Buscar

Alimentação convencional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - CSHNB 
CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
Profa. Msc. Márcia Luiza dos Santos Beserra Pessoa 
 
ALIMENTAÇÃO CONVENCIONAL 
 
1. CONCEITO: É alimentação usada habitualmente por grande parte da população, com utilização de 
alimentos de origem vegetal e animal, dos diversos grupos alimentares. 
 
2. TIPOS: 
 
 2.1. Empírica: Não segue os princípios e processos básicos da Nutrição e Alimentação. 
 É feita aleatoriamente, baseada apenas na experiência e não no estudo. 
 
 2.2. Científica: Alimentação que obedece aos princípios e processos básicos da Nutrição e 
Alimentação, englobando planejamento, análise e Avaliação (Dieta ou Regime 
Alimentar). 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DA DIETA OU REGIME ALIMENTAR: 
 
 3.1. Dieta dietoterápica: é a dieta destinada aos indivíduos e/ou coletividades enfermas. É a dieta que 
não segue todas as Leis da Alimentação. 
 3.2. Dieta normal (geral, livre, regular, padrão, adequada): é a dieta destinada aos indivíduos e/ou 
coletividades sadias. 
É a dieta composta pelas quantidades dos diferentes nutrientes recomendados para suprir as 
necessidades do organismo. 
É a dieta que fornece ao organismo todos os elementos necessários ao crescimento e reparação 
dos tecidos e ao funcionamento normal dos órgãos. 
A dieta normal cumpre as quatro Leis da Alimentação, sendo suficiente, completa, harmônica e 
adequada. 
 
4. LEIS DA ALIMENTAÇÃO: Médico Argentino Pedro Escudero. 
Princípios que regulam a forma como a alimentação deve suprir a necessidade do organismo: energética, 
plástica e reguladora. 
 
 4.1. Especificação: 
 
 a) Quantidade: 
 A alimentação deve ser constituída por quantidade suficiente de alimentos que possa 
suprir as exigências calóricas do organismo e manter equilíbrio do seu balanço. 
  Suficiência: cada indivíduo tem exigências calóricas próprias que podem ser determinadas por 
cálculos ou tabelas existentes. A alimentação suficiente mantém o peso normal. 
  Equilíbrio do balanço: É preciso haver equilíbrio entre a ingestão e o dispêndio dos alimentos 
pelo organismo, pois balanço negativo leva a falência (desidratação, emagrecimento, atrofia, 
etc.), balanço positivo leva a sobrecarga (indigestão, obesidade, etc.). 
 
 b) Qualidade: 
O regime alimentar deve ser completo na sua composição, para fornecer ao organismo, 
que é uma unidade indivisível, todas as substâncias que o integram. 
  Unidade: Os nutrientes que constituem o organismos humano agrupam-se em forma complexa, 
em combinações diversas, indo integrar células de características próprias, que formam 
tecidos, órgãos sistemas, com funções específicas. É necessário visualizar cada elemento 
como integrante de todo o organismo, cuja ausência pode ocasionar distúrbios em pontos 
diversos. 
  Substâncias que integram o organismo: Os elementos que compõem o organismo, 
os nutrientes, existem, em formas diversas, em maior ou menor quantidade. 
 Os alimentos devem ser selecionados em função dos nutrientes que contém, relacionados com 
as exigências específicas dos mesmos pelo organismo. 
 
  Carência: É a deficiência de um ou mais dos nutrientes. 
 
 As conseqüências das restrições nutricionais são mais graves quanto mais precocemente 
forem impostas ao longo da vida. 
 c) Harmonia: 
 As quantidades dos diversos nutrientes que compõem a alimentação devem manter entre si 
equilíbrios ou proporções, convenientes para cada organismo nas diversas fases da vida e 
condições de trabalho ou situações fisiológicas. 
 
  Proporcionalidade: É necessário estabelecer-se um padrão exato das proporções e 
relação entre vários nutrientes para assegurar um aproveitamento eficiente dos 
mesmos. 
 
 Na prescrição de um regime não deverão ser esquecidos: 
 Relação % de proteínas e ferro de origem animal e vegetal; 
 Relação % de proteína, lipídio, glicídio e VCT; 
 Relação cálcio e fósforo; 
 Relação vitaminas, minerais e VCT 
 Relação proteína líquida e VCT (NDpCal) ; 
 Relação VCT e DE 
 
 d) Adequação: 
 A finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação ao organismo. 
 
  Indivíduo sadio: conservá-lo assim. 
  Individuo enfermo: auxiliar no tratamento da enfermidade. 
  Criança: assegurar o crescimento e o desenvolvimento. 
 Nutriz: estimular a secreção láctea. 
 Trabalhador: favorecer seu rendimento no trabalho. 
 Idoso: aumentar a longevidade. 
- Definida a finalidade, o regime deve ser adequado para atingir os objetivos: aos hábitos 
individuais, à situação sócio-econômica, ocupações diversas, etc. 
 
 4.2. Unidade das Leis da Alimentação: 
 
 a) Do ponto de vista Biológico: 
 Existe uma só Lei da Alimentação que pode ser enunciada: A alimentação normal deve ser 
quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, além de harmoniosa em seus 
componentes e adequada à sua finalidade e ao organismo a que se destina. 
 
 b) Do ponto de vista Terapêutico: 
 As quatro Leis devem se manter isoladas, pois é possível utilizar-se apenas de uma delas para 
fins de tratamento. 
 Apenas a lei da adequação é universal e deve ser aplicada sem nenhuma exceção para são e 
enfermos. 
 
 4.3. Consequências das Infrações das Leis da Alimentação: 
 
 1ª Lei – Da quantidade 
 Por excesso de alimentos 
 São produzidos distúrbios e enfermidades decorrentes do alto consumo energético (obesidade). 
 Por insuficiência de alimentos 
 Ocorrem distúrbios e enfermidades resultantes de baixo consumo energético (magreza, desnutrição). 
 
 2º Lei – Da qualidade 
 Por excesso de nutrientes 
 Aparecimento de distúrbios e enfermidades conseqüentes ao elevado ingresso de certos nutrientes: 
 Vitaminas (hipervitaminoses), glicídios (diabetes), minerais (litíase), lipídio, colesterol (cardiopatias). 
 Por insuficiência de nutrientes 
 Instalação de estados carenciais por falta de proteína, vitamina e mineral. 
 
 
 3ª Lei – Da harmonia 
 Por não atendimento proporcional de nutrientes 
Verificação de transtornos e enfermidades pelo desequilíbrio para menos ou mais, das proporções de 
nutrientes exigidos pelo organismo. 
 
 4ª Lei – Da adequação 
 Por inadequação de alimentos ao indivíduo 
 Surgimento ou agravamento de enfermidades e distúrbios correlatos. 
 
Os alimentos são utilizados incorretamente quando: 
 Consumidos em quantidades excessivas. 
 Inadequados aos diversos estados do indivíduo. 
 Seus constituintes naturais desempenham ação prejudicial. 
 Promovem alergia. 
 Tornam-se nocivos. 
 
5. FINALIDADES DA ALIMENTAÇÃO: 
 Aporte de energia 
 Aporte de nutrientes para os processos de crescimento, manutenção e para as necessidades próprias de 
gestação e de lactação. 
 Aporte de água e eletrólitos necessários à regulação homeostático do meio interno 
 
6. CONSEQUÊNCIAS DA ALIMENTAÇÃO: 
 
- Da boa alimentação; 
 Crescimento e desenvolvimento normal; 
 Favorece o rendimento no trabalho; 
 Aumenta a longevidade; 
 Bom humor; 
 Sono tranquilo; 
 Resistência às doenças; 
 Expressão saudável. 
 
 - Da má alimentação. 
 Irritabilidade; 
 Desânimo; 
 Cansaço frequente e menor atividade; 
 Fisionomia envelhecida; 
 Falta de atenção, indiferença aos fatos; 
 Predisposição a doenças e aos acidentes de trabalho; 
 Baixa produtividade no trabalho. 
 
 
 
7. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: 
 
 A alimentação saudável considera as características do indivíduo, tais como idade, estágio de 
desenvolvimento, referências de paladar e hábitos alimentares, disponibilidade de alimentos, condições 
socioeconômicas, instalações de armazenamento e preparo e habilidades culinárias. Atende todas as 
necessidades nutricionais de manutenção, reparo e processos de subsistência, crescimentoe 
desenvolvimento d indivíduo. Inclui todos os nutrientes e energia, em quantidades adequadas e proporcionais 
uns aos outros e ajuda a reduzir o risco de desenvolver doenças e distúrbios degenerativos crônicos (MAHAM 
et al ,2010). 
 
 
 
 ATRIBUTOS 
 
 Conter todos os grupos alimentares: alimentos energéticos, construtores e reguladores. 
 Possuir valor calórico suficiente. 
 Incluir proteínas em teor adequado e que contenha aminoácidos essenciais. 
 Incluir lipídios e glicídios em proporções adequadas bem como, incluir, em teor conveniente, minerais, 
vitaminas, fibras e água. 
 Ser de fácil digestão. 
 Possui capacidade de saciedade. 
 Possuir quantidades moderadas de carnes, açúcares, sal, gordura total, gordura saturada e colesterol. 
 Conter em cada refeição um alimento de cada grupo, variando na cor, no tipo e no preparo. 
 Conter alimentos mais naturais ou pouco processados. 
 Incluir alimentos regionais e da safra. 
 Acessibilidade física e financeira 
 Sabor 
 Variedade 
 Cor 
 Harmonia 
 Segurança sanitária 
 Respeitar a identidade cultural, hábitos alimentares e preferências alimentares. 
 A alimentação deve fazer parte do cotidiano das pessoas como evento agradável e de socialização. 
 As práticas alimentares saudáveis devem enfocar o resgate de hábitos alimentares regionais quanto 
ao consumo de alimentos in natura, produzido em nível local, culturalmente referenciado e de alto valor 
nutritivo, considerando-se segurança sanitária, aspectos comportamentais e afetivos. 
 Considerar as modificações históricas: papel do gênero, modificação do espaço físico, modificação 
das relações familiares e pessoais, consumo de alimentos industrializados, pré-preparados ou prontos 
e desagregação de valores sociais e coletivos. 
 
 
8. ETAPAS PARA PLANEJAMENTO DE DIETAS: 
 
 8.1. Estudo do Indivíduo. 
 A caracterização do indivíduo é de suma importância para a perfeita adequação do regime. São 
considerados dados básicos para essa caracterização 
 Estado do indivíduo sadio ou doente; 
 Idade, sexo, altura, peso atual; 
 Condições fisiológicas especiais; 
 Atividades desenvolvidas; 
 Outras condições que possam influir no regime. 
 
 8.2. Prescrição do regime: - Consiste na determinação dos seguintes valores numéricos: 
 
 PT, VCT; 
 Proteína, lipídio e glicídio (% Kcal e g) 
 Valor mineral e vitamínico 
 Distribuição do VCT e nutrientes energéticos nas refeições. 
 
8.3. Elaboração do Cardápio: 
 
 Qualitativo e quantitativo 
 
8.4. Análise, Equilíbrio e Avaliação do Cardápio: 
 
Critério Qualitativo: cumprimento das Leis da Alimentação, presença de alimentos de todos os grupos, a 
compensação entre as refeições, as características organolépticas, a variedade e a disponibilidade do 
alimento. 
 
Critério Semiquantitativo: baseado em guias alimentares que determinação a quantidade de porções de 
alimentos dos grupos que devem ser consumidos pelos indivíduos. 
 Pirâmide Alimentar Brasileira e o Guia Alimentar para a População Brasileira 
Critério Quantitativo: quantificação dos nutrientes que compõem a dieta com emprego de tabelas de 
composição do alimento e utilização de índices de avaliação. 
 
9. PROBLEMAS QUE DIFICULTAM A IMPLANTAÇÃO DE UMA DIETA APROPRIADA. 
 
 Falta de conhecimentos corretos de nutrição, sendo fortemente influenciados pelas: tradições, 
crendices, propagandas, artigos escritos por leigos, livros sobre Dietas “Milagrosas”. 
 Condições econômicas e hábitos alimentares 
 
 
10. ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
 
 Formação de hábitos alimentares saudáveis; 
 Consumo de alimentos saudáveis; 
 Resgate de hábitos alimentares mais saudáveis; 
 Identidade cultural e alimentar

Continue navegando