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Dermatite seborreica

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Dermatite seborreica 
Referência: Tratado de Dermatologia, Bolognia 3°ed 
Introdução 
A dermatite seborreica é um eczema comum, leve e crônico tipicamente limitado 
a regiões da pele com alta produção de sebo e as grandes dobras do corpo. Existe uma 
ligação com a superprodução de sebo (seborreia) e com a levedura comensal 
Malassezia. 
Existem duas formas de dermatite seborreica, a adulta e a infantil. A dermatite 
seborreica infantil é autolimitada e restrita aos três primeiros dias de vida, enquanto a 
dermatite seborreica do adulto é crônica, com picos na quarta e na sexta década de vida. 
Os homens são mais acometidos do que as mulhereres, não há predisposição genética e 
nem transmissão horizontal. Quadros de dermatite seborreixa extensos e resistentes ao 
tratamento são sinais cutâneos importantes de infecção por HIV, doença de Parkinson e 
transtornos de humor. 
Patogênese 
A dermatite seborreica está associada ao fungo malassezia, uma vez que quando 
se usa antifúngicos a quantidade de leveduras aumenta quando ocorre recaída da 
dermatite. Cabe, contudo, esclarecer que a pele com essa dermatite não possui mais 
fungo Malassezia do que a pele normal. Esse fungo, inclusive, é normal da mirobiota da 
pele, porém em situações de imunodeficiência pode agir como um patógeno oportunista. 
A dermatite seborreica também está associada a áreas da pele com glândulas 
sebáceas ativas e com superprodução de sebo, mas isso não é um mecanismo patológico 
único e explicativo de toda a doença uma vez que pacientes com produção excessiva de 
sebo estão frequentemente livres de dermatite seborreica. 
Um aspecto da dermatite seborreica é que a composição dos lipídios da barreira 
cutânea difere da pele saudável. O paciente com dermatite seborreica possui 
triglicerídeos e colesterol elevados, mas esuqaleno e ácidos graxos livres diminuídos. 
Esses ácidos graxos livres possuem efeito antimicrobiana e são formados a partir de 
triglicerídeos pelas lípases bacterianas produzidas pelo Propionibacterium acnes. O 
principal constituinte da flora bacteriana residente da pele é esse P. acnes, e ele foi 
encontrado bem reduzido na pele do paciente com dermatite seborreica. 
Características clínicas 
-manchas bem delimitadas ou placas finas que variam desde rosa-amarelado ao 
vermelho escuro, com escamas parecidas com flocos até uma escamação gordurosa; 
vesiculação e crostas podem ocorrer mas são raras, estão relacionadas com irritação 
-predileção por áreas ricas em glândulas sebáceas 
-curso suave com desconforto de leve a moderado 
Dermatite seborreica infantil: começa cerca de uma semana após o nascimento e pode 
persistir por vários meses, no inicio surgem escamas gordurosas tênues. Com a 
inflamação e exsudação surgem escamas aderentes e uma massa crostosa cobrindo a 
maior parte do couro cabeludo (crosta láctea). Lesões disseminadas, geralmente de 
menor intensidade, podem aparecer na face, dobras retroauriculares, pescoço, tronco e 
extremidades proximais, muitas vezes exibindo uma aparência psoriasiforme. Lesões 
nas axilas e dobras inguinais são intensamente inflamadas, exsudativas, bem 
demarcadas e rodeadas por lesões satélites. Pode ocorrer infecção superposta com 
espécies de Candida. 
 
Dermatite seborreica do adulto: a dermatite seborreica nos adultos é em geral 
encontrada no couro cabeludo e na face; o eritema e a descamação são normalmente 
bem demarcados em relação à pele não envolvida; prurido é moderado, mas pode ser 
intenso; na face apresenta padrão simétrico e as lesões são vermelho-amareladas, com 
típicas escamas em farelo. 
 
A pele desses pacientes é sensível a irritações e exposição ao sol ou calor, doenças 
febris e terapêuticas tópicas agressivas podem precipitar agudizações e disseminar. 
Lesões irritativas por dermatite seborreica podem se tornar vermelho-brilhantes e 
erosivas. Existe ainda a foliculite pitirospórica, que é uma complicação caracterizada 
por pápulas foliculares eritematosas pruriginosas (podem ter pústulas também), 
tipicamente em áreas ricas em glândulas sebáceas. 
No adulto a dermatite seborreica possui um curso crônico recidivante. Em casos de 
dermatite seborreica extensa e grave deve-se suspeitar de HIV. O paciente com 
Parkinson desenvolve a dermatite seborreica não pela doença em si, mas pela 
imobilidade facial que causa maior acúmulo de sebo sobre a pele. 
Tratamento: 
Infantil: 
-cuidados básicos como banhos e uso de emolientes 
-creme de cetoconazol (nos casos extensos e persistentes) 
-corticosteroide de baixa potencia para suprimir a inflamação (uso por curto 
prazo) 
-evitar irritação (uso de medidas mecânicas para remover as escamas u xampus 
queratolíticos) 
Adulto: 
-cetoconazol (faz a terapia tópica toda vez que tiver recidiva) 
-no tratamento inicial pode-se usar corticoide tópico 
-como segunda linha tem-se os inibidores da calcineurina, piritionato de zinco e 
xampus de alcatrão

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