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Mila Vitória – otorrino/oftalmo 2021.1 Exame oftalmológico Anamnese, medida da acuidade visual, refratometria, inspeção externa, exame da motricidade, exame das pupilas, biomicroscopia, tonometria, fundoscopia. Anamnese • Idade: recém-nascido/ crianças-> informações sobre gravidez e parto; HF de doenças oculares; desenvolvimento visual, desempenho escolar. Jovem/ adulto -> alta cobrança visual. > 40 anos -> presbiopia. > 50 anos -> patologias senis como catara, glaucoma, DMRI. • Profissão • Histórico geral e ocular • Medicações e/ou cirurgias prévias • História familiar • Queixa principal: duração dos sintomas; uni ou bilateral; modo de instalação; sintomas associados; fatores desencadeantes; fatores de melhora ou piora. • Sintomas mais comuns: alteração da visão, da sensibilidade, na aparência, diplopia, lacrimejamento. Baixa visão Normalmente devido a erros refrativos, opacidade dos meios oculares, doenças maculares e do nervo óptico. • Para longe ou para perto? • Distorção na forma: metamorfopsia. As doenças que causam metamorfopsia são, principalmente, as maculopatias (na mácula há maior número de fotorreceptores) • Perda momentânea da visão: amaurose fugas (unilateral, dura minutos a horas). Avaliar neuropatias. • Visão de halos. Doenças corneanas, astigmatismo, catarata. • Defeito no campo visual: escotomas • Cegueira noturna: nictalopia • Moscas volantes: opacidade no humor vítreo-> forma sombra na retina • Urgência se: instalação rápida, perda visual profunda. Alteração da sensibilidade • Ardor, queimação e prurido: doenças da superfície ocular • Dor ocular: inflamação da córnea, de esclera, da úvea e do nervo óptico; glaucoma; esforço visual. Coroide e retina não doem! • Cefaleia: a maioria é tensional. Astenopia: após esforço visual, ao fim do dia, alívio com repouso, frontal • Fotofobia: astigmatismo; íris e retina hipopigmentada. • Peso sobre os olhos: dermatocálise (excesso de pele-> pode causar ptose palpebral), edema palpebral. Alteração na aparência • Alteração na cor: hiperemia (muitas vezes associadas a quadros patológicos), hemorragia subconjuntival (100% benigna! geralmente associada a hipertensão). • Leucomas (alterações brancas na córnea), catarata (alterações no cristalino) • Hifema: sangue na câmara anterior; relacionado a trauma, pode causar hipertensão ocular. Hipópio: pus na câmara anterior. • Esclera amarela, azul ou escura • Diplopia: monocular-> astigmatismo, irregularidade corneana, catarata; binocular -> estrabismo • Lacrimejamento: aumento na produção de lágrimas ou déficit de escoamento (epífora). Exame oftalmológico Medida da acuidade visual Mede a capacidade discriminatória dos olhos. De longe: paciente a 6m da tabela (mais ou menos 20 pés). De perto: paciente a 40cm da tabela. Tabela de Snellen: nas fileiras, as letras diminuem progressivamente de tamanho e há a classificação da acuidade visual. Ex: visão 20/70 significa que o paciente a 20 pés da tabela enxerga até uma fileira em que um indivíduo com acuidade visual preservada enxergaria a 70 pés de distância. Resumindo: quanto maior o denominador, pior a acuidade. • Testar com correção, ocluir o outro olho • Se não consegue enxergar a maior letra: conta dedos a 1 metro (CD 1m) • Não consegue contar dedos: movimento de mãos (MM) • Não consegue ver MM: percepção luminosa (PL) • Sem percepção luminosa (SPL): cegueira absoluta Campo visual de confrontação Aqui pode tirar os óculos, a única etapa que é feita de óculos é a acuidade visual. 1 metro de distância entre médico e paciente, pedir pra fixar o olhar no nariz do examinador. Testa quadrantes temporais superior e inferior e os nasais superior e inferior. • Hemianopsia heterônima: pega bitemporal, é pré-quiasmática TS TI NS TS NI TS NS TS TS NI TS NS TS TI NS TS • Hemianopsia homônima: pós-quiasmática vai dar lesões homônimas, ou seja, do mesmo lado, pega temporal e nasal • Quadrantopsia: pega o quadrante. Motilidade ocular Pedir pro paciente seguir o dedo, mantendo a cabeça imóvel. Testa os músculos extraoculares e sua inervação. Reflexos pupilares Realizado com uma lanterna (foco luminoso). Avalia a resposta que abrange retina, nervo óptico, grupos de neurônios no diencéfalo e neurônios motores do nervo oculomotor. Na foto -> primeira: normal. Segunda e terceira: anisocoria. Luz chega nos fotorreceptores da retina, entram nas células que vão formar o nervo óptico e levam o estímulo nervoso. Cai no núcleo pré-tectal -> faz sinapse para ir pro núcleo de Edinger Westphal -> manda o reflexo pro esfíncter. Há reflexo consensual porque parte do estímulo é mandado para o outro lado -> gânglio ciliar -> esfíncter. DPAR: caracterizam alterações oculares. Exame do segmento anterior Avalia pálpebras e área periocular, procurando sinais de inflamação como edema, rubor, calor e sensibilidade. Deve- se procurar alterações palpebrais como ptose e retração palpebral. Reflexo direto ok Reflexo consensual ok Defeito do reflexo direto Para testar o consensual desse alterado, joga a luz do outro lado e vê como tá reflexo. Reflexo consensual ok Tem defeito pupilar aferente relativo (DPAR) Pode usar colírio de fluoresceína + luz azul de cobalto no olho vermelho. Lesão se cora em verde limão. Tonometria bidigital Palpa com os 2 indicadores a tensão do olho e compara os lados. É uma estimativa na PIO. Conseguirá diferenciar: olhos muito tensos (pressão muito elevada) x olhos pouco tensos (pressão muito baixa). PIO normal: 10-21 mmHg Fundo de olho Edema de papila
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