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DOENÇAS INFECCIOSAS VIRAIS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS – 6º PERÍODO – MEDICINA VETERINÁRIA Peste Suína Clássica É uma doença infectocontagiosa caracterizada por hemorragias sistêmicas. Acomete suídeos domésticos e silvestres. ETIOLOGIA DO VÍRUS RNA vírus da família Flaviviridae, gênero Pestivirus – no mesmo gênero encontramos o vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV); Resistência á temperaturas até 56ºC e seu pH de inativação é < 3,0 ou > 11,0. Também pode ser resistente á alguns processamentos de carne (cura e defumação); Possui sensibilidade á éter, clorofórmio, detergentes, iodóforos fortes entre outros. FONTES DE INFECÇÃO Animais doentes: o vírus está presente no sangue e todos os tecidos, secreções e excreções; Leitões infectados congenitamente, têm viremia persistente e podem excretar o vírus durante meses; Inseminação artificial; Alimentos Contaminados; Penetração sanguínea percutânea; TRANSMISSÃO 1.Contato direto dos animais; 2.Fômites e Iatrogênicos; 3.Restos de alimentos sem tratamento térmico para alimentar animais; 4.Via Transplacentária. GRUPO DE RISCO Animais Jovens Gatilhos- Fatores predisponentes: • Não vacinados; • Fornecimento ou não de colostro; • Estresse; • Infecções intercorrentes. PATOGENIA 1 1. INFECÇÃO Oronasal; 2. REPLICAÇÃO NAS MUCOSAS do TD- Trato Digestivo e TR- Trato Respiratório; 3. DISSEMINAÇÃO pelo sangue; 4. QUEDA nas plaquetas; 5. HEMORRAGIA GENERALIZADAS; PATOGENIA 2 1. INFECÇÃO Oronasal; 2. REPLICAÇÃO NAS MUCOSAS do TD- Trato Digestivo e TR- Trato Respiratório; 3. TONSILAS 4. DISSEMINAÇÃO PELOS LINFONODOS 5. Atinge TODOS OS ÓRGÃOS E TECIDOS; 6. DESTRUIÇÃO DE IMUNOCOMPONENTES; 7. IMUNODEPRESSÃO. SINAIS CLÍNICOS • HIPERAGUDA (2-5d) Morte súbita; Sem lesões aparentes; • AGUDA (2-7d) Febre (41ºC), anorexia, letargia, hiperemia multifocal, lesões hemorrágicas, conjuntivite, cianose em extremidades, constipação intestinal e depois diarreia, vômito, ataxia, paresia e convulsão, morte de 5 a 20 dias, mortalidade em jovens – 100%; • CRÔNICA (1-3m) Prostração, inapetência, febre, diarreia. Recuperação aparente com posterior morte. Úlceras nas placas de Peyer, ceco e IG. • CONGÊNITA (2-11m) Tremor congênito, retardo no crescimento e morte. • FORMA SUAVE Fêmeas: Febre e inapetência; Morte e reabsorção fetal ou mumificação, natimortalidade; Nascimento de leitões congenitamente infectados; Aborto (pouco frequente); DIAGNÓSTICO Observamos os sinais clínicos e realizamos exames como: imunofluorescência direta; isolamento viral de tecidos infectados como amídalas, gânglios, baço, rins, íleo distal e sangue; PCR; ELISA. TRATAMENTO Não há tratamento e os animais positivos devem ser abatidos – enterrados ou incinerados. PROFILAXIA E CONTROLE • vacinação: áreas endêmicas: sistemática; áreas livres ou em processo: não vacinação e abate sanitário; Brasil: vacinação proibida, mas em 2020 foi liberado para o estado de Alagoas vacinar para campanha contra a PSC. Últimos casos confirmados: NO E NE; PLANO DE ERRADICAÇÃO 1. Suídeos doentes: comprovar por meio de exame laboratorial; 2. Suídeo suspeito: apresenta sintomas e/ou reação laboratorial que indique possível infecção. 3. Zona interna de proteção: raio de 3km do foco; 4. Zona externa de vigilância: ao redor da zona interna, com raio de 10km a partir do foco; 5. Suspeita de ocorrência de PSC: SUSPENDER circulação de suídeos e produtos da propriedade; Investigação de infrator que pode ser o M.V. responsável e deverá responder junto ao conselho; 6. Atenção aos focos: investigação pelo M.V. oficial deve começar em no máximo 12hrs, e caso confirme suspeita clínica deve-se enviar amostras para encaminhar ao laboratório oficial; 7. PSC CONFIRMADA: zona interna e proteção e externa de vigilância ativadas; sacrifício dos animais no próprio estabelecimento de criação em até 24hrs do recebimento da ordem de matança. 8. ATENÇÃO AOS FOCOS: suídeos que tiveram contato com os positivados – avaliação de risco (podem ser encaminhados para abate sanitário); 9. Destruição de materiais com suspeita de contaminação; vazio sanitário, desinsetização e desratização; 10. Repovoamento com duas sorologias negativas dos sentinelas com intervalo de 15-30d.