Buscar

Aula 2 - Crise Convulsiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

► 
 
Atividade Elétrica anormal do cérebro 
É resultante de uma descarga neural paroxística provocado por 
desequilíbrio de permeabilidade das células nervosas entre os ions 
intra e extracelulares, provocando uma hiperexcitabilidade e 
resultando em uma descarga elétrica. 
A crise convulsiva é uma manifestação do sistema neurológico 
que pode acontecer por diversas razões e não se constitui em uma 
doença propriamente dita. Ela é resultado da impossibilidade de 
transmissões sinápticas de forma coerente. 
A crise pode ser causada por distúrbios metabólicos, tais como 
alterações eletrolíticas, glicêmicas, hormonais, traumatismos 
cranianos, a febre, as infecções de qualquer natureza quando 
estas atingem um grau de disseminação sistêmica importante, ou 
seja, quando instalada na corrente sanguínea. 
Como vocês podem ver, são várias as causas e por isso não pode 
ser considerada uma doença propriamente dita. 
 
► –
A epilepsia não é sinônimo de retardo nem de doença mental. A 
epilepsia não está associada ao nível intelectual. 
Convulsão é um distúrbio que ocorre no cerébro (descarga elétrica 
anormal) podendo gerar contrações involuntárias da 
musculatura (com movimentos desordenados) ou outras reações 
anormais, como desvio dos olhos e tremores. 
Ataque epilético, que resulta da alteração fisiológica cerebral e 
que clinicamente se manifesta por movimentos rítmicos 
involuntários e anormais, que são acompanhados de alterações 
do tónus muscular, esfíncteres e comportamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
► 
 
Pequeno Mal – Crise de ausência: quando o paciente apresenta 
crise de “ausências”, ou seja, perde a percepção temporal e 
espacial. Nesta apresentação da crise convulsiva é importante 
que se coloque o paciente em ambiente tranquilo e protegido, já 
que ele não tem a percepção de seu corpo no ambiente até que a 
crise se encerre. Com o retorno do paciente ao meio, devese 
apenas reorientá-lo quanto ao local e pessoas que estão com ele. 
 
Grande Mal – Tonico Crônica: A crise mais intensa ocorrida na 
epilepsia é chamada de Grande Mal e requer mais atenção por 
parte do enfermeiro, já que é nesta classifi cação que ocorrem os 
distúrbios neurológicos e respiratórios que poderão comprometer 
a vida do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
► 
 
CAUSAS NEUROLÓGICAS 
Hemorragia subaracnóide 
Hemorragia intraparenquimatosa 
AVEi 
TU do SNC 
Infecções do SNC 
TCE 
 
A manifestação mais frequente e que chama mais a atenção da 
crise convulsiva são os tremores físicos. Eles são representados 
por uma intensa contração de todos os músculos do corpo, tanto 
os músculos com contração voluntárias, como os músculos dos 
braços e pernas, como os músculos com contração involuntária, 
como o diafragma 
 
► 
 
As convulsões generalizadas se iniciam com manifestações 
clínicas que refletem o envolvimento de ambos os hemisférios 
cerebrais evoluindo com perda da consciência acompanhada de 
espasmos musculares. 
As parciais envolvem uma área do cérebro, podendo ou não 
ocorrer perda da consciência. 
Em geral, as crises convulsivas ocorrem com o envolvimento 
muscular do tipo tônico-clônico ou generalizado, sendo diversas 
as suas manifestações clínicas, dependendo do córtex cerebral 
envolvido. 
Também podem ocorrer descargas neurais que desencadeiam 
crises não convulsivas, como crise de ausência, somatossensitiva 
e neurovegetativa. Nas UTIs essas crises são muitas vezes 
interpletadas como coma inexplicado, distúrbios sensoriais ou 
estados confusionais de origem psiquiátricas. 
 
A crise convulsiva foi dividida em duas características principais e 
que informam a gravidade da crise e a repercussão que ela pode 
ter. 
Parcial – que não altera o nível de consciência, com sintomas mais 
brandos, tais como alterações respiratórias, taquicardia 
contrações musculares em uma parte ou lado do corpo. Tem 
duração reduzida, em torno de 10 segundo a 1 minuto. O paciente 
retorna ao estado normal com algum grau de desorientação e 
alucinação. 
 
 
 
Epilepsia doença neurológica que afeta a formação 
dos neurônios também tem como manifestação 
sintomática a crise convulsiva. consiste em grupo 
de síndromes caracterizadas por convulsões 
recorrentes. As síndromes epileticas são 
classificadas por padrões específicos de aspecto 
clinico, incluindo a idade de início, histórico 
familiar e tipo de convulsão. 
 
AVALIAR CRISES 
CONVULSIVAS 
 
- Como podem ocorrer ??? 
 Doenças Infecciosas : Meningite 
 Doença congênita : Epilepsia 
 Intoxicação exógena : Uso inapropriado 
de medicamentos, álcool e drogas 
 Distúrbios Hidroeletrolíticos : 
Hiponatremia 
 
► 
 
Generalizadas: Envolvem ambos os hemisférios; 
Perda da consciência; sem início local no cérebro. 
 
Neste caso a crise já é mais severa, com alteração do nível de 
consciência, espasmos musculares mais intensos com 
enrijecimento, respiração forçada. Tem uma duração um pouco 
mais longa variando de 2 a 3 minutos de duração. O paciente 
experimenta liberação esfi ncteriana, tanto vesical quanto anal. O 
retorno à consciência nem sempre acontece e o paciente fica em 
estado de torpor, necessitando em algumas circunstâncias de 
intubação orotraqueal, devido à alteração da pontuação na escala 
de Glasgow. 
 
1) Tonico-clônica: (Grande Mau) - Perda da consciência; 
Enrijecimento, respiração forçada(grito); contraturas rítmicas 
deixando os membros tensos e estendidos. 
 
2) Clônica – Contratura semirrítimica, simétrica e bilateral 
(movimentos de flexão e estiramentos dos membros de forma 
repentina e rítmica). 
Tônica – Tônus subitamente e expiração forçada. 
 
3) Mioclônica: Contratura corporal súbita e breve. Períodos 
alternados de contração e relaxamento. 
Atônica: (“Ataque de queda”); Perda súbita do tônus – quedas. 
Ausência: (“Pequeno mau”); início breve, habitualmente sem 
comprometimento motor. 
 
Parciais: Envolvem um hemisfério 
 
1) Convulsão parcial simples – sem alteração do nível de 
consciência. 
2) Convulsão parcial complexa – nível de consciência alterado; 
com ou sem automatismo; extala os lábios, deglutição, andar 
sem destino, verbalizações. 
3) Parciais com generalização secundária; - pacientes com crises 
focais ou parciais podem apresentar generalização da 
descarga neuronal, resultando em crise generalizada grave. 
 
 
- Acesso venoso – 
- SSVV + Glicemia 
- Exame neurológico: nível de consciência, rigidez de nuca. 
- História de uso de drogas lícitas e ilícitas 
- Doença pregressa 
- HC, eletrólitos, função renal, gasometria 
- ECG 
 
OUTRAS CONDUTAS 
- Triagem para tóxicos 
- Dosagem de drogas anticonvulsivantes 
- TC Crânio e/ou RM Encéfalo 
- LCR 
- EEG 
Encefalopatias 
Alterações epileptiformes 
Estado de mal convulsivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEUROLÓGICAS 
Lesão hipóxico-isquêmica 
Lesão induzida por crise 
Edema cerebral/HIC 
Trombose venosa cerebral 
AVEi/AVEh 
 
SISTÊMICAS 
Pico hipertensivo/Hipotensão 
Ins. Cardiocirculatória/Choque cardiogênico 
Insuf. Respiratória, apnéia 
Edema pulmonar, embolia pulmonar 
Pneumonia aspirativa 
Hipertermia 
IRA 
 
 
ANTICONVULSIVANTES: 
 
 Fenitoína – (hidantal®, epelin®) - 250mg IV, 6 / 6 horas, 
completando 1g em 24 horas (Hidantoinização): 
 
MONITORIZAÇÃO de ECG e PA (especialmente em idosos) 
Diluído em SF; NUNCA em SG 
 
Caso tenha tido convulsão proceder a hidantoinização em 60 
minutos. Continuar com dose de manutenção de 100mg (2ml) a 
cada 8 horas. 
 Determinar nível sérico em 2 semanas. 
 Atentar para hipotensão, arritmia cardíaca, dor no local 
da infusão (acesso pouco calibroso), risco de isquemia à 
infusão. Atentar para precipitação 
 
 Benzodiazepínico: valium®, diazepan®, por via EV em 
bolus sem diluir até 10mg. Repetir uma ou duas vezes c/ 
intervalos de 10 a 15 minutos. 
 Atentar para associação com outras drogas 
Atentar para risco de apnéia e hipotensão 
 
 Benzodiazepínico de ação rápida - Tratamento inicial de 
escolha 
 
Diazepam: Adultos – 10-20mg IV 
 Crianças: 0,2-0,3 mg/kg (retal 0,5-0,7) 
 Tempo de ação: 6min 
 em bolus sem diluir. Repetir uma ou duas vezes c/ 
intervalos de 10 a 15 minutos. 
 
Midazolam: Adultos: 5-15 mg IV 
 Crianças: 0,15-0,3 mg/kg (Via intranasal: 0,2 mg/kg) 
 IM: Absorção lenta 
 Atentar para associação com outras drogas 
 Atentar para risco de apnéia e hipotensão 
 
► 
 
 Avaliar nível de consciência 
 Evitar aumento da PIC: manter cabeceira à 30 e 45 °, evitar 
a flexão do quadril, atentar p/ distensão abdominal, evitar 
tração/rotação do pescoço, evitar aspirar prolongadamente, 
evitar espasmos de tosse, não infundir hemoderivados rápido. 
Não comprimir jugulares, Evitar manobra de Valssalva, 
Analgesia e Normotermia 
 Avaliar padrão respiratório, curva térmica, balanço hídrico 
 Atentar p/ crises convulsivas 
 Fazer mudança de decúbito 
 Fazer higiene oral 
 
Quando a crise é presenciada, o enfermeiro deverá preservar a 
permeabilidade das vias aéreas, seja por meio da elevação da 
mandíbula, ventilação artificial com o respirador artificial, OU 
com a intubação orotraqueal realizada pelo médico. 
O que você não poderá deixar de prover é uma ventilação 
adequada ao paciente. 
Cogita-se até que a ventilação artificial seja prioritária ao uso de 
medicamentos que cessem a crise convulsiva. 
 
 
 
Durante a crise o paciente deverá ser lateralizado, 
preferencialmente em bloco no leito para que se reduza o 
risco de broncoaspiração de saliva. Pacientes em crise 
convulsivas tornam-se sialorreicos e por isso, o excesso de 
secreção na cavidade oral pode se tornar um problema a 
mais no atendimento. 
A contenção no leito poderá ser realizada, mas somente se 
na sua avaliação existir risco do paciente retirar dispositivos 
importantes, tais como acessos venosos, tubos orotraqueais, 
entre outros. A avaliação constante do nível de consciência 
e cognição deverá permear este critério para a contenção. 
 
O COFEN regulamenta os critérios para a contenção no leito 
por meio da resolução 427/2012. 
O cuidado no hospital inclui a monitorização do paciente 
durante a convulsão (o paciente nunca fica sozinho) e o 
fornecimento de suporte e proteção sem tentar conter o 
individuo. 
Mudar o decúbito do paciente para a posição lateral durante 
uma convulsão generalizada, quando possível, ajudar a 
manter a via aérea do paciente. 
Contenção no leito, se necessário 
 
 
 
 
► 
 
 
 RESOLUÇÃO COFEN Nº 427/2012 
 
Normatiza os procedimentos da 
enfermagem no emprego de 
contenção mecânica de pacientes 
Art. 1º Os profissionais da 
Enfermagem, excetuando-se as 
situações de urgência e emergência, 
somente poderão empregar a 
contenção mecânica do paciente 
sob supervisão direta do 
enfermeiro e, preferencialmente, 
em conformidade com protocolos 
estabelecidos pelas instituições de 
saúde, públicas ou privadas, a que 
estejam vinculados. 
Art. 2º A contenção mecânica de 
paciente será empregada quando 
for o único meio disponível para 
prevenir dano imediato ou 
iminente ao paciente ou aos 
demais. 
 
A meningite é uma inflamação das meninges, que recobrem 
e protegem o encéfalo e a medula espinal. As três principais 
causas de meningite consistem em infecções bacterianas, 
virais e fúngicas (Bader e Littlejohns, 2010). A meningite 
pode ser o principal motivo de hospitalização de um cliente 
ou pode desenvolverse durante a hospitalização; é 
classificada em séptica ou asséptica. A meningite séptica é 
causada por bactérias. As bactérias Streptococcus 
pneumoniae e Neisseria meningitidis são responsáveis pela 
maioria dos casos de meningite bacteriana em adultos. Na 
meningite asséptica, a causa é viral ou secundária a um 
câncer ou apresenta um sistema imune deficiente, como no 
caso do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os 
agentes etiológicos mais comuns são os enterovírus. A 
meningite asséptica ocorre mais frequentemente no verão e 
início do outono.

Continue navegando