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ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO E SEGURANÇA DO PCT Relação médico-paciente “A arte da medicina está em observar. Curar algumas vezes, aliviar muitas vezes, consolar sempre.” (Hipócrates) Relacionamento disfuncional: O relacionamento disfuncional é aquele em que não há liberdade, nem divisão de responsabilidades. É um caminho de mão única, onde somente um se beneficia. Consequências: Para o doente: não obtém ajuda efetiva para os seus problemas e para o alívio do seu sofrimento. Paradoxalmente, tende a apegar-se à relação disfuncional e não aceita a mudança de médico. Para o médico: desgaste, tentativas e satisfazer pedidos e exigências inadequados. Para o serviço de saúde: custos desnecessários com cuidados e exames inadequados. ➺A construção da relação médico-paciente nasce da abordagem utilizada pelo profissional, devendo imprimir características humanas, subjetivas, de uma forma natural. ➺Não se deve limitar à objetividade das tecnologias. ➺Deve-se buscar a personalização da assistência humanizada do atendimento e o direito à informação, assim como o consentimento informado. ➺Para criar uma boa relação médico-paciente se faz necessário que o médico se coloque no lugar do paciente para que compreenda pelo que o doente está passando. MODELOS DE RELAÇÃO M É D I C O - P A C I E N T E Em 1972, o professor, Robert Veatch, do Instituto Kennedy de Ética da Universidade Georgetown, definiu quatro modelos de relação médico-paciente: • Modelo Sacerdotal é o mais arcaico, que propõe e completa submissão do paciente ao médico, sem valorizar a cultura e opinião do paciente; há pouco envolvimento (relação) e a decisão é tomada somente pelo médico em nome da beneficência. • Modelo Engenheiro é o inverso do sacerdotal. Nele o médico tem a função de informar e executar procedimentos. A ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO E SEGURANÇA DO PCT decisão é inteiramente tomada pelo paciente. Nesse modelo o médico tem uma atitude de acomodação (‘’lava suas mãos’’), e baixo envolvimento. • Modelo Colegial: há um alto envolvimento entre o profissional e o doente. O poder de decisão é compartilhado de forma igualitária através de uma negociação e não há relação de superioridade/inferioridade. • Modelo Contractualista é o mais adequado, em que o conhecimento e as habilidades do médico são valorizados, preservando sua autoridade. Havendo a participação ativa tanto do paciente quanto do médico, devido a isso há uma efetiva troca de informações e um comprometimento de ambas as partes. É VEDADO ao médico: Qualidades de uma relação clínica: ⇢Confiança ⇢Contenção profissional ⇢Capacidade de promover a autoestima das pessoas Contenção profissional: Capacidade do profissional em que “... podemos perceber a ansiedade, própria ou alheia, notar que mobiliza sentimentos ou conflitos mais ou menos profundos em nós mesmos, mas podendo por nossa vez, conter-nos e não passar imediatamente à ação essa pressão da ansiedade.” SEM contenção profissional: - Quando respondemos à agressividade com agressividade - Quando damos seguranças prematuras para que a pessoa não prossiga relatando suas ansiedades - Quando estamos obstinados em medidas heróicas e soluções terapêuticas extremas - Quando damos recomendações precipitadas a pedido da pessoa COM contenção profissional: - Quando sabemos escutar, apesar das interrupções ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO E SEGURANÇA DO PCT - Quando somos capazes de dizer: “ainda não o conheço o suficiente para lhe dar minha opinião” - Quando aceitamos nossas limitações terapêuticas - Quando transmitimos um clima de tranquilidade na consulta Componentes na função de maturação da prática clínica - Ter capacidade de contenção emocional - Aumentar a autoestima da pessoa - Dar uma visão integradora dos distintos problemas de que a pessoa se queixa - Ser capaz de situar a demanda no processo de história de vida da pessoa - Aproximar a pessoa das suas próprias emoções - Ajudar a pessoa a aceitar-se como é e a enfrentar sua situação atual de maneira positiva. Referências: - http://www.crmpr.org.br/publicaco es/cientificas/index.php/revista-do- medico-residente/article/viewFile/8 /13 - https://www.spsp.org.br/2007/08/2 9/a-importancia-da-relacao-medico paciente/