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PATOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO DESENVOLVIMENTO E DIFERENCIAÇÃO Na vida embrionária são formados folhetos para desenvolvimento de ambos os reprodutores formando gônadas indiferenciadas. A diferenciação sexual, ou seja, se essas gônadas se diferenciaram em ovários ou testículos, depende dos hormônios produzidos pelo feto. Machos possuem o gene SRY responsável pela tradução do fator de diferenciação testicular que age sobre as gônadas indiferenciadas tornando-as testículos que produzem testosterona, di-hidrotestosterona e hormônio anti-mulleriano, A testosterona age nos ductos mesonéfricos (wolff) diferenciando-os na genitália interna: epidídimo, ductos deferentes e vesícula seminal; A di-hidrotestosterona é responsável pela diferenciação da genitália externa: pênis, escroto e próstata; Já o hormônio anti-mulleriano age sobre os ductos paramesonéfricos (müller) causando sua regressão. Em fêmeas não há SRY e, portanto, não há testosterona, di-hidrotestosterona ou hormônio anti-mulleriano, mantendo-se os ductos de müller que dão origem as tubas uterinas, útero e cérvix (genitália interna) e degenerando os ductos de Wolff. BOLSA ESCROTAL E TÚNICAS PRESENTES EM VOLTA (parte mais externa) ● Termorregulação - Precisa estar alguns graus abaixo da tempe. corporal se não leva a baixa contagem espermática (inviabiliza os espermatozóides), problemas reprodutivos e eventualmente se ela permanecer muito alta pode ter degeneração e necrose testicular. ● Hidrocele - Dentro dessa bolsa pode haver acúmulo de alguma coisa, além de ter o testiculo e as túnicas ali dentro, podendo ser tanto água quanto sangue, isso eventualmente pode descer da cavidade peritoneal abdominal pois existe uma comunicação, pois tem que passar ali vasos e ductos e eventualmente coisas podem descer por essa comunicação, normalmente isso não acontece pois o espaço é reduzido. Quando esse animal nasce esse canal inguinal é bastante considerável e com o tempo ele vai fechando e isso com o tempo permanece bastante pequeno apenas para passagem de sangue. ● Hematocele ● Dermatite escrotal - pode haver distúrbio de dermatite, que é relativamente comum em animais e normalmente é por contato, pode ser uma dermatite alérgica por contato com produtos de limpeza por exemplo em cães, ou pode ser muito comumente por ectoparasitas, independente se é alérgica ou parasitária, pode elevar a temperatura da bolsa escrotal, elevando a temperatura do testículo, influindo em distúrbio de contagem espermática ● Paraqueratose ● Peritonite e neoplasia podem “descer” pelo canal como mencionado ali em cima, mas não é algo extremamente comum ● Neoplasias principais: mastocitomas, melanoma e hemangiossarcoma - neoplasias também podem entrar nessa bolsa escrotal, tanto da cavidade abdominal descendo também, mas em especial pelo sangue também A bolsa escrotal e as túnicas em volta tem como objetivo manter a integridade do tecido e também fazer termorregulação, o testículo em sí tem que permanecer alguns graus abaixo da temperatura corporal para um melhor funcionamento da produção espermática e então a não manutenção dessa temperatura vai levar a uma baixa contagem espermática, levando a problemas reprodutivos e eventualmente pode ocorrer degeneração e necrose testicular HIDROCELE ● É um acúmulo de líquido dentro da bolsa escrotal, entre os folhetos, o testículo e a bolsa escrotal, geralmente é líquido que desce da cavidade abdominal, lembre-se que existe uma pequena quantidade de líquido dentro da cavidade abdominal para fazer lubrificação e em casos de ascite isso pode aumentar e eventualmente causar uma hidrocele ● Entre folheto parietal e visceral vaginal ● Abertura excessiva canal inguinal ● Transitória em cavalos - Bastante descrito em cavalos esse acúmulo de líquido quando eles estão fechados - Desaparece com exercício - e depois com exercício e movimentação esse líquido desaparece dali, não sem nessa situação um distúrbio que vá causar uma patologia HEMATOCELE ● Trauma - é o mais comum, especialmente em touros ● Hemoperitônio - o prof particularmente nunca viu, a quantidade de sangue deveria de ser muito grande e nesse estágio o animal já morreu de hipovolemia, ao contrário da ascite que pode se acumular ali em grandes quantidades ● Aderências - O problema dessa hematocele é que a hemorragia vai gerar um coágulo, vai gerar organização mais tarde tem que ser retirado, inclusive pode gerar a deposição de tecido conjuntivo fibroso e gerar uma aderência entre o testículo e a bolsa escrotal e ai e essa aderência/adesão pode gerar problemas de termorregulação para subir e descer tornando aquele lugar mais quente ou mais frio, voltando com o mesmo problema da termorregulação, degeneração testicular e depois necrose possivelmente e ai problemas reprodutivos DERMATITE ESCROTAL Como comentado é mais comum que elas sejam por agentes externos como pulgas, piolhos, carrapatos mas também: ● Dermatophylus congolensis ● Poxvírus e herpesvírus e também papiloma vírus- existem alguns vírus que podem afetar essa área ● Tunga penetrans ● Independente, causa inflamação e assim eleva a temperatura do testículo influindo em distúrbios de contagem espermática, degeneração testicular e necrose. ● Degeneração testicular - termorregulação (problemas de pele pode levar a termorregulação como comentado, levando então a degeneração testicular, necrose e problemas na contagem espermática NEOPLASIAS ● Podem “descer” pelo canal como mencionado ali em cima, mas não é algo extremamente comum ● Neoplasias principais: - Mastocitomas - Melanoma - Hemangiossarcoma ● Neoplasias também podem entrar nessa bolsa escrotal, tanto da cavidade abdominal descendo também, mas em especial pelo sangue também ANORMALIDADES DO DESENVOLVIMENTO Aqui são bem importantes porque vão afetar bastante o reprodutor masculino quanto feminino, entretanto são importante para o reprodutor masculino, então não são importantes a nível global porque a quantidade e a ocorrência desse tipo de anormalidade é bastante restrito INTERSEXO PSEUDOHERMAFRODITA Chama-se pseudo pois é um hermafrodita falso, para chamar um animal de hermafrodita verdadeiro que seria aquele que tem tecido reprodutor masculino e feminino ao mesmo tempo,, e ainda deveria ser funcional e terminologicamente ele deveria se autofecundar, isso não acontece nos animaisdomésticos então utiliza-se o termo mais correto que é pseudohermafrodita Pode ter a presença de testículo na fêmea ou do ovário em um macho, vai ser chamado de acordo com o tipo de gônada que tem podendo ser pseudohermafrodita fêmea ou macho. ● Nos machos ocorre quando tem a persistência do Ducto de Muller e é mais raro, é muito mais comum pseudohermafrodita em fêmeas (fêmeas XX que tem testículo). Então são fêmeas com cromossomos fêmea XX que tem testículo é mais comum do que machos XY que tem ovário, vai acontecer quando não tem involução do Ducto de Miller. ● Então normalmente os machos acabam sendo Criptorquidas uni ou bilateral (ausência de um ou ambos os testículos na bolsa escrotal pela retenção de tecido testicular dentro da cavidade abdominal) e normalmente esses testículos ficam aderidos a tuba uterina onde deveria existir um ovário, pode ter um testículo interno e outro externo ou até os dois internos, independente se é um ou os dois testículos ele vai permanecer dentro da cavidade abdominal em uma temperatura mais alta e não vamos ter um testículo funcional e ai a ocorrência de neoplasias dentro desse testículo é mais frequente do que em um testículo normal ● Pode apresentar Vagina cranial e próstata presentes, normalmente não existe uma comunicação com todo o aparelho reprodutor e isso acaba levando ao acúmulo de líquido dentro das tubas uterinas ou o que deveria ser levando a ocorrência de piometra ● Os testículos presos têm uma maior incidência de neoplasias a nível testicular, tumor de sertoli Hermafrodita ● Gônadas com tecido testicular e ovárico Monorquidismo/anorquidismo ● Ausência de um/ambos testículos (s) ● São mais raros sendo, respectivamente, desenvolvimento de apenas um testículo, e desenvolvimento de nenhum dos testículos. podem ser decorrentes de agenesia testicular ou acidentes vasculares durante o desenvolvimento fetal. TESTÍCULOS CRIPTORQUIDISMO É uma condição hereditária, condicionada pelo gene autossômico não podem ser colocados para a reprodução, mesmo monorquida. A alteração pode resultar de formação deficiente ou desenvolvimento anormal do gubernáculo Caracteriza-se pela ausência de um ou de ambos os testículos na bolsa escrotal em razão da retenção no seu trajeto normal de migração da cavidade abdominal para a bolsa escrotal, entre o rim e o escroto ● Ele pode ficar retido em qualquer segmento sendo que quando fica retido na cavidade abdominal é criptorquidismo abdominal e quando no anel inguinal é criptorquidismo inguinal - Se o testículo não está dentro da bolsa escrotal nos primeiro dias de vida, o anel inguinal vai se fechando e ele não consegue mais passar ● Frequentemente unilateral - ou seja um testículo vai para a bolsa escrotal e o outro permanece dentro da cavidade abdominal, normalmente no caminho de onde ele é criado embriologicamente próximo ao rim e a bolsa escrotal de onde seria normal de ser encontrado no animal adulto ● Tecido subcutâneo: ectópico - esse testículo também pode parar em um local fora do comum que seria o subcutâneo, entre meio o caminho normalmente entre a bolsa escrotal e o canal inguinal, mas não é muito comum , ele é ectópico e não criptorquida. ● Presente em 13% dos cães (Poodle Toy mais predisposto) são criptorquidas unilaterais ● Esquerdo mais afetado especialmente nos equinos: desce mais devagar ● Degeneração ocorre após a puberdade - normalmente o testículo vai ser encontrado no animal adulto dentro da cavidade abdominal pequeno e fibrótico, com atrofia epitélio germinativo - como comentado quando o testículo se torna funcional na puberdade, para ele ser funcional de fato é preciso ter uma temperatura menor do que a da cavidade abdominal, logo ele vai entrar em degeneração ● Além de ficar mais propenso a desenvolver neoplasias de Sertoli (abdominal) e seminomas (no inguinal), por isso normalmente é retirado esse testículo retido. HIPOPLASIA TESTICULAR É um tecido que nunca cresceu, diferente de um tecido hipotrófico que cresceu e diminuiu de tamanho Pode estar relacionado ao criptorquidismo pois um tecido retido ele nunca vai crescer ele iria crescer no período de puberdade (já que na puberdade ele não recebe estímulo de temperatura mais baixa para se tornar funcional, então ele não cresce), também pode ocorrer por deficiências nutricionais como de zinco , anormalidades genéticas e endócrinas podendo ser simplesmente falta de hormônio masculino que vai levar a um não desenvolvimento testicular Problemas: Subfertilidade, transmissão a progênie e pode evoluir para neoplasia. Macroscopia: Pequeno fibrótico, lembre-se que a cor do testículo é um bege amarelo bem claro ● Unilateral: subfértil ● Cuidado pois há Transmissão à fêmeas (mesmo gene) então esses animais não devem ser postos na reprodução, mesmo que a filha seja fêmea ela ainda vai transmitir isso para sua prole e também não deve estar na reprodução ● O testículo dentro da cavidade não produz espermatozóides, no momento inicial pode produzir alguma coisa mas logo em seguida quando ele começar a funcionar o que quer que seja que ele produza, ele vai entrar em degeneração e não vai produzir mais nada, único problema de ter um testículo intra abdominal é a subfertilidade o acometimento por uma neoplasia, e o testículo deve ser retirado da cavidade abdominal para evitar problemas futuros, especificamente neoplásico DEGENERAÇÃO Vai causar destruição desse tecido testicular Pode acontecer sem esse testículo ter funcionado que é o caso de um criptorquida que vai gerar uma hipoplasia ou ela pode acontecer depois desse touro ter tido vários filhos mais comumente por problemas com temperatura, termorregulação ● Quando severa o órgão está pequeno e fibrótico ● Difícil distinção entre hipoplasia ● Pode ser por febre/hipotermia por algum motivo esse touro não consegue fazer a termorregulação adequadamente , alta temperatura, obstruções, torção, deficiência nutricional (Vit. A e zinco) e hormonal e administração de antibiótico em doses altas e/ou prolongadas também pode fazer isso- anfotericina B e gentamicina Macroscopia: Testículo com consistência mais flácida, nos casos avançados o órgão diminui de tamanho e tem consistência firme. Inicialmente com edema, inflamação e amolecimento depois firme entra em necrosee depois ele entra em fibrose comumente com mineralização ORQUITE ● É uma inflamação testicular, que pode ter diversos sobrenomes ● Normalmente pode vir via sangue ou via ductos, ou ela pode vir por via externa por trauma por exemplo Intratubular: (quando ela está dentro dos túbulos seminíferos) Se está dentro dos túbulos vem via ascendente não via sangue. Vamos ter normalmente a formação de nódulos nesse testículo, são focos amarelos de até 1cm que se tornam brancos e firmes. Tem que ter cuidado no momento de necropsia que no momento da abertura o testículo protui, isso aqui é uma exceção a aquela regra de quando cortamos um órgão com cápsula e testa para ver se ele salta-protui significando que ele está aumentado de tamanho, a única exceção para isso são os testículos que eles tem que saltar protuir para fora Existem algumas etiologias específicas para orquite, existem alguns patógenos, talvez o principal seja a Brucella, ela preferencialmente faz uma epididimite, mas normalmente tem uma progressão da epididimite podendo ocorrer também uma orquite Orquite Granulomatosa: Nódulos múltiplos a coalescentes ● Brucella abortus que preferencialmente faz epididimite (inicial) e após tem progressão da epididimite para ocorrer também uma orquite. ● Intratubular hematógena - normalmente essa Brucella entra via hematógena entrando nos túbulos seminais ● Produzindo focos de necrose que assemelha-se bastante a lesões granulomatosas. Tem edema e exsudato fibrinoso envolvidos também. ● Sempre que tivermos uma lesão granulomatosa nos testículos devemos sempre pensar em brucelose, independente se acharmos que não é, como no diagnóstico da raiva sempre devemos achar que é para não nos infectamos Demais etiologias - tem alguns outros agentes, que também podem se localizar a nível testicular, mas independente da espécie animal, o principalmente agente aqui será sempre a brucelose ● Bovinos: A. pyogenes, M. tuberculosis ● Cães: Brucella canis, E. coli, Burknolderia pseudomallei ● Equinos: EIE, Salmonella abortus equi, Strongylus edentatus Macroscopia: Testículo ao corte observa-se focos esbranquiçados na superfície uns maiores outros menores, friáveis (aspecto de queijo ricota seco, amarelo) (orquite granulomatosa). Sempre que tiver aumento de um testículo, maior do que o normal, suspeita de Brucella que pode ocorrer em diversas espécies. Superfície de corte de um testículo, notem esse focos esbranquiçados na superfície alguns menores outros maiores, que é quebradiço é friável é parecido com aquele aspecto de queijo ricota seco amarelo - isso aqui é uma orquite granulomatosa, mas comumente vista em caso de Brucella Então sempre que tivermos um aumento de tamanho do testículo, se isso for de fato o testículo em si, pois pode ser uma hidrocele, hematocele, mas se de fato vocês tiverem um testículo maior que o normal, o primeiro diagnóstico deve ser sempre Brucelose, isso vai acontecer com diversas espécies tem Brucella para diversas espécies - mas lembrando que a lesão inicial da brucelose é uma epididimite podendo evoluir para orquite também NEOPLASIAS TESTICULARES ● Comum em cães e touros ● Pode ter neoplasia originada de qualquer uma das linhas (células seminais, células de Sertoli ou células de Leydig) ● Células germinais - Seminoma - Teratoma (eventualmente podemos ter que são células de origem embrionária) ● Estroma testicular - Neoplasia de células de Sertoli - Neoplasia de células de Leydig Podemos ter a neoplasia originada por qualquer uma das linhas de células que tem no testículo, células seminais, células de Sertoli ou de Leydig, antigamente ainda era chamado de tumor de células de Sertoli e Leydig, mas o profe não gosta do termo tumor e troca por neoplasia SEMINOMA ● Neoplasias das células seminais ● Segunda mais comum em cães - é a primeira em equinos ● Mais prevalentes em criptorquidas - quando mantém os testículos intra abdominais ● Não produzem hormônios - pois, são células seminais que não produzem hormônios. elas produzem espermatozoides consequentemente a neoplasia não vai produzir hormônios Macroscopia: Branca ou rosa, firme, saliente quando cortada, finas trabéculas formando ovos como vemos na imagem de baixo - onde temos os nódulos amarelos claros substituindo o tecido testicular nesse animal Foto 1: Células poliédricas grandes, núcleo grande e escasso citoplasma Foto 2: Aqui é um outro exemplo, onde temos o seminoma lobulado com vários nódulos e essa branca ao lado é uma outra neoplasia apenas para a comparação que é o intersticial Foto 3: Histologia aqui estão os túbulos seminais onde estariam sendo produzidos os espermatozoides NEOPLASIAS DE CÉLULAS DE LEYDIG ● Neoplasia testicular mais comum em cães e touros ● Raro em equinos ● Vai produzir hormônios porque essas células produzem hormônios reprodutivos. ● E a particularidade dele é que é da Cor cinza a laranja parece coloração de corpo lúteo pois é nessas células que vai haver a produção dos hormônios reprodutores e também coloração pelos componentes lipídicos, bem demarcado, esférico, normalmente benignos ● Citoplasma abundante e vacuolado Macroscopia: Coloração cinza-alaranjado (parece de corpo lúteo pois, é aqui que tem produção de hormônios reprodutivos), bem demarcado, esféricos e normalmente são benignos, únicos e pequenos. Foto 1: Eles sempre vão ter essa coloração, eles são mais nodulares, normalmente eles são únicos, pequenos eles não tomam todo o testículo como no anterior e da coloração bem alaranjada como característica dele Foto 2: Pode ter vários tipos de nódulos, sempre vai depender do comportamento da neoplasia no animal, mas sempre tendendo para uma cor alaranjada Foto 3: Histologicamente apresentam bastantes lipídios por causa do componente de fabricação desses hormônios da testosterona NEOPLASIA DE CÉLULAS DE SERTOLI ● São as células que fazem nutrição, ela é útil no armazenamento e nutrição dos espermatozóides ● Terceira mais comum em cães, rara nos outros animais ● Podem produzir estrógenos - Podendo produzir alterações de pele - Ginecomastia (aumento de volume da glândula mamária), hipotireoidismo, alopecia e mielotoxicidade Macroscopia: Firme, branca, lobulada, pode causar aumento de tamanho do testículo. Mais firme, de coloração branca, lobulado e eventualmente pode causar aumento de tamanho do testículo. Eventualmentepodem produzir estrógenos ocasionando problemas de pele, ginecomastia (aumento de volume da glândula mamária), hipotireoidismo, alopecia e mielotoxicidade. Foto 1: Então a diferença do primeiro que era amarelo claro, aqui normalmente eles são brancos que é aquela comparação com a Brucelose na foto do semioma (lá na foto então tem a diferença de seminoma e sertolioma que também pode ser chamado de intersticial mas seminoma é o melhor) Foto 2: Histologicamente, apresentam essa característica espaliçada, parecem bastões um do lado do outro. Então especialmente por causa dessa coloração e do aspecto se faça as três possibilidades, pois pode haver um chute bem aproximado na necropsia de que tipo de neoplasia que é ATENÇÃO: não tem muito o que falar nesta parte do reprodutor masculino porque o mais importante são as neoplasias e a retenção deles. E o único patógeno mais específico que podem ter é a Brucella, mas lembrando que ela vai preferencialmente optar pelo epididimo, a brucelose normalmente começa como uma epididimite granulomatosa e depois ela pode evoluir para uma orquite também EPIDÍDIMO Espermatozóide produzidos pelos testículos nos túbulos seminíferos > sofrem maturação > vão pro epidídimo. EPIDIDIMITE Inflamação pode levar a obstrução (lembram que os espermatozóides vão ser formados nos testículos e túbulos seminíferos depois eles tem que sofrer um processo de maturação e passam pelo epidídimo) então se temos uma obstrução e os espermatozóides não vão conseguir sair e acabam “entupindo” a passagem podendo levar a uma e degeneração testicular secundária Não infeccioso: ● Traumáticas ● Refluxo de urina quando ela volta especialmente quando existe uma obstrução parcial do fluxo de urina que não consegue sair e aumenta a pressão dentro do sistema podendo fazer refluxo para dentro do epidídimo e por causa das características ácidas e do pH dela ela vai causar uma lesão química ali depois leva a uma inflamação e uma fibrose com obstrução ● Ruptura desse epidídimo com saída de espermatozóide que pode ser por trauma ou inflamação, lembres-se que o código genético desse espermatozóide é diferente do código genético do pai então o sistema imunológico vai encarar como um corpo estranho, porque o código genético é diferente então ele reage contra e com isso teremos uma “ite” granulomatosa com grânulos amarelo-ouro, tem que ter um extremo cuidado para não decretar como brucelose, macroscopicamente isso nunca vai ficar claro, estão há possibilidades de decretarmos como uma possível caso de brucelose e depois vamos tentar resolver se é ou não é, mas tem que ter isso em mente e extremo cuidado Infecciosas: Por B. ovis, B abortus, B. canis, Actinobacillus seminis Figura 1: Nesse aumentado de volume tem nódulos esbranquiçados no caso de epididimite granulomatosa, que na verdade aqui é um caso de ruptura Figura 2: Aqui é um caso muito semelhante, é uma epididimite granulomatosa mas aqui é um caso de brucelose, então macroscopicamente é extremamente dificil diferenciar um do outro Foto 3: Aqui também é uma epididimite bem mais grave do que a anterior, é uma reação puramente granulomatosa, notem que tem lesão no epidídimo e não tem a lesão no testículo VESÍCULA SEMINAL Das glândulas acessórias pode ter eventualmente algum problema existem alguns patógenos que podem afetar a glândula seminal Então eventualmente uma “ite” nessas glândulas seminais pode vir a causar infertilidade, são importantes na fertilidade desse animal ● Importante causa de infertilidade em touros ● Chlamydia sp., Ureaplasma sp., Mycoplasma sp., B. abortus ● Inflamação intersticial crônica ● Aumentadas de tamanho, firmes e lobuladas Normalmente a gente não vê a vesícula seminal em uma necropsia, se acharmos ela na necropsia temos que recolher pois provavelmente há algum problema PRÓSTATA ● Ela é um pouco mais importante em cães, dentre elas essa é a uma das principais glândulas ● Outro motivo é que os cachorros vivem muitos anos, então em cães idosos é normal a formação de hiperplasia prostática, normalmente tem um nível hormonal relacionado com excesso de hormônios e depois dessa hiperplasia comumente vem uma neoplasia, um adenoma ou um adenocarcinoma Então o problema da próstata é que ela envolve a uretra ai podemos ter o desenvolvimento de uma obstrução urinária pois a uretra passa no meio dela, podendo ter então o desenvolvimento de uma hidronefrose secundário a uma hiperplasia ou a neoplasia. Então se tiver hiperplasia ou uma prostatite (conteúdo purulento, mais comum é ter proliferação bacteriana dentro da neoplasia) acompanhada de hiperplasia com aumento desta glândula pode causar uma obstrução urinária e desenvolvimento de hidronefrose secundária a hiperplasia ou neoplasia e IR. A neoplasia pode fazer metástase ascendente e subir para os rins e também pode se espalhar aos osso, dependendo da agressividade. Difícil diferenciar a neoplasia de hiperplasia na necropsia, as vezes se é uma neoplasia bastante maligna que tem características de necrose, hemorragia no interior da neoplasia e tem metástase fica fácil ver que é neoplasia mas se tem só um aumento discreto sem muitos nódulos é difícil diferenciar A próstata é visível na necropsia se procurarmos vamos encontrar, mas ela é muito pequena, ela não pode nunca estar grande, o difícil de determinar na necropsia é se isso é uma neoplasia ou uma hiperplasia As vezes é uma neoplasia bastante maligna tem indícios já de necrose, de hemorragia no interior desse neoplasia e eventualmente metástase ficando mais fácil de dizer si isso é uma neoplasia, mas se é um aumento discreto com muitos nódulos, fica difícil separar entre hiperplasia e uma neoplasia, as duas são comuns em cães, normalmente são sequências de uma para outra Todas as fotos até essa são neoplasias prostáticas que são extremamente comuns em cães. Eventualmente pode ter formações císticas, mas normalmente as neoplasias tem essa coloração amarelo clara podendo ter mais nódulos ou menos nódulos, podendo ter áreas hemorrágicas. Lembrando que o problema principal não é em sí a neoplasia, o principal problema éa obstrução urinária com hidronefrose e insuficiência renal. Essas neoplasias podem fazer metástase ascendente, elas podem pelas vias urinária subir aos rins e fazer metástase e pode também se espalhar aos ossos na cavidade inguinal causando destruição, vai depender da agressividade dessa neoplasia Prostatite como causa de obstrução urinária ● Acompanhada de hiperplasia em cães idosos ● B. canis, Proteus vulgaris, E. coli Hiperplasia e metaplasia ● Nível hormonal relacionado Adenocarcinoma de próstata ● Ocorre em cães mas é incomum PÊNIS E PREPÚCIO O mais importante aqui é balanite ou postite que seria a inflamação de prepúcio e pênis ou a combinação das duas que é balanopostite FRÊNULO PERSISTENTE Eventualmente pode haver, que pode limitar a exteriorização do pênis levando a infertilidade, isso causa dor na tentativa da monta e por isso o animal acaba nunca montando Mas não é algo muito comum, normalmente é feito a secção desse frênulo e se resolve o problema ● Pode limitar a exteriorização do pênis ● Importante em touros BALANITE E POSTITE ● Postite (inflamação do prepúcio) ou balanopostite ● Infeccioso mais específicos que causam isso especialmente Herpesvirus ● Trauma nesse caso é mais comum em touros pois eles tem prepúcio muito pendular é comum ficar arrastando especialmente quando o piquete tem muito mato é comum fazer um trauma que gera uma infecção bacteriana pequena que depois se alastra, irritação urina também pode mas o mais simples ainda é o trauma ● Em equinos pode-se ter lesões no prepúcio causadas por larvas de habronema com lesões que posteriormente formam tecido de granulação exuberante Foto: Aqui é um caso de balanite traumática em um touro zebuíno, eles tem um prepúcio bastante pendular então é comum eles por trauma baterem e geram uma infecção bacteriana que acaba se estendendo e gerando bastante necrose e aqui a única solução é fazer a amputação desse prepúcio, geralmente nesse problemas traumáticos não há o envolvimento do pênis, é somente uma balanite, mas essa posteriormente acaba gerando uma postite por extensão do processo infeccioso Herpesvírus: podem causar edema, hiperemia, pústulas (1-2mm) e úlceras ● BHV-1 ● EHV-3: pústulas de até 15mm - exatamente coital ● Cada animal tem seu herpesvirus Postite ulcerativa ovina - existe uma doença que leva esse nome ● Corynebacterium renale ● Vai causar lesão nessa região, pode ter ao mesmo tempo uma pielonefrite ou só uma postite, mas não é uma patologia comum nesses animais ● Ulceração do prepúcio Exantema coital: ● Ocasionada por Herpesvírus Equino tipo III ● Adquire das fêmeas e passa para outras pela cópula. ● Vê nódulos arredondados, pálidos e secos no tecido do pênis mais especificamente no prepúcio. Foto: Aqui temos um caso de exantema coital de herpesvírus equino tipo 3, normalmente ele adquire isso das fêmeas e depois vai passando para outras fêmeas, para os animais isso é uma DST. Normalmente vamos ver esses nódulos arredondados secos no tecido o pênis, mais especificamente no prepúcio NEOPLASIAS Em cães algo extremamente comum é essa neoplasia TVT (TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL) ● Neoplasia de histiócitos - principal ● Foco primário extragenital ● Ele passa de cachorro para cachorro por contato direto No momento da cópula essa macho vai ta passando para a fêmea que pode passar ao macho, e as vezes esses animais podem fazer um contato entre focinho, de boa de língua quando estão no momento do cio normalmente que também pode passar, pode haver essa neoplasia tanto no sistema reprodutor que é o mais comum tanto em macho quanto em fêmea ou pode haver na cavidade oral ou nasal Foto: Normalmente são neoplasias verrucosas, é uma neoplasia de células redondas a particularidade é que ela funciona relativamente bem a quimioterapia Macroscopia: Neoplasia verrucosas, de células redondas que responde muito bem a quimioterapia (a vincristina). CARCINOMA ESCAMOSO ● Segunda mais comum especialmente em equinos ● Mais comum em equinos ● Neoplasia muitas vezes envolvida a sol, raios ultravioletas e peles não pigmentadas, peles brancas sem melanina que faria a proteção dessa região ● Normalmente são Invasiva, necrótica e ulcerativa ● Normalmente esses carcinoma escamosos são localmente invasivos, geralmente fazem metástase muito tardia e isso quando fazem, mas localmente eles são bastante invasivos e ulcerativos Foto 1-2: Exemplo de cavalo com carcinoma escamoso no pênis, bastante invasivo sempre, em geral todos os carcinomas escamosos são sempre invasivos Foto 3: E aqui é uma inflamação, isso são granulomas por habronema em lesões não iniciais é difícil diferenciar de neoplasias, normalmente elas não são ulcerativas, elas formam tecido de granulação, outro problema dos cavalos é que eles formam tecido de granulação exuberante, então trauma nessa região pode gerar uma lesão semelhante a essa mas lembre-se em pensar em larva de habronema porque a resolução disso é relativamente mais fácil e nesse tipo de lesão a não ser que seja extremamente invasivo e ulcerativo é fácil tratar antes e haver recuperação, ou seja, com habronemose é mais fácil tratar pequenas lesões iniciais e curar isso fácil e rápido sem muito problema posterior para esse animal EXPLICANDO: Quando ele ta falando das larvas da habronema só porque dentre as patologias que pode encontrar ali é a única que tem tratamento e é relativamente a mais comum, então sempre que você tiver uma lesão inflamatória de característica um pouco mais granulomatosa de tecido de granulação é para lembrar que pode ser habronema e que podemos tratar isso de maneira relativamente fácil, entretanto isso pode ser também um trauma com tecido de granulação exuberante que pode ser um carcinoma mas normalmente ele é mais ulcerativo, mais agressivo PATOLOGIA SISTEMA REPRODUTOR FEMININO RUPTURA DE URETRA O que pode afetar também são cálculos urinários que se formam no rim ou na vesícula urinária como vimos no outro sistema e normalmente em caso de bovinos o local de obstrução é do “S” peniano, no caso de ovinos é no apêndice, independente disso ocorre a ruptura da uretra com extravasamento de urina no tecido subcutâneo isso vai causar uma irritação relativamente cáustica podendocausar uma irritação grande e necrose bastante grande chegando em um estágio ao qual não tem mais o que fazer com esse animal, não da nem para abater pois ele vai ter insuficiência renal, a musculatura inteira provavelmente vai estar cheirando urina (isso aqui é em macho, N MUDEI PARA N MEXER ) LESÕES SEM SIGNIFICADO CLÍNICO E NÃO LESÕES MELANOSE NAS CARÚNCULAS Apenas maior deposição de melanina, assim como pode ocorrer no palato de cães ou no esôfago. FOTO: Isso é um útero aberto de uma ovelha então vemos pequenas saliências aqui que na verdade são os resquícios das carúnculas, único detalhe é que aqui estão tingidas de preto que é melanose, isso aqui é uma não lesão, simplesmente por algum motivo tem mais melanina ali do que em outros locais, é a mesma coisa que o céu da boca preto de um cão é melanose que também aparece no esofago por exemplo, tem que ter cuidado para não confundir Note que na foto também aparece um cisto parovariano que é uma lesão sem significado clínico que mais para frente ele vai comentar mais sobre ela PLACAS EPITELIAIS NO ÂMNION E MINERALIZAÇÃO NO ALANTOCÓRION Outra não lesão são essas placas que aparecem na placenta, são chamadas de placas epitelióides, é uma mistura de material queratinizado com depósito de material mineral, isso é bem evidentes em bovinos lá pelo 4-6 ou 8 meses é variável as vezes aparece antes e desaparece depois mas normalmente la pelo 6 mes isso ta mais presente Aqui uma parte mais evidente das placas, tem várias pessoas que confundem isso com uma placentite fúngica e dizem que isso é a causa do aborto, causa da morte mas isso não passa de uma não lesão, isso é um estrutura normal da placenta, inclusive podemos ver isso no cordão umbilical assim como sobre as carúnculas REMANESCENTE DO SACO VITELÍNICO EM EQUINOS Que aparece como essa bolsa aderida ao cordão umbilical, tenha cuidado para não achar que isso é uma neoplasia ou qualquer outra coisa parecida HIPOMANES Outra coisa bastante comum que é essa estrutura, ela fica dentro do saco amniótico, ela é uma combinação de células de descamação do próprio feto de pelos e qualquer outro debri celular que aparece ali forma uma pelota e vai se acumulando nas dobras da placenta Cuidem para não achar que é um corpo estranho, é uma estrutura normal que vai aparecer nos ruminantes que se vamos procurar vamos encontrar em todos os fetos especialmente a partir do 5-6 mês. Normalmente ele é entre consistência de macio e firme, ele é laminar porque isso vai crescendo e se cortarmos vamos ver que se parecem como camadas de cebola e a cor dele é um pouco variável, mas normalmente é um bege um amarelo amarronzado e normalmente tem entre 3-5cm NECROSE DA EXTREMIDADE DA PLACENTA Normalmente lá pelo 5-6 mês as extremidades mais distantes da placenta, sofre falta de sangue falta de oxigênio pois o sangue chega primeiro no centro da placenta pelo cordão umbilical e por isso muitas vezes as extremidades sofrem necrose, tanto da carúncula tanto do cotilédone e do placentoma em geral Inclusive pode formar esse líquido meio viscoso que parece um pouco purulento que são as carúnculas e os placentormeros se desmanchando, então isso é necrose de extremidade tenham cuidado para não descrever isso como uma lesão, e em todo caso de aborto é extremamente importante olhar a placenta colher a placenta e mandar para o histopatológico é algo que muitas vezes não é feito não é dado muita atenção pra placenta e muitas vezes ela desaparece, se acha o feto e não se acha ela Importante: Mas as lesões importantes da placenta serão placas secas, então necrose de placenta vai aparecer como uma área seca esbranquiçada ou amarronzada, e isso da foto não, ali aparece como uma área amolecida e úmida ESTRELA CERVICAL Vamos ver isso normalmente em equinos, então no momento do parto e primeira coisa que vai aparecer é essa estrela, normalmente ela tem esse aspecto da foto, quando ela se transforma seca, opaca e quebradiça e normalmente amarronzada isso quer dizer que essa área ta necrótica, isso quer dizer que esse feto já morreu a alguns dias, então isso é um aborto e não um parto normal, então ela não tem muita importância, as vezes chama a atenção , ou seja, a questão é que essa estrela é uma estrutura normal da placenta que vai ser visível no início do parto, a não ser que ela esteja seca amarronzada, quebradiça ai ela estará necrótica ai vamos estar lidando com um aborto e não um parto normal Resumindo: Na placenta de equinos, é branca, brilhante/lustrosa normalmente, quando seca, amarronzada, quebradiça indica que o feto já morreu, é um aborto não um parto normal. ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO Elas não são comuns, elas ocorrem muito eventualmente, mas é importante que conhecemos elas se eventualmente elas aparecerem, a mais comum aqui é o Freemartin é a única comum e de fato mais importante, as outras são anomalias cromossômicas/cromossomais de difícil diferenciação difícil identificação porque é preciso fazer o cariótipo desse animal. Lembre-se que ele já comentou isso no reprodutor masculino que o feto vai ser formado lá no início com ambos os sistemas reprodutores, ambos projetos do sistema reprodutor, o que acontece é o desenvolvimento depende se tem cromossomo X ou Y ai vai haver produção de hormônios sexuais masculinos ou femininos e a ocorrência desse hormônio vai diferenciar os ductos que vão produzir o sistema reprodutor feminino ou vão atrofiar o masculino e desenvolver o outro, a lógica é essa. Então há os ductos de Wolffian e Muller DIFERENCIAÇÃO SEXUAL ● Dependente gene Sry do cromossomo Y ● Em caso de ausência do Y, no caso de um XX que é o caso de uma fêmea, vamos ter então: diferenciação a ovário e involução ductos de Wolffian (que nos machos estes vão desenvolver o sistema reprodutor masculino) e desenvolvimento dos ductos de Muller, mas isso vai depender de ter células de Sertoli que vão produzir fatores inibidor dos ductos de Muller. ● Mas isso vai depender de alteraçõescromossomais que são raras, rara a presença de Y em uma fêmea, por exemplo, ou de dois XX em um macho, que seria esse problema na diferenciação sexual - Presença: a testículos e involução ductos de Muller INTERSEXO ● Aparência externa de fêmea e macho ● Os dois ao mesmo tempo, ou tem uma animal com os ovários internos, mas uma aparência de macho, isso vai depender do cromossomo que tem - Fenótipo - Ocorrência: suínos > caprinos > cães > equinos > felinos ANOMALIAS FENOTÍPICAS PSEUDOHERMAFRODITA ● É a mesma coisa explicada no reprodutor masculino ● Cromossomos e gônadas de um sexo com tubos de outro ● Classificado de acordo com a gônada presente - Fêmea é raro: pode acontecer com a aplicação de esteróides na gestação ou logo após a concepção Mas é muito mais raro o pseudohermafrodita macho, então externamente é uma fêmea com testículo interno, do que o pseudohermafrodita fêmea que ele ovários e externamente tem características de fêmea Foto: É o que acontece aqui, tem testículo, dentro do aparelho reprodutor feminino, então isso vai ser um pseudohermafrodita macho, lembre-se que o sobrenome vai de acordo com a gônada, então na imagem tem vagina, cérvix, útero e testículo, normalmente esses testículos obviamente até podem tentar produzir espermatozoides mas não tem por onde sair, e esse reprodutor feminino é menor do que deveria ser, muitas vezes ele também não vai funcionar, ele vai ter vários pontos cegos, geralmente não existe uma comunicação do começo ao fim do reprodutor feminino Foto: Um outro exemplo, tem útero e testículo inclusive com cérvix. É um pseudohermafrodita pois ele não tem a capacidade de se autofecundar, o que ocorre em um hermafrodita verdadeiro, o que nunca vai ser o caso de animais domésticos APLASIA SEGMENTAR DOS DUCTOS MULLER ● Assim como pode ocorrer nos ductos de Wolff/epidídimo nos machos, pode ocorrer nos ductos de Müller causando falhas de desenvolvimento e conexão ● Na raça Shorthorn: tem um gene recessivo ● Falhas de desenvolvimento e conexão nas tubas uterinas, corpo uterino, cérvix ou vagina nas fêmeas. pode levar a acúmulo de líquidos, como os produzidos pelo útero nas fases secretoras, podendo oportunizar infecções. Esse gene faz um pedaço do ducto de Muller que vai originar todo o reprodutor feminino ele não se desenvolve e você perde a conexão, pode ser um cérvix sem conexão com o útero, pode ser uma tromba sem a conexão com o corpo do útero, isso vai fazer com que acumule líquido e secreções. Lembre-se que dentro desse reprodutor feminino vai ter uma quantidade considerável de células que produzem muco que vão produzir líquido para nutrição do óvulo por exemplo, como não tem uma saída esse material vai se acumulando e isso pode posteriormente infectar e produzir “ites” no aparelho reprodutor ● Sem conexão entre urogenital - hímen persistente ● Útero, cérvix e vagina cheios de líquido (infecções) Foto 1: Então aqui temos o aparelho reprodutor externo, cavidade vaginal, cérvix, um resquício de útero e não tem trompas praticamente e depois ovários Foto 2: Aqui podemos comparar o lado de baixo e o lado de cima, então não é que tenha uma gestação do lado de baixo é que o lado de cima ele é menor porque ele foi formado menor, então tem uma aplasia no segmento do corno esquerdo próximo ao corpo, isso pode fazer com que aconteça um acúmulo de líquido dentro dessas trompas podendo produzir algum problema Foto 3: A mesma coisa tá aqui, comparem os dois lados, esse animal é uma terneira que nunca gestou, não se vê os ovários muito bem, não tem resquício de folículo, não tem resquício de corpo lúteo, esse animal seria descrito como animal que não ta ciclando, como um animal que nunca ciclou, como é uma terneira ainda é o esperado de uma animal que nunca entrou em idade reprodutiva APLASIA SEGMENTAR DO ÚTERO Nessa aplasia podemos ter problemas de produção de PGF 2α Suíno: O corpo cego, não gestante, pode produzir pgf2α interrompendo a gestação, Produção de PGF 2α pelo corno cego pois ele não ta gestando, isso vai ter ação luteolítica na gestação, interrupção na gestação. Bovino: Nesse corno que não existe, pode ter nível insuficiente de PGF 2 alfa para regressão do corpo lúteo, ai nesses casos pode haver um anestro depois do parto. Produzir quantidades insuficientes para regressão do corpo lúteo mantendo os animais em anestro. Carnívoros: Útero não influencia no Corpo Lúteo, aqui não existe a influência dessa PGF 2α produzido no útero lá no ovário FUSÃO IMPERFEITA DOS DUCTOS DE MULLER ● União para formação vagina, cérvix e útero ● Na formação do corpo uterino e/ou cérvix (cérvix dupla), podendo causar dificuldades na inseminação artificial ou no parto causando distocia. Nesses casos de fusão imperfeita podemos ter esse tipo de anomalia aqui, uma não fusão do cérvix, para fecundação isso vai acontecer perfeitamente, na monta natural o espermatozóide vai passar por aqui, vai fecundar mas daqui a pouco vai ocorrer um parto distócico nessas situações pode acontecer de uma perna ir para cada lado do burraco, ou um braço para direita e outro para a esquerda e esse bicho não vai sair nunca, e em casos de inseminação esse animal também pode ter problema porque normalmente um desses lados é cego, e o inseminador pode ter o azar de inseminar no corno cego e esse animal não vai ter gestação também Explicação: É uma patologia extremamente importante, que muitas vezes é deixada de lado, e pode ser detectada numa simples vaginoscopia. As fêmeas bovinas com duplicidade cervical muitas vezes podem parir normalmente, ter partos distócios, ou serem inférteis. Neste relato de caso a abertura cervical é dupla, convergindo em uma única abertura, e se repartindo novamente em dois ductos, separada por uma brida carnosa, chegando cada ducto até um corno uterino, pois geralmente um dos dois canais é falso, como um fundo de saco, as duas entradas podem convergir ao corpo do útero, ou o aparelho reprodutor ser totalmente duplo. A origem embriológica da cérvix é derivada dos condutos de Müller, e a duplicidade cervical é uma má formação da cérvix tendo como causa a ausência de fusão unilateral do ducto de Muller durante o desenvolvimento embrionário.A duplicidade cervical é uma patologia congênita e hereditária que acomete 2% das fêmeas bovinas, ocorre pela ausência da fusão do ducto de Muller ANOMALIA DAS GÔNADAS HERMAFRODITAS ● A grande maioria dos professores dizem que isso já não existe, hermafroditas verdadeiros em animais domésticos a gente deve desconsiderar justamente pelo motivo já explicado ● Presença de tecido ovárico e testicular ● Trato genital não classificado ● Os verdadeiros são raros ANORMALIDADE SEXO CROMOSSÔMICO ● São raras e pouco frequentes e são de difícil diagnóstico ● Subdesenvolvimento ao invés de órgãos duplos Síndrome de Klenefelter (XXY) nos machos - Com hipogonadismo, subfértil ou infértil. Esse nome é de uma síndrome humana, esse nome é emprestado para a veterinária nessa síndrome vai haver problema no crescimento, ele vai afetar o homem que vai ter dois X em vez de ter apenas um e nesses casos o macho vai ter hipo crescimento da gônadas, ou seja, hipogonadismo vai ser inférteis ou subférteis Foto: Exemplo da síndrome de Klenefelter, onde tem o macho com hipogonadismo e com rosto de fêmea Síndrome de Turner nas Fêmeas (XO) - Que também é um nome humano que afeta apenas as fêmeas nesse caso o aparelho feminino vai ser infantil havendo só metade do cromossomo e por consequência haverá só metade do desenvolvimento do aparelho reprodutor feminino Síndrome da super fêmea (XXX) - Também que é a falta essa falta ou excesso de cromossomos vai interferir no desenvolvimento do aparelho reprodutor tendo então uma combinação muitas vezes de aparelho reprodutor masculino e feminino, e nessa síndrome elas também vão apresentar virilismo, ou seja, apresentam características masculinas, podem ter também gigantismo e crescerem mais do que o normal FREEMARTIN ● É um dos mais importantes ● É importante em ruminantes e em gestação gemelar ● Anastomose vascular placentária frequentes em bovinos O que acontece: Isso acontece porque as placentas entre os dois gêmeos ela é fusionada a ponta da placenta se comunica, então você tem fêmeas na gestação o hormônio produzido no feto fêmea vai ser hormônio feminino o hormônio produzido no outro feto fêmea também vai ser hormonio femenino e eles vão se misturar e não acontece nada, se forem dois machos também vai ter problema porque os dois vão produzir hormônio sexual masculino que vai se misturar e não acontece nada, o problema do Freemartin é quando um feto é macho e outro fêmea pois um vai produzir hormônio masculino e outro feminino, eles tem que produzir esses hormônios para desenvolver seus sistemas reprodutivos de cada um, o que acontece então é a passagem do hormônio masculino do feto macho para a fêmea e o contrário também, ai vai ocorrer uma mistura desses dois aparelhos reprodutores Mas o feto fêmea vai produzir um monte de hormônio sexual feminino, vai desenvolver o aparelho reprodutor feminino, mas vai ter um pouco de hormônio masculino isso vai fazer com que atrofie um pouco o aparelho reprodutor feminino, ele vai desenvolver mais ele não desenvolve tudo e ele pode desenvolver algumas características do aparelho reprodutor masculino como vesícula seminal por exemplo dentro do reprodutor feminino, então essas fêmeas vão ser inférteis e elas não pode ser mantidas na reprodução, Os hormônios femininos também interferem no desenvolvimento do macho tornando-os subférteis. esses machos são subférteis eles também não podem ser mantidos na reprodução . E normalmente no macho você não vê nada de diferente, você pode ter um hipogonadismo, pode ter testículos menores mas externamente é a única coisa que aparece Hormônios masculinos do feto macho afetam o feto fêmea interferindo e causando anomalias no desenvolvimento do aparelho reprodutor da feminino como tais caraterísticas: ● Substâncias inibitórias ao ducto de Muller ● Ovários pequenos com poucas células germinativas, pode ter aparência de testículo ● Não há comunicação com a vagina ● Uma coisa bem característica é que a cavidade vaginal é pequena, se faz um teste se põe um bastão e mede o tamanho da cavidade vaginal, normalmente em uma freemartin vai ser 4-8 cm menor até chegar ao cérvix ● Vagina, vestíbulo e vulva são hipoplásicos - a vulva muitas vezes não é bem formada, ela é menor e tem ângulos diferentes e por isso muitas vezes o animal urina em jatos ● Tufo de pêlos maior na vulva e geralmente o ângulo dessa vulva é diferente ● Hiperplasia de clitóris ● Com vesícula seminal Foto: Mostra que há apenas um pequeno furo dessa cavidade vaginal e o bastão vai entrar poucos cm para dentro Foto 1: Resquício de vesícula seminal, tem um resquício de ovário aparecendo também, as trompas são involuídas, há uma impossibilidade de haver uma gestação aqui Foto 2: Foto dois também vamos a presença de vesícula seminal no sistema reprodutor dessa fêmea, muitas vezes essa vesícula seminal acumula líquidos pois não existe secreção exterior, elas não tem comunicação elas não são funcionais, isso pode originar a entrada de uma bacteriana lai dentro e isso pode levar a formação de uma infecção Este é o motivo, no caso de fetos de sexos diferentes a placenta é fusionada em sua extremidade e tem passagem do hormônio produzido pelo macho para fêmea e da fêmea para o macho VAGINA E VULVA CISTOS Comuns, podem se formar na involução dos Ductos de Wolff ou, eventualmente, nas Glândulas de Bartholin (análogas às bulbouretrais do macho) ● Raramente atrapalham na inseminação ou parto, exceto em casos de hiperestrogenismo que causa cistos maiores ou então quando eles inflamam ● O que pode acontecer é a Inflamação disso, ai sim teremos um problema ou em casos de hiperestrogenismo pode gerar um cisto bastante grande Ducto de Wolffian é o que involui em fêmeas pois ele tem função de originar o aparelho reprodutor masculino e às vezes na regressão da fêmea podem gerar cistos Glândula de bartholin é análogo a glândula bulbo uretral no macho, ela tem alguma função na fêmea mas não é importante ela produz alguma secreção serosa e/ou mucosa, mas muito eventualmente vai gerar um cisto que vá atrapalhar no parto ou na IA TUMEFAÇÃO ● Que é normal em caso de estroou hiperestrogenismo ● O caso mais clássico disso é de Zearalenona, especialmente em porcas Zearalenona: Micotoxina produzida por fungos Fusarium, ingestão dessa micotoxina que vai ta na ração porque tava na espiga de milho, mimetiza estrógenos causando hiperestrogenismo, principalmente em suínos, gerando problemas reprodutivos como: anestro, pseudogestação, mimetização de cio. Vai produzir edema nessa vulva e isso vai gerar também problema reprodutores, pois essa Zearalenona vai ter também atividade luteotrófica então o animal também vai ter anestro ou pseudogestação ● Desenvolvimento mamário precoce, tenesmo e prolapso retal, atividade luteotrófica (anestro ou pseudogestação) INFLAMAÇÃO Laceração no pós-parto: As vezes em parto distócico o feto pode ficar retido neste local e isso pode causar compressão, isquemia, hipóxia eventualmente pode causar necrose e ulceração, normalmente isso cura com o tempo, não repercute em uma alteração infecciosa muito grave Essa laceração também pode acontecer no casco por erro de quem for tentar fazer esse parto, mas normalmente não são lacerações muito grandes e muito graves, qualquer antibiótico resolve o problema VULVITE GRANULAR OU PUSTULAR INFECCIOSA Pequenas pústulas na parede interna da vulva que são como espinhas na parede interna da vulva, descarga purulenta, hiperemia, grânulos de 2mm. Isso é bastante característico de IBR também de ureaplasma e micoplasma que vão produzir repetição de cio ● Pode ser por Herpesvírus Bovino tipo 1, Ureaplasma ou Mycoplasma, com repetição de cio, no caso dos bovinos haverá a formação de pústulas como na imagem abaixo ● Em equinos é causado por Herpesvírus Equino tipo 3 causando nos casos de equinos é uma doença específica chamada de Exantema Coital, lesões mais severas de placas de inflamação granulomatosa. ● Em caninos é por Herpesvírus Canino tipo 1. Sinais Clínicos: ● Coito, inseminação, contato nariz-vulva ● Hiperemia e edema, petéquias, nódulos, erosões e úlceras (lesões similares no pênis) Então quando houver uma propriedade que ta com repetição de cio uma das coisas que tem que ser visto é vaca por vaca abrir os lábios vulvares e observar a mucosa vaginal para ver se identificam isso, normalmente o mais comum é IBR e vacinação para isso resolve, mas também pode ser micoplasma ou ureaplasma e ai teremos que entrar com antibiótico terapia específico Foto: No caso das éguas a lesão é bem mais agressiva bem mais severa, normalmente as éguas adquirem esse herpesvirus no momento do coito a partir do macho , os machos podem ter essa lesão também. Podemos observar uma lesão mais aguda na foto 1 e uma lesão mais crônica na foto 2 já cicatrizado que são placas de granulação DURINA ● Exótica ● Trypanosoma equiperdum - em equinos - Ocorrência não confirmada no Brasil - A transmissão também acontece no momento do coito - Descarga genital e sangue - Edema severo externo evoluindo para fibrose - Linfonodos hiperplásicos - Mucosa ulcerada TVT (TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL) ● Que ele comentou de machos e vamos encontrar isso também em fêmeas ● Transmissão pelo contato direto, então pelo momento do coito ou implantação direta ● Regressão espontânea ● Metástase rara ● São verrugas tanto na mucosa vaginal como peniana e isso normalmente regride com quimioterapia muito bem CARCINOMA ESCAMOSO ● Exposição solar e ausência de pigmentação - normalmente quando a pele dessa região é despigmentada, então não há uma cobertura de pelos e por isso fica exposto ao sol ● Metástase tardia ● É bastante invasiva localmente, isso tem bastante necrose, apodrece o tecido por conta disso tem um odor bastante desagradável e normalmente vamos ter miíase junto CÉRVIX INFLAMAÇÃO ● Extensão de vaginite ou endometrite ● Taylorella equigenitalis - Em equinos não é descrito no Brasil é só para citar, é uma doença ezótica - Metrite contagiosa equina ● Lesão pós parto ● Traumatismo IA ÚTERO ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO APLASIA SEGMENTAR Ele disse que já comentou bastante - o problema dessa aplasia no útero é a PGF 2α, pois é preciso que essa PGF seja produzida no útero e passar ao ovário para fazer a destruição do corpo lúteo, se isso não acontece por conta dessa aplasia porque não tem comunicação ou porque não tem mucosa para produzir pode haver persistência do CL ● Em bovinos, se total é unilateral ● Pode levar a persistência de CL CÉRVIX DUPLA ● 1 a 2% das vacas ● Não compromete monta natural e gestação ● Distocia - ele disse que já explicou ● IA ANORMALIDADES NÃO INFLAMATÓRIAS TORÇÃO É relativamente comum em vacas, especialmente associadas a hidropsia dos envoltórios fetais (hidrâmnio ou hidroalantoide), comum quando ta cheio de líquidos como na gestação Essa torção vai fazer com que o parto não aconteça, quanto maior o número em graus da torção pior vai ser, uma alteração de 90 C vai ter pequenas alterações vasculares, ou seja, pouco isquemia e pouca necrose, já em uma de 360 C vai haver isquemia e necrose, isso vai ser praticamente uma emergência cirúrgica, mas normalmente as torções vão ser de 90C ou de 180C ● Gestação, piometra ou mucometra ● Depois dessa torção não vai ter o parto podendo desenvolver mumificação ou putrefação fetal Pode ser de 90 O , 180 O OU 360 O , quanto menor a torção menos alterações circulatórias, porém de qualquer forma impede o parto ocasionando mumificação ou O jeito mais fácil de fazer diagnóstico de torção uterina, é introduzir a mão no canal vaginal, e normalmente essa torção acontece antes do cérvix, o cérvix vai rotar também e a cavidade vaginal rota, quando você introduzir a mão no canal vaginal a sua mão vai rotar Aqui vocês veem a rotação com os fenômenos vasculares congestão, hemorragia e necrose PROLAPSO UTERINO Tenham cuidado que ele pode ser retal, vaginal ou ele pode ser uterino como na foto. Normalmente o mais grave é o uterino, o prolapso retal vai vir por problemas no digestório o prolapso vaginal vai ocorrer ainda no período gestacional normalmente com um excesso de pressão na cavidade abdominal e o prolapso uterino normalmente acontece após o parto Normalmente ocorre: Após o parto devido a complicações como parto distócicoou parto prolongado. Com inércia uterina por parto distócico prolongado, normalmente com febre ditua, paresia puerperal, hipocalcemia, plantas estrogênicas entre outros ● Comprometimento vascular ● Infecção e trauma ● Éguas no 6 ao 10 dia pós-parto O problema desse prolapso uterino é que ele sai completamente, isso vai sujar no ambiente, isso vai infeccionar, tem que fazer uma limpeza bem criteriosa para colocar esse útero de volta, se ele estiver muito sujo vai dar uma metrite violenta, endometrite e pode ter uma septicemia normalmente em vaca vai ocorrer no primeiro dia após o parto, normalmente logo após o parto e ao bezerro sair. Tem que ter o cuidado para colocar de volta, se essa vaca ainda ta com contrações vai ser extremamente difícil. As vezes também ai colocar de volta você faz muita força e acaba perfurando, e se perfurar não adianta mais colocar de volta, e outro cuidado que tem que ter é que ali dentro pode haver alça intestinal que pode cair ali dentro, se a alça intestinal estiver ali dentro e ela encher de gás e de líquido, ela tranca e você não consegue mais colocar de volta porque ela aumenta muito de tamanho Se não tem jeito pode-se retirar o útero, por compressão por uma borracha, um garrote, por exemplo. Dependendo do tempo que permanece “pendurado” pode romper vasos importantes e levar o animal à óbito. Uma vez que ocorra, mesmo que colocado de volta no lugar, na próxima gestação vai ocorrer o prolapso novamente, recomendando-se o descarte ou retirada do animal da reprodução. Foto: Aqui é um prolapso de reto, cervical e uterino (uterino normalmente ocorre antes do parto mas pode acontecer depois também ATROFIA ENDOMETRIAL Perda da função ovariana por hipopituitarismo por problemas na função ovariana, com problemas de PGF 2α, mas não é uma alteração comum é mais para citar. Gerando problema na produção de PGF2α. Pouco comum. ● Anestro ● Macroscopicamente: mucosa delgada e lisa HIPERPLASIA ENDOMETRIAL É bastante importante em cães, e raro em éguas mas podendo ocorrer em outros animais ● Cães: Progesterona após pico de estrógeno para evitar gestação (por isso é mais importante em cães) ● Grandes animais: Hiperestrogenismo (trevo), cistos foliculares, tumor da granulosa, zearalenona ● Gatas: estímulo crônico de estrógeno (leva a pseudogestação) Causada por hiperestrogenismo, principalmente, causando uma hiperplasia cística do endométrio, pode levar a pseudogestação e predispor a metrites. E normalmente ela acaba sendo Cística: 1cm na ovelha e até 5mm na cadela. Então essa hiperplasia das fases do útero, se lembrarmos na histologia o útero tem a fase proliferativa, descamativa tem uma das fases do útero que é secretória, então justamente depois da hiperplasia e da hipertrofia vamos ter fase secretória com acúmulo dessa secreção e líquido dentro dessa mucosa uterina com formação desses cistos, produzindo o que mostra na foto - Pode predispor a endometrite Foto 1: Isso aqui é uma hiperplasia cística severa Foto 2: Aqui há uma hiperplasia cística leve a moderada ANORMALIDADES INFLAMATÓRIAS Podemos ter ‘ites” - endometrite, miometrite ou metrite que são todas as camadas, normalmente em animais de produção se classifica como metrite porque normalmente existe um alastramento para as outras camadas, isso pode acontecer na IA, mas é mais comum no parto e no pós parto ● Endométrio pelo sêmen, parto e pós-parto, principalmente no parto distócico, parto difícil principalmente se houve manipulação, se alguém colocou a mão la dentro para puxar esse bezerro ● Os animais são mais suscetível na fase progesterona: reduz migração de neutrófilos nessa área fazendo com que esse pós-parto ocorra maiores casos de endometrite, contração e irrigação ● Vulva na égua é mais alta e horizontal: sucção de ar e fezes - mais comum em égua é extremamente importante causa de problema reprodutores em égua, de não gestação, repetição ou de anestro porque a vulva dela é mais alta mais horizontal do que das vaca e normalmente ocorre sucção de ar e de fezes e isso acaba passando para a cavidade vaginal e acaba progredindo para dentro do útero ● Infecção ascendente: Streptococcus equi ou E. coli ● Descendente: Brucelose, BVD ENDOMETRITE ● Limitada ao endométrio, é só uma inflamação na mucosa ● Mucosa edematosa e irregular com fibrina e debris necróticos Casos crônicos: Pode-se ter tecido de granulação e fibrose do endométrio e menor produção de PGF2α. ● Com problemas na formação de PGF 2α ● Redução de PGF 2α com corpo lúteo persistente Casos agudos: Pode estimular síntese de PGF 2α causando retorno antecipado ao estro, causando uma luteólise quando não deveria ter e um retorno ao cio antecipado Essa inflamação pode ocorrer por inseminação, porém mais comum pós parto, principalmente distócicos em que houve manipulação do feto no útero, e devido aos altos níveis de progesterona que diminuem a migração de neutrófilos. em éguas pode ocorrer por sucção de ar e fezes devido a posição da vulva o que causam infecções que ascendem ao útero. Aqui é um exemplo, vemos bastante material necrótico amarronzado seco que normalmente é bastante fétido, então isso aqui é uma endometrite com bastante material necrótico. É comum que ocorra pigmentação do endométrio, principalmente naquelas ocorridas no pós parto, ficando com coloração acinzentada, que permanece mesmo após a resolução da infecção. METRITE Quando temos uma extensão da endometrite para todas as camadas do útero, tem que chegar no perimétrio tem que chegar na serosa, e vamos ter que ver alterações vasculares nessa serosa - congestão, hemorragia, necrose, inflamação ou fibrina ● Inflamação de todas as camadas uterinas ● Aguda: serosa granular, pálida, petéquias e fibrina ● Endometrite acompanha - normalmente uma extensão da endometrite Foto 1: Então normalmente a composição desse material é bastante variável ele pode ser mais purulento, ele pode ser, mas fétido mais necrótico, mais líquido, pode ser mais sólido, depende muito do tipo da bactéria, do conteúdo que tinha ali, se era uma placenta, se era um feto, e do tempo de evolução disso>normalmente com tempo mais prolongado vai produzindo mais líquido depois esse liquido vai sendo drenado e vai tendo uma consistência mais sólida Foto 2: É bastante
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