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Obesidade: Uma Doença Crônica Multifatorial

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Endocrinologia 24/05 ATD3
Obesidade: 
Obesidade:
- Manifesto - obesidade: eu trato com respeito. 
❖ Implica em disseminar informações sobre o 
assunto de maneira responsável. 
❖ Deixar o sensacionalismo de lado ao abordar o 
tema. 
❖ Não dar destaque à dietas milagrosas que 
colocam em risco a saúde o paciente. 
❖ Respeitar o paciente com obesidade, respeitar 
sua condição, não reforçar a ideia errada de que 
obesidade é culpa de quem tem. 
❖ Reconhecer que é uma doença crônica 
multifatorial. 
❖ Investir em políticas públicas de tratamento, 
protocolos e diretrizes. 
❖ Investir a acesso multidisciplinar no tratamento. 
❖ Apoiar estudos na área. 
Definição:
- Doença crônica decorrente de um acúmulo de 
gordura (visceral) corporal. 
• Acréscimo de gordura além do que deveria ter. 
- Aumento de gordura visceral associado à doenças 
que reduzem a expectativa e a qualidade de vida 
dessas pessoas (diabetes, problemas CV, AVC…). 
- É uma doença que é recorrente (trata - engorda - 
trata - engorda = efeito sanfona). 
• A cada vez que ela engorda de novo ela ganha 
massa gorda com um metabolismo mais lento. 
• Essa pessoa vai ficando cada vez mais com o 
metabolismo mais lento, pois, quando perde, 
perde massa magra e quando ganha, é massa 
visceral.
• É mais difícil emagrecer e mais difícil manter o 
peso. 
- Difícil tratamento: depende do médico, do 
paciente se dispor a seguir as recomendações, ter 
tempo, inclui a família..). 
Prevalência da obesidade:
- Evolução da obesidade nos EUA no decorrer 
dos anos:
• 1994 todos os estados dos rua já tinham > 10% 
de obesos. 
• 2000 todos os estados com 20 a 24% de 
pessoas obesas. 
- No Brasil:
• Na crianças, existia uma alta prevalência de 
deficit de altura (= desnutrição). 
- Essa prevalência de déficit de altura foi 
diminuindo conforme os anos foram se 
passando e o excesso de peso foi 
aumentando por outro lado. 
• Nos adolescentes e adultos, o déficit de 
nutrição foi diminuindo e o excesso de peso 
(sobrepeso e obesos) foi aumentando. 
Catarina Alipio XXII-B Página 1
Endocrinologia 24/05 ATD3
- Alguns dados:
• A obesidade aumenta de acordo com a idade. 
• Obesidade cresceu cerca de 60% em 10 anos 
no Brasil (2006 a 2016), foi de 11,8% para 
18,9%. 
• Índice de obesidade no Brasil cresceu 67,8% 
entre 2006 e 2018. 
• Em 14 anos, o Brasil atinge o maior índice de 
obesidade em adultos (entre 2006 e 2019, o 
percentual cresceu em 72%). 
• Agora com o COVID-19, espera-se que esse 
percentual tenha aumentado mais ainda. 
• Quem tem menos de 8 anos de estudo (menos 
estudo - maior obesidade). 
Consequências:
- Se a gente ganha peso de forma não saudável, vai 
ter infiltração de macrófagos, com infiltração e 
resistência a insulina que leva à depósito ectópico 
de gordura (esteatose hepática não alcoólica, 
esteatohepatite…), resistência à insulina, DM2, 
doenças cardiovasculares. 
- Obesidade associada à resistência a insulina, 
alterações glicêmicos, aumento da PA, dislipdemia 
aterogênica, estado pró trombótico e pró 
inflamatório = SÍNDROME METABÓLICA. 
• Aumenta 2x o risco de doença CV. 
• 5x mais risco de DM. 
• 3 a 4x mais risco de IAM. 
Doenças associadas à obesidade:
I. Coração:
• Doença arterial coronariana. 
• Hipertrofia ventricular esquerda. 
• Angina pectoris. 
• Arritmia ventricular. 
• ICC. 
II. Sistema vascular:
• HAS. 
• AVC. 
• Edema de MMII. 
• Veias varicosas. 
• Doença tromboembolítica. 
• Doença hemorroidária. 
III. Sistema respiratório:
• Apneia obstrutiva do sono. 
• Hipoventilação alveolar. 
• Policitemia secundária (aumento da Hb por falta 
de oxigênio circulante). 
• Hipertrofia ventricular direita. 
IV. Sistema digestório:
• Refluxo gastroesofágico (por tecido adiposo 
aumentado no tronco). 
• Esofagite por refluxo. 
• Colelitíase. 
• Esteatose hepática. 
Catarina Alipio XXII-B Página 2
Prevalência de comorbidades de acordo com 
o IMC. 
Endocrinologia 24/05 ATD3
• Fibrose hepática. 
• Cirrose hepática. 
V. Doenças metabólicas/ hormonais:
• DM tipo 2. 
• Gota (hiperuricemia). 
• Hiperlipdemias. 
VI. Rins:
• Proteinúria. 
• Trombose da veia renal. 
VII.Pele:
• Estrias. 
• Acantose nigricans. 
• Hirsutismo. 
• Calo plantar. 
• Papilomas múltiplos. 
VIII.Doenças osteomusculares:
• Osteoartrose de joelhos e coluna. 
• Agravo de defeitos posturais. 
• Esporão do calcânio. 
IX. Neoplasias: 
• Aumento do risco para endométrio, vesícula 
biliar, mama, próstata, cólon. 
• Diagnóstico de nódulos. 
X. Função sexual e reprodutora:
• Gravidez mais difícil. 
• Diminui performance obstétrica. 
• Risco de toxemia. 
• Risco de hipertensão. 
• Risco de DM gestacional. 
• Parto prolongado. 
• Cistos amnióticos. 
• Fertilidade diminuída. 
• Irregularidade menstrual. 
• Cesárea mais frequente. 
XI. Função psico-social:
• Diminuição da autoimagem. 
• Sentimento de inferioridade. 
• Isolamento social. 
• Sucetibilidade a neuroses. 
• Perda da mobilidade. 
• Mais faltas em emprego. 
• Aposentadoria precoce. 
• Mais licenças médicas. 
XII.Outras comorbidades:
• Aumento de risco cirúrgico e anestésico. 
• Propensão a acidentes. 
• Diminui outros achados diagnósticos. 
Obesidade e covid-19:
- Espera-se um aumento da prevalência de 
obesidade:
• Programas de perda de peso suspensos. 
• Cirurgias eletivas 9ex bariátrica) foram 
suspensas. 
• Inatividade física. 
• Aumento da ingestão de alimentos processados 
e enlatados. 
- Maior dificuldade na doença: quadro mais grave 
da doença !!
• De intubação. 
• De diagnóstico por imagem (ex obeso que não 
entra no tubo da TC). 
• De transporte e mobilização do paciente pela 
equipe de enfermeiros. 
• Local de internação (difícil) pois precisa de 
camas específicas. 
• Obesos não procuram serviços de saúde, pois é 
mais difícil de se movimentarem. 
- Por que eles evoluem pior?
• Doenças associadas/ comorbidades (HAS, 
DM…). 
Catarina Alipio XXII-B Página 3
Endocrinologia 24/05 ATD3
• Eles já tem uma inflamação subclínica (TNF alfa, 
IL-6…) pelo aumento da gordura visceral. 
• Tropismo viral pelo tecido adiposo (expressão 
elevada de ECA2). 
- Alta taxa de obesidade (> 50%) em pacientes 
COVID que necessitam de ventilação mecânica. 
Causas de obesidade:
- Causas primárias: dependentes do gene.
• “Os genes não mudaram, o ambiente sim…”: 
hoje as atividades diárias requerem menos 
gastos energéticos (poupado) associado a 
alimentos muito mais ricos em gorduras e 
açúcares. 
• Associadas à genética: o meio ambiente 
importa pouco, o que importa mais é a 
genética.
- Monogênica (não sindrômica): mutação 
em um único gene. 
- Sindrômica: síndrome associada à 
obesidade/ obesidade faz parte da síndrome. 
• Poligênica: diversos fatores que levam à 
obesidade (mutações em vários genes com o 
passar do tempo gene + muito meio ambiente 
para influenciar no ganho de peso) - obesidade 
comum. 
- Causas secundárias: agravam mais o quadro 
de ganho de peso. 
• Neurológicas (tumores, traumas, irradiação no 
SNC): pode levar a lesão do centro da fome e da 
saciedade - resposta não mais adequada. 
• Endocrinológicas (hipotireoidismo, Cushing). 
• Psicológicas (depressão, ansiedade, 
transtornos alimentares). 
• Induzidas por drogas (anti depressivos, anti 
psicóticos, anti convulsivantes, glicocorticóide, 
beta bloqueadores, glitazonas, sulfonilureias). 
Obesidade monogênica não sindrômica:
- Causa muito mais rara. 
- Via da fome e saciedade: no hipotálamo. 
• Tecido adiposo produz a leptina (LEP) quando 
ele fica cheio (quanto mais tecido adiposo, mais 
leptina o organismo vai ter). 
• LEP se liga ao seu receptor:
- Via orexigênica: diminui produção de NPY 
(hormônio da fome). 
- Via anorexigênica: aumenta a produção de 
POMC que age no MC4R. 
• Diminui a fome e aumenta o gasto 
energético.
- Qualquer mutação 
em um desses 
genes, pode causar 
a obesidade.Genes 
únicos que causamobesidade 
(monogenética). 
- Mutação do gene da leptina:
‣ Descrita em 3 famílias paquistanesas: mutação 
gerando uma proteína truncada, com níveis 
indetectáveis de leptina. 
‣ Crianças com peso normal ao nascimento, 
obesidade de início precoce com aumento da 
massa gorda, hiperfagia (leptina diminui a fome), 
hiperinsulinemia, hipogonadismo 
hipogonadotrófico, cariótipo normal, temperatura 
Catarina Alipio XXII-B Página 4
Endocrinologia 24/05 ATD3
basal normal, velocidade d crescimento normal, 
função adrenal, tireoideana e densidade mineral 
óssea normal, infecções na infância. 
‣ Tratamento com R-Methuleptin. 
- Mutação do gene MC4R:
‣ MC4R = receptor final que faz com que haja 
diminuição da fome e aumento do gasto 
energético). 
‣ Mutação comum ( 3 a 4% dos obesos com 
obesidade de início precoce e severa). 
‣ Defeito monogênico mais comum causando 
obesidade em humanos. 
‣ Crianças obesas e grandes (altas) e elas tem 
uma ingestão energética muito alta 
(hiperfágicas). 
Obesidade sindrômica:
- Síndromes associadas: praden Willi, laurence-
Moon/ Bardet-Bied, alstrom, cohen, tuner, 
lipodistróofia familiar, soto, weaver, osteodistrofia 
hereditária de Albright. 
- Síndrome de Prader-Willi: prevalência de 1:25 mil 
nascimentos. 
• Atividade fetal diminuída. 
• Hipotonia muscular neonatal. 
• Hiperfagia de início aos 12 - 18 meses. 
• Obesidade. 
• Retardo mental. 
• Desenvolvimento sexual incompleto. 
• Baixa estatura. 
• Trata com cirurgia bariátrica (deixa o estômago 
um pouco maior).
Obesidade poligênica: é a mais comum. 
- Genes candidatos para desenvolvimento da 
obesidade. 
• Polimorfismo em várias vias (produção, ação, 
na insulina, sinalização…). Exemplos:
- Regulação da ingestão alimentar pelo SNC:
• Leptina e receptor da leptina. 
• Colecistoquinina e receptores. 
• GLP1. 
• Receptores de dopamina. 
• Receptor de MC3R. 
• Grelina. 
- Modulação da ação da insulina e metabolismo 
da glicose no tecido alvo:
• Insulina. 
• Receptor da insulina (INSR). 
• Receptores de sulfonilureia. 
• Adiponectina. 
- Gato energético, metabolismo lipídico e 
metabolismo do tecido adiposo:
• Perilipina (protetor do adipócitos para 
liberação adequada). 
• Hormônio sensitivo lipase. 
• Lipoproteína lipase. 
- Influenciam no ganho de peso, na alimentação, 
onde a gordura vai se acumular, na perda de peso, 
no gasto calórico…
- Estudos mostraram: interação da genética + 
meio ambiente. 
- Fatores para obesidade: ambientais. 
• Ingestão alimentar:
- Troca de refeições por lanches. 
- Ingestão de alimentos altamente palatáveis 
ricos em açúcar e gordura. 
- Aumento do tamanho das porções. 
- Alteração das relações psicoafetivas. 
Catarina Alipio XXII-B Página 5
Endocrinologia 24/05 ATD3
• Gasto energético:
- Aumento do tempo de tela. 
- Estilo de vida sedentário. 
- Cultura do consumo. 
Como avaliar a obesidade?
- Diagnóstico (IMC = peso/ altura2). 
• Magro - IMC < 18,5 Kg/m. 
• Normal/ eutrófico - IMC de 18,5 a 24,9 Kg/m. 
• Sobrepeso - IMC de 25 a 29,9 Kg/m. 
- Olhar muito bem, se é uma pessoa com muito 
músculo e pouca gordura ou se é mesmo uma 
pessoa com acúmulo de gordura na 
circunferência abdominal (risco CV, de SM…). 
• Obeso - IMC de 30 a 39,9 Kg/m. 
- Obeso grau I - IMC de 30 a 34,9 Kg/m. 
- Obeso grau II - IMC de 35 a 39,9 Kg/m. 
• Obeso mórbido - IMC ≥ 40 Kg/m. 
- Valor de IMC muito relacionado ao maior risco de 
mortalidade e de doenças:
• IMC muito baixo - maior risco para infecções. 
• IMC aumentando - maior risco de mortalidade. 
- Avaliação da composição corporal: 
• DXA (padrão ouro): absorciometria por dupla 
emissão de raios X. 
- Avaliação em quantidade de distribuição:
✓ Massa gorda. 
✓ Massa livre de gordura. 
✓ Massa óssea. 
- Avalia o estado nutricional (ex em idosos que 
tem muita perda de massa magra). 
• Bioimpedância: resistência à passagem de 
corrente. 
- Pode ser de hemicorpo lateral, ou de corpo 
inteiro. 
- Corrente elétrica alternada (800mA, 50MHz). 
- Mede-se a queda de voltagem no eletrodo 
proximal. 
- Calcula-se a proporção de gordura e de 
massa magra a partir do peso, altura e 
impedância corporal. 
- Apesar dela indicar um percentual menor de 
massa gorda (DXA avalia melhor), ela tem uma 
boa correlação. 
• Se iniciar uma avaliação com DXA, deve-se 
continuar o acompanhamento com DXA, e 
se iniciar com a bioimpedância, continuar 
coma bioimpedância. 
- Anamnese:
• História da obesidade (alimentação, estilo de 
vida, hábitos, exercícios…). 
• Uso de medicamentos/ drogas - tem alguns 
medicamentos associados ao ganho de peso. 
• Antecedentes pessoais:
- Possíveis causas de obesidade. 
- Doenças associadas (osteomusculares . 
• Antecedentes familiares. 
- Exame físico:
• Avaliar/ inspecionar o depósito de gordura 
(abdominal ou mais no quadril). 
• Peso e estatura —> IMC. 
• Circunferência abdominal (CA): entre o rebordo 
costal inferior e a crista ilíaca (ou 1 dedo acima 
da crista ilíaca). 
- Risco elevado em homens (> 102cm) e 
mulheres (> 88cm). 
• PA, FC…. 
• Ancatose. 
• Pelos. 
Estratégias de prevenção e tratamento:
‣ Atividade física. 
‣ Orientação dietética. 
‣ Mudança na conduta/ estilo de vida. 
‣ Cuidados médicos (medicamentos, cirurgias). 
Catarina Alipio XXII-B Página 6
Endocrinologia 24/05 ATD3
- Prevenção da obesidade:
• Importante na obesidade infantil e nas 
gestantes. 
✓ Evitar ganho de peso excessivo na gestação. 
✓ Incentivar a amamentação materna. 
✓ Orientação alimentar infantil. 
✓ Não estocar guloseimas. 
✓ Realizar compras saudáveis (verduras, legues, 
grãos e frutas). 
✓ Limitar acesso a doces no dia adia. 
✓ Aumentar carga diária de atividade física 9ex 
subir escadas, optar por ir de bicicleta). 
✓ Ter lugares seguros para passeios e práticas 
esportivas. 
- Objetivo do tratamento: redução de 5 a 10% do 
peso inicial e manter. 
• O que vier depois é vantagem!
• Melhora metabólica, de pressão, glicemia. 
Prescrição nutricional:
- Incitar mudança de hábito. 
- Adequar proporção dos macronutrientes 
(balanceamento da dieta). 
- Adequar aporte de energia (balanço de energia). 
- Tratar comorbidades. 
- Papel muito importante da nutricionista (adua 
proporção dos nutrientes na dieta). 
- Adequar a prescrição à vida da pessoa (financeira, 
atividades diárias…) - tratamento individual!!
Recomendações do Ministério da Saúde:
- Base da alimentação: alimentos in natura ou 
minimamente processados. 
• Frutas, legumes, raízes, verduras, tubérculos e 
ovos. 
• Arroz, feijão, leite e carne. 
• Farinhas de grãos (milho e trigo) e de raízes 
(mandioca). 
- Pequenas quantidades de sal, açúcar, óleos e 
gorduras. 
- Limitar uso de alimentos processados 
(conservas, compostas, queijos e pães). 
- Evitar alimentos ultraprocessados (biscoitos 
recheados, salgadinhos de “pacote”, refrigerantes 
e macarrão instantâneo). 
- Comer com regularidade e atenção. 
- Comer em ambientes apropriados. 
- Comer acompanhado. 
Dietas balanceadas:
- Dieta dos pontos/ pirâmide alimentar/ vigilantes do 
peso. 
- Baseiam-se em princípios científicos. 
- Déficit calórico de 500 a 1000 kcal/ dia 
(mantendo um mínimo de 1000 a 2000 kcal 
diária para mulheres e 1200 a 14000 kcal diária 
para homens). 
• Carboidratos de 55 a 60%. 
• Proteínas de 15 a 20%. 
• Gorduras de 20 a 30%. 
- Benefícios comprovados em animais (reduz a 
evolução de doenças como DM, doença CV, 
câncer, desordens neurológicas como Alzheimer, 
Parkinson e AVC). 
Dieta low carb:
- Muito pouco carboidrato (< 10%) ou 20 a 50g/ dia. 
- Pouco carboidrato (< 26%) ou < 130 g/ dia. 
- Moderado carboidrato (26 a 44%). 
Catarina Alipio XXII-B Página 7
O tipo de dieta vai depender do tipo de pessoa, e 
do objetivo de cada um. 
Endocrinologia 24/05 ATD3
- Alto carboidrato (45%). 
- Exemplo: 
• Coma carne, peixe, ovos, vegetais, frutas, nozes, 
sementes, laticínios com alto teorde gordura, 
gorduras, óleos saudáveis e talvez até alguns 
tubérculos e grãos sem glúten. 
• Não coma açúcar, xarope de milho rico em 
frutose, trigo, óleos de sementes, gorduras trans, 
produtos “dieta” e com baixo teor de gordura e 
alimentos altamente processados. 
Dieta do jejum intermitente:
- Melhora parte da resistência à insulina, 
metabólica…
- Jejum associado a alimentação saudável. 
- Tem 3 métodos diferentes:
• Período de jejum todos os dias (16 horas de 
jejum e come 8 horas). 
• Come normal por 5 dias e faz 2 dias de 
restrição calórica (500/ 600 kcal/dia). 
• Como 2 dias normais e fica 24 horas de jejum 
alternando. 
Dieta do mediterrâneo:
- Melhor dieta. 
- Alto consumo de gordura monoinsaturada 
(abacate, amêndoas, castanhas, óleo de oliva) em 
30 a 40% da dieta. 
- Alto consumo de vegetais, legumes, grãos, frutas 
e castanhas. 
- Moderado consumo de peixes e aves. 
- Baixo consumo de carne vermelha e produtos 
lácteos ricos em gorduras. 
- Baixo a moderado consumo de vinho. 
Dieta DASH:
- DASH = dieta para melhora da hipertensão. 
- Alto consumo de vegetas e frutas. 
- Moderado consumo de grãos, peixes, aves e 
castanhas. 
- Consumo de sódio (restringe consumo de 
sódio diário): até 2,3 mg/dia ou até 1,5mg/ dia. 
- 2000kcal/ dia (não é dieta para emagrecimento 
pois ela não reduz as calorias). 
Exercícios físicos:
- Adultos:
• 150 a 200 minutos de intensidade moderada. 
• 75 a 100 minutos de atividade vigorosa por 
semana. 
• Ideal = chegar ou ultrapassar o limite superior de 
300 minutos. 
- Crianças:
• Pelo menos 60 minutos de atividade moderada 
ou vigorosa por dia. 
- Limitar o comportamento sedentário: sentar, deitar, 
assistir TV ou olhar para o telefone ou computador. 
- Frequência de treino de 3 a 5x por semana. 
- Intensidade de treino de 60 a 90% da FC máxima. 
- Duração de 20 a 60 minutos de atividade 
contínua dependendo da intensidade. 
- Tipo de atividade: qualquer atividade que utilize 
grandes grupos musculares que seja mantida 
constante, rítmica e aeróbia por natureza, e que 
você GOSTE DE FAZER!! 
- Treino de resistência para manter a massa 
muscular: 8 a 10 exercícios envolvendo os 
principais grupos musculares trabalhados em 
séries de 8 a 12 repetições, pelo menos 2 vezes 
por semana. 
• Treino de resistência pelo menos 2x por 
semana. 
Medicamentos anti-obesidade:
- Recomendação:
• Falha do tratamento não farmacológico em 
pacientes:
- Com IMC ≥ 30 kg/ m2. 
- Com IMC ≥ 25 kg/ m2 + fatores de risco 
(DM, HAS…). 
Catarina Alipio XXII-B Página 8
Endocrinologia 24/05 ATD3
- CA ≥ 102 cm (homens) e ≥ 88 cm 
(mulheres). 
• Sempre individualizar o tratamento. 
• Reavaliações mensais nos 3 primeiros meses 
e após a cada 3 meses. 
• Medicação ineficaz se pede de peso < 5% em 
3 meses (depende, se o paciente parou de 
ganhar peso, não vamos tirar a medicação, pois 
algum efeito ela está tendo). 
• Se o paciente for DM utilizar metformina/ 
análogos de GLP1/ inibidor da SGLT-2 —> não 
são associados a ganho de peso. 
• Se o paciente for cardiopata não utilizar os 
simpatomiméticos. 
• Evitar medicamentos que predisponham ganho 
de peso. 
- Anti-diabéticos, anti-hipertensivo, anti-inflamatórios 
hormonais, anticonvulsivantes, antipsicóticos, 
antidepressivos, contraceptivos. 
Catarina Alipio XXII-B Página 9
Medicamento Ação Dose 
Reduçã
o de 
peso 
Anfepramona 
SNC 
Noradrenérgico 
50 a 100 
mg/ dia 3,0 kg
Femproporex 
SNC 
Noradrenérgico 
25 a 50 mg/ 
dia -
Mazinidol 
SNC - derivado 
tricícilo 
Noradrenérgico 
1 a 3 mg/ dia -
Fentermina 
SNC 
Noradrenérgico e 
possivelmente 
dopaminérgico 
30 a 37,5 
mg/ dia 6,3 kg
Topiramate 
SNC 
AnB 
convulsivante 
Modulador do 
receptor GABA 
Reduz muito a 
compulsão 
alimentar
150 a 300 
mg/ dia
6,6 kg 
(associa
do a 
fentermi
na - 
Qnexa)
Lorcaserina 
SNC 
Agonista do 
receptor 5HT2c
10 mg 2x/ 
dia
5 a 10%
Sibutramina
SNC 
Inibidor da 
recaptacao de 
serotonina e 
noradrenalina
10 a 15 mg/ 
dia
10 a 
15%
Bupropiona 
SNC 
inibidor da 
recaptação de 
dopamina e 
noradrenalina 
150 a 300 
mg/ dia
-
Pupropiona + 
naitrexona 
(Contrave)
SNC 
inibidor da 
recaptação de 
dopamina e 
noradrenalina + 
antagonista 
opióide
150 a 30 
mg/ dia + 25 
2x ao dia
4,8%
LiragrluFda 
(Saxenda)
SNC 
Agonista do 
GLP-1
1,8 a 3,0 
mg/ dia
5,8 kg
Orlistate Interino 
Inibidor da lipase
60 a 120 mg; 
2 a 3x ao dia 
2,9 a 
3,46 kg
Endocrinologia 24/05 ATD3
Tratamento cirúrgico:
- Indicações para cirurgia bariátrica:
• IMC ≥ 50 Kg/ m2. 
• IMC ≥ 40 Kg/ m2: 
- Com ou sem comorbidades.
- Sem sucesso no tratamento clínico 
longitudinal realizado na ABS ou na AAE por 
no mínimo 2 anos e que tenham seguido 
protocolos clínicos. 
- IMC estável há pelo menos 2 anos, sem 
sucesso em tratamentos convencionais 
prévios ou recidiva do peso verificados por 
meio de dados colhidos de histórico clínico 
do paciente. 
• IMC ≥ a 35kg/m2: 
- Com comorbidade. 
- Sem sucesso no tratamento clínico 
longitudinal realizado na ABS ou na AAE por 
no mínimo dois anos e que tenham seguido 
protocolos clínicos. 
• IMC ≥ 30kg/m2: 
- Com comorbidades de classificação grave 
de acordo com o médico. 
- Pode levar à desnutrição (problema). 
- deve ser muito bem avaliado. 
- Comorbidades:
‣ DM/ apneia do sono/ HAS/ displipdemia. 
‣ Doenças CV (infarto do miocárdio, angina, ICC, 
AVC, FA, cardiomiopatia dilatada). 
‣ Asma grave não controlada. 
‣ Osteostroses/ héraias discais.
‣ RGE com indicação cirúrgica/ CCC / 
pancreatites de repetição / esteatose hepática. 
‣ Incontinência urinária de esforço / 
infertilididade / disfunção erétil / SOP. 
‣ Veias varicosas e doença hemorroidária. 
‣ Depressão.
- Idade:
• Pode fazer em < 16 anos quando:
- Ricos avaliados por 2 cirurgiões bariátricas 
titulares da SBCBM e pela equipe 
multidisciplinar. 
- Consentimento pelo responsável legal. 
• 16 a 18 anos:
- Se Z (quanto ele se desvia do percentil 50) de 
iMC > +4. 
- Epífises de crescimento consolidadas. 
- Sempre que indicado. 
- Consentimento pelo responsável legal. 
• > 65 anos:
- Avaliar risco benefício:
• Risco cirúrgico. 
• Presença de comorbidades. 
• Expectativa de vida. 
• Benefícios do emagrecimento. 
- Contraindicações:
• Limitação intelectual significativa em 
pacientes sem suporte familiar adequado. 
• Quadro de transtorno psiquiátrico não 
controlado, incluindo uso de álcool ou drogas 
ilícitas, no entanto, quadros psiquiátricos graves 
sob controle não são contraindicativos 
obrigatórios à cirurgia. 
• Doença cardiopulmonar grave e 
descompensada que influenciem a relação 
risco-benefício. 
• Hipertensão portal, com varizes 
esofagogástricas.
• Doenças imunológicas ou inflamatórias do 
trato digestivo superior que venham a 
predispor o indivíduo a sangramento digestivo 
ou outras condições de risco. 
• Síndrome de Cushing decorrente de 
hiperplasia na suprarrenal não tratada e 
tumores endócrinos.
Catarina Alipio XXII-B Página 10
Endocrinologia 24/05 ATD3
- Exames pré operatórios:
• Vitaminas. 
• Proteínas.
• Hemograma. 
- Cuidados no pós operatório:
‣ Uso de polivitamínicos. 
‣ Suplementação de ferro, vitamina B12 e ácido 
fólico. 
‣ Cálcio (citrato) e vitamina D3. 
‣ Avaliar densitometria óssea. 
‣ Hipoproteinemia (albumina). 
‣ Cuidado com contraceptivos orais. 
‣ Avaliar Zn, Cu, Se. 
‣ Dumping: hipermosmolaridade e hipoglicemia. 
Tipos de cirurgias:
➡ By-pass gástrico (75%):
• Gastroplastia com desvio 
intestinal em Y de Roux. 
• Década de 60. 
• Redução de 40 a 45% do 
peso inicial. 
• Emagrecimento, controle 
de DM e HAS. 
• Deixa um pedacinho do 
estômago e uma grande área de absorção. 
• Grampeamento de parte do estômago, que reduz o 
espaço para o alimento, e um desvio do intestino 
inicial, que promove o aumento de hormônios que 
dão saciedade e diminuem a fome; perda de absorção 
(necessário administração devitaminas após cirurgia).
➡ Banda gástrica ajustável (5%):
• Criada em 1984 e 
iniciada no BRA em 
1996. 
• Redução de 20 a 30% do 
peso inicial. 
• Aperta a entrada do 
estômago e faz com que 
a pessoa consiga comer menos. 
• Controle da DM. 
➡ Gatrectomia vertical (Sleeve):
• Desde 2000. 
• Redução depois - Bypass. 
• Controle de HAS e 
dislipdemia. 
• Deixa um estômago 
comprido que não faz 
absorção. 
• O estômago é 
transformado em um tubo, 
com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml), não 
causa desnutrição.
➡ Duodenal switch (5%):
• Criada em 1978. 
• Associação entre 
gastrectomia vertical e 
desvio intestinal. 
• Redução de 40 a 50% do 
peso inicial. 
• Bom controle de DM e 
outras doenças 
metabólicas. 
• Grande área de desabdorção (= desnutrição). 
• É a associação entre gastrectomia vertical e desvio 
intestinal. Nessa cirurgia, 85% do estômago são 
retirados, porém a anatomia básica do órgão e sua 
fisiologia de esvaziamento são mantidas. O desvio 
intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao 
emagrecimento. 
Manutenção do peso:
✓ Ter alimentos saudáveis em casa. 
✓ Tomar café da manha. 
✓ Consumo regular de vegetais. 
✓ Baixo consumo de alimentos com açúcar e 
gordura. 
✓ Redução de gorduras nas refeições. 
✓ Exercícios físicos regulares. 
✓ Automonitorização do peso semanal. 
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