunicaTelecomunicaççõesões 25.000 pessoas em vários países EmpresaEmpresa--nnúúcleocleo Fonte: Chesnais (1996) A partir dos anos 1970, as concentraA partir dos anos 1970, as concentraçções industriais fordistas, dão lugar ões industriais fordistas, dão lugar ààs s corporacorporaççõesões--redes redes (a exemplo da Benetton). A velocidade das comunica(a exemplo da Benetton). A velocidade das comunicaçções e dos ões e dos transportes permite localizar a produtransportes permite localizar a produçção material onde oferece ão material onde oferece ““vantagens vantagens competitivascompetitivas”” (infra(infra--estrutura, proximidade de mercados, custos de mãoestrutura, proximidade de mercados, custos de mão--dede--obra obra etc.). E as vendas tornametc.). E as vendas tornam--se se ““globaisglobais””, para o quê ser, para o quê seráá necessnecessáário produzirrio produzir--se se tambtambéém um m um ““consumidor globalizadoconsumidor globalizado””. Para lograr essa reestrutura. Para lograr essa reestruturaçção espaão espaççoo-- temporal, o capital investiu nas tecnologias digitais de informatemporal, o capital investiu nas tecnologias digitais de informaçção e comunicaão e comunicaçção.ão. 4.500 franquias 40.000 pessoas em 52 países DireDireçção geralão geral e finane finanççasas CriaCriaçção eão e marketingmarketing CorporaCorporaççãoão--rederede 1515 10 O nome da marcaO nome da marca O processo produtivo visa construir e O processo produtivo visa construir e consolidar consolidar marcasmarcas. O trabalho central . O trabalho central de uma corporade uma corporaççãoão--rede tem por rede tem por objeto o projeto, desenho, marketing, objeto o projeto, desenho, marketing, publicidade. O trabalho perifpublicidade. O trabalho periféérico tem rico tem por objeto a produpor objeto a produçção material. ão material. A marca estA marca estáá vinculada a gostos, vinculada a gostos, emoemoçções, estilos de vida, desejos, ões, estilos de vida, desejos, status, identidades, valores subjetivos status, identidades, valores subjetivos que movimentam as compras e os que movimentam as compras e os usos dos objetos necessusos dos objetos necessáários ao rios ao nosso dia a dia. Essas identificanosso dia a dia. Essas identificaçções e ões e desejos são construdesejos são construíídos pelos dos pelos espetespetááculosculos: novelas, programas de : novelas, programas de auditauditóório, shows, filmes, jogos rio, shows, filmes, jogos esportivos, esportivos, etcetc O espetO espetááculo culo éé a a intermediaintermediaçção necessão necessáária entre o ria entre o produto e o seu consumidorproduto e o seu consumidor.. 1616 A A ““sociedade do consumosociedade do consumo”” que comeque começçou a se formar, nos EUA, nos anos 1920 e ou a se formar, nos EUA, nos anos 1920 e se expandiu para todo o mundo depois da Segunda Guerra, se expandiu para todo o mundo depois da Segunda Guerra, éé movimentada pela movimentada pela publicidade e pela indpublicidade e pela indúústria cultural (criastria cultural (criaçção de hão de háábitos de vida e consumo). O bitos de vida e consumo). O cinema, a mcinema, a múúsica popular, os esportes, a programasica popular, os esportes, a programaçção do rão do ráádio e da televisão dio e da televisão vieram ganhando crescente importância na vida cotidiana prvieram ganhando crescente importância na vida cotidiana práática das pessoas e, tica das pessoas e, dadaíí, nas suas referências culturais e psicol, nas suas referências culturais e psicolóógicas. gicas. ““Toda a vida das Toda a vida das sociedades nas quais sociedades nas quais reinam as modernas reinam as modernas condicondiçções de produões de produçção se ão se apresenta como uma apresenta como uma imensa acumulaimensa acumulaçção de ão de espetespetááculos culos [...] O [...] O espetespetááculo não culo não éé um um conjunto de imagens, mas conjunto de imagens, mas uma relauma relaçção social entre ão social entre pessoas, mediada por pessoas, mediada por imagensimagens”” (G. D(G. DÉÉBORD) BORD) Sociedade do espetSociedade do espetááculoculo 1717 11 ht tp :// w w w . ea es p. fg v sp . br /A pp Da ta /T ea ch e r/1 97 . jpg . ac es so em 01 /0 3/ 20 10 A marca e o tempoA marca e o tempo “No processo de produção constante de novos produtos e serviços, a marca assume uma importância competitiva crucial, garantindo uma ‘segurança’ ao consumidor que experimenta novidades e permitindo, com isso, a venda e difusão mais rápida dos novos produtos” (I. Fontenelle, O nome da marca, Boitempo, pag. 158). ht tp :// w w w . u ct v . tv /im ag es //p ro gr am s/ 88 00 . jpg , ac es sa do em 01 /0 3/ 20 10 “Também pode ser que a necessidade de acelerar tempo de giro no consumo tenha provocado mudanças de ênfase na produção de bens (muitos dos quais, como facas e garfos, têm um tempo de vida substancial) para a produção de eventos (como espetáculos, que têm tempo de giro quase estantâneo)” (D. Harvey, Condiçãopós-moderna, Loyola, pag. 149). 1818 1919 MARCA MARCA MARCA MARCA MARCA ... e a telinha ... e a telinha éé o espeto espetááculo culo MARCA 12 O O tempo detempo de audiênciaaudiência éé o real produto de boa parte da indo real produto de boa parte da indúústria do entretenimento e stria do entretenimento e espetespetááculo. O culo. O ““detentor da audiênciadetentor da audiência”” pode pode ““vendervender”” minutos de televisão, entradas minutos de televisão, entradas para espetpara espetááculos artculos artíísticos ou esportivos, csticos ou esportivos, cóópias de CDs etc. pias de CDs etc. ÉÉ a audiência que, ao a audiência que, ao fim e ao cabo, justifica os investimentos de anunciantes e patrofim e ao cabo, justifica os investimentos de anunciantes e patrocinadores, remunera cinadores, remunera os investimentos dos produtores culturais, paga os artistas (cacos investimentos dos produtores culturais, paga os artistas (cachê, hê, copyrightcopyright), e ), e expande os mercados dos fabricantes de equipamentos e materiais.expande os mercados dos fabricantes de equipamentos e materiais. Controlar alguma Controlar alguma ““janelajanela”” pela qual se assista ao pela qual se assista ao espetespetááculo tornarculo tornar--se uma se uma poderosa fonte de receitas e poderosa fonte de receitas e lucros, allucros, aléém de meio para m de meio para exercexercíício de poder cio de poder econômico, cultural e econômico, cultural e polpolíítico. As empresas de tico. As empresas de comunicacomunicaçções levam ões levam naturalmente vantagem naturalmente vantagem nesse jogo e buscam, cada nesse jogo e buscam, cada vez mais, se colocarem no vez mais, se colocarem no centro dos negcentro dos negóócios de cios de produproduçção e comunicaão e comunicaçção de ão de espetespetááculos.culos. Tempo de audiênciaTempo de audiência 2020 As indAs indúústrias do meio (mstrias do meio (míídia)dia) Para atingir a mPara atingir a mááxima audiência, o produto artxima audiência, o produto artíístico precisar ser stico precisar ser reproduzidoreproduzido no no maior nmaior núúmero possmero possíível de cvel de cóópias. Os processos e meios de reprodupias. Os processos e meios de reproduçção ão expandiram asexpandiram as indindúústrias medistrias mediááticasticas e e ààss indindúústriasstrias de de equipamentos eletroequipamentos eletro-- eletrônicoseletrônicos, , desde as salas de cinema e aparelhos de rdesde as salas de cinema e aparelhos de ráádio, no passado, dio, no passado, àà internet internet e comunicae comunicaçções mões móóveis no presente.veis no presente. ht tp :// w w w . st ro u dp ho to s. co . u k/ US ER IM AG ES /C in em a% 20 Em pi re x. jpg , ac es so em 01 /0 3/ 20 10 2121 13 ÉÉ sempre tempo de espetsempre tempo de espetááculoculo ““TheThe show show mustmust gogo onon””...O espet...O espetááculo tem que chegar no espaculo tem que chegar no espaççoo--tempo da sua tempo da sua audiência. Para isso expandemaudiência. Para isso expandem--se as comunicase as comunicaçções mões móóveis. O telefone mveis. O telefone móóvel celular vel celular tornatorna--se um terminal mse um terminal móóvel de mvel de múúltiplas funltiplas funçções: envia e recebe fotos, filma, envia e ões: envia e recebe fotos, filma, envia e recebe mensagens, acessa recebe mensagens, acessa àà internet, baixa e reproduz minternet, baixa e reproduz múúsicas e sicas e ““ringtonesringtones””, recebe , recebe canais de televisão e... atcanais de televisão e... atéé serve para falarmos ao telefone.serve para falarmos ao telefone. O tempo há de ser totalmente produtivo Telecomunicações se integram à difusão de conteúdos 2222 2323 A convergênciaA convergência TELECOMUNICATELECOMUNICAÇÇÕESÕES RADIODIFUSÃORADIODIFUSÃO X A convergência dos meios ou “convergência digital” é um processo econômico, político e cultural que está fazendo convergir para um mesmo regime de negócios e de práticas sociais, o conjunto da cadeia produtiva da indústria cultural suportada em meios eletro-eletrônicos de comunicação. As comunicações móveis são um exemplo de convergência. A internet é outro. 14 2424 A partir dos anos 1970, vão se dissolver A partir dos anos 1970, vão se dissolver fronteiras tecnolfronteiras tecnolóógicas e econômicas que gicas e econômicas que separavam telecomunicaseparavam telecomunicaçções e radiodifusão. ões e radiodifusão. AtravAtravéés das NTICs, as grandes corporas das NTICs, as grandes corporaçções ões financeiras, industriais e medifinanceiras, industriais e mediááticas ticas promoverão a convergência dos meios. O promoverão a convergência dos meios. O processo levarprocesso levaráá àà desmontagem da legisladesmontagem da legislaçção ão existente desde os anos 1920, visando existente desde os anos 1920, visando destituir as comunicadestituir as comunicaçções de qualquer carões de qualquer carááter ter ppúúblico, submetendoblico, submetendo--as apenas as apenas ààs exigências s exigências do do ““mercadomercado””. Isso permitir. Isso permitiráá que as que as corporacorporaçções mundiais possam construir e ões mundiais possam construir e operar suas properar suas próóprias redes privativas, atravprias redes privativas, atravéés s das quais gerenciam suas finandas quais gerenciam suas finançças, suas as, suas ffáábricas, seus fornecedores e distribuidores, bricas, seus fornecedores e distribuidores, bem como edificam redes globais de bem como edificam redes globais de entretenimento e cultura industrializada. A entretenimento e cultura industrializada. A organizaorganizaçção ão ““fordistafordista”” éé substitusubstituíída pela da pela ““corporacorporaççãoão--rederede””.. Rumo a um novo regime regulatRumo a um novo regime regulatóóriorio