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Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuro-histologia – Fernanda Daumas 
 RECEPTORES SENSORIAIS 
 
INTRODUÇÃO 
• Podemos ter dois tipos de terminações nervosas: 
as motoras e as sensitivas. As terminações recepti-
vas são chamadas de receptores sensoriais. 
DEFINIÇÃO 
• Receptores são estruturas multicelulares respon-
sáveis por captar o estímulo do ambiente e trans-
forma-lo em sinal neural. Nossa retina por exem-
plo possui receptores eletromagnéticos que con-
vertem a energia eletromagnética em sinal neural. 
Na pele o toque converte energia física em sinal 
neural. 
• Eles são responsáveis pelas diferentes sensações 
como: 
❖ Tato 
❖ Dor 
❖ Olfação 
❖ Propriocepção 
❖ Somestesia 
CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES 
Os receptores podem ser classificados da seguinte forma: 
1. Quanto à a origem da recepção: podemos ter exte-
roreceptores (estão no meio externo) ou intero-
recptores (estão no meio interno) 
2. Quanto a função: tato discriminativo, grosseiro, 
coceira, etc. 
3. Quanto aos receptores: ele pode ser mecanorre-
ceptor (se abre por estimulo mecânico), quimiorre-
ceptor (estimulo químico), fotorreceptores. 
A PELE 
• A pele é o órgão mais inervado do nosso corpo. So-
mos seres essencialmente visuais, uma área 
enorme do encéfalo responde a visão o que não 
exclui que outras partes do corpo podem ser alta-
mente inervadas. 
• No tato temos a inervação da pele. Esses nervos 
vão chegando na pele e diminuindo seu calibre 
para inervar os receptores sensoriais. 
• O tecido epitelial forma a epiderme da pele. Logo 
abaixo temos a derme sendo formada de tecido 
conjuntivo. A epiderme possui um extrato de célu-
las mortas pelo acumulo de queratina. Essas mes-
mas células que acumulam queratina(queratinóci-
tos) também existem nos pelos, porem nos pelos 
as células são achadas e mais unidas e não esfo-
liam. Quando esfoliam ocorre o frizz. Os queratinó-
citos estão presentes na pele como nos pelos. A 
pele é altamente inervada e possui receptores sen-
soriais mais superficiais e outros mais profundos. 
Esses mais profundos inervam regiões mais pro-
fundas na derme e os superficiais os mais superfi-
ciais da derme. Nas regiões onde temos pele 
grossa temos regiões de papilas dérmicas. Ela pro-
move maior discriminação entre dois pontos pois 
nessas regiões temos uma serie de receptores com 
alta capacidade discriminativa. 
TIPOS DIFERENTES DE RECEPTORES SENSORIAIS 
NA PELE 
 
TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES 
• Um axônio entra na derme e entra na junção entre 
derme e epiderme. Ao chegar à célula de schawnn 
não entra na epiderme e o axônio entra desnudo 
na epiderme. Ele se ramifica entre as células da 
epiderme dando uma serie de sensações, como 
dor, coceira, temperatura e tato grosseiro. 
Receptores sensoriais 
Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuro-histologia – Fernanda Daumas 
 RECEPTORES SENSORIAIS 
 
 
TERMINAÇÕES ASSOCIADAS A FOLÍCULOS PILOSOS 
• Outros receptores parecidos também se associam 
a epiderme, porem vão se associar a epiderme dos 
folículos pilosos(pelos). Esses receptores não tra-
zem tanto detalhe. 
• As terminações nervosas livres são assim chama-
das quando elas vão até o revestimento e são cha-
madas de associadas ao folículo piloso quando elas 
vão até os pelos. Esses axônios se ramificam em 
torno dos queratinócitos e também entram desnu-
dos. 
CORPÚSCULOS DE MERKEL 
• O axônio vem da derme. Ao entrar ele não se rami-
fica e se encaixa dentro de uma célula da epi-
derme que é a célula de merkel. Ela possui um es-
paço para receber esse axônio. 
• A célula de merkel sente a compressão externa do 
tecido e libera neurotransmissores e ativa o nervo. 
 Campo receptivo pequeno, maior discriminação 
COSPÚSCULOS DE MEISSNER 
• O axônio não entra na epiderme. Ele fica na região 
de papila dérmica. Meissner e merkel estão quase 
na mesma direção e são os receptores com maio-
res capacidades discriminativas entre dois pontos. 
• O axônio chega e as células de schawnn se enove-
lam com o axônio dentro formando uma capsula 
cheia de liquido. 
 
Campo receptivo pequeno, maior discriminação 
CORPÚSCULOS DE VATER-PACINI 
• Receptor mais profundo que fica na junção da 
derme com a hipoderme. O axônio ao entrar no 
corpúsculo perde sua bainha de mielina. No seu 
entorno temos células de schawnn em camadas 
depois camada de fibroblasto e liquido. 
• As terminações nervosas da pele deveriam ter um 
campo receptivo pequeno, no entanto ela se rami-
fica e possui um campo receptivo grande. 
 Quanto mais superficial um receptor menor seu campo re-
ceptivo, no entanto maior será sua capacidade de discrimi-
nação entre dois pontos. Quanto mais profundo o receptor 
maior o seu campo receptivo e menor discriminação. 
 RECEPTORES DE ADAPTAÇÃO RÁPIDA 
• Ele só responde no momento de colocação do esti-
mulo e no momento de retirada. Por exemplo 
quando colocamos o relógio sentimos sua pre-
sença, mas depois esquecemos dele e só sentidos 
ao retirar. Os principais são o de pacini e maiss-
ner. 
• Uma terminação nervosa é envolta por camadas 
de liquido e célula de schawnn. O que fica em con-
tato com a terminação nervosa é o liquido. 
Quando aparece o estimulo, ele comprime os teci-
dos contra a capsula do pacini mexendo o liquido 
ate o momento que ele se acomoda. Enquanto o li-
quido está se mexendo ele da um sinal que está 
ativo, assim que ele para o estimulo para. A 
mesma coisa ocorre na retirada do estimulo. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuro-histologia – Fernanda Daumas 
 RECEPTORES SENSORIAIS 
 
 Quanto mais capsula tiver um tecido mais rápido ele se 
adapta. O receptor de pacini é o que mais se adapta e de-
pois o de maissner. 
RECEPTORES DE ADAPTAÇÃO LENTA 
• Não se adapta. Enquanto o estimulo estiver pre-
sente ele está respondendo ao estimulo. Os recep-
tores sem cápsula possuem adaptação lenta. Estão 
em contato direto com o tecido em volta então 
todo o tempo que o tecido encostar nessa termi-
nação ele irá responder. 
❖ São as terminações livres e de merkel. Eles respon-
dem o tempo inteiro pois respondem ao tecido em 
torno do nervo. 
RECEPTORES ENCAPSULADOS 
• Esses receptores possuem capsulas, mas não tanto 
quando pacini e Meissner. 
 
RUFINI 
• Ele possui apenas uma capsula, por isso sua adap-
tação não é tão rápida quanto os outros. 
PROPRIOCEPÇÃO 
• Sentido do espaço que o nosso copo ocupa. 
• Existem receptores que mostram o grau de contra-
ção e estiramento de cada musculo do corpo, sa-
bendo isso sabemos o espaço que o nosso corpo 
ocupa. Essa sensação é dificultada quando a região 
fica inchada. Por exemplo: quando mordemos a 
língua a primeira vez fica mais fácil de morder ou-
tras vezes seguidas. 
GUSTAÇÃO 
• A gustação é recebida pela língua através dos bo-
tões gustativos. Eles estão concentrados na língua, 
mas estão presentes em outras regiões da cavi-
dade oral. Os botões gustativos são células epiteli-
ais diferenciadas que percebem moléculas de gus-
tação. As papilas apresentam fendas que acumu-
lam saliva com moléculas de alimentos. Nessas 
fendas estão os botões gustativos. Esses botões 
podem ter três tipos de célula: 
❖ Células sensitivas: possuem prolongamentos com 
receptores para diferentes moléculas. Como gluta-
mato, NaCl, receptor para doce, etc. essas células 
são as mais largas e claras. 
❖ Células de sustentação: estão ao lado das sensiti-
vas. Elas são as células que dão suporte metabó-
lico para as células sensitivas. São mais estreitas e 
escuras além de serem menos ativas. 
❖ Células basais: são as células tronco do botão gus-
tativo. Estão abaixo de todas elas. Se diferenciam 
em células de sustentação e sensitivas. 
• Associado a essas células temos as terminações 
nervosas que recebem as informações sensitivas e 
levam para SNC para a interpretação do sabor. 
• Em cada uma das fendas desembocaas glândulas. 
A salivação limpa as moléculas para recepção de 
novos sabores. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuro-histologia – Fernanda Daumas 
 RECEPTORES SENSORIAIS 
 
 
 
OLFAÇÃO 
• No teto da cavidade nasal temos um epitélio sen-
sorial olfativo. Nele temos também três tipos de 
células olfativas, sendo que um deles já é o neurô-
nio. 
❖ Células de sustentação: células com núcleo mais 
próximos a superfície livre do epitélio. Se asseme-
lham as células da glia. Suporte metabólico para os 
neurônios. 
❖ Neurônios bipolares: células que terão os recepto-
res para as moléculas olfatórias. Estão mais no 
meio. Um axônio forma o nervo olfatório e o outro 
forma prolongamentos comprimidos na cavidade 
nasal. São semelhantes aos cílios e possuem vários 
receptores para moléculas olfatórias. 
❖ Célula basal: célula tronco e mais próxima ao te-
cido conjuntivo. Elas também se diferenciam nas 
outras células. Uso de drogas e poluição podem le-
sionar as outras células desse epitélio. São células 
mais profundas próximas ao tecido conjuntivo. 
• Esse tecido também tem glândulas que produzem 
muco para retirar as moléculas que ali estavam. 
Quando essas moléculas ficam ali por muito tempo 
há uma dessensibilização do cheiro que aquela 
molécula traz. Quando passamos um perfume logo 
após paramos de sentir esse cheiro, mas ele conti-
nua ali, apenas fomos dessensibilizados. 
• Na cavidade nasal os prolongamentos possuem vá-
rios receptores. Esses receptores são todos acopla-
dos a proteína G. alguns possuem afinidade para 
um cheiro mais azedo enquanto outros podem ter 
afinidade para um cheiro mais pútrido. Depen-
dendo do conjunto de receptores que forem ativa-
dos vamos sentir um cheiro especifico ou não.

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