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1 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende LEUCOSE BOVINA Doença infecto-contagiosa caracterizada pelo aparecimento de tumorações Pertence à família Retroviridae, à sub-família Oncovirinae, e ao gênero Deltaretrovirus. Vírus envelopados, facilmente inativados por solventes, detergentes lipídicos e aquecimento. Enzima transcriptase reversa Infiltração mononuclear em órgãos ricos em tecido linfóide, como os linfonodos, o abomaso, o coração, o útero, o baço e os rins. Alterações hematológica: detecção de leucocitose por linfocitose com aumento das formas linfocitárias atípicas. PERDAS ECONÔMICAS Descarte precoce dos animais Redução na produção de leite Maior suscetibilidade à ocorrência de enfermidades (imunossupressão). A DOENÇA Forma maligna: tumoral e fatal. Linfossarcomas em quase todos os linfonodos e órgãos (ocorre em 5 a 10% dos animais infectados). Forma benigna: aumento geral do número de linfócitos sanguíneos (linfocitose persistente), de ocorrência em 30% dos animais infectados. TRANSMISSÃO Sangue do animal contaminado, geralmente iatrogênica. Agulha ou seringa reutilizada. Descornador, tatuagem Equipamentos de castração Transfusão de sangue Mesma luva no toque retal Mesma argola (em touros) Monta natural Animais confinados estão mais susceptíveis a se infectarem através de secreções nasais, saliva, urina, fezes, descarga nasal. Transmissão vertical: leite ou colostro, transplacentária. Pasteurização destrói facilmente o vírus Não é uma zoonose O leite e a carne podem ser consumidos. SINAIS CLÍNICOS Depende da localização do tumor Alguns animais são assintomáticos. Digestivos: diarréias e empanzinamentos Respiratório: tosse e dificuldade de respiração. Insuficiência cardíaca Aumento generalizados dos gânglios Infertilidade Perda de peso Queda na produção Paralisia dos membros posteriores PATOGENIA Possíveis consequências da exposição ao vírus: Animal não se torna infectado, devido a resistência genética Portadores latentes: infecção permanente e níveis dectáveis de anticorpos. 2 Doenças Infecciosas e Parasitárias III – Amaríntia Rezende Infecção permanente e animais soropositivos: desenvolvem linfocitose persistente e processo linfoproliferativo benigno Linfossarcoma: animais soropositivos que desenvolvem tumores neoplásicos malignos Principais sinais: perda de peso, linfadenopatia externa, redução de apetite, linfadenopatia interna, febre, paresia posterior, diarreia, constipação, alterações cardiovasculares, respiração dificultada. LINFOCITOSE PERSISTENTE Rebanhos com um alto índice com a presença de linfossarcoma, muitas fezes, contém alguns animais com linfocitose persistente. É considerada que a linfocitose persistente é a forma subclínica do linfossarcoma. DIAGNÓSTICO Animais adultos (+3 anos): progressivo e visível, aumento dos linfonodos subcutâneos principais, simulando linfoadenopatias infecciosas, porém, sem febre. Biópsia para exames histopatológicos, classificados como tipo linfossarcoma. Suspeita de leucose enzoótica: diarreia, meteorismo, aumento de linfonodo, exoftalmia. Hematológico: linfocitose Imunológico: técnicas como imunodifusão em gel de ágar ELISA Radioimunoensaio PCR Reações falso positivo em exames sorológicos: animais que receberam anticorpos pelo colostro da mãe (acompanhar até os 6 meses). Janela imunológica PREVENÇÃO E CONTROLE Não tem vacina. Prevenção: manejo adequado, não reutilizar agulha, cuidados. Caso um animal da propriedade teste positivo: testagem do rebanho a cada 3 ou 6 meses, até identificar todos os animais positivos. Em casos de alta prevalência de animais positivos, separar os animais positivos dos negativos em dois lotes no campo, evitando a transmissão mecânica por insetos hematófagos. Fazer ordenha de animais negativos antes dos positivos. Utilizar desinfetantes eficazes após a ordenha. Não compartilhar instrumentos veterinários como agulhas, luvas de palpação, bisturis, descornadores, brincadores.
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