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Xaropes: Composição e Preparo

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Os xaropes são 
preparações 
farmacêuticas 
líquidas, cujo veículo 
é a água purificada 
contendo elevada 
concentração de 
sacarose, a qual confere propriedades 
edulcorantes e conservantes. Os xaropes 
também são conhecidos também como 
sacaróleos. 
Para serem classificados como xaropes essas 
soluções precisam conter açúcar (sacarose) em 
concentração próxima à saturação (85% p/v). 
sacaróleos= sacarose + água 
Essa considerável quantidade de sacarose 
diminui a atividade da água livre. Então, essas 
soluções são menos suscetíveis a contaminação 
microbiana do ponto de vista da atividade de 
água. Por outro lado, por conta do açúcar, ao 
prepararmos um xarope sem a concentração 
correta de sacarose, a solução se torna 
suscetível a proliferar microrganismos 
O alto teor de sacarose confere a preparação um 
alto valor energético, um sabor doce e também 
uma alta viscosidade. 
A viscosidade do xarope é maior do que a 
viscosidade da água pura. Além disso, o xarope 
também possui uma maior densidade. 
Já a constante dielétrica é menor do que a da 
água, o que permite solubilizar compostos mais 
apolares. 
Essa concentração elevada de sacrose faz com 
que as soluções sejam hipertônicas. 
Essa hipertonicidade do xarope é um fator 
inibitório do crescimento microbiano, gerando 
uma propriedade conservante. 
A sacarose é a principal doadora de viscosidade 
e confere propriedade edulcorante às soluções. 
Entretanto, por ser uma substância glicogênica 
não pode ser utilizada em pessoas com dieta 
restrita em glicose. 
Nesses casos, substituímos a sacarose por 
polímeros, como: 
1. Alginato de sódio; 
2. Carbopol; 
3. Carboximetilcelulose. 
Podemos utilizar também os polióis, como: 
1. Sorbitol; 
2. Glicerina; 
3. Propilenoglicol; 
4. Manitol. 
Os polióis são menos doces que a sacarose, 
porém conferem boa viscosidade e o sabor 
adocicado pode ser melhorado com o uso de 
edulcorantes. 
Substâncias não glicogênicas permitem o 
preparo dos xaropes dietéticos que podem ser 
utilizados também por diabéticos e normalmente 
são acrescidos também de edulcorantes como: 
1. Aspartame; 
2. Sacarina; 
3. Sucralose. 
1. Constante dielétrica menor do que a da 
água lhe confere melhor capacidade de 
solubilizar fármacos menos polares; 
2. A combinação de açúcar, flavorizante e 
corante torna a preparação mais 
palatável; 
3. Fácil deglutição sendo recomendado para 
pacientes com dificuldade de deglutir 
(crianças e idosos); 
4. Na forma de solução, os fármacos são 
mais rapidamente absorvidos pelo trato 
gastrintestinal. 
1. Meio nutritivo (rico em açúcar): 
propagação de microorganismos; 
2. Indução de resposta insulínica pela 
presença de substâncias glicogênicas; 
3. Calórico e cariogênico; 
4. Instabilidade peculiar de uma solução 
saturada. Devido ao sabor doce, a 
preparação pode ser confundida como 
alimento pelas crianças 
Xarope base: utilizado como veículo (85% p/v de 
sacarose em água purificada); 
Xarope medicamentoso: xarope simples, fármaco 
e adjuvantes (flavorizantes, corantes 
solubilizantes, espessantes); 
Xarope fitoterápico: dissolução de açúcar em 
preparações intermediárias (tinturas, extratos); 
Xarope dietético: solução isenta de sacarose e 
acrescida de polímeros não glicogênicos 
(naturais – gomas e alginatos; sintéticos – 
derivados da carboximetilcelulose) 
Dissolução por aquecimento: 
Água purificada + sacarose + Aquecimento 
controlado até 80°C 
 
Adição de substâncias termoestáveis no xarope 
quente 
 
Esfriar à temperatura ambiente 
 
Adição de substâncias termolábeis ou voláteis 
(óleos, flavorizantes, álcool): somente após 
resfriamento do xarope 
 
Ajustar o volume com água purificada e filtrar 
Vantagens da dissolução por aquecimento: 
1. Dissolução rápida do açúcar; 
2. Esterilização da solução pelo 
aquecimento; 
3. Eliminação do CO2 que provoca hidrólise 
da sacarose. 
Desvantagens da dissolução por aquecimento: 
1. Não pode ser usado quando há 
substâncias voláteis; 
2. Xaropes amarelados devido à 
caramelização do açúcar, quando não 
controlamos a temperatura; 
3. Cristalização do açúcar: formação de 
açúcar invertido 
Temperaturas muito altas causam hidrólise da 
sacarose, produzindo açúcar invertido (dextrose 
e frutose), deixando a solução excessivamente 
doce, mais escura e mais suscetível à 
contaminação microbiana. O açúcar invertido é 
menos solúvel que a sacarose e pode ocasionar 
precipitações na solução. 
É necessário controlar a temperatura durante a 
solubilização da sacarose (T< 80°C), usando 
banho maria. 
A adição de polióis (glicerina ou sorbitol) retarda 
a cristalização e aumenta a solubilidade de 
alguns ativos. 
Dissolução por agitação: 
Sacarose + adjuvantes 
 
Dissolução na água purificada 
 
Agitação vigorosa da mistura 
Vantagens: 
1. Evita inversão da sacarose; 
2. Maior estabilidade. 
Desvantagens: 
1. Não destrói contaminantes microbianos; 
2. Processo de produção é mais demorado. 
Efeitos atmosféricos: oxidação, perda ou 
absorção de água; 
Aquecimento: hidrólise e caramelização do 
açúcar; 
Exposição à luz: alteração de alguns fármacos; 
Interação de componentes do xarope: entre 
fármacos, adjuvantes e sacarose; 
Proliferação microbiana: reações de fermentação 
microbiana. Utilizar agentes antimicrobianos 
(ácido benzóico (0,1 a 0,2%); benzoato de sódio 
(0,1 a 0,2%); parabenos (máx: 0,1%).

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