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Uso da arte para a construção da identidade nacional A criação de heróis e a pintura histórica no imaginário popular. Através da arte é possível descobrir sobre as sociedades das quais ela foi criada, ou dizendo como ela eram ou refletindo como elas queriam ser. A arte é capaz de gravar memórias no povo através de simbolismos (a bandeira de um país) e portanto perpetuar uma história no imaginário popular. Construir uma identidade nacional consiste em primeiramente unir as pessoas formadoras dessa nação e engajar-las a aceitação do que o Estado diz ser bom, e nada melhor que um herói, pois ele reflete em sua aparência todo o ideal daquela sociedade, e normalmente suas feições são trabalhadas para gerar simpatia, já em sua história ele passa a criar laços com o povo ao gerar identificação, seja de sofrimento, opressão ou lutas para um objetivo comum. No caso do Brasil precisaremos voltar na transição de Monarquia para República, onde ressurge na história a figura do Tiradentes, o único executado do movimento elitista mineiro, sendo parte de uma camada social mais popular. Em função de legitimar a República se trabalha a história de Tiradentes, atribuindo a ele um caráter de mártir e de luta contra a Coroa. Como já citado acima, a arte cria memória, e além disso, é ela quem mostra o rosto do herói em questão. Na pintura história de Pedro Américo chamada de Tiradentes Esquartejado podemos notar uma alusão ao crucifixo de Cristo e a impressão de que os pedaços de seu corpo encontram em um altar, em uma única obra de arte podemos analisar dois pontos : o plano de nação, um homem branco com fé cristã e o objetivo do Estado, gerar comoção ao provocar o pensamento “ Ele morreu por isso, então isso é desejado a muito tempo, a República é uma vitória”. Sendo assim podemos concluir que a arte conta uma história e é o principal meio de representar ideais.
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