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Aula 05 - Terminologia anatomica e cavidades

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Introdução à Anatomia 
Terminologia anatômica, termos de posição e cavidades com enfoque em tórax e abdômen 
Noções básicas e termos de esplancnologia 
Níveis Organizacionais 
Nível químico - inclui todas as substâncias químicas 
necessárias para manter a vida. As substâncias químicas são 
constituídas de átomos, a menor unidade de matéria, e 
alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o 
oxigênio (O), o nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o potássio (K) e 
o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da vida. Os 
átomos combinam-se para formar moléculas; dois ou mais 
átomos unidos. Exemplos familiares de moléculas são as 
proteínas, os carboidratos, as gorduras e as vitaminas. 
 
Nível celular - as moléculas, por sua vez, combinam-se para 
formar o nível celular. As células são as unidades estruturais 
e funcionais básicas de um organismo. Entre os muitos tipos 
de células existentes em seu corpo estão as células 
musculares, nervosas e sanguíneas. 
 
Nível tecidual - é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de 
células semelhantes que, juntas, realizam uma função 
particular. 
 
Nível Orgânico - quando diferentes tipos de tecidos estão 
unidos. Os órgãos são compostos de dois ou mais tecidos 
diferentes, têm funções específicas e geralmente 
apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos 
são o coração, o fígado, os pulmões, o cérebro e o estômago. 
 
Nível Sistêmico - Um sistema consiste de órgãos 
relacionados que desempenham uma função comum. O 
sistema digestório, que funciona na digestão e na absorção 
dos alimentos, é composto pelos seguintes órgãos: boca, 
glândulas salivares, faringe (garganta), esôfago, estômago, 
intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar e 
pâncreas. 
 
 
 
Tecidos 
Tecido Epitelial: é composto por células justapostas, com 
escasso material intercelular. Função: formam membranas 
de revestimento das superfícies livres (externas e internas) 
do corpo, e as glândulas. 
 
Tecido Conjuntivo: é formado por uma população 
heterogênea de células rodeadas por grande quantidade de 
matriz extracelular, constitui o suporte para praticamente 
todos os órgãos. Funções: Este tecido está relacionado à 
arquitetura, preenchimento, nutrição, proteção e defesa. 
 
Tecido muscular: é formado por uma população de células 
especializadas na contratilidade, denominadas fibras 
musculares, que se contraem sob um estímulo apropriado. 
Função: movimentos do corpo. 
 
Tecido nervoso: é formado por células especializadas na 
capacidade de receber, gerar e transmitir os impulsos 
nervosos. 
 
Cenário 
A anatomia é o cenário (estrutura) na qual ocorrem os 
eventos (funções) da vida. 
As três principais abordagens para o estudo da anatomia são 
regional, sistêmica e clínica (ou aplicada), que refletem a 
organização do corpo e as prioridades e os propósitos do 
estudo.
 
Métodos de Estudos 
Aqui apresentaremos a anatomia humana macroscópica, o exame das estruturas do corpo que podem ser vistas sem um 
microscópio. Existem diversas abordagens para estudar a anatomia: 
 Anatomia Regional - é o método de estudo do corpo por regiões, como cabeça, tórax e abdome (anatomia de superfície). 
 Anatomia Sistêmica - é o método de estudo do corpo por sistemas, por exemplo, sistema cardiovascular, sistema 
respiratório, etc. 
 Anatomia clínica - é o método que enfatiza a estrutura e a função à medida que se relacionam com a prática da medicina 
e outras áreas da saúde. 
 Anatomia palpatória - é o método que investiga manualmente a superfície corporal. A prática das técnicas de contato 
proporciona ao profissional de saúde a habilidade de receber informações relativas de cada paciente. 
 
Anatomia Regional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia Sistêmica 
A anatomia sistêmica é o estudo dos sistemas que atuam em conjunto para realizar funções complexas: 
● O tegumento comum (dermatologia) 
● O sistema articular (artrologia) 
● O sistema esquelético (osteologia) 
● O sistema muscular (miologia) 
● O sistema nervoso (neurologia) 
● O sistema circulatório (angiologia) 
 
● O sistema cardiovascular (cardiologia) 
● O sistema linfático 
● O sistema digestório (gastrenterologia) 
● O sistema respiratório (pneumologia) 
● O sistema urinário (urologia) 
● O sistema genital (ginecologia para mulheres e 
andrologia para os homens) 
● O sistema endócrino (endocrinologia) 
 
Obs.: Aparelho locomotor (ortopedia) = esquelético + articular + muscular 
 
Anatomia clínica 
A anatomia clínica (aplicada) enfatiza aspectos da estrutura e da função do corpo importantes na prática da medicina, da 
odontologia e das outras áreas da saúde. Inclui os métodos regional e sistêmico de estudo da anatomia e enfatiza a aplicação 
clínica. A anatomia clínica costuma incluir a inversão ou reversão do processo de raciocínio normalmente seguido quando se 
estuda a anatomia regional ou sistêmica. 
Inclui os métodos regional e sistêmico de estudo da anatomia e enfatiza a aplicação clínica. A anatomia clínica costuma incluir a 
inversão ou reversão do processo de raciocínio normalmente seguido quando se estuda a anatomia regional ou sistêmica. Por 
exemplo, em vez de pensar “A ação desse músculo é...”, a anatomia clínica pergunta “Qual seria a consequência da ausência de 
atividade desse músculo?” 
Em vez de dizer “O nervo... é responsável pela inervação dessa área da pele”, a anatomia clínica pergunta “A dormência nessa área 
indica lesão de que nervo?” 
 
Anatomia de superfície 
 
Terminologia Anatômica 
 Terminologia anatômica internacional (International Anatomical Terminology): permite a comunicação precisa entre 
profissionais de saúde e cientistas do mundo todo 
 A Terminologia Anatômica (TA) lista os termos em latim e seus equivalentes em português (p. ex., o músculo do ombro 
é designado musculus deltoideus em latim e músculo deltóide em português) 
 Epônimos, termos que incorporam nomes de pessoas, não são usados na TA porque não indicam o tipo ou a localização 
das estruturas designadas, alguns epônimos não são acurados, do ponto de vista histórico 
 Epônimos não ajudam a localizar a estrutura no corpo (tuba auditiva - trompa de Eustáquio) 
 
Exemplos de epônimos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A maioria dos termos provém do latim e do grego 
 
 Muitos termos fornecem informações sobre o formato, o tamanho, a localização ou 
a função de uma estrutura ou sobre a semelhança entre duas estruturas. 
 
 O músculo deltóide é triangular, como o símbolo de delta, a quarta letra do alfabeto 
grego. O sufixo “oide” significa “semelhante”; portanto, deltóide significa semelhante 
a delta. 
 
 O termo gaster em latim significa estômago ou ventre. Consequentemente, a junção 
esofagogástrica é o local de união do esôfago ao estômago, o ácido gástrico é 
secretado pelo estômago, e o músculo digástrico é um músculo dividido em dois 
ventres. 
 
Cavidades do corpo humano 
→ As cavidades são espaços dentro do corpo onde se localizam os órgãos internos. 
A cavidade dorsal é subdividida em outras duas: 
 Cavidade do crânio, que aloca o encéfalo. 
 Cavidade vertebral, que aloca a medula espinal. 
A cavidade ventral também é subdividida em duas: 
 Cavidade torácica, que aloca pulmões e coração. 
 Cavidade abdominopélvica. 
o Cavidade abdominal - que abarca estômago, intestinos, baço, fígado, pâncreas e outros órgãos. 
o Cavidade pélvica - composta por bexiga, parte inferior do sistema digestório e órgãos do sistema genital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores de variação anatômica 
● Idade - os testículos no feto estão situados na cavidade abdominal, migrando para a bolsa escrotal e nela se localizando 
durante a vida adulta; 
● Sexo - no homem a gordura subcutânea se deposita principalmente na região tricipital, enquanto na mulher o depósito 
se dá preferencialmente na região abdominal; 
● Raça- nos caucasianos a medula espinhal termina entre a L1 e L2, enquanto que nos afrodescendentes entre a L2 e L3; 
● Evolução – cóccix; 
● Biótipo – longilíneo / brevilíneo / mediolíneo. 
 
“É uma alteração morfológica, que difere do normal, mas não traz prejuízo a função.” 
 
Normalidade, Variação, Anomalia e Monstruosidade 
Alguns conceitos têm significado importante no estudo da forma do corpo humano, por isso é necessário conhecê-los. 
 
● Normal - Anatomicamente, é a forma encontrada em maior quantidade, estatisticamente, dentro de uma população. 
● Variação - É uma alteração da forma sem prejuízo da função. Pode ser uma variação interna, como um rim em 
ferradura, ou uma variação externa, como o formato de um nariz. 
● Anomalia - É uma alteração da forma com prejuízo da função (p. ex., polidactilia / mais de cinco dedos na mão ou no 
pé –, assim como a ausência de um membro ou parte dele, ou, ainda, algumas síndromes). 
● Monstruosidade - É uma alteração acentuada da forma, incompatível com a vida (p. ex., anencefalia). 
 
Abreviação 
Lig. = ligamento 
M. = músculo 
A. = artéria 
V. = veia 
N. = nervo 
R. = ramo 
Ligg. = ligamentos 
Mm. = músculos 
Aa. = artérias 
Vv. = veias 
Nn. = nervos 
Rr. = ramo
 
Posição em relação à superfície 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posição anatômica 
Todas as descrições anatômicas são expressas em relação a uma posição 
anatômica constante, garantindo que as descrições não sejam ambíguas: 
Indivíduo em pé 
- A cabeça, o olhar e os dedos voltados anteriormente (para frente) 
- Os braços ao lado do corpo, com as palmas voltadas anteriormente e 
- Os membros inferiores próximos, com os pés paralelos. 
Ao descrever pacientes é preciso visualizar mentalmente essa posição, estejam 
eles em decúbito lateral, dorsal (deitados de costas) ou ventral (de barriga para 
baixo). 
 
⤷ Planos Anatômicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dorso 
 Dorso geralmente refere-se à face superior de qualquer parte do corpo que se 
saliente anteriormente, como o dorso da língua, nariz ou pé. Também é usado para 
descrever a face posterior da mão, em oposição à palma. 
 
● Como o termo dorso pode referir-se tanto às faces superiores quanto às faces 
posteriores em seres humanos, é mais fácil compreender o termo pensando em um 
animal quadrúpede plantígrado, que caminhe sobre as palmas das mãos e as plantas 
dos pés, como um urso. 
 
Cortes 
Os cortes oblíquos são “fatias” do corpo ou de qualquer uma de suas partes que não são feitas ao longo de um dos planos 
anatômicos já mencionados. 
Na prática, muitas imagens radiológicas e cortes anatômicos não são feitos exatamente nos planos sagital, frontal ou 
transverso; muitas vezes, são um pouco oblíquos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Termos relacionados a movimento 
 
 
 A circundução é um movimento circular que consiste em uma sequência de flexão, abdução, extensão e adução (ou na 
ordem inversa). 
 
 Oposição é o movimento no qual a polpa do polegar (1º dedo) é aproximada da polpa de outro dedo. Esse movimento é 
usado para pinçar, abotoar uma camisa e levantar uma xícara pela alça. 
 
 
 Reposição descreve o movimento de retorno do polegar da posição de oposição para sua posição anatômica. 
 
 Protrusão é um movimento anterior (para a frente) como na protrusão da mandíbula, dos lábios ou da língua. 
 
 Retrusão é um movimento posterior (para trás) como na retrusão da mandíbula, lábios ou língua. 
 
 Protração e retração são mais usados para descrever os movimentos anterolateral e posteromedial da escápula na 
parede torácica, causando o movimento anterior e posterior do ombro. 
 
 Elevação desloca uma parte para cima, como na elevação dos ombros ao ‘’ dar de ombros’’. 
 
 A depressão desloca uma parte para baixo, como na depressão dor ombros em posição relaxada, da pálpebra superior 
ao fechar o olho, ou do afastamento da língua do palato. 
 
 Tórax 
O tórax é a parte do tronco situada entre o pescoço e o abdome. 
 
Cavidade torácica: parede em formato de cone truncado; diâmetro 
máximo na junção com a parte abdominal do tronco; parede fina 
(espessura do esqueleto); esqueleto em formato de gaiola. 
 
Defina a cavidade torácica e suas limitações. Quais estruturas formam a 
caixa torácica? 
 Assoalho da cavidade torácica (diafragma) apresenta uma 
invaginação inferior causada pelas vísceras da cavidade 
abdominal (protege as vísceras abdominais, e não as torácicas). 
 Contém os principais órgãos dos sistemas respiratório e 
circulatório. A cavidade torácica é dividida em três espaços 
principais: compartimento central – mediastino (vísceras 
torácicas, com exceção dos pulmões); as cavidades pulmonares 
direita e esquerda. 
 Parede torácica verdadeira inclui a caixa torácica, os músculos 
que se estendem entre as costelas, a pele, a tela subcutânea, os 
músculos e a fáscia que revestem a face anterolateral (mesmas 
estruturas, que cobrem a face posterior, são pertencentes ao 
dorso). 
 As clavículas e escápulas formam o cíngulo dos membros 
superiores (ombro): cintura escapular. 
 
Parede torácica 
 As cartilagens costais prolongam as costelas anteriormente e contribuem para à elasticidade da parede torácica, 
garantindo uma fixação flexível para suas extremidades anteriores. As cartilagens aumentam em comprimento da 
costela I a VII, e depois diminuem gradualmente. 
 
 As sete primeiras cartilagens apresentam fixação direta e independente ao esterno. 
 As costelas VIII, IX e X articulam-se com as cartilagens costais imediatamente superiores à elas, formando uma margem 
costal. 
 As cartilagens costais das costelas XI e XII formam proteções sobre as extremidades anteriores dessas costelas e não 
alcançam nem se fixam a nenhum outro osso ou cartilagem. 
 Os espaços intercostais separam as costelas e suas cartilagens costais umas das outras. 
 Denominados de acordo com a costela que forma a margem superior do espaço – por exemplo, o 4º espaço intercostal 
situa-se entre as costelas IV e V. 
 
 11 espaços intercostais e; dois conjuntos (principal e colateral) de vasos sanguíneos e nervos intercostais. 
 Abaixo da costela XII – espaço subcostal, e o ramo anterior do nervo espinal T12 – nervo subcostal. 
 
Costelas 
Quantas costelas existem, quais são verdadeiras e típicas? 
A caixa torácica osteocartilaginosa inclui o esterno, 12 pares de costelas e cartilagens costais e 12 vértebras torácicas e discos 
intervertebrais. 
As costelas são ossos planos e curvos que formam a maior parte da caixa torácica. 
 
Há três tipos de costelas, que podem ser classificadas em típicas e atípicas: 
 Costelas verdadeiras (vertebroesternais) costelas I a VII: fixam-se diretamente ao esterno por meio de suas próprias 
cartilagens costais. 
 Costelas falsas (vertebrocondrais) costelas VIII, IX e geralmente, X: unem-se à cartilagem das costelas acima delas, 
conexão com o esterno é indireta. 
 Costelas flutuantes (vertebrais, livres) costelas XI e XII: as cartilagens rudimentares dessas costelas não têm conexão, 
nem mesmo indireta, com o esterno; elas terminam na musculatura abdominal. 
 
Costela atípica – 1ª, 2ª, 11ª e a 12ª 
 São diferentes das costelas típicas. 
 A 1ª costela possui uma tuberosidade para a fixação do músculo Serrátil anterior. 
 A 11ª e a 12ª costela não possuem colo e tubérculo e a 12ª costela é mais curta que a maioria. 
Costela típica 
 Todas as demais vértebras são típicas. 
 Duas articulações posteriores – as articulações das cabeças das costelas fóvea costal superior da vértebra 
correspondente (de mesmo número) e as articulações costotransversárias. 
 Exemplo, a cabeça da costela VI articula-se com a fóvea costal superior do corpo da vértebra T6, a fóvea costal inferior 
de T5 e o disco entre essas vértebras. 
 
 
Caixa Torácica 
→ Coluna torácica 
 As articulações intervertebrais entre os corpos são unidas por ligamentos 
longitudinais e discos intervertebrais. Vértebras torácicas – arcos costais – facetas costais. 
 Os corpos vertebrais: forma de coração, forames central menor; processos 
transversos e espinhosos apontam para baixo. 
 T1-T4 e T9-T12 características em comum com as cervicais e lombares. 
 T5-T8 vértebras torácicas típicas; discos mais espessos em relação as cervicais. 
 
Vértebras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esterno 
 Osso plano e alongado; sobrepondo-se diretamente às vísceras do 
mediastino, proteção; corpo T5-T9. 
 O esterno tem mais três partes: manúbrio, corpo e processo xifoide. 
 O manúbrio tem formato trapezoide, centro côncavo palpável na margem 
superior do manúbrio (incisura) jugular (incisura supraesternal). 
 Manúbrio-esterno: sínfise manubriesternal (sincondrose) – ângulo do 
esterno (de Louis) 
 Processo xifoide, a menor parte do esterno, fino e alongado, extremamente 
inferior – vértebra T10. 
 
 
Aberturas do tórax 
Existem duas aberturas, uma na parte superior e outra na parte inferior. 
 Abertura superior – menor, comunicação com o pescoço e os membros superiores. 
o Tem como limites: 
 Posterior – a vértebra T1 
 Lateral – o 1º par de costelas 
 Anterior – a margem superior do manúbrio do esterno 
o As estruturas que passam entre a cavidade torácica e o pescoço: 
 Traqueia 
 Esôfago 
 Nervos e vasos que suprem e drenam as regiões superiores 
o No adulto – diâmetro anteroposterior superior do tórax é de 6,6 cm, e o diâmetro transversal é de 11 cm. 
 
 Abertura inferior – maior, forma o anel de origem do diafragma, que fecha toda a abertura. 
o Tem como limites: 
 Posterior – vértebra torácica XII (T12) 
 Posterolateral – o 11º e o 12º pares de costelas 
 Anterolaterais – cartilagens costais unidas das costelas VII a X 
 Anterior – articulação xifoesternal 
o As estruturas que passam do tórax para o abdome pelo diafragma são: 
 Esôfago 
 Veia cava inferior 
 Aorta (passa posteriormente) 
As excursões do diafragma controlam principalmente o volume e a pressão interna da cavidade torácica. 
 
 
 
 
 
 
Músculos da parede torácica 
 
 Os músculos toracoapendiculares estendem-se da caixa 
torácica (esqueleto axial) até os ossos do membro 
superior (esqueleto apendicular; atuam nos MMSS) 
 Do mesmo modo, alguns músculos da parede 
anterolateral do abdome, do dorso e do pescoço 
inserem-se na caixa torácica. 
 
Músculos acessórios da respiração 
 Alguns deles, inclusive os músculos peitoral maior e 
peitoral menor e a parte inferior do músculo Serrátil 
anterior, também atuam como músculos acessórios da 
respiração. 
 Os músculos escalenos descem das vértebras do 
pescoço até as costelas I e II e atuam como músculos 
respiratórios acessórios. 
 Os músculos esternocleidomastoideos, cervicais, 
também se contraem para elevar a caixa torácica, 
aumentando seu diâmetro longitudinal e contribuindo 
para a inspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervos da caixa torácica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos associados com a inspiração e expiração 
 
 Inspiração Expiração 
Repouso (músculos primários) Diafragma 
Intercostais externos 
Retração elástica do tecido pulmonar 
Tensão superficial 
Efeito da gravidade sobre as costelas 
Intercostais internos 
Forçada (músculos acessórios) ECM 
Escalenos 
Peitorais maior e menor 
Serráteis anterior e posterior 
Abdominais 
Iliocostais inferiores 
Serrátil inferior posterior 
Quadrado lombar 
Latíssimo do dorso 
 
Fisiologia da inspiração e expiração 
 
Inspiração Expiração 
 
Diafragma desce 
Caixa torácica se eleva e se expande 
Volume intratorácico aumenta 
Cai a pressão intratorácica 
Ar proveniente do regime de ‘’ alta pressão’’ flui para o 
interior (‘’ baixa pressão’’) 
 
Diafragma relaxa (sobe) 
Caixa torácica desce e se contrai 
Cai o volume intratorácico 
Aumenta a pressão intratorácica 
Pressão intratorácita fica maior que a atmosférica e o ar ‘’ 
flui’’ para fora 
 
Quais os movimentos relacionados ao movimento das costelas e externo durante a inspiração? 
 
Pleuras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia de superfície 
‘’ Latitude’’: costelas e/ou os espaços intercostais 
 
‘’ Longitude’’ 
 Linha mediana (medioesternal) anterior (LMA): interseção do plano mediano com a parede torácica anterior. 
 Linha medioclavicular (LMC): o ponto médio entre clavícula, paralelamente à LMA 
 Linha axilar anterior (LAA): verticalmente ao longo da prega axilar anterior 
 Linha axilar posterior (LAP): verticalmente ao longo da prega axilar posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abdome 
Parede e cavidade abdominal 
 O abdome acomoda grande parte do sistema digestório, glândulas e órgãos anexos e vasos. 
 A cavidade abdominal é delimitada por estruturas ósseas (coluna vertebral, margens costais e ossos da pelve), mas 
cima de tudo, por estruturas musculares. 
 
Elementos esqueléticos 
 Cinco vértebras lombares e seus discos intervertebrais intervenientes. 
 Partes expandidas superiores dos ossos do quadril. 
 Componentes ósseos da parede torácica inferior, incluindo a margem costal 
(costela XII, à extremidade da costela XI e o processo xifoide). 
 
Elementos musculares 
Laterais à coluna vertebral, os músculos quadrado do lombo, psoas maior e ilíaco 
reforçam a face posterior da parede. 
As extremidades distais dos músculos psoas maior e ilíaco passam para a coxa e são os 
principais flexores da articulação do quadril. 
As partes laterais da parede do abdome são predominantemente formadas por três 
camadas de músculos: 
 Transverso do abdome 
 Oblíquo interno do abdome 
 Oblíquo externo do abdome 
 
 
 
 
 
Anteriormente, o músculo segmentado de cada lado 
abrange a distância entre a parede torácica inferior e a 
pelve: o reto do abdome – linha mediana alba. 
A continuidade estrutural entre as partes posterior, 
lateral e anterior da parede do abdome é promovida 
por fáscia espessa posteriormente e por lâminas 
tendineas planas (aponeuroses) derivadas de músculos 
da parede lateral. 
Uma camada fascial de espessura variável separada a 
parede do abdome do peritônio, que reveste a cavidade 
abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação prática: TAP Block 
O bloqueio do plano transverso do abdome é uma técnica regional para fornecer 
analgesia após operações da parede abdominal inferior. 
 
Aplicação prática: Rectus Sheath Block 
Bloqueio sensitive da parede abdominal 
 
 
Organização da cavidade abdominal 
 Organização geral da cavidade abdominal: 
 Tubo digestório central (sistema digestório) que fica suspenso a partir da 
parede posterior do abdome e parcialmente a partir da parede anterior do 
abdome por finas lâminas de tecido (mesentérios). 
o Mesentério ventral (anterior) para regiões proximais do tubo 
digestório 
o Mesentério dorsal (posterior) ao longo de toda a extensão do sistema 
 Vísceras maiores, como os rins, que não estão suspensas na cavidade abdominal por mesentérios, estão associadas à 
parede do abdome. 
 A cavidade abdominal é revestida por um tecido especializado chamado peritônio. 
 
Peritônio 
 O peritônio = pleura, células epiteliais (mesotélio) juntamente com uma camada de suporte de tecido conjuntivo. 
 Projeta-se da parede do abdome, tornando-se um componente dos mesentérios que suspendem as vísceras. 
o Peritônio parietal reveste a parede do abdome 
o Peritônio visceral cobre os órgãos suspensos 
 As vísceras abdominais são intraperitoneais ou retroperitoneais: 
o As estruturas intraperitoneais, como elementos do sistema digestório, estão suspensas a partir da parede do 
abdome por mesentérios. 
o As estruturas que não estão suspensas na cavidade abdominal por um mesentério e que se situam entre o 
peritônio parietal e a parede do abdome estão em posição retroperitoneal. 
 
Quais são as vísceras abdominais recobertas por peritônio e as que não são? 
 Intraperitoneais – estomago, intestinos delgado (após a primeiraporção) e grosso, fígado e baço. 
 Extra ou retroperitoneais – aorta, veia cava inferior, pâncreas, primeira porção do intestino delgado e rins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retroperitônio 
Compartimentos do retroperitônio: 
 Para-renal anterior (APRS) 
 Para-renal posterior (PPRS) 
 Peri-renal (PRF) 
 
 PP – peritoneo parietal 
 ARF – fáscia renal anterior (Gerota) 
 LCF – fáscia látero-coronal (Sappey) 
 Pan: pâncreas 
 IVC: veia cava inferior 
 Ao: Aorta 
 
Abertura superior do abdome 
 Diafragma separa o abdome do tórax 
 Fixa-se à margem da 8ª, 9ª e 10ª costelas anteriormente 
 Posteriormente, duas extensões musculares (pilares) ancoram 
firmemente o diafragma à vértebras L3 (D) e L2 (E) 
 
Abertura inferior do abdome 
 A parede do abdome é contínua com a parede pélvica na abertura 
superior da pelve, e a cavidade abdominal é continua com a cavidade 
pélvica. 
 A margem circular da abertura superior da pelve é formada totalmente 
por ossos: 
 Posteriormente pelo sacro 
 Anteriormente pela sínfise púbica 
 Lateralmente, margem óssea distinta no osso do quadril. 
 
Quadrantes do abdome: 
 Superior direito (QSD) 
 Superior esquerdo (QSE) 
 Inferior direito (QID) 
 Inferior esquerdo (QID) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadrante superior direito: lobo direito do fígado, a vesícula biliar, o piloro, parte do duodeno, cabeça do pâncreas, glandula 
suprarrenal direita, rim direito, flexura cólica direita (hepática, componente superior do colo ascendente e metade direita do 
colo transverso. 
 
Quadrante superior esquerdo: lobo esquerdo do fígado, o baço, o estomago, o jejuno, o ílio proximal, o corpo e a cauda do 
pâncreas, o rim esquerdo, a glandula suprarrenal esquerda, a flexura cólica esquerda, a metade esquerda do colo transverso e 
o segmento superior do colo descendente. 
 
Quadrante inferior direito: localizam-se o ceco, o apêndice vermiforme, a maior parte do íleo, o segmento inferior do colo 
ascendente, o ovário, a tuba uterina direita, o segmento abdominal do ureter, o funículo espermático direito, o útero (quando 
aumentado) e a bexiga (quando muito cheia). 
 
Quadrante inferior esquerdo: colo sigmoide, o segmento distal do colo descendente. o ovário, a tuba uterina esquerda, o 
segmento abdominal do ureter, o funículo espermático esquerdo, o útero (quando aumentado) e a bexiga (quando muito 
cheia). 
 
Regiões do abdome 
O abdome pode ser dividido em nove regiões: 
 
1. Hipocôndrio direito: fígado, vesícula biliar, flexura hepática do colón. 
2. Epigástrio: estomago, duodeno e pâncreas. 
3. Hipocôndrio esquerdo: baço, colón descendente, cauda do pâncreas, flexura esplênica. 
4. Flanco direito: rim direito, cólon ascendente. 
5. Mesogástrio: intestino delgado, pâncreas, cólon transverso. 
6. Flanco esquerdo: rim esquerdo, cólon descendente. 
7. Fossa ilíaca direita: ceco, apêndice, funículo espermático, ovário direito. 
8. Hipogástrio: bexiga, útero. 
9. Fossa ilíaca esquerda: cólon sigmoide, funículo espermático, ovário esquerdo.

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