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Portfolio_02_de_direito_trabalhista_e_previdenciario

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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO
RAYLANE CARVALHO ALVES – 8079511
	
DIREITO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO 
AS DIFERENÇAS ENTRE A TEORIA DA IMPREVISÃO, DA FORÇA MAIOR E FATO DO PRÍNCIPE E SEUS IMPACTOS NOS CONTRATOS DE TRABALHO.
BOA VISTA - RR 
JUNHO 2021
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................03 
1 RELAÇÃO TRABALHO E EMPREGO............................................................................04 
1.1 RELAÇÃO DE TRABALHO..............................................................................................04 
1.2 RELAÇÃO DE EMPREGO................................................................................................05 
1.3 VÍNCULOS EMPREGATÍCIO OU NÃO...........................................................................06
2. REFORMA TRABALHISTA .........................................................................................07
3. IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO.......................................................................................................................08
3.1 UBERIZAÇÃO E APLICATIVOS DE DELIVERY.........................................................09
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................11 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................12
INTRODUÇÃO
O objetivo desse trabalho é apresentar uma pesquisa a respeito do que é a teoria da imprevisão, da força maior e fato do príncipe as diferenças entre elas e seus impactos nos contratos de trabalho diante o enfrentamento do (COVID 19).
A pandemia (COVID 19) ocasionou alterações criticas no dia a dia da população. A crise econômica, juntamente com as medidas sugeridas como isolamento domiciliar, a redução inesperada do consumo de bens e prestação de serviços, provocaram um colapso financeiro e um aumento considerável nos descumprimentos das obrigações. 
Infelizmente tal pandemia vem prejudicando diferentes setores da sociedade, principalmente a área comercial, pois vem sendo afetada desde a produção até o consumo.
Oliveira ( ), alegar a pandemia como um típico caso de fato imprevisível, onde as autoridades foram praticamente obrigadas a aplicarem rapidamente o isolamento social ou quarentena, para assim evitar a contaminação ou riscos causados pelo o vírus. No entanto muitos consumidores recorreram a teoria da imprevisão com a intenção de renegociar suas dividas ou obter a suspensão contratual. 
No segundo tópico será abordado sobre reforma trabalhista que é um tema bastante discutido e criticado, pois afeta diretamente as questões essenciais para o desenvolvimento de um país. Ela é um conjunto de mudanças, que foi aprovado em 2017, que modificou algumas questões visando diminui o desemprego e melhora a crise econômica.
O terceiro tópico é referente aos impactos que o covid-19 vem causa nas relações de trabalho, que não são poucas e relatando as medidas provisórias que foi e ainda está sendo acatar no brasil. 
O quarto tópico relata sobre a uberização, ou seja, a plataforma uber e os aplicativos de delivery que se tornaram fundamental ao caos que estamos passando, onde os estabelecimentos comerciais adotaram como instrumento de proteger seus clientes, a não sair de casa e proteger também seu patrimônio para não fechar. E por fim as considerações finais com meu ponto vista a tudo que foi mencionado no trabalho. 
1. RELAÇÃO TRABALHO E EMPREGO
A maioria da população acredita que as palavras trabalho e emprego possuem o mesmo significado, apesar de as duas palavras serem utilizadas para a mesma finalidade, apresentam pontos práticos bem diferentes. Sendo assim poucos conseguem identificar a diferença entre trabalho e emprego. 
O trabalho está ligado ao crescimento do indivíduo ou reconhecimento pessoal. Além disso é uma forma de obter habilidades e aprimorá-las com o decorrer do tempo, assim ter a oportunidade de tomar iniciativas, decisões e fazer parte de grupos com objetivos em comum. Ou seja, o trabalho é um grupo de atividades a ser alcançado um determinado objetivo ou meta.
Por outro lado emprego, é uma atividade que está ligada a profissionais que atuam em suas funções por mera necessidade e questões financeiras. Isso é o que acontece diariamente no dia a dia, pessoas que estão infelizes por ocuparem cargos que não desejam para conseguir uma renda e estabilidade. 
O mesmo acontece em relação aos conceitos sobre relação de trabalho e relação de emprego, a maioria das pessoas confundem uma relação com a outra, mas elas possuem significados distintos e são tratadas de maneira diferente pela lei. 
Logo é fundamental compreender a diferenciação entre essas relações, pois toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego. E isso realmente confunde qualquer indivíduo, então precisamos nos atentar a cada uma delas e evitar tomar decisões equivocadas que futuramente levem ao desgaste e processos trabalhistas. 
1.1 RELAÇÃO DE TRABALHO 
Entende-se como relação de trabalho toda e qualquer prestação de serviços realizados por pessoa física, mediante um pagamento de contraprestação. 
De acordo com a advogada (PINTO;2018), ´´ Relação de trabalho é toda relação jurídica que envolve a prestação de serviço de uma pessoa ou empresa para outra``. Ou seja, trata-se de um vínculo jurídico, onde uma pessoa ou organização cumpre determinada atividade e serviço para outra e recebe uma remuneração ou não por isso. Exemplos de disso é a contratação de um encanador para consertar um defeito na pia, ou um serviço prestado em um salão de beleza, entre outros. 
Por Helena (2019), destaca-se alguns exemplos de relação de trabalho:
· Trabalho autônomo: previsto no art. 442-B da Consolidação das Leis do Trabalho, o trabalho autônomo consiste em uma forma habitual de trabalho, no entanto autônoma, na qual o trabalhador assume o risco do serviço a ser executado. Dessa forma, não constitui uma relação de emprego devido à falta de alteridade e de subordinação.
· Trabalho avulso: não há vínculo de emprego, sendo necessária a intermediação do sindicato da categoria. Presta-se o serviço sem eventualidade e subordinação – por isso não se considera relação de emprego. Além disso, os trabalhadores avulsos também prestam serviço a mais de um empregador. A Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, dispõe acerca de quem é o trabalhador avulso.
· Trabalho eventual: ocorre temporaria e esporadicamente, geralmente havendo curta duração. Assim, não a continuidade do serviço prestado, não consistindo em relação de emprego justamente por não ser habitual.
· Estágio: este trabalho é regido por lei própria, sendo esta a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
· Trabalho voluntário: aquele em que alguém espontaneamente se dispõe a ajudar alguma instituição gratuitamente. Devido a isso, não se enquadra dentro das relações de emprego por não haver onerosidade.
· Servidores públicos: a CLT não se aplica a eles, pois são regidos por estatuto próprio, constante na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990).
Portanto, a relação de trabalho só pode ocorre quando algum dos pré-requisito do Art. 3º da CLT não são preenchidos, e quando são determinadas por um contrato de trabalho, que estabelece os direitos e as obrigações de ambas as partes.
1.2 RELAÇÃO DE EMPREGO 
Compreender-se relação de emprego como uma forma de relação de trabalho, prevista e regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), onde os trabalhadores devem ser registrados pelo empregador com assinatura na carteira de trabalho. 
Porém, existem alguns pré-requisitos que devem ser cumpridos para configurar o vínculo empregatício conforme estão definidos pelos art. 2 º e 3º da CLT. 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividadeeconômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Temos cinco elementos fáticos-jurídicos que compõem a relação de emprego, são eles:
· Pessoa física – o empregado sempre será uma pessoa física e não jurídica;
· Pessoalidade – o empregador em questão deve ser pessoa física e não poderá fazer se substitui por terceiros em sua função, ou seja, o empregador contratado terá ele mesmo que prestar o serviço. Uma observação a esse requisito é que não impossibilitar as eventuais substituições acatada por lei como as férias, licenças, etc.
· Habitualidade ou não eventualidade – o trabalho prestado deve ser permanente contendo dias e horas certas. Assim não precisa ser diariamente, e sim uma atividade normal e rotineira do empregador.
· Onerosidade ou salário – não obtém contrato de emprego gratuito, logo o empregado deve ser remunerado pelos seus serviços prestados.
· Subordinação – o empregador deve acatar e obedecer às ordens de seus superiores, assim estando sujeito a aplicação de penalidades, multas, suspensões ou até mesmo demissão caso tais ordens não tenham sido cumpridas como o devido.
Portanto o vínculo empregatício só pode ocorrer quando as empresas seguirem corretamente os art. 2º e 3º da CLT, em outras palavras os requisitos acima citados. Infelizmente há vários casos de camuflagem para não considera o vínculo empregatício, temos a descaracterização da pessoa física, onde as empresas contratam o empregado como trabalhador autônomo ou como pessoa jurídica, e isso acaba ocasionando futuramente ações trabalhistas. Pois em muito tribunais hoje em dia é entendido que esse trabalhador possui somente esse emprego, segue ordens e acabam seguindo os outros requisitos e sendo reconhecido como vínculo trabalhista ou relação de emprego. 
1.3 VÍNCULOS EMPREGATÍCIO OU NÃO 
De acordo com a Emenda Constitucional nº 45 de 2004, e Art. 114, determina que cabe à Justiça do Trabalho a competência para julgar ações relativas a qualquer tipo de relação de trabalho.
Há diversos casos de ações de vínculos empregatício ou vínculo trabalhista como também é conhecido. Se acessamos o site da jusbrasil, vamos encontrar variadas ações neste ramo que foram julgadas sendo considerados vínculo trabalhista e outros não sendo considerado.
Os mais recentes são a respeito dos entregadores de aplicativos e as plataformas digitais como a Rappi, Uber, iFood e Loggi. 
Mais recentemente temos uma ação decidida pela 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho de Minas Gerais – PROCESSO Nº TST-AIRR-10575-88.2019.5.03.0003, negar que a Uber tenha vínculo empregatício com seus parceiros.
O trabalho pela plataforma tecnológica – e não para ela -, não atende aos critérios definidos nos artigos 2º e 3º da CLT, pois o usuário-motorista pode dispor livremente quando e se disponibilizará seu serviço de transporte para os usuários-clientes, sem qualquer exigência de trabalho mínimo, de número mínimo de viagens por período, de faturamento mínimo, sem qualquer fiscalização ou punição por esta decisão do motorista, como constou das premissas fáticas incorporadas pelo acórdão Regional, ao manter a sentença de primeiro grau por seus próprios fundamentos, em procedimento sumaríssimo. 
Logo é citado que pelo fato de não atende aos requisitos do art. 2 º e 3º da CLT, não pode ser considerando um vínculo trabalhista, pois os motoristas trabalham para a plataforma e não para ela. 
2. REFORMA TRABALHISTA 
É a reformulação de novas regras criadas pelo governo para atualizar e reestruturar a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e atualizar as relações de trabalho. A CLT é uma norma legislativa referente ao Direito do Trabalho no Brasil. Foi aprovada e sancionada em 1º maio de 1943 pelo Decreto-lei nº 5.452. É uma ferramenta de regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho. Explorar todas as necessidades de proteção e direito do trabalhador. 
No decorrer dos anos houve diversas discussões e questionamentos a respeito do alto índice de pessoas desempregadas e sobre a crise economia brasileira. Diante disso, o governo federal propôs algumas mudanças exatamente alegando combater o desemprego e a impulsionar a economia. Depois de muitos ajustes em 13 de junho de 2017, foi aprovada a reforma trabalhista lei N 13.467 pelo Presidente Michel Temer. Mas ela só começou a prevalecer em 11 de novembro do mesmo ano.
Essa reforma é aplicável a todos os gêneros funcionais que são regidos pela CLT. Porém ela não é adequada aos profissionais autônomos e servidores público do regime estatutário, pois não obtém um vínculo empregatício pela CLT.
Vamos destacar algumas das principais mudanças com a reforma trabalhista:
· Férias; 
· Jornada de trabalho;
· Admissões;
· Demissões e Rescisões;
· Contribuições sindicais;
· Acordos trabalhistas; que engloba (bancos de horas, duração da jornada, Teletrabalho, planos de cargos e salários, entre outros). 
O que não obteve mudança foram as normas de saúde e segurança do trabalho que continuam inalteradas. Os benefícios previdenciários como FGTS, 13º salário, salário-família e seguro-desemprego. Porém, no caso do seguro-desemprego, houve alterações importantes, mesmo não estando associadas à reforma. 
A reforma trabalhista trouxe muitas especulações referente a quem realmente ela estava beneficiando se aos trabalhadores ou empregadores. Mesmo se passando três anos e meio ainda há esta dúvida, mas se paramos para analisar realmente algumas mudanças foram de suma importância sim, tanto para as empresas principalmente as de menores portes como para os trabalhadores, no caso do trabalho intermitente, da terceirização e teletrabalho ou home office como é conhecido. 
Contudo também teve pontos negativos como o Fim da assistência gratuita na rescisão do contrato de trabalho, a Autorização da dispensa coletiva sem intervenção sindical, Restrição de acesso à Justiça gratuita, Horas extras sem pagamento em “home office”, entre outros.
3. IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
A covid-19 não está causado apenas impactos na crise global da saúde, como muitos comentam, também está no mercado de trabalho e econômica que já está causando um enorme efeito nas pessoas, principalmente os mais vulneráveis. Com isto, foi necessário tomar certas decisões como a necessidade de isolamento social, assim como, a paralisação das atividades não essenciais, a maioria das empresas tiveram que fazer a suspensão total ou parcial de suas atividades, adotando formas remotas de trabalho.
O vírus chegou e trouxe grandes mudanças para toda a sociedade, em relação ao trabalho, foram estabelecidas algumas Medidas Provisórias para prevenir a demissão e ajudar as empresas a manter seus funcionários. Podemos destacar a MP 927/20 que foi publica em 22 de março de 2020, onde impõe algumas regras para o enfrentamento dos impactos econômicos causados pelo estabelecimento do estado de calamidade pública, como está previsto em seu Art. 3º:
Art. 3º Para enfrentamento dos efeitos econômicos decorrentes do estado de calamidade pública e para preservação do emprego e da renda, poderão ser adotadas pelos empregadores, dentre outras, as seguintes medidas:
I - o teletrabalho;
II - a antecipação de férias individuais;
III - a concessão de férias coletivas;
IV - o aproveitamento e a antecipação de feriados;
V - o banco de horas;
VI - a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho;
VII - o direcionamento do trabalhador para qualificação; e
VIII - o diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS (BRASIL, 2020).
Após sua publicação todas as empresas independentes de seus portes adotaram tal medida, evitando assim a demissão de seus funcionários. Dentre as medidas citadas as mais utilizadas vem sendo o teletrabalho ou home office e a concessão de férias coletivas.
O teletrabalho refere-se à migração para o trabalho a distância,isto é, o trabalho pode ser exercido na residência do empregado. Pela nova lei o empregador poderá usar do teletrabalho a qualquer momento, mesmo sem confirmação do empregado, desde que notifique sua equipe no prazo de até 48 horas. A medida também alegar que a empresa deve oferecer os equipamentos necessários para realização do trabalho caso o trabalhador não o tenha em casa e as devidas manutenções. 
Referente a concessão de férias coletivas, o empregador poderá conceder férias coletivas aos empregados, no prazo de até 48 horas, sem a necessidade de informar ao órgão local do Ministério da Economia e sindicatos. 
Já em 01 de abril de 2020 foi publicada a medida provisória 936 que traz também mais segurança na permanência do emprego para o funcionário. Onde destacar a Redução proporcional de salário e jornada, a Suspensão do contrato de trabalho e Rescisão.
3.1 UBERIZAÇÃO E APLICATIVOS DE DELIVERY.
A criação de novas relações de trabalho, muitas vezes como negócio em que o trabalhador teria a autonomia e liberdade de escolher seus próprios horários de trabalho, apareceu da própria luta social, no sonho de ser livre no momento desejado. A uberização de início foi vista com esses olhos, uma forma de o trabalhador trabalho como e quando deseja, mera ilusão. 
A uberização do trabalho traz falsas evidências da redução do emprego, os trabalhadores não têm direito ou garantia pois não tem nenhuma legislação especifica, as empresas alegam que o serviço que exercem é apenas a intermediação da conexão entre os usuários e as empresas, alegando que as pessoas cadastradas são apenas parceiros, deste modo extinguindo a possibilidade de um vínculo empregatício.  Por cima, ainda é o trabalhador que arca por conta própria com os diversos gastos advindos do exercício da função.
Devido ao fechamento e suspensão de estabelecimentos comerciais, forçou muitas pessoas a buscarem trabalhos informais, como os aplicativos de delivery e outras plataformas que oferecem esse tipo de serviço. Ou seja, houve um grande crescimento de pessoas trabalhando com aplicativos de entrega e na demais plataforma.
Essas plataformas ou aplicativos digitais cresceram gradativamente devido a pandemia, foi a solução para muitos estabelecimentos comercias de manter seus negócios funcionando, e da população se proteger de ser contaminado pelo o vírus. 
Infelizmente mesmo aumentando a quantidade de trabalhadores e as buscar por tais ferramentas, os entregadores e motorista de uber a cada dia vem questionando a respeito das devidas proteções ou medidas preventivas e principalmente sobre a remuneração que recebiam antes decaiu bastante principalmente neste momento de pandemia , sendo que hoje em dia as plataformas estão em mais evidencias. O incrível e as empresas de tecnologia reforçarem que os "parceiros" podem trabalhar quando e quanto quiserem, ou seja, trabalharem o horário que desejarem, com essa baixa muitos estão trabalhando além da conta e até colocando suas vidas em risco.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A presente pesquisa proporcionou mais conhecimento, reflexão e questionamento referente ao assunto abordado. Sabe diferenciar as relações de trabalho e emprego, pois se não for vista com muita atenção as pessoas acabam confundindo ou até mesmo alegando ser a mesma coisa.
Toda relação de emprego corresponde a uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego, isto realmente confunde. Temos que relação de emprego segue os seguintes requisitos pessoa física, pessoalidade, onerosidade, subordinação e não-eventualidade e assim caracterizando um vínculo empregatício, contundo para relação de trabalho basta deixa de segui algum dos requisitos.
A reforma trabalhista em 2017 obteve várias alterações na legislação, que atualmente ainda vem sendo questionada e criticada sobre para quem são seus reais benefícios. Realmente acho que tal reforma procurou auxiliar tanto as empresas como os trabalhadores.
Atualmente estamos passando por uma grande pandemia que trouxe muitas mudanças e sofrimento para a sociedade, tanto psicologicamente como profissional.  o Brasil não possui uma legislação trabalhista específica para ser utilizada em um momento de crise como esse, então foi necessário se utilizar das bases legais já existente e reinterpreta-la. No caso as medidas provisórias, ou seja, a MP 927/20 e a MP936.
Uma das principais alternativas que foi aceita tanto para os consumidores e comerciantes está sendo o sistema de aplicativos ou de delivery como também são conhecidas, justamente porque o comércio de atividades não essenciais está suspenso ou para prevenir o contagiou do vírus. Logo as empresas de diversos ramos estão adotando o setor de entregas, para evitar ao máximo que as pessoas saíam de casa e também para continuar obtendo seus negócios funcionando. 
Há meu ver tanto os motoristas de uber como as pessoas que trabalham com delivery, precisam sim de uma nova relação de trabalho, visando proteger o trabalhador e criar garantias mínimas como jornada de trabalho, férias e uma proteção social em volta deles. 
REFERÊNCIAS
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BRASIL. DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário oficial da União, Brasília, DF, 01 maio. 1943; Seção 1:1.
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BRASIL. TST- Tribunal Superior do Trabalho. Processo TST - AIRR Agravo de Instrumento
em Recurso de Revista nº 10575-88.2019.5.03.0003. Órgão Judicante: 4ª Turma. Relator: Alexandre Luiz Ramos. Julgamento: 09/09/2020. Publicação: 11/09/2020. Disponível em:<http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta=Consultar&conscsjt=&numeroTst=10575&digitoTst=88&anoTst=2019&orgaoTst=5&tribunalTst=03&varaTst=0003&submit=Consultar>. Aceso em: 15/04/2021.
BOLDUAN, F. M. MP 927 e MP 936: novas regras trabalhistas para superar a crise. Santa Catarina, 2020. Disponível em: <https://blog.contaazul.com/o-que-e-mp972-e-mp936> Acesso em: 23/04/2021.
COSTA, V.; Uberização e precarização do trabalho e suas consequências. SBPC – Sociedade Brasileira para o progresso da ciência, 2020. Disponível em<http://portal.sbpcnet.org.br/noticias/uberizacao-e-precarizacao-do-trabalho-e-suas-consequencias/>. Acesso em: 26/04/2021. 
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