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Quais as indicações? 1 ♦ Quais as indicações? Monitorização hemodinâmica invasiva → pressão venosa central, pressão arterial pulmonar, débito cardíaco por termodiluição Manutenção para via de infusão de soluções ou medicações Nutrição parenteral prolongada Quimioterapia Hemodiálise Reposição rápida de fluidos ou sangue em traumas ou cirurgias Estimulação cardíaca artificial temporária Acesso venoso em pacientes com veias periféricas ruins Quais as contraindicações? 1 ♦ Quais as contraindicações? Discrasias sanguíneas graves (sangue não coagula de forma adequada) Anticoagulação terapêutica Endarterectomia de carótida ipsilateral Tumores cervicais ou os que têm extensão intravascular para o átrio direito Onde inserir? 1 ♦ Onde inserir? Veia jugular interna Veia subclávia Veia femoral Veia jugular externa Veia antecubital Como escolher o local? Experiência de quem vai fazer Anatomia do paciente Riscos da colocação Necessidades do paciente e quanto vai durar o cateter Quando se quer evitar: áreas de contaminação, locais de acesso que tenham disfunção anatômica local, locais com múltiplas cicatrizes, presença de cateter ou outro dispositivo Qual lado é mais preferido? Onde inserir? 2 O lado direito Por que? A cúpula pleural direita é mais baixa Trajeto até o átrio direito mais retilíneo → cateter fica posicionado melhor O ducto torácico desemboca na veia subclávia esquerda → fazendo o acesso do lado direito há menores riscos para quilotórax Como fazer? 1 ♦ Como fazer? Técnica de Seldinger 1. Identificar o local de punção e introduzir a agulha, aplicando leve sucção (pressão negativa da seringa). 2. Ao atingir a veia, desconecta-se a seringa, ocluindo a extremidade proximal da agulha com o dedo e introduz-se o fio guia por dentro da agulha. 3. Remove-se, então, a agulha, mantendo o fio guia inserido. 4. Realizar uma incisão de 1 a 2mm no local da punção na pele e introduzir o dilatador sobre o fio guia. 5. Após a dilatação, remove-se o dilatador e introduz-se o cateter sobre o guia na veia. 6. Remove-se o fio guia e após constatar o retorno de sangue, conecta-se o cateter ao equipo com soro fisiológico 0,9%. 7. Fixar o cateter com ponto simples na pele. 8. Solicitar RX de tórax para confirmar posicionamento correto Especificações de cada local Acesso anterior/médio da veia jugular interna Qual o referencial anatômico? Ápice do triângulo de Sedillot Formado pelo que? Cabeça esternal e clavicular do músculo esternocleidomastoideo Como fazer? 2 Qual a posição do paciente? Posição de Trendelenburg Cabeça rotacionada contralateralmente ao acesso Como achar? 1. Identificar a linha que vai do processo mastóide até a inserção esternal do músculo esternocleidomastoideo (SCM); 2. localizar o ápice do triângulo formado pelas duas cabeças do SCM, tendo a clavícula como base; 3. palpar a pulsação da artéria carótida (medial ao bordo interno do SCM); 4. identificar visualmente, ou por palpação, a posição da veia jugular externa, para evitar sua punção acidental. A VJI direita corre ao longo da linha descrita no item 1 acima, a partir do ápice do triângulo formado pelas duas bordas do SCM, lateral à artéria carótida. Usando essas referências anatômicas, posicione a agulha o mais próximo possível do ápice do triângulo, distanciando-se da clavícula para evitar lesão pleural. Como fazer? 3 Como fazer? 1. Antissepsia, colocar campo cirúrgico (deixar visível: mastoide, carótida, clavícula, fúrcula esternal e borda lateral do ECM 2. Paciente em Trendelenburg 3. Anestesiar a pele 4. Com uma agulha fina (22G) adaptada a uma seringa contendo solução salina fisiológica, sempre se aplicando uma leve força de aspiração, avançar, num ângulo inclinado de 30º em relação à pele, apontando-a para o mamilo ipsilateral 5. Uma vez tendo sido localizada a VJI, remover a agulha fina, e, com uma agulha 18G adaptada à seringa, puncionar a veia obedecendo sempre aos mesmos ângulo e direção utilizados para localizá-la. O sangue deve fluir fácil e livremente para dentro da seringa. 6. Reduzir o ângulo de inclinação da agulha em relação à pele para mantê-la mais alinhada com a veia. Desconectar a seringa e Como fazer? 4 observar se não há fluxo sanguíneo pulsátil (arterial) pela agulha (o sangue venoso flui de maneira contínua). Deve-se manter o orifício externo da agulha ocluído com o dedo para evitar o risco potencial de embolia aérea (especialmente em pacientes hiperpneicos e em respiração espontânea, que podem gerar altos valores de pressão negativa intrapleural) 7. Inserir o fio-guia suavemente para dentro do vaso, que deve progredir sem nenhuma resistência. Retirar a agulha. 8. Com o fio-guia em posição, fazer uma pequena incisão (± 3mm de extensão), com uma lâmina de bisturi, junto à sua entrada na pele, para facilitar a passagem do dilatador venoso. 9. Vestir o fio-guia com o dilatador e empurrar o conjunto todo para dentro da veia. Em seguida, remover o dilatador, mantendo o fio- guia em posição. Comprimir o orifício de entrada na pele para evitar sangramentos desnecessários. 10. Vestir o fio-guia com o cateter e introduzir o conjunto todo para dentro do vaso. Em seguida, retirar o fio-guia. 11. Finalmente, realizar o teste do refluxo de sangue através dos lúmens do cateter, que deve ser livre e fácil. Fixá-lo à pele e aplicar o curativo apropriado. 💡 Veia jugular interna é relativamente superficial em relação a pele (2-3cm). Além disso, para evitar a punção de carótida, palpar a pulsação e introduzir a agulha lateralmente a ela. Como fazer? 5 Quais as contraindicações? Discrasias sanguíneas graves, anticoagulação terapêutica Endarterectomia de carótida ipsilateral Tumores cervicais ou aqueles com extensão intravascular para o átrio direito Quais as vantagens? Menor risco de complicações graves em relação a VSC É um local compressível, porque a VJI é relativamente superficial Fácil acesso em caso de necessidade de controle cirúrgico de complicações Quais as desvantagens? Difícil para pessoas com pescoço curto e em obesos É uma veia menos fixa Em casos de hipovolemia, a VJI tende a colabar → difícil localização Como fazer? 6 Local muito móvel → difícil manter curativo seco e estéril e fácil de perder o cateter por tração acidental Quais as complicações comuns? Punção acidental da carótida, formação de hematomas Punção acidental de traqueia, lesão de nervo recorrente laríngeo Embolia aérea, pneumotórax Trombose, flebite, sepse Má-posição, perda e embolia do cateter Lesão cardíaca pelo cateter Acesso da veia subclávia As complicações são potencialmente fatais, sendo importante ter indicação parcimonia Não deve ser o local de 1ª escolha Quais as referências anatômicas? VSC fica embaixo da clavícula, medial ao ponto hemiclavicular e anterior à artéria e ao plexo braquial Os referenciais: 1. Identificar e demarcar a linha coraco-clavicular,isto é, a linha que vai da borda superior da cabeça medial a clavícula à borda inferior do processo coracóide 2. Demarcar a linha infraclavicular 3. Identificar o ponto de encontro da linha coraco-clavicular com a linha infraclavicular (geralmente na região médio-clavicular) e marcar um outro ponto cerca de 1,5cm (uma polpa digital) para fora do cruzamento das duas linha Pode-se também correr um dedo pelo sulco subclávio, identificando-se o triângulo deltopeitoral. Este também é um local apropriado para punção da VSC Como fazer? 7 Acesso da via subclávia por via infraclavicular Qual o referencial anatômico? Junção do terço proximal com o médio da clavícula Introdução da agulha? Como fazer? 8 Introduzir na direção à fúrcula esternal, com angulação de 30º com o tórax. Depois da passagem para a região posterior da clavícular, reduz para 15º Qual a desvantagem? Maiores chances de complicações pulmonares (hemo e pneumotórax), em relação a veia jugular interna Qual a vantagem? Menor taxade infecção Como fazer? 1. Antissepsia da pele, colocação de campos, deixando visível os terços médio e interno da clavícula e a fúrcula esternal 2. Trendelenburg; pode-se colocar um coxim entre as escápulas para ressaltar a região infraclavicular 3. Anestesiar o local 4. Adaptar uma agulha longa, 18G, a uma seringa preenchida com solução salina, e introduzi-la, rente à borda inferior da clavícula, direcionando-a para a fúrcula esternal. A VSC é relativamente profunda, e, ao ser puncionada, o sangue deve fluir fácil e livremente para dentro da seringa 5. Desconectar a seringa da agulha e observar se não há fluxo sangüíneo pulsátil (arterial). O sangue venoso flui de maneira contínua. Manter o orifício externo da agulha ocluído com o dedo para evitar o risco potencial de embolia aérea (especialmente em pacientes hiperpneicos, em respiração espontânea). 6. Mesmo processo da VJI ( inserir fio-guia, incisão de bisturi, dilatador, cateter, teste do refluxo, fixar, RX Acesso da veia subclávia por via supraclavicular Como é? Como fazer? 9 Inserir a agulha atrás da clavícula, lateralmente à cabeça clavicular do músculo ECM → rente à borda superior interna da clavícula, na bissetriz do ângulo formado por esta e o bordo medial do músculo esternocleidomastoideo, sendo direcionada para um ponto entre o mamilo contralateral ou porção média do manúbrio esternal Agulha direcionada para o mamilo contralateral É de alto risco → pouco utilizado Quais as contraindicações? Discrasias sangüíneas de qualquer grau de gravidade, uso de anticoagulantes. Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e/ou enfisema (maior risco de pneumotórax). Trauma de clavícula, cirurgias prévias no local ou deformidades torácicas acentuadas Durante a realização de manobras de ressuscitação cardiorrespiratória. Quais as vantagens? Anatomia relativamente fixa Não colaba no choque hipovolêmico Local relativamente imóvel Quais as desvantagens? Alto risco de complicações graves e fatais Não é um local compressível Difícil acesso em caso de necessidade de intervenção cirúrgica Acesso da veia femoral Qual o referencial anatômico? 1. Localizar o ligamento inguinal e palpar artéria femoral logo abaixo dele Como fazer? 10 2. Veia femoral fica do lado medial à artéria → localização relativamente fixa Trígono femoral Limitado superiormente pelo ligamento inguinal (entre a espinha ilíaca anterossuperior e sínfise púbica) Quais as desvantagens? Maior risco de trombose iliofemoral Local móvel, altamente úmido e potencilamente contaminado → maior risco de infecção Quais as vantagens? Acesso rápido Alta taxa de sucesso Baixo índice de complicações imediatas Permite passagem de cateteres de grosso calibre → bom para ressucitação do politraumatizado Como fazer? 11 Não tem tantas complicações fatais Local compressível Como fazer? Mesma técnica das outras. Veia pode ser canulada até cerca de 5cm abaixo do ligamento inguinal O membro inferior deve ser levemente abduzido e a agulha é introduzida cranialmente, num ângulo de 45º em relação à pele, cerca de 0,5cm medialmente à artéria femoral. Quais as contraindicações? Discrasias sanguíneas graves, uso de anticoagulantes Infecções locais Quais as complicações mais comuns? Punção inadvertida de artéria femoral, hematomas. Trombose, flebite, sépse Quais as complicações? 1 ♦ Quais as complicações? Infecções Trombose Estenose relacionada ao cateter Pneumotórax Hemotórax Lesão nervosa ou arterial Fístula arteriovenosa Quilotórax Embolia gasosa Posicionamento inadequado Arritmia Sangramento