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Aula 1 – O Corretor e suas Atribuições
• Definição de Corretor ................................................................................................................. 5
• As atribuições do Corretor ....................................................................................................... 6
• Locais de Atuação ...................................................................................................................... 8
• Responsabilidade do Corretor ................................................................................................. 9
• Transações Imobiliárias ......................................................................................................... 12
• Veja se Aprendeu ..................................................................................................................... 15
• Aprenda Fazendo .................................................................................................................. 16
Aula 2 – Legislação Imobiliária
• Lei e Direito .............................................................................................................................. 17
• Direito Público e Privado ........................................................................................................... 19
• Bens Móveis e Imóveis ............................................................................................................ 19
• Direitos Reais sobre Bens Imóveis ............................................................................................. 21
• As Ações Reivindicatórias de Propriedade .............................................................................. 25
• Registro do Título de Propriedade ........................................................................................... 26
• Direito do Consumidor ........................................................................................................... 28
• Registros Imobiliários ............................................................................................................ 29
• Veja se Aprendeu ..................................................................................................................... 31
• Aprenda Fazendo .................................................................................................................. 32
• Respostas do Veja se Aprendeu 1 e 2 ....................................................................................... 33
• Aprenda Fazendo – Respostas ............................................................................................. 35
Aula 1 – Conceito de Geometria
• Geometria Plana ...................................................................................................................... 39
• Área e Perímetro de Figuras planas ............................................................................................ 41
• Sólidos Geométricos ................................................................................................................ 43
• Normas para Desenho ............................................................................................................. 44
• Caligrafia Técnica .................................................................................................................... 45
• Conceito de Escala .................................................................................................................. 45
• Veja se Aprendeu ..................................................................................................................... 46
• Aprenda Fazendo ....................................................................................................................... 46
Legislação Imobiliária
Desenho Arquitetônico e Noções de Construção Civil
Índice
Aula 2 – Sistemas de Representação, Escalas e Dimensionamento
• Perspectivas ............................................................................................................................... 47
• Projeção Ortogonal .................................................................................................................... 48
• Escalas ....................................................................................................................................... 51
• Escalas na prática ......................................................................................................................... 53
• Veja se Aprendeu ....................................................................................................................... 57
• Aprenda Fazendo ....................................................................................................................... 58
Aula 3 – Representação de um Projeto
• Planta Baixa ............................................................................................................................... 59
• Símbolos e Convenções ............................................................................................................... 60
• Cortes ou Seções .......................................................................................................................... 61
• Desenho de Detalhes ................................................................................................................. 63
• Veja se Aprendeu ....................................................................................................................... 66
• Aprenda Fazendo ......................................................................................................................... 67
Aula 4 – Noções de Construção Civil I
• Conceitos Básicos ....................................................................................................................... 71
• Orientações sobre Topografia ................................................................................................... 72
• Estruturas Básicas na Construção Civil .................................................................................... 73
• Veja se Aprendeu ....................................................................................................................... 78
• Aprenda Fazendo ....................................................................................................................... 78
Aula 5 – Noções de Construção Civil II
• Recursos e Materiais de Construção ......................................................................................... 79
• Finalização da obra .................................................................................................................... 84
• Projetos Complementares ......................................................................................................... 86
• Rede de Esgoto ......................................................................................................................... 88
• Instalações Elétricas................................................................................................................... 89
• Veja se Aprendeu ....................................................................................................................... 90
• Respostas do Veja se Aprendeu 1, 2, 3, 4 e 5 ......................................................................... 90
• Aprenda Fazendo – Respostas ................................................................................................ 92
• Bibliografia .................................................................................................................................. 95
AAula 1 apresenta a regulamentação da função do Corretor e suas Atri-
buições, enfatizando também as responsabilidades advindas desta profis-
são. No final você poderá checar seu aprendizado fazendo alguns exercícios
práticos.
AAula 2 aborda os principais fundamentos da Legislação Imobiliária que
servirão de base para uma atuação mais segura.Em seguida, apresenta exer-
cícios para verificação dos conteúdos aprendidos.
LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
O objetivo do curso de Legislação Imobiliária é conscientizar o corre-
tor das possibilidades e responsabilidades de seus serviços, para que o
exerça com conhecimento e segurança.
www.imoveisregionais.com.br para pesquisar sobre assuntos relativos a negócios
imobiliários.
Legislação Imobiliária Instituto Universal Brasileiro3
Acesse o site:
Legislação Imobiliária Instituto Universal Brasileiro4
Adjudicação: É o ato judicial mediante o qual se declara e se estabelece que a pro-
priedade de uma coisa (bem móvel ou bem imóvel) se transfere de seu primitivo dono
(transmitente) para o credor (adquirente), que então assume sobre a mesma todos os di-
reitos de domínio e posse inerentes a toda e qualquer alienação.
Alienação: Transferência de um bem ou direito para outra pessoa.
Anticrese: É um instituto civil, espécie de direito real de garantia, ao lado do penhor
e da hipoteca, no qual o devedor, ou representante deste, entrega um bem imóvel ao
credor, para que os frutos deste bem compensem a dívida.
Arresto: No Direito Brasileiro, consiste na apreensão judicial dos bens em litígio
(sequestro) ou de bens do devedor como garantia (arresto) da dívida líquida, cuja co-
brança se promove em juizo.
Assinado a rogo: Assinado por prece, pedido ou súplica.
Averbação: Firmar por escrito, registrar.
Coibir: Impedir, impor limites, reprimir (coibição - proibição, impedimento).
Concessão: Licença obtida do Estado para exploração de recurso natural ou ser-
viço público.
Dolo: Conduta fraudulenta de um indivíduo em relação a outro, violação deliberada
e consciente da lei.
Enfiteuse: É o ato jurídico inter vivos ou de última vontade, onde o proprietário atri-
buiu a outrem o domínio do seu imóvel, pagando o adquirente (enfiteuta) uma pensão ou
foro anual, certo e invariável, ao senhorio direto. A enfiteuse também pode ser denomi-
nada aforamento.
Exequível: Que pode ou deve ser executado.
Jus: Direito legal para impor medida, procedimento.
Lícito: Que a lei (o) permite, (o) que é justo, aceitável.
Lide: De origem latina, significa rixa, disputa.
Mora: Atraso, demora.
Ônus: Dever, obrigação.
Reinvidicar: Tentar reaver, recuperar algo ou um bem, reclamar algum direito.
Rescição: Anulação de um contrato.
Trâmite: Procedimento normal para se atingir determinado fim.
Conceito importante!
Código de Ética Profissional: Uma das grandes preocupações atuais na atuação
profissional em qualquer área refere-se à ética. Atuar com responsabilidade, honesti-
dade, lealdade, segurança e preocupando-se com o outro e a sociedade é o objetivo de
todos. Desta maneira, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São
Paulo (CRECISP), elaborou um código de ética profissional com o objetivo de fixar a
forma pela qual deve se conduzir o Corretor de Imóveis no exercício profissional.
Definição de corretor
O corretor de imóveis, de acordo com o
dicionário Houaiss, é aquele indivíduo que
vende e compra bens de outrem, em troca de
comissão. A palavra deriva do antigo proven-
çal corratier intermediário e, tão antiga
quanto a palavra é a profissão. Afinal, desde
que o homem começou a ser dono de algum
pedaço de terra ou possuidor de mercadoria
que pudesse ser objeto de troca ou comér-
cio, ele contou com a ajuda de outra pessoa
que o representasse, ou auxiliasse, na tran-
sação comercial.
Desta maneira, a profissão de correta-
gem de imóveis, e de outras mercadorias,
data de séculos atrás, porém sua regulamen-
tação no Brasil já não é tão remota. Foi pela
lei n° 4.116 de 27/08/1962 que se iniciou o
processo para a regulamentação desta pro-
fissão.Tal lei, contudo, foi alterada e discipli-
nada pela lei n° 6.530 de 12/05/1978 e,
finalmente, foi regulamentada pelo Decreto
8.171, de 29/06/1978.
A partir de então, a profissão só pode
ser exercida por pessoas habilitadas junto ao
Conselho Regional de Corretor de Imóveis,
ou seja, corretores inscritos no CRECI. Após
a inscrição, você recebe uma carteirinha pro-
visória, com prazo de validade, que lhe dá o
direito de atuar enquanto termina seus estu-
dos. É possível revalidá-la por mais seis
meses para que possa concluir o Curso de
Técnico em Transação Imobiliária (TTI)
quando você recebe a definitiva, após a apre-
sentação do certificado do curso e compro-
vação de estágio para o CRECI.
Assim, podemos observar que para o
exercício da profissão de corretor, é necessá-
rio estar inscrito no CRECI que regulariza a
possibilidade de exercer outras atividades que
não só comprar e vender, ou seja, apenas in-
termediar.
AULA1
O CORRETOR E SUAS
ATRIBUIÇÕES
O exercício da profissão de corretor
de imóveis, em todo território nacional,
somente será permitido:
I - Ao possuidor do título de Técnico
em Transações Imobiliárias, inscrito no
Conselho Regional do Corretores de Imó-
veis da Jurisdição - CRECI - ou
II – Ao corretor de imóveis inscrito
nos termos da Lei nº 4.116/62, desde
que requeira a revalidação de sua ins-
crição.
A regulamentação de qualquer profis-
são é de suma importância, pois lhe con-
fere maior segurança para seu exercício,
exigindo do profissional formação técnica
e experiência prática através de um está-
gio participativo e/ou observador com outro
profissional da área. Em contrapartida,
confere-lhe alguns direitos quanto ao exer-
cício de sua profissão e, também, alguns
deveres como em toda atividade.
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro5
O artigo 1º da Lei 6.530 diz:
As atribuições do corretor
Com a profissão devidamente regulamen-
tada e de posse de sua inscrição junto ao
CRECI, pode o corretor atuar em diversas ativi-
dades. É aconselhável, antes de você se deci-
dir em que ramo trabalhar, que conheça suas
funções, local de atuação, público ou clientela
que atenderá e, principalmente, o campo de
ação em que você se sente mais seguro, mais
preparado e à vontade. Para isso, faça um au-
toexame, reflita sobre sua pessoa, suas carac-
terísticas pessoais, facilidades, disponibilidades
de horário, seu jeito de ser, para então escolher
a função mais adequada.
Qualidades definem área de atuação
Uma pessoa que tem grande facilidade
de persuasão, isto é, de convencer outra em
aceitar algo por meio de argumentação, gosta
de lidar com o público em geral, tem facilidade
de horário e locomoção tem uma grande
chance de ser um corretor de imóveis espe-
cialista em vendas.
Já uma outra pessoa que é menos co-
municativa e persuasiva, porém muito organi-
zada, que gosta de trabalhar com documentos,
certidões, gosta de catalogar e organizar pas-
tas, deve procurar atuar como despachante,
outra área em que um corretor pode atuar.
Campos de atuação
São muitas as funções que um Técnico
em Transação Imobiliária pode exercer. Mas,
para todas elas, é necessário ter a sua certifi-
cação de estudo e a carteira do CRECI, defi-
nitiva ou provisória. Verifique as opções:
Corretor de imóveis: Atua na interme-
diação de compra e venda de terrenos ou
imóveis; permuta e locação de imóveis resi-
denciais, comerciais, industriais, outlet,
shopping center etc.
Haverá sempre um terreno a ser ven-
dido, alguém querendo comprar ou vender
uma casa ou apartamento, sítio, chácara ou
fazenda, alguém querendo investir em um
novo empreendimento imobiliário e, para a
realização destas transações, é necessária a
atuação de um corretor de imóveis.
Despachante imobiliário: Para que
uma transação imobiliária ocorra, é preciso
que se apresente uma série de documentos
como certidões pessoais e do imóvel a ser
vendido e/ou adquirido. É neste momento que
o TTI atua como despachante, no levanta-
mento de toda documentação necessária
para que a transação seja satisfatória e reco-
nhecida, na confecção de contratos de com-
pra, venda, permuta e locação.
Não basta vender ou locar apenas,
deve-se, também, dar atenção ao cliente na
hora de documentar toda negociação reali-
zada. Algumas imobiliárias possuem um de-
partamento próprio que organiza e prepara
toda esta documentaçãoe você poderá se
preparar para trabalhar neste departamento
como despachante imobiliário.
Todo corretor tem responsabilidade
civil sobre a transação imobiliária em
que está atuando. Se causar prejuízo ao
cliente, responderá pelo dano causado.
Assim sendo, antes de qualquer transa-
ção certifique-se de todos os itens, es-
tude todos os detalhes e passos para se
sentir mais seguro.
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro6
Plantonista: Além destas funções, pode
o TTI atuar como plantonista no lançamento de
algum empreendimento imobiliário. Vivemos
um momento em que muitas construtoras estão
investindo, construindo novos prédios de apar-
tamentos, novos condomínios de casas etc.
No lançamento destes empreendimen-
tos, há sempre a montagem de um estande
de vendas, com a maquete do prédio e, às
vezes, um apartamento decorado em exposi-
ção para que os interessados conheçam o
que está sendo vendido. Durante algumas se-
manas, ou até que todas as unidades sejam
vendidas, ou inicie-se a construção, a imobi-
liária, ou grupo imobiliário responsável pela
venda, mantém um plantonista no local para
demonstração e venda.
Nos fins de semanas, quando a procura
é maior, há a necessidade de plantonistas
extras. Para tal função, é preciso ser bem
comunicativo e persuasivo, sem ser inva-
sivo, pois atuará diretamente com o cliente
e sua família em muitas situações; ter dispo-
nibilidade de horário, pois a chance nos fins
de semana são bem maiores. Antes de qual-
quer lançamento, há, às vezes, um treina-
mento para que os plantonistas conheçam
os detalhes do empreendimento que estarão
vendendo, as condições de pagamentos etc.
Antes de assumir esta função, conheça
bem todo o empreendimento comercializado,
para que possa responder as dúvidas do seu
cliente.
Perito imobiliário: O consultor imobi-
liário pode ainda opinar quanto a comercia-
lização imobiliária, isto é, o corretor,
devidamente inscrito no CRECI, pode atuar
como perito imobiliário, junto aos foros da
localidade de atuação em que tem sua ins-
crição, porque é o corretor quem conhece os
valores cobrados em determinadas regiões
das cidades, bairros, sítios, fazendas etc.
Pode, assim, ajudar o juiz a avaliar as pen-
dengas onde houver a divisão de bens a
serem partilhados. Atua, também, na avalia-
ção de imóveis residenciais, galpões, terre-
nos e outros tipos de imóveis.
Em algumas situações, é necessá-
rio que alguém avalie um imóvel que,
porventura, vá ser desapropriado, ven-
dido ou que é objeto de briga entre her-
deiros. Um juiz pede, então, que o
mesmo seja avaliado. Um engenheiro é a
pessoa competente para dar o valor da
construção, porém é o consultor imobi-
liário a pessoa mais indicada para avaliá-
lo comercialmente, pois é conhecedor
dos pontos valorizados em sua cidade,
do valor de cada região, do que favorece
ou desfavorece um imóvel.
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro7
Consultor de negócios imobiliários:
Hoje, o corretor antigo transformou-se no
consultor de negócios imobiliários, traba-
lhando com profissionais competentes como
engenheiros, arquitetos, contadores, econo-
mistas, securitários ou profissionais de outros
segmentos. O trabalho em equipe faz o dife-
rencial da empresa imobiliária, atendendo a
clientes de setores amplos e complexos,
sempre agregando novos produtos como se-
guros administrativos, investimentos imobi-
liários etc.
Os consultores devem encarar o espaço
da empresa imobiliária como um amplo con-
sultório de geração de negócios onde é possí-
vel comercializar imóveis. Mas, não só imóveis
são negociados, acima de tudo, serviços imo-
biliários e de assessoria imobiliária, em que o
consultor tem atuação, podendo e devendo
orientar o cliente, prestando-lhe um serviço
completo, atendendo-o na sua expectativa e fi-
delizando os clientes junto à empresa.
Assim, há um leque de produtos e ser-
viços que os consultores, devidamente ha-
bilitados e reciclados, poderão oferecer,
atendendo o cliente em todas as suas ex-
pectativas.
O corretor, e agora consultor, deverá
sempre estar em busca de novos produtos no
mercado, ampliando assim as opções de
oferta. Com a existência de um potencial
enorme de produtos e serviços para agregar à
atividade de corretagem, basta sair em campo.
Haverá sempre alguém precisando de
um consultor de negócios, especializado em
imóveis, seguros, serviços, financiamentos,
plantões, consultorias etc.
Locais de atuação
O corretor de imóveis não pode mais co-
locar uma placa e ficar aguardando alguém
que venha à procura de um imóvel para com-
prar, vender ou mesmo alugar, como aconte-
cia antigamente. Nos dias de hoje, ele não
mais trabalha com um imóvel apenas, espe-
rando a vinda de um possível cliente
O consultor trabalha em uma imobiliá-
ria, junto às construtoras, em parceria com
engenheiros e arquitetos e, até mesmo, via
Internet, agendando clientes e criando sites
para consultas.
Oportunidade de negócio
Com as muitas atribuições e a correria
do dia-a-dia, várias pessoas que procuram
apartamentos e casas para comprar, ou alu-
gar, não têm tempo de ir a uma imobiliária
para conversar com um corretor sobre o tipo
de imóvel que procura. Estas pessoas, então,
procuram via Internet, selecionando entre os
anúncios, o imóvel que mais lhe convém. É
possível escolher por bairro, valor disponível,
tamanho do imóvel (de 1, 2, 3 ou mais dormi-
tórios), flat etc.
Um consultor atualizado não deve per-
der mais esta oportunidade de negócio, de-
vendo assim utilizar-se desta ferramenta em
seu trabalho. Após a seleção do imóvel, é pos-
sível, inclusive, agendar uma visita com o cor-
retor e receber dele outras sugestões.
Atualmente, não são apenas casas, ter-
renos e apartamentos que são comercializa-
dos pelo TTI. Ele pode, também, negociar:
salas comerciais e salas em escritórios, hospi-
tais, lojas em shopping, flats, resort, clube de
férias, galpões industriais e até cemitérios.
Deste modo, o consultor trabalha em
muitos lugares como: sala de uma imobiliária,
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro8
na rua, pelo computador, via Internet, em plan-
tões nos lançamentos de loteamentos diversos
(casas, prédios, sítios) etc. Além da flexibili-
dade de lugar, o corretor conta, inclusive, com
uma grande flexibilidade de horário, o que faz
desta profissão uma opção para aqueles que
gostam de trabalhar com maior liberdade.
Após o término do curso de TTI, você tam-
bém poderá trabalhar como um profissional li-
beral, isto é, sem estar vinculado a nenhuma
imobiliária. Estabelecendo-se por conta própria,
poderá atuar como corretor, despachante, dar
consultorias imobiliárias, enfim, exercer todas as
atribuições de um TTI. Pode ainda escolher um
local próprio para trabalhar, que pode ser sua
casa, uma sala, ou escritório próprio ou alugado.
Conhecer todas as suas responsabilidades,
porém, é imprescindível, bem como manter-se
atualizado e ter seu registro junto ao CRECI.
Responsabilidade do Corretor
perante o novo Código Civil
Com o advento da Lei 10.406/02 vigente
a partir de 11/01/2003, as modificações intro-
duzidas por este novo código muito nos preo-
cupam, já que os profissionais do mercado
imobiliário, mais especificamente os corretores
de imóveis, imobiliaristas, consultores e afins,
obrigatoriamente, deverão adequar-se à reali-
dade imposta pela referida Lei, sob pena de
estarem fadados a suportarem ônus advindo
da evolução tecnológica e concorrência e,
ainda, da imposição legal, sob pena de serem
excluídos do mercado.
Incorporada às novas regras impostas
pelo novo Código Civil, têm-se ainda outras le-
gislações inerentes à atividade profissional, as
quais possibilitam aos órgãos fiscalizadores da
categoria, aplicar sanções administrativas, das
quais citamos:
Some, ainda, as disposições inerentes à
comercialização de imóveis, como por exem-
plo: Leis nos. 4591/64; 4.380/64; 6.015/73;
6.766/79; 8.078/90; 9.514/97; 10.257/01.
Da Corretagem
O tema ainda requer reflexão em nosso
sistema legislativo que tem um históricode
toda a responsabilidade aplicável ao profissio-
nal de intermediação imobiliária, visto que
estes assumem notável conotação nas altera-
ções introduzidas, segundo o capítulo XIII, sob
o título: Da Corretagem, arts. 722 a 729.
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro9
Atualmente, com a vigência da Lei
8.078/90, conhecida como Código de De-
fesa do Consumidor, tem se exigido dos
prestadores de serviços qualidade em
suas atividades, pondo-os como alvos
quando se verificam vícios e defeitos
quanto à forma da execução dos servi-
ços, exigindo-se a específica reparação
dos danos existentes, dependendo da ve-
rificação de culpa.
1) Lei nº 6.530-/78
2) Decreto 8.1871/78
3) Resoluções COFECI nos 146/82;
199/85; 326/92; 334/92; 458/95
Art. 722 - Pelo contrato de corretagem,
uma pessoa, não ligada a outra em virtude de
mandato, de prestação de serviços ou por
qualquer relação de dependência, obriga-se o
obter para a segunda um ou mais negócios,
conforme as instruções recebidas.
Estas são algumas responsabilidades
que todo profissional liberal deve estar
ciente ao exercer suas atividades junto à co-
letividade. Assim, você, consultor imobiliá-
rio, que também atua junto a um público e,
como profissional liberal, deve conhecer as
consequências de uma negociação que
possa causar algum dano ou prejuízo ao
cliente, pois responderá pelos seus atos.
Conhecer em profundidade seus direitos e
deveres é importante para que tenha mais
segurança durante o exercício de sua profis-
são. Pesquise e estude sempre. Na dúvida,
consulte um advogado.
Da Responsabilidade Civil
Título IX
Capítulo I
Da Obrigação de Indenizar
Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito, cau-
sar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo .
Parágrafo Único – Haverá obrigação de
reparar o dano, independentemente de culpa,
no casos especificados em Lei, ou quando a
atividade, normalmente desenvolvida pelo
autor do dano, implicar, por sua natureza, risco
para os direitos de outrem .
Art. 932 - São também responsáveis pela
reparação civil.
III – O empregador ou comitente, por
seus empregados, serviçais e prepostos no
exercício do trabalho que lhes competir, ou em
razão dele.
Art. 935 - A responsabilidade civil é in-
dependente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato,
ou sobre quem seja o seu autor quando
estas questões se acharem decididas no
juízo criminal
Art. 942 - (Parágrafo único) - São soli-
dariamente responsáveis com os autores os
coautores e as pessoas designadas no art.
932.
Art. 723 - O corretor é obrigado a exe-
cutar a mediação com diligência e prudência,
prestando ao cliente todas as informações
sobre o andamento dos negócios; deve,
ainda, sob pena de responder por perdas e
danos, prestar ao cliente todos os esclareci-
mentos acerca da segurança ou risco do ne-
gócio, das alterações de valores e do mais
que possa influir nos resultados.
Art. 724 - A remuneração do corretor,
se não estiver fixada em Lei, nem ajustada
entre as partes, será arbitrada segundo a
natureza do negócio e os usos locais.
Art. 725 - A remuneração é devida ao
corretor uma vez que tenha conseguido o re-
sultado previsto no contrato de mediação,
ou ainda que este não se efetive em virtude
de arrependimento das partes.
Art. 726 - Iniciado e concluído o negó-
cio diretamente entre as partes, nenhuma
remuneração será devida ao corretor; mas
se, por escrito, for ajustada a corretagem
com exclusividade, terá o corretor direito à
remuneração integral, ainda que realizado o
negócio sem a sua mediação, salvo se com-
provada sua inércia ou ociosidade.
Art. 727 - Se, por não possuir prazo de-
terminado, o dono do negócio dispensar o
corretor, e o negócio se realizar posterior-
mente como fruto da sua mediação, a cor-
retagem lhe será devida; igual solução se
adotará se o negócio se realizar após a de-
corrência do prazo contratual, mas por efeito
dos trabalhos do corretor.
Art. 728 – E se o negócio se concluir
com a intermediação de mais de um corre-
tor, a remuneração será paga a todos em
partes iguais, salvo ajuste em contrário.
Art. 729 – Os preceitos sobre a corre-
tagem constantes deste código não excluem
a aplicação de outras normas da legislação
especial.
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro10
Da Indenização
Capítulo II
Art. 944 - A indenização mede-se pela ex-
tensão do dano.
Existem, basicamente, três tipos de res-
ponsabilidade:
- Responsabilidade contratual
- Responsabilidade extracontratual
- Responsabilidade criminal
Responsabilidade Contratual
Em sentido amplo, a expressão exprime
a obrigação assumida pelas partes contratan-
tes, em virtude da qual se acham no dever de
fazer, ou cumprir, tudo o que tenham conven-
cionado ou ajustado.
Desse modo, evidenciada a responsabi-
lidade contratual da parte, quando não cumpre
a obrigação a que está sujeita, pode ser com-
pelida pela outra a cumpri-la sob pena de res-
ponder pelos danos que lhe possam ser
causados.
Mas, em sentido especial, a responsabi-
lidade contratual é a obrigação de indenizar
ou de ressarcir os danos causados pela ine-
xecução de cláusula contratual ou pela má
execução da obrigação nela estipulada.
Assim sendo, a responsabilidade, além de
fixar a obrigação que não foi cumprida, deter-
mina a obrigação de ressarcir o dano conse-
quente do inadimplemento ou má execução
da obrigação contratual.
Responsabilidade
Extracontratual
É verificada pelos agentes, desde que
seja conhecida e comprovada que esse agiu
ou não com culpa.
Responsabilidade Criminal
Entende-se a obrigação de sofrer os cas-
tigos ou incorrer nas sanções penais impostas
ao agente do fato ou omissão criminosa.
Alguns requisitos são exigidos para a ca-
racterização do dano em concreto, admitindo
também, certas especificações na respectiva
formulação. Assim, requer-se:
A) Dano atual - Não é remoto, mas
aceita-se o dano futuro, ou a perda de oportu-
nidade, desde que as consequências certas e
previsíveis da ação sejam violadoras.
B) Dano Certo - Definido, ou pelo menos,
determinável, porém, admite-se o damnum in-
fectum e a perda do prêmio face ao acidente.
C) Dano Pessoal - Refletido na pessoa
do lesado.
D) Dano Direto - Resultante da ação vio-
ladora, contudo se acolhe o dano derivado ou
reflexo.
Dois planos desdobram a teoria da res-
ponsabilidade civil: responsabilidade subjetiva e
objetiva.Aação qualificada pelo direito, faz gerar,
para o violador, a obrigação de reparação no:
A) Âmbito do ilícito: Consubstancia-se,
em fato humano próprio (responsabilidade di-
reta) ou de outrem, ou ainda, de coisa inani-
mada (responsabilidade extracontratual) e, do
outro lado, em retardamento ou descumpri-
mento total ou parcial da obrigação ou do con-
trato (responsabilidade contratual).
Na prática de ilícito, fora ou dentro da re-
lação contratual, nasce a obrigação de reparar
(conforme o sistema das codificações em
nosso Código Civil Art. 159).
Responsabilidade contratual: Esta
acepção exprime o mesmo que obrigação
contratual ou obrigação derivada do con-
trato ou da convenção.
Neste sentido, entendem-se as ex-
pressões: responsabilidade do devedor, do
credor, do cedente, do cessionário, do
mandante, do mandatário, do fiador, do lo-
cador, do locatário etc. Revela-se a obriga-
ção que deve ser cumprida por eles, em
virtude da convenção estabelecida.
Faz-se necessário que o dano decor-
rente de outrem, relacionado ou não com o
lesado, seja traduzido em:
A) ato ilícito
B) exercício de atividade perigosa
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro11
Art. 159 - Serão igualmente anuláveis
os contratos onerosos do devedor insol-
vente, quando a insolvência for notória, ou
houver motivo para ser conhecida do outro
contratante.
B) Exercício de atividade perigosa: Há
leis especiais sobre atividades perigosas,
apartadas das codificações que estão em vigor
e que vêm sendo editadas desde a construção
das estradas de ferro. Estas leis se aplicam
atualmente às empresas que desenvolvem ati-
vidades de risco.
Análise dasações
Deve haver vínculo (nexo causal) entre
ação e o evento, de sorte a poder-se concluir
que o dano proveio de fato do agente. Em ou-
tras palavras, que exista uma relação certa e di-
reta entre o fato desencadeador e o resultado
danoso dentro da teoria denominada de equi-
valência das condições.
Cumpre, a propósito, demonstrar-se em
concreto essa relação pela análise de subjeti-
vidade do agente e das circunstâncias do
caso, caracterizando-se a responsabilidade,
na hipótese de derivação de ilícito (subjetiva),
pela demonstração da existência de dolo (von-
tade ou consciência) ou de culpa (negligência
ou imperícia) do causador e, na decorrência da
atividade perigosa (objetiva) pelo simples im-
plemento da relação causal (independente-
mente da subjetividade do agente).
Obrigações do consultor imobiliário
O consultor imobiliário, podendo atuar
como profissional liberal, deve, no campo profis-
sional, na qualidade de autônomo/liberal, assu-
mir suas responsabilidades (Artigos 247 a 249).
Art. 247 - Incorre na obrigação de in-
denizar perdas e danos o devedor que recu-
sar a prestação a ele só imposta, ou só por
ele exequível .
Art. 248 - Se prestação do fato tornar-se
impossível, sem culpa do devedor, resolver-
se-á a obrigação; se por culpa dele, respon-
derá por perdas e danos.
Art. 249 - Se o fato puder ser executado
por terceiro, será livre ao credor mandá-lo
executar à custa do devedor, havendo recusa
ou mora deste, sem prejuízo da indenização
cabível.
Transações imobiliárias
Art. 593 - A prestação de serviço, que
não estiver sujeita às Leis trabalhistas ou a Lei
especial, reger-se-á pelas disposições deste
capítulo.
Art. 594 - Toda espécie de serviços ou
trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser
contratada mediante retribuição.
Art. 595 - No contrato de prestação de
serviço, quando qualquer das partes não sou-
ber ler, nem escrever, o instrumento poderá
ser assinado a rogo e subscrito por duas tes-
temunhas.
Art. 596 - Não se tendo estipulado, nem
chegado a acordo as partes, fixar-se-á por ar-
bitramento a retribuição, segundo o costume do
lugar, o tempo de serviço e sua qualidade.
Art. 597 - A retribuição pagar-se-á depois
de prestado o serviço se, por convenção ou
costume, não houver de ser adiantada, ou
paga em prestações.
Art. 598 - A prestação de serviço não se
poderá convencionar por mais de quatro anos,
embora o contrato tenha por causa o pagamento
de dívida de quem o presta, ou se destine à exe-
cução de certa e determinada obra. Neste caso,
decorridos quatro anos, dar-se-á por findo o con-
trato, ainda que não concluída a obra.
Art. 599 - Não havendo prazo estipulado,
nem se podendo inferir da natureza do con-
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro12
Toda transação imobiliária é funda-
mentada em contratos de compromisso,
de compra, de venda etc. Pois seu con-
trato de trabalho é caracterizado por uma
prestação de serviços (Artigos 593 a 609).
trato, ou do costume do lugar, qualquer das
partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso,
pode resolver o contrato.
Parágrafo Único - Dar-se-á o aviso:
I - Com antecedência de oito dias, se o
salário se houver fixado por tempo de um mês,
ou mais.
II - Com antecipação de quatro dias, se
o salário se tiver ajustado por semana, ou
quinzena.
III - De véspera, quando se tenha contra-
tado por menos de sete dias.
Art. 600 - Não se conta no prazo do con-
trato o tempo em que o prestador de serviço,
por culpa sua, deixou de servir.
Art. 601 - Não sendo o prestador de ser-
viço contratado para certo e determinado tra-
balho, entender-se-á que se obrigou a todo e
qualquer serviço compatível com as suas for-
ças e condições.
Art. 602 - O prestador de serviço contra-
tado por tempo certo, ou por obra determi-
nada, não se pode ausentar, ou despedir, sem
justa causa, antes de preenchido o tempo, ou
concluída a obra.
Parágrafo Único - Se, despedir-se sem
justa causa, terá direito à retribuição vencida,
mas responderá por perdas e danos. O mesmo
dar-se-á, se despedido por justa causa.
Art. 603 - Se o prestador de serviço for
despedido sem justa causa, a outra parte será
obrigada a pagar-lhe por inteiro a retribuição
vencida, e por metade a que lhe tocaria de
então ao termo legal do contrato.
Art. 604 - Findo o contrato, o prestador
de serviço tem direito a exigir da outra parte a
declaração de que o contrato está findo. Igual
direito lhe cabe, se for despedido sem justa
causa, ou se tiver havido motivo justo para dei-
xar o serviço.
Art. 605 - Nem aquele que os serviços
são prestados poderá transferir a outrem o di-
reito aos serviços ajustados, nem o prestador
de serviços, sem concordância da outra parte,
dar substituto que os preste.
Art. 606 - Se o serviço for prestado por
quem não possua título de habilitação, ou não
satisfaça requisitos outros estabelecidos em
Lei, não poderá quem os prestou cobrar a re-
tribuição normalmente correspondente ao tra-
balho executado. Mas, se deste resultar
benefício para a outra parte, o juiz atribuirá a
quem o prestou uma compensação razoável,
desde que tenha agido com boa-fé.
Parágrafo Único - Não se aplica a se-
gunda parte deste artigo, quando a proibição
da prestação de serviço resultar de Lei de
ordem pública.
Art. 607 - O contrato de prestação de ser-
viço acaba com a morte de qualquer das par-
tes. Termina, ainda, pelo escoamento do
prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão
do contrato mediante aviso prévio, por inadim-
plemento de qualquer das partes ou pela im-
possibilidade da continuação do contrato,
motivada por força maior.
Art. 608 - Aquele que aplicar pessoas
obrigadas em contrato escrito a prestar ser-
viço a outrem pagará a este a importância
que o prestador de serviço, pelo ajuste des-
feito, houvesse de caber durante dois anos.
Art. 609 - A alienação do prédio agrícola,
onde a prestação dos serviços se opera, não
importa a rescisão do contrato, salvo ao pres-
tador opção entre continuá-lo com o adqui-
rente da propriedade ou com primitivo
contratante.
Art. 402 - Salvo as exceções expressa-
mente previstas em Lei, as perdas e danos de-
vidas ao credor abrangem, além do que ele
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro13
O profissional deverá responder por
danos causados no exercício de sua pro-
fissão (artigos 402 a 405).
efetivamente perdeu, o que razoavelmente dei-
xou de lucrar.
Art. 403 - Ainda que a inexecução resulte
de dolo do devedor, as perdas e danos só in-
cluem os prejuízo do disposto na Lei processual.
Art. 404 - As perdas e danos, nas obriga-
ções de pagamento em dinheiro, serão pagas
com atualização monetária segundo índices ofi-
ciais regularmente estabelecidos, abrangendo
juros, custas e honorários de advogado, sem
prejuízo da pena convencional.
Parágrafo único - Provado que os juros da
mora não cobrem o prejuízo, e não havendo
pena convencional, pode o juiz conceder ao cre-
dor indenização suplementar, havendo pena
convencional, pode o juiz conceder ao credor in-
denização suplementar.
Art. 405 - Contam-se os juros de mora
desde a citação inicial.
O profissional deverá entender sobre
os negócios jurídicos - Art. 104 à 114.
Art. 104 - A validade do negócio jurídico
requer.
I - Agente capaz.
II - Objeto lícito, possível, determinado
ou determinável.
III - Forma prescrita ou não na defesa
em Lei.
Art. 105 - A incapacidade relativa de uma
das partes não pode ser invocada pela outra em
benefício próprio, nem aproveita aos cointeres-
sados, salvo se, neste caso, for indivisível o ob-
jeto do direito ou da obrigação comum.
Art. 106 - A impossibilidade inicial do ob-
jeto não invalida o negócio jurídico se for rela-
tiva, ou se cessar antes de realizada a
condição a que ele estiver subordinado.
Art. 107 -Avalidade da declaração de von-
tade não dependerá de forma especial senão
quando a Lei expressamente a exigir.
Art. 108 - Não dispondo a Lei em contrá-
rio, a escritura pública é essencial à validade dos
negócios jurídicos que visem à constituição,
transferência, modificação ou renúnciade direi-
tos reais sobre imóveis de valor superior a trinta
vezes o maior salário mínimo vigente no país.
Art. 109 - No negócio jurídico celebrado
com cláusula de não valer sem instrumento pú-
blico, este é da substância do ato.
Art. 110 - A manifestação da vontade sub-
siste ainda que o seu autor haja feito a reserva
mental de não querer o que manifestou, salvo se
dela o destinatário tinha conhecimento.
Art. 111 - O silêncio importa anuência,
quando as circunstâncias ou usos o autoriza-
rem, e não for necessária a declaração de von-
tade expressa.
Art. 112 - Nas declaração de vontade se
atenderá mais à intenção nelas consubstanciada
do que ao sentido literal da linguagem.
Art. 113 - Os negócios jurídicos devem ser
interpretados conforme a boa-fé e os usos do
lugar de sua celebração.
Art. 114 - Os negócios jurídicos benéficos
e a renúncia interpretem-se estritamente.
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro14
Diante daquilo que está exposto em toda
a legislação pertinente a responsabilidade civil
do corretor, juridicamente existe ainda as san-
ções disciplinares, que são as resoluções, por-
tarias e circulares capazes de oferecer aos
mesmos os meios e mecanismos necessários
a coibir uma atividade profissional perniciosa,
danosa e causadora de um complexo efeito,
capaz de denegrir toda uma categoria. Isso
pode ir de apenas uma advertência verbal,
censura, multa, suspensão da inscrição ou a
apreensão da carteira profissional.
Portanto, devemos pautar pelo profis-
sionalismo, para que possamos agregar
novos cliente, havendo uma integração tão
grande que no futuro, talvez, o chamemos
de parceiro.
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro15
Aula 1
1.O que é preciso se fazer para exercer a função de corretor?
R:___________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2. Escolha três áreas de atuação de um Técnico em Transação Imobiliária e explique suas
atribuições.
R:___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3.Quais os tipos de imóveis que um consultor imobiliário pode comercializar? Cite, pelo menos,
cinco.
R:___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
4.Onde um TTI pode trabalhar, comercializando os imóveis de diversos tipos?
R:___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
5.O TTI pode trabalhar como um profissional liberal? O que ele deve fazer?
R:___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
6. Questões sobre a Lei 8.078 - Código de Defesa do Consumidor.
a) Esta Lei interfiriu no trabalho de um TTI? Por quê?
R:______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
b) De acordo com o Artigo 723 desta lei, quais as responsabilidades de um TTI?
R:______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Legislação Imobiliária - Aula 1 Instituto Universal Brasileiro16
c) Explique, com suas palavras, o Artigo 726.
R:______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
7. Por que o TTI deve conhecer todos os seus direitos e deveres?
R:______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
8. Assinale a alternativa correta:
Responsabilidade Contratual é:
( ) a obrigação de se fazer um contrato redigido com palavras e expressões de difícil com-
preensão.
( ) a obrigação assumida pelas partes contratantes com o dever de cumprir tudo o que foi
convencionado ou ajustado.
( ) a obrigação de uma pessoa apresentar a outra um contrato com suas intenções.
Leia com atenção esta situação e pesquise antes de respondê-la.
Pedro tem um apartamento de dois dormitórios e resolveu colocá-lo a venda. Procurou
uma imobiliária conhecida, onde Marcos, seu amigo, trabalha, acertando, por escrito, com ele a
exclusividade do negócio e demais detalhes como valor do imóvel, modo de pagamento, horá-
rios de visitas etc.
Marcos se empenhou na venda chegando a levar alguns clientes para visitar o imóvel,
porém não conseguiu efetuar a negociação.
Três meses depois, Ana, uma amiga do escritório onde Pedro trabalha, interessou-se pelo
apartamento e eles acertaram a venda sem comunicá-la ao Marcos, tentando economizar sua
comissão.
Após seus estudos, responda:
Marcos tem direito a receber sua comissão? Justifique sua resposta baseando-se nas leis
estudadas.
R:______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
O Corretor e suas atribuições
Lei e Direito
O direito é um termo derivado do latim
directum, do verbo dirigere que quer dizer:
dirigir, ordenar, endireitar. Podemos ainda
afirmar que seu significado maior é aquilo
que é reto.
A legislação imobiliária é totalmente fun-
damentada dentro do Código Civil (CC).
A lei de introdução ao Código Civil (de-
creto-lei 4.657/142) não faz parte do Código
Civil, embora esteja anexada a ele, antece-
dendo-o. Trata-se de um todo em separado.
A lei de introdução ao Código Civil é
norma de sobredireito ou de apoio consistente
num conjunto de normas, cujo objetivo princi-
pal é disciplinar as próprias normas jurídicas.
De fato, norma de sobredireito é a que
disciplina a emissão e aplicação de outras nor-
mas jurídicas.
Esta lei de introdução cuida de:
► Normas de direito privado internacional
► Critérios hermenêuticos
► Critérios de integração do ordena-
mento jurídico
► Conflito de leis no tempo
► Conflito de leis no espaço
► Vigência e eficácia das normas jurídicas
Esta lei de introdução, no fundo, é uma lei
de introdução às leis, que contém princípios ge-
rais sobre as normas sem qualquer discrimina-
ção. Ela é aplicável a todo ramo do direito.
Lei
Aquilo que vamos estudar dentro da le-
gislação imobiliária específica fica dentro deste
conceito e regramento jurídico.
Veremos assim que, enquanto o código
cria e revoga normas, a consolidação reúne as
já existentes, isto é, não cria, nem revoga. De-
vemos salientar, também, que o Código Civil
é uno, as suas divisões são apenas para fins
didáticos e nada mais.
A regulamentação jurídica tem por ob-
jetivo a regulação da vida social, dando-nos
a obrigação de respeitar as normas impos-
tas pelo Estado, ou seja, é uma obrigação
moral imposta e a cada desvio, poderemos
responder juridicamente pelos nossos atos
de forma processual.O Código Civil regula os direitos e obri-
gações da ordem privada, ao passo que a lei
de introdução disciplina o âmbito de aplica-
ção das normas jurídicas.
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro17
AULA 2
LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
Vacatio Legis
O período chamado vacatio legis é o
tempo entre a publicação da lei e sua entrada
em vigor e tem a finalidade de que todos tomem
ciência, conhecimento e se preparem para a
sua vigência. Existem duas normas que exigem
obrigatoriamente a vacatio legis, que são:
► A lei que cria e aumenta a contribuição
social para a seguridade social: Ela entra em
vigor após noventa dias de sua publicação (art.
195 parágrafo 6º, Constituição Federal).
► Outra Lei obrigatória é aquela que
aumenta tributos: Só pode entrar em vigor
noventa dias de sua publicação (art. 150 III,
Constituição Federal) e, além do mais, deve
ser sempre observado o princípio da ante-
rioridade.
Em contrapartida, existem três hipóteses
em que a vigência é imediata sem que haja o
vacatio legis:
► Atos administrativos, salvo disposição
em contrário, entram em vigor na data de sua pu-
blicação (art. 103, Código Tributário Nacional).
► Emendas constitucionais, entram em
vigor no dia de sua publicação.
► Lei que altera, cria ou reforma o pro-
cesso eleitoral, também tem vigência imediata,
na data de sua publicação.
As hierarquias das Leis
As leis são Federais, Estaduais e Munici-
pais, sempre respeitando a hierarquia na se-
quência apresentada.
A Lei Maior, Constituição Federal, é de
onde, teoricamente, tudo deve emanar.
Leis Federais - Código Civil, Código de
Processo Civil, Código Penal, Código de Pro-
cesso Penal, Consolidação das Leis do Tra-
balho e outras Leis em apartado aos Códigos
vigentes, por exemplo, a Lei do Divórcio, Lei
dos crimes Hediondos e outras Leis até
mesmo mais antigas que a nossa Constitui-
ção, que foi promulgada no ano de 1988.
Direito
Com a dinâmica da vida social e o seu
desenvolvimento, as Leis vão se alterando
na tentativa do aprimoramento da socie-
dade, e assim vão acontecendo as refor-
mas de nossos Códigos. Tivemos uma em
2002, a reforma do Código Civil, que elimi-
nou o Código Comercial, que era em apar-
tado, e o fundiu em seu bojo, deixando de
ser em apartado para ser integrante e parte
do mesmo.
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro18
A lei de introdução, em seu artigo 1º,
diz que: “Salvo disposição em contrário, a lei
começa a vigorar em todo o país em 45 dias
de sua publicação, o dever de publicar é do
Estado para que ninguém alegue ignorância
a Lei”.
As fontes do Direito são os usos e
costumes e vêm da necessidade do ser
humano ser conduzido, dando a ele os
ordenamentos obrigatórios de conduta e
regramento em geral.
Direito objetivo: É uma regra social
imposta a todos. Isto está na Lei.
Direito subjetivo: Significa uma
ação assegurada legalmente a toda e
qualquer pessoa em defesa de seus di-
reitos e proteção de seus bens materiais
e imateriais, podendo ou não agir e usar
a faculdade deste direito.
Direito Público e Privado
► Direito Público: Regula um conjunto
de normas de interesse da ordem coletiva,
em especial nas instituições públicas e as re-
lações dos poderes públicos entre si e destes
para com os elementos particulares.
Esta norma tem sempre o dever de re-
gular algum interesse direto ou indireto do
próprio Estado, podendo ainda ser dividido
em interno e externo.
O público interno tem o objetivo de re-
gular o Direito de cada Estado, abrangendo
assim o Direito Constitucional, Direito Admi-
nistrativo, Direito Financeiro, Direito Penal,
Direito Tributário, Direito Penal e Processual
Penal, Direito Civil e Processual Civil.
► Direito Privado (interno): É a utiliza-
ção do direito positivo ou objetivo, sendo uti-
lizado para ser regulador dos interesses do
indivíduo.
Em nossos estudos, nos deteremos no
Direito Privado Civil, que regula as relações
particulares ou de interesses civis.
Como podem ser as leis
Quanto aos efeitos
Imperativas: Com conteúdo ordenativo,
são aquelas que impõem uma regra, precei-
tuando um dever ou obrigação. Elas não proí-
bem, mas, de modo positivo, objetivam a
prática de um ato.
Proibitivas: Determinam uma abstenção
ou não, permitindo assim que se possam fazer
tal coisa ou se pratiquem tal ato.
Facultativas: Sempre sobre determina-
dos atos ou certos fatos, dando certa liberdade
ou faculdade, instituindo regras e formas que
poderão ser ou não utilizadas, reconhecendo
assim a existência de um direito.
Quanto à natureza
Adjetivas: São as leis de forma, que de-
terminam como serão os trâmites a serem se-
guidos no ordenamento dos direitos e na
defesa deste direito.
Substantivas: São Leis que regulam a
relação entre as pessoas, podemos chamar de
Leis de Fundo ou Leis Materiais.
Bens Móveis e Imóveis
Bens representam valores materiais ou
imateriais, que servem nas relações jurídicas
e se classificam em imóveis ou móveis.
Bens Móveis
São bens que podem ser transportados
de um lugar para outro sem perda ou prejuízo
de sua substância ou conteúdo. Os bens mó-
veis são os que têm movimento próprio (ex.:
animais) ou por auxílio de algo (ex.: veículos,
dinheiro, alimentos).
São considerados bens móveis por dis-
posição legal (art. 83 do CC - Código Civil):
• As energias que tenham valor econô-
mico (energia elétrica, energia solar etc).
• Os direitos reais sobre objetos móveis e
as ações respectivas (penhor, anticrese etc.)
• Os direitos de caráter patrimonial e res-
pectivas ações, direitos autorais, direito credi-
tórios, patentes de invenção.
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro19
Na legislação imobiliária, iremos estu-
dar praticamente as relações entre as par-
tes nas transações que houverem sobre os
Bens Imóveis e seus direitos (por exemplo,
direito sucessório).
- Direito das sucessões
- Direito das Obrigações de Fazer e
Não-fazer etc.
- Direito das Coisas
- Direito de Família
- Direito Comercial
- Direito Trabalhista
Os bens que têm movimento próprio
são chamados de semoventes.
Bens Fungíveis/Consumíveis
Artigo 85: São fungíveis os bens móveis
que podem ser substituídos por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade.
Artigo 86: São consumíveis os bens mó-
veis cujo uso importa imediata destruição da
própria substância, sendo também considera-
dos tais os destinados à alienação .
Artigo 87: Bens divisíveis são os que se
pode fracionar sem alteração de sua substân-
cia, diminuição considerável de valor, ou pre-
juízo do uso a que se destinam.
Artigo 88: Os bens naturalmente divisí-
veis podem tornar-se indivisíveis por determi-
nação da lei ou por vontade das partes.
Artigo 89: São singulares os bens que,
embora reunidos, consideram-se, por si, inde-
pendentes do demais.
Artigo 90: Constitui universalidade de
fato a pluralidade de bens singulares que, per-
tinentes à mesma pessoa, tenham destinação
unitária.
Parágrafo Único: Os bens que formam
essa universalidade podem ser objeto de rela-
ções jurídicas próprias.
Dos Bens Reciprocamente
Considerados
Artigo 92: Principal é o bem que existe
sobre si, abstrata ou concretamente; acessório,
aquele cuja existência supõe a do principal.
Artigo 93: São pertenças os bens que,
não constituindo partes integrantes, desti-
nam-se de modo duradouro, ao uso ou ser-
viço de outro.
Artigo 94: Os negócios jurídicos que
dizem respeito ao bem principal não abrangem
as pertenças, salvo se o contrário, resultar da
lei, da manifestação de vontade, ou das cir-
cunstâncias do caso.
Artigo 95: Apesar de ainda não separa-
dos do bem principal, os frutos e produtos
podem ser objeto de negócio jurídico.
Artigo 96:As benfeitorias podem ser vo-
luptuárias, úteis ou necessárias.
Artigo 97: Não se consideram benfeito-
rias os melhoramentos ou acréscimos sobre-
vindos ao bem sem a intervenção do
proprietário, possuidor ou detentor.
Bens Imóveis
Imóveis por acessão física
É aquele imóvel que o homem incorpora
ao solo de forma permanente, assim como as
plantações, edificações(prédios, casas etc) e
as construções (estradas, pontes, ferrovias
etc.).
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro20
1º São voluptuárias as de mero deleite
e recreio, que não aumentam o uso habitual
do bem, ainda que o tornem mais agradável
ou que sejam de elevado valor.
2º São úteis as que aumentam ou faci-
litam o uso do bem.
3º São necessárias as que têm por fim
conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Imóveis por sua própria natureza
O solo, o subsolo e o espaço aéreo
são, pela própria natureza, bens imóveis.
Aqui cabe uma explicação: o espaço aéreo
é pertencente à administração do governo
federal e o subsolo pertence a União, só
ela tem o direito de explorar, podendo
assim dar concessões para exploração do
mesmo. Ex.: exploração de petróleo, minas
de ouro etc.
Imóveis por acessão intelectual ou por
destinação do proprietário
Eles consistem em coisas móveis que
o proprietário de um imóvel imobiliza a fim
de aprimorar-se ou explorá-lo industrial-
mente (máquinas, ornamentos, geradores,
escadas de emergência, portas corta-fogo,
ar-condicionado).
Existem aqueles bens imóveis, por dis-
posição legal, que garantem direitos:
Direitos Reais sobre Bens Imóveis e
as Ações que os asseguram
Trata-se de bens incorpóreos. São coi-
sas imateriais, abstratas, não palpáveis. Po-
demos citar, entre eles, o Usufruto, o Uso, a
Propriedade, a Habitação, e ainda os direitos
reais de garantia, tais como: penhor, hipo-
teca, anticrese etc.
Bem também podem ser fungível, isto é,
quando ele pode ser substituído por outro com
características iguais ou similares: um veículo,
um sapato etc.
Ele é considerado não fungível quando
inexiste a possibilidade de substituição por
outro igual ou equivalente em qualidade e
quantidade. Os bens não fungíveis podem ser
móveis (uma pintura), ou imóveis.
Os Bens se classificam ainda em
Divisíveis e Indivisíveis
Divisíveis: São aqueles que podem ser
divididos em porções distintas e cada qual
forma um todo perfeito (um terreno).
Indivisíveis: São aqueles que não
podem ser divididos.
Devemos ainda conceituar algumas pa-
lavras comumente utilizadas:
Constituem
Pertenças: São bens acessórios que
são parte integrante de outro bem, destinando-
se de modo duradouro e permanente ao uso,
aformoseamento ou serviço do bem principal.
Civis: São os rendimentos, juros, divi-
dendos obtidos através da utilização do bem
(aluguel de um imóvel).
Industriais: Produzidos artificialmente
com a intervenção humana na natureza pela
industrialização de algum bem. Exemplo: en-
garrafamento de água mineral.
Benfeitorias: São os melhoramentos e
reparos para a conservação, aformoseamento
ou aumento de utilidade de alguma coisa.
Podem ser:
a) Necessárias: Todo e qualquer con-
serto, reforma ou reparo destinado a conserva-
ção, tanto quanto a qualidade como ao uso,
para evitar a deterioração (pintura) de um bem.
b) Úteis: Reformas efetuadas com a fina-
lidade de ampliar a utilidade do bem (energia
solar, reutilização da água, lâmpadas frias etc).
c) Voluptuárias: Reparos e modifica-
ções feitas no imóvel com a finalidade de em-
belezá-lo e aumentar sua comodidade
(construção de uma piscina).
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro21
Bens Fora do Comércio
São os bens que têm alguma restrição e
não podem ser negociáveis, por serem insus-
cetíveis de alienação por determinação legal
ou judicial. Estes bens carregam um ônus, são
gravados por cláusulas de inalienabilidade, ou
seja, não podem ser vendidos ou negociados.
Bem de Família
O bem de família consiste na separação ou
gravação parcial do patrimônio móvel ou imóvel
do casal até o limite máximo de 1/3 destes, com
o fim específico de garantir o sustento futuro da
família. São bens que deverão estar gravados
junto ao registro de imóveis. O imóvel pertencerá
sempre aos cônjuges, pois a sua administração é
compartilhada; ele deverá ser instituído por Ins-
trumento Público ou por testamento.
Evicção e Posse
Evicção
A evicção consiste na perda da proprie-
dade ou da sua posse por lide jurídica anterior
à alienação, cujo pedido foi provido, determi-
nando a titularidade e o domínio do bem em
favor de outrem por se tratar de um defeito ju-
rídico, a evicção pode ser total ou parcial. Na
evicção, sempre haverá um conflito de inte-
resses de três partes, que são: evicto, alie-
nante e evictor.
• Evicto: Adquirente do bem
• Alienante: Responde pelos riscos da
evicção
• Evictor: É o terceiro beneficiado por
sentença judicial.
Posse
É uma relação de fato entre uma pes-
soa e um bem, que pode criar resultados no
mundo jurídico, mesmo que o possuidor
tenha tão somente o domínio da coisa (lo-
cador).
Posse é ter em suas mãos alguma coisa
que pode ou não estar em seu nome, ou seja,
ser o titular do bem.
Posse e propriedade
Um exemplo deste tópico é quando
você compra um carro financiado, apenas
tem a posse, mas a propriedade é do Banco
que o financiou. Você só tem o domínio.
Outro exemplo é quando você mora em
uma propriedade que é sua. Neste caso, você
tem a posse e o domínio da coisa.
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro22
Obemde família não poderá ser objeto
de penhor em execução de dívidas poste-
riores do casal a sua instituição, mas, salvo
exceções, poderá ser penhorado para ga-
rantir dívidas fiscais e de condomínio relati-
vos ao próprio imóvel; esta isenção
perdurará enquanto viver umdos cônjuges.
Obemde família é regido pelos artigos 1.711
a 1.722 do CC de 2002.
A seguir, iremos tratar da Posse e seus
aspectos.
Os elementos da posse são:
Corpus (corpo): É o exercício de atos
sobre a coisa, caracterizando, assim, a exte-
rioridade da propriedade.
Animus: É visto com a intenção do pos-
suidor de se comportar como se fosse o titular
de direito.
Esses dois elementos se sobressaem
com a concepção subjetiva da posse, embora
possamos afirmar que a posse exige os dois
elementos.
A Posse Quanto a Sua Classificação
Posse direta ou imediata: Quando a pes-
soa tem a coisa em seu poder (locador sobre
o imóvel locado).
Posse indireta ou mediata: É a posse
por ficção, exercida pelo próprio titular do
bem, quando este está sob o domínio de ou-
trem, por força de contrato (locação) ou tem
a limitação de direito real (usufruto). O usu-
frutuário sempre exercerá a posse direta, o
não-proprietário, mantém a posse indireta.
Posse Justa e Injusta
As invasões do MST são caracterizadas
como posse injusta, pois são invasões violen-
tas, posses conseguidas com atos de agres-
são física contra o real dono da terra sem sua
permissão nem conhecimento. São também
conhecidas como clandestinas porque acon-
tecem às ocultas.
Posse de Boa-fé
Na posse de boa-fé, há a convicção do
possuidor de que a coisa lhe pertence, igno-
rando que esteja prejudicando o direito de
outra pessoa. O posseiro é portador de um tí-
tulo, mas ele sabe que não é legítimo por
algum vício sobre o tal direito.
Posse Precária
A posse precária é, sempre, originária
do abuso de confiança por parte de quem re-
cebe a coisa a título provisório, com o dever
de restituí-la.
Posse Titulada
É chamada titulada quando compreende
aquela que foi adquirida através de contrato,
ou seja, com formalidades, coisa avençada
pelas partes entre o possuidor e o titular, para
sermos mais explícitos, com a escritura sem o
devido registro.
Posse Não-titulada
Trata-se de não-titulada aquela destituída
de qualquer documento, embora possa ser
justa e de boa-fé.
Posse Nova e Posse Velha
Posse nova é aquela que tem menos de
1 ano, ou seja, menos de 365 dias. A ação de
reintegração da posse será com o pedido de
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro23
Posse justa: Quando exercida sem os
vícios da violência, da clandestinidade ou da
precariedade.
Segundo o Artigo 1.200 do Código
Civil, é justa a posse que não seja violenta,
clandestina ou precária.
Posse injusta: A posse é injusta
quando ela é clandestina, sem permissão
ou conhecimento do verdadeiro proprietá-
rio; pecária, ela é caracterizadapelo abuso
de confiança do mero detentor ou invasor,
que se recusa a devolver o bem para o seu
real detentor nos prazos estipulados ou
pode ser violenta , obtida através de atos
de agressão física ou moral, contra o real
possuidor.
liminar, e o sucesso será imediato sendo sem-
pre concedida a liminar.
Posse velha é aquela com mais de 1 ano
e 1 dia, ou seja, mais de 365 dias e 1 dia. A
ação proposta será a mesma de reintegração
de posse com pedido de liminar, mas, havendo
prova do posseiro que está na posse mansa e
pacífica a mais de 1 ano, ele responderá a
ação proposta dentro e no domínio da posse
até sentença final transitada em julgado sem
que não caiba mais qualquer tipo de recurso.
A posse por períodos estabelecidos em lei
encaminhará a aquisição da propriedade pelo ins-
tituto do usucapião que veremos mais à frente.
Propriedade
Conceito
Propriedade é o que pertence a alguém,
é um pedaço de terra e/ou imóvel ou um bem
móvel. Pode-se usar, gozar, fruir e dispor deste
bem, podendo-se reavê-lo de quem quer que
o possua, visto ser o proprietário titular da-
quele bem e do direito.
A propriedade tem, como característica,
a exclusividade de direitos, sendo possível
apenas um proprietário para cada objeto, a
não ser que esteja em condomínio. Sendo
assim, tendo mais de um proprietário, cada
um será dono de uma parcela ou quinhão.
Aquisição da Propriedade Imóvel
Para a aquisição da propriedade imóvel,
exige-se que o agente seja capaz (maioridade
por tempo ou antecipação) e que o objeto seja
lícito, isto é, possa cumprir as formalidades le-
gais (contratos, certidões, impostos e futuro re-
gistro) nos casos normais; no entanto, pode
ainda ocorrer a aquisição de uma propriedade
por usucapião, acessão etc.
A aquisição pelo usucapião tem a forma
originária da propriedade, e ela ocorre em
duas fases: aquisitiva e executiva.
Aquisitiva
Extrajudicial implica na posse contínua e
pacífica, com ou sem justo título, por um pe-
ríodo determinado por lei, ocorrendo assim,
ao seu término, o direito de propriedade. É im-
portante que o possuidor tenha o animus de se
tornar o proprietário.
Executiva
Esta é a etapa judicial em que se requer
o reconhecimento judicial de um direito de uma
propriedade, que será deferido ou não por
sentença judicial transitada em julgado até a
última instância, que julgará se é ou não de
direito o pedido da parte, gerando assim, com
esta sentença, um título de escritura que de-
verá ser levada a registro.
Os Tipos de Usucapião
Extraordinário: Todo aquele que exer-
cer a posse contínua e permanente de um
bem imóvel como se fosse dono, pelo prazo
de 15 anos sem oposição, adquire sua pro-
priedade, ainda que não comprove o justo tí-
tulo e a boa-fé. Este referido prazo será
reduzido para 10 anos se, nesse imóvel, o
possuidor houver estabelecido sua residên-
cia habitual ou efetuado obras e serviços, tor-
nando-se produtivo.
Ordinário: Este tipo de usucapião exige
o decurso de prazo de 10 anos de posse inin-
terrupta, mansa e pacífica, com justo título e
boa-fé, se o possuidor, além do justo título,
comprovar que comprou o imóvel baseado em
registro de cartório de imóveis existente à
época da compra e cancelado posteriormente,
apresentando inclusive prova dos pagamentos
efetuados. O prazo de prescrição aquisitivo
será de 5 anos.
Urbano: É o possuidor que, por uma pe-
ríodo de 5(cinco) anos ininterruptos, de forma
mansa e pacífica, sem oposição, ocupa área
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro24
EXTRAORDINÁRIO, ORDINÁRIO, UR-
BANO, RURAL.
A propriedade se formaliza no caso de
bens móveis com a entrega do bem na forma
tradicional e, para os bens imóveis, através
de seu registro imobiliário.
urbana de até 250 m² utilizada para moradia
própria e da família. Para fazer jus a este tipo
de usucapião, o requerente não poderá ser
proprietário de nenhum outro bem imóvel. Este
é o conceito constitucional, e o imóvel não po-
derá ter mais que 250 m².
Rural: Tem como requisito também o pe-
ríodo de 5 anos de posse ininterrupta de um
imóvel com até 50 hectares situados na zona
rural, onde tenha fixado residência e tornado
o imóvel produtivo. Este é o usucapião espe-
cial pró-labore (para o trabalho) em favor dos
posseiros, concedido apenas para os que
comprovarem não possuir outra propriedade
imóvel, seja rural ou urbana. Este tipo de usu-
capião está totalmente ligado ao homem do
campo para mantê-lo lá, e que o mesmo possa
sustentar a sua família.
Aquisições de Propriedade
por Acessão
A aquisição de uma propriedade imóvel
por acessão se dá quando um imóvel, ou parte
dele, se incorpora a outro. É um modo origi-
nário de aquisição, através da qual o proprie-
tário de um bem imóvel passa a ser titular
também da porção que lhe for acrescida.
Acessão por formação de ilhas:Uma ilha
pode se formar em um leito do rio, em correntes
comum ou particulares, pertencendo, neste caso,
aos proprietários ribeirinhos e fronteiriços, res-
peitando sempre o artigo 1.249 do CC.
Acessão por aluvião: São acréscimos
que vão se depositando e aterrando, natural-
mente, ao longo das margens das correntes,
ou então, que são trazidos pelo desvio natural
das águas. Todo acréscimo pertencerá aos
proprietários dos imóveis marginais acrescidos.
Acessão por avulsão: Ocorre quando
parte considerável de terra é deslocada com a
força das águas de uma margem para a outra.
Assim, o imóvel, que sofreu o deslocamento de
terra, ficou reduzido, e o que sofreu o acréscimo
foi valorizado. O dono do imóvel acrescido ficará
com a propriedade das terras aderidas, mas de-
verá indenizar o proprietário do imóvel reduzido.
Acessão por abandono de álveo ou
leito: Álveo é a parte da superfície recoberta
pelas águas sem transbordar para o solo en-
xuto. O álveo é considerado público, de uso
comum, porém pode vir a incorporar proprie-
dade privada, por acessão. O álveo abando-
nado é aquele que já pertenceu a um rio, ou é
corrente, cujas águas mudaram de curso.
Acessão por construção e plantações:
As construções e plantações efetuadas sobre
um imóvel incorporam-se ao mesmo e pre-
sume-se que foram feitas pelo seu proprietário.
Aquele que semear, plantar ou construir em ter-
reno alheio, perderá, em prol do proprietário,
as sementes, plantações e construções que
houver feito. Porém, se for comprovado que
agiu de boa-fé, terá o direito a indenização do
valor gasto com as obras, mas, se o valor in-
vestido, mesmo que de boa-fé, superar o valor
do terreno onde se efetuaram as benfeitorias
ele poderá adquirir a propriedade do solo me-
diante uma indenização fixada judicialmente.
As Ações Reivindicatórias
de Propriedade
Ação reivindicatória:Ação que deve ser
dirigida contra aquele que está de posse ou
detém a coisa reivindicada.
Ação de emissão de posse: Esta ação
está de conformidade com os pressupostos
do artigo 381 e seguintes do CC que diz:
“compete a ação de introdução de posse aos
adquirentes de bens, para haver a respectiva
posse, contra os alienantes ou terceiros que a
detenham”.
Embargos de terceiros: É um remédio
legal, e se aproxima muito das ações inerentes
à posse, porque o seu ajuizamento refere-se à
tumulto ou esbulho (privação de bens, espolia-
ção) da posse ou da propriedade.
As ações de usucapião: Já vimos
todas as formas de usucapião e tratamos es-
pecialmente de seus aspectos.
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro25
Ação de declaração de obra nova: Era
uma ação que posicionava certas doutrinas e ju-
risprudências, mas com a mudança do CC, não
encontra mais, respaldo diante da nova siste-
mática imposta à defesa da propriedade.
Ações divisórias e demarcatórias:
Este tipo de ação tem, basicamente, a finali-
dade de partilhar alguma coisa em comum
entre os condôminos, para fixar novos limites
entre os proprietários.
Ação discriminatória: Essa espécie de
ação é disciplinada pela Lei 6.383/76. Tem,
como objetivo específico, demarcar áreas que
pertencem ao poder público, visando sempre
fixar limite, identificar os posseiros para possí-
veis assentamentose encontrar proprietários
dentro da área, para poder efetuar o registro
do imóvel pertencente ao poder público.
Ação de retrocessão: É uma ação em-
basada no direito que tem o ex-proprietário de
reaver um bem desapropriado. Isto ocorre
quando o Estado que desapropriou desviou o
destino a que tenha feito a desapropriação,
restituindo ao proprietário o valor recebido a tí-
tulo de indenização.
Registro do Título
da Propriedade
O registro do título da propriedade, tais
como contrato de compra e venda, alvará judi-
cial, formal de partilha, adjudicação, declara-
tória de usucapião, doação efetiva a aquisição
da propriedade imóvel, torna pública a titulari-
dade do bem imóvel. Este registro tem a fina-
lidade de erga omnes, ou seja, torna pública a
ação, tratando da publicidade do ato.
A Perda da Propriedade
O novo Código Civil dá as inúmeras for-
mas da perda da propriedade em seus artigos
1.275 e 1.276. Exemplificando:
* A alienação (venda).
* A renúncia ao direito de propriedade.
* O abandono da propriedade.
* Ao perecimento do bem.
* A desapropriação.
* Usucapião.
* Arrematação em hasta pública (leilão).
* Adjudicação (falta da entrega legal de
algum documento).
Outras Informações
Importantes
Do Condomínio
O novo Código Civil, que alterou a lei n°
4.591/64 (lei do Condomínio), dedicou os arti-
gos 1.331 a 1.358 e, em especial o artigo
1.340 às obras no condomínio; o artigo 1.343
especifica como deverá ser e a forma que
ocorrerá a aprovação pelos condôminos. Outra
alteração interessante é a do artigo 1.345, que
diz que o adquirente de unidades responderá
pelos débitos existentes em relação ao condo-
mínio. Por isso, a declaração do síndico com
firma reconhecida e cópia autenticada da ata
que o elegeu, é necessária. Assim, sana-se o
risco de haver débitos.
Das Servidões
O artigo 1.378 diz:
“A servidão proporciona utilidade para o
prédio dominante, e grava o prédio serviente,
que pertence a diverso dono, e constitui-se
mediante declaração expressa dos proprietá-
rios, ou por testamento, subsequente registro
no cartório de registro de imóveis”.
Do Usufruto
Conforme exemplifica o artigo 1.390 do
CC, pode recair, em um ou mais bens, imóveis
ou móveis em um patrimônio inteiro ou parte
deste, abrangendo-lhe no todo ou em parte, os
seus frutos e utilidades, com a inscrição obri-
gatória no registro imobiliário.
É fato muito comum no dia-a-dia imobi-
liário, a instauração desta medida de proteção
ao patrimônio de alguém com a total respon-
sabilidade do usufrutuário para sua conserva-
ção e cuidado do bem ou bens, que estão em
seu poder.
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro26
Da Extinção do Usufruto
Pode se extinguir o usufruto, também com
a averbação obrigatória no registro imobiliário
por diversas formas, tais como:
- Renúncia ou morte do usufrutuário
- Pelo termo de duração
- Outras disposições nos artigos 1.410 e
1.411 do CC.
Do Uso
O artigo 1.412 do CC diz:
“O usuário usará da coisa e perceberá
os seus frutos quando exigirem as necessi-
dades suas e de sua família “
Da Habitação
O direito da habitação está regulamen-
tado no artigo 1.414 do CC quando o uso
consistir no direito de habitação gratuita em
casa alheia (sob a denominação de habita-
ção), observando que o titular deste direito
não pode alugá-la, nem emprestar, apenas e
simplesmente ocupá-la com sua família. Isto
está baseado na Lei n° 6.015/73 no artigo
167, inciso I, número 7.
Do Penhor
É a transferência efetiva da posse em ga-
rantia de um débito ao credor, fazendo com
que o devedor disponha de uma coisa móvel
ou imóvel, suscetível de alienação, regulados
pelo artigo 1.431 do CC. Existem, basica-
mente, dois tipos de penhor: o Penhor Rural,
regulado pelos artigos 1.438 e 1.439 do CC e
o Penhor Industrial ou Mercantil, regulado
pelo artigo 1.447 do CC, bem como pelo De-
creto 413/69 e pela cédula mercantil.
Da Hipoteca
A hipoteca, de acordo com o artigo 1.473
do CC, diz que podem ser objeto de hipoteca
os imóveis e seus acessórios, o domínio di-
reto, o domínio útil, as estradas de ferro, os re-
cursos naturais, os navios e as aeronaves,
esclarecendo ainda no parágrafo único que a
hipoteca de navios e aeronaves se regerá pelo
disposto em lei especial.
A hipoteca e suas nuances estão estabe-
lecidas no artigo 1.489 do CC e seus incisos:
A lei confere hipoteca:
I - Às pessoas de direito público interno
(art. 41) sobre os imóveis pertencentes aos en-
carregados da cobrança, guarda ou adminis-
tração dos respectivos fundos e rendas.
II - Aos filhos, sobre os imóveis do pai ou
da mãe que passar a outras núpcias, antes de
fazer o inventário do casal anterior.
III - Ao ofendido, ou aos seus herdeiros,
sobre os imóveis do delinquente, para satisfa-
ção do dano causado pelo delito e pagamento
das despesas judiciais.
IV - Ao co-herdeiro, para garantia do seu
quinhão ou torna da partilha sobre o imóvel ad-
judicado ao herdeiro reponente.
V - Ao credor sobre o imóvel arrematado,
para garantia do pagamento do restante do
preço da arrematação.
Para Registro da Hipoteca:
A hipoteca, seja ela convencional ou legal,
deve ser registrada junto ao cartório imobiliário e
irá constar na matrícula do imóvel. Os artigos
1.492 e 1.493 esclarecem que os registros e
averbações se darão por ordem conforme forem
requeridos, quanto ao registro dos imóveis. São
disciplinados por lei especial (Lei 6.015/73, Lei
dos Registros Públicos). Dúvidas profissionais
poderão ser sanadas junto ao Instituto dos Re-
gistradores Imobiliários do Brasil - IRIB.
A hipoteca extingue-se conforme de-
clara o artigo 1.499 do CC:
I - Pela extinção da obrigação principal
II - Pelo perecimento da coisa
III - Pela resolução da propriedade
IV - Pela renúncia do credor
V - Pela remissão, arrematação ou ad-
judicação
Além dos motivos acima, ainda é ne-
cessário o cancelamento junto ao registro
imobiliário.
Legislação Imobiliária - Aula 2 Instituto Universal Brasileiro27
Direito do Consumidor
Devemos, também, observar o Direito do
Consumidor, para que possamos prestar um
serviço profissional de relevância. Somos Cor-
retores responsáveis por aquilo que vendemos
e devemos procurar, sempre, oferecer um aten-
dimento esclarecedor, agindo de tal forma que o
nosso cliente possa utilizar-se de um serviço
que irá primar por sua excelência, pela ética e
conhecimento técnico.
A transação imobiliária é uma relação de
consumo, em que haverá um código que disci-
plina está relação.
A Lei n° 8.078/90, do Código do Consumi-
dor, combinada com outras leis e institutos:
Constituição Federal; Código de Defesa do Con-
sumidor; Novo Código Civil de 2002; Lei Ação
Civil Pública e o Decreto 2.181/97, definem a re-
lação de consumo.
O consumidor tem vários direitos: segu-
rança, escolha, informação, indenização,
educação para o consumo, meio ambiente,
revisão contratual, melhoria dos serviços pú-
blicos e acesso à justiça e ao órgão de defesa
do consumidor. Dentre todos estes direitos,
iremos salientar:
Direito à indenização
Qualquer consumidor tem o direito a
indenização. O fornecedor é responsável civil
e criminalmente pelos danos e defeitos que
os produtos e serviços apresentam e por
tudo aquilo que é fornecido e que possa cau-
sar, direta ou indiretamente, qualquer pro-
blema ou dano. Claro que isto terá um
período de tempo para a devida reclamação,
expresso no próprio código.
Direito à Revisão Contratual
Os consumidores não estão obrigados
a cumprir os contratos dos quais não te-
nham tido um prévio conhecimento e escla-
recimento das cláusulas impostas, com
explicações dos termos técnicos ou frases
legíveis. O fornecedor é obrigado a dar ga-
rantia dos produtos, ou serviços que pres-
tar ao consumidor. Devemos lembrar
sempre que ele poderá exercer o direito de
arrependimento pelo período de sete dias
corridos da assinatura do contrato ou rece-
bimento do produto.
Direito à informação
O fornecedor e o fabricante devem sem-
pre apresentar as informações claras e preci-
sas sobre os produtos e serviços de qualquer
natureza, nunca omitindo

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