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• A relevância clínica de uma atribuição ocupacional correta é aparente nas doenças com uma estreita relação temporal entre a exposição e início dos sintomas → intervenção para reduzir ou remover a exposição pode reverter o processo ou prevenir a progressão. • A asma relacionada ao trabalho tem se tornado a DP ocupacional crônica mais comum em países desenvolvidos → responsável por 15% dos casos de asma com início na vida adulta o Asma exacerbada pelo trabalho ocorre em 25 a 52% dos trabalhadores asmáticos • A contribuição ocupacional com a DPOC é 15% • A silicose e a pneumoconiose dos mineradores de carvão são ainda importantes nos países em desenvolvimento, mas está em declínio nos países desenvolvidos • Doenças relacionadas ao asbesto continuam a ocorrer devido ao longo período de latência entre a exposição e a doença clínica, apesar da redução da exposição • A beriliose diminuiu em frequência e gravidade após a eliminação de berílio das lâmpadas fluorescentes nos anos 50 → depois aumentou pelo uso cada vez maior em outras coisas • Ocupação pode causar além de DPI, estreitamento de vias aéreas: asma, bronquite... • Carvão em pó, fumaça, poeiras aumentam taxa natural do declínio de função pulmonar com a idade. • Poeiras geradas no trabalho podem afetar quem está próximo, mesmo que não trabalhando com a poeira • DPI ocupacional resultam de poeira inalada que fica retida, induzindo inflamação e fibrose. • Somente partículas menores que 0,1 micrometro são depositadas nas pequenas vias aéreas e alvéolos → o resto são precipitados por todos os mecanismos de defesa dos pulmões. • Mecanismos subjacentes às respostas patológicas particulares de cada pneumoconiose ainda não estão caracterizados. o Macrófagos estão envolvidos na resposta inicial à inalação de poeira, liberação de interleucinas e interações entre macrófagos, linfócitos, neutrófilos e fibroblastos. • A exposição a poeiras inorgânicas e orgânicas pode causar doença pulmonar intersticial evidenciada por um padrão restritivo e pela redução da capacidade de difusão • Pneumonite por hipersensibilidade reflete respostas imunes celulares aos antígenos inalados • Genética tem interferência na resposta → ligação encontrada para a beriliose • A investigação das práticas laborais deve incluir perguntas sobre contaminantes específicos envolvidos, existência de poeiras visíveis, odores químicos, dimensões e ventilação das áreas de trabalho e se colegas de trabalho têm queixas semelhantes o Além de trabalhos sazonais, hobbies... • RX de tórax e provas de função pulmonar e TCAR são componentes chave • Anamnese – tosse, muco, chiado e grau de dispneia • Exame físico deve procurar baquetamento digital e cianose – indicam doença avançada • Exame de tórax – médico deve notar a qualidade dos murmúrios, ocasião e tipo de estertores. • Rx póstero anterior e perfil. • Ajudam a detectar e monitorar a resposta as substancias que causam hipersensibilidade • Tipo de infiltrados (nodular ou reticular) fornecem indicação básica da doença. • Pneumoconiose é simples se opacidades tiverem menos de 1cm de diâmetro e complicada se maior que isso. • Espirometria deve ser realizada em todos os pacientes com risco de DPI ocupacional. • Se resultados estiverem ok, não precisa mais de nenhum exame, exceto onde há queixas de dispneia ou anormalidades de RX. • Devem realizar medidas de volumes pulmonares, taxas de difusão. • Raramente indicados, biópsia só necessária para excluir outros diagnósticos. • LBA – Poeiras e fibras. • BIÓPSIA – Análise de poeiras e fibras também • Testes cutâneos ou títulos dos anticorpos IgE específicos para detectar evidência de hipersensibilidade • Asbesto descreve silicatos minerais como crisólita, amosita, antrofilita e crocidolita → mineração, moagem, manufatura, caldeireiros... fabricação de cimento, lonas... o Exposição direta ou indireta → risco aumenta com exposição cumulativa → 15 a 20 anos • Ainda utilizado em países em desenvolvimento • Principais efeitos → fibrose pulmonar e pleural, canceres e mesoteliomas • As fibras do asbesto parecem fazer danos oxidativos secundários à produção de espécies reativas do oxigênio pelos metais de transição e também pelas células da fagocitose • Lesões mais iniciais são encontradas nos ductos alveolares e nas regiões peribronquiolares, onde as fibras depositadas atraem mais macrófagos alveolares. • Lesão inflamatória e fibrótica das pequenas VA – induzida por poeira mineral. o Doença progride → fibrose mais extensão que pode envolver todo o pulmão. o Casos avançados – fibrose extensa pode destruir arquitetura normal do pulmão e causar cistos faveolados. o Doença avançada → pulmões pequenos e rígidos. • Tosse e dispneia ao esforço. • Estretores finos são ascultados no tórax. • Baquetamento dos dedos em casos avançados. • RX – placas pleurais principalmente nos campos inferiores, diafragma e borda cardíaca o Pode haver derrame pleural benigno → exsudato seroso ou sanguinolento o Principal característica são opacidades irregulares nas bases • As PFP demonstram padrão restritivo com redução dos volumes pulmonares e capacidade de difusão, além de indícios de obstrução leve ao fluxo ventilatório ❖ Não há terapia, apenas medidas de suporte ❖ Pode evoluir para ca de pulmão • Doença pulmonar parenquimatosa associada à exposição de sílica cristalina → mineração, corte de pedras, jato de areia, produção de vidro e cimento, fundições... o Numero de mortes nos EUA é 100/ano → incidência diminuindo em desenvolvidos • Pode ser aguda, acelerada e crônica ou clássica dependendo do quadro clínico e período de exposição • AGUDA – Enchimento alveolar segue a exposição maciça em poucos anos o Pode se desenvolver em 10 meses de exposição em trabalhadores expostos maciçamente pela aplicação de jatos de areia o RX mostra infiltração ou consolidação miliar profusa o TCAR → padrão de pavimentação em mosaico o Lavagem pulmonar total pode proporcionar alivio sintomático e retardar a progressão • CRÔNICA – Período mais longo o Com exposição menos intensa e mais prolongada, surgem opacidades arredondadas nos lobos superiores depois de 15 a 10 anos → em geral sem prejuízo da FP o 20% desenvolvem calcificação de linfonodos hilares → padrão casca de ovo, TCAR • ACELERADA – Dentro de 5 a 10 anos de exposição. o Progressiva mesmo sem exposição adicional, com coalescência e formação de conglomerados não segmentares de massas irregulares > 1cm de diâmetro o Associada a disfunção respiratória significativa, obstrutiva e restritiva ❖ As partículas menores obtem acesso aos alvéolos, são ingeridas pelos macrófagos e causam citólise deste → há uma resposta inflamatória nos locais de deposição da sílica • Os macrófagos geram proteínas fibrogenicas e fatores de crescimento que estimulam a liberação de colágeno. ❖ Lesões iniciais – disfunção de macrófagos nas áreas peribronquiolares ou subpleurais. • Nódulo silicótico – núcleo acelular de colágeno circundado por macrófagos, linfócitos e fibroblastos → coalescem (se juntam) e formam lesões da FMP. • Silicose acelerada progride rapidamente para FMP. • Tosse e produção de escarro. • FMP – Comprometimento da função pulmonar e dispneia significativa. • Pacientes tem mais risco de serem infectados por micobactérias e podem manifestar sintomas de infecção como febre e perda de peso. • RX na silicose crônica – nódulos. Calcificação deles é rara. o Silicose aguda – RX mostra consolidação disseminada. o Síndrome de Caplan (silicose e artrite reumatoide) podem ocorrer. • Suporte, oxigenoterapia e reabilitação indicados. • Profilaxia pra mycobacterium tuberculosis – Isoniazida se o teste cutâneo for positivo e a doença ainda não estiver presente. • Inalação da poeira de minas de carvão. • Grupo de doenças pulmonares pelas minas: PULMÃO NEGROo Turfa – mais macio Antracito – mais rígido ▪ Quanto mais rígido, mais risco. ▪ Cerca de 10% dos mineradores de carvão e em 50% dos mineradores de antracito que trabalham há mais de 20 anos • 500 mortes/ano nos EUA • Inalação da poeira do carvão causa PMC, mas carbono puro também pode contribuir. • Nível de risco aumenta dependendo da quantidade de poeira na mina do carvão. • Doença simples – opacidades menores que 1 cm de diâmetro. o FMP complica a pneumoconiose – opacidades maiores que 1cm – mais mortalidade. • Exposição à poeira de carvão também faz perder função pulmonar e desenvolver bronquite industrial. • Lesão típica é a mácula do carvão → lesão inflamatória que consiste em coleções focais de macrófagos repletos de poeira circundando os bronquíolos respiratório. o O carvão tem mais radicais livres e causa a liberação de citocinas inflamatorias o Pode se estender até os alvéolos e ser acompanhada por fibrose das pequenas vias respiratórias e alvéolos e enfisema focal. o Estas lesões têm colágeno – tendem a romper arquitetura do pulmão • Fibrose maciça progressiva – nódulos maiores que 2cm de diâmetro. (rx opacidade de 1cm) • Tosse e produção de escarro, dispneia o FMP associada à dispneia progressiva, hipertensão pulmonar e insuficiência respiratória. • Obstrução do fluxo aéreo pode ocorrer, difusão do CO diminuída. • PMC complicada evidencia-se por nódulos > 1cm no RX, geralmente na metade superior dos pulmões • Não há tratamento, deve ser oferecido suporte e reabilitação. • Berílio é um metal usado para fabricação de ligas metálicas, circuitos eletrônicos, lâmpadas fluorescentes... • Doença pulmonar granulomatosa crônica • Início gradual e crônico → também há forma mais aguda com níveis maiores de exposição. • Se evidencia uma resposta imunológica celular especifica ao berílio o A exposição muda a ligação dos peptídeos com as células T o Teste de proliferação dos linfócitos com berílio → compara a proliferação in vitro dos linfócitos do sangue ou LBA na presença de sais de berílio com as células sem o estimulo • RX semelhante a sarcoidose mas a linfadenopatia hilar é menos comum • PFP podem mostras déficits ventilatórios obstrutivos e restritivos e redução de difusão • Em um imunocompetente, a DPI é um termo clínica para um grupo heterogêneo de transtornos que afetam o parênquima pulmonar, de diversas causas. • Características comuns → dispneia de esforço, padrão restritivo no teste funcional pulmonar, capacidade de difusão do CO diminuída, PAO²-PaO² (Diferença entre arterial e alveolar) aumentada, e ausência de infecção pulmonar. • As DPIs compreendem diversos transtornos pulmonares agudos e crônicos com graus variados de fibrose pulmonar. • Fisiopatologia não restrita ao interstício (entre membrana basal epitelial e endotelial) → todos os constituintes celulares e solúveis das trocas gasosas podem ser acometidos o Parede alveolar, capilares, espaço alveolar, ácinos, luz bronquiolar, bronquíolos terminais, parênquima pulmonar, pleura, linfáticos. ❖ As causas conhecidas de DPI incluem exposições ocupacionais, medicamentos, e as relacionadas com uma doença sistêmica subjacente • As de causas desconhecidas incluem distúrbios raros e a causa mais comum, as pneumonias instersticiais idiopáticas o As doenças pulmonares granulomatosas podem ter causas conhecidas ou desconhecidas • A prevalência da DPIs nos EUA é 81/100k homens e 67/100k mulheres → incidência global também é mais alta em homens • A fibrose pulmonar idiopática representa 30% dos casos de DPIs nos EUA. • Resultam de lesão tecidual e tentativa de reparação no pulmão em uma pessoa predisposta geneticamente. o Variantes genéticas nos componentes da proteína surfactante e da telomerase são associados a fibroses pulmonares familiares • Na fibrose pulmonar idiopática → fibroproliferação está presente nos pulmões no momento do diagnóstico → considerados devido à cura anormal da lesão parenquimatosa, resultando em fibrose intraluminal e intersticial. o Fibrose progressiva resultará em faveolamento – achado terminal associado com resistência vascular aumentada e hipertensão pulmonar. • 50 a 60% das pneumonias intersticiais idiopáticas • Ocorre em homens e mulheres adultos com media de 62 anos o Geralmente adultos +50, principalmente homens com histórico de tabagismo • Início e progressão graduais de dispneia de esforços + tosse seca, anormalidades nos TFP, e um padrão distinto de fibrose bilateral o Estertores frequentes em bases pulmonares, baqueteamento digital comum • Maioria das vezes os pctes estão em boa saúde, sem doença do colágeno, exposição à drogas ou outros fatores ambientais causadores • O curso natural é um declínio lento e constante com media de sobrevida de 3 a 5 anos após o diagnostico → alguns pacientes declinam rapidamente em meses o Cerca de 5 a 10% vivenciam exacerbação aguda com hospitalização • Rx mostra anormalidades reticulares basais com redução dos volumes pulmonares. • TCAR → reticulação intralobular em focos, periférica, predominantemente basal e posterior, com cistos subpleurais em favo de mel o Bronquiectasia de tração e bronquiolectasia de tração a medida que a doença avança. • O aspecto na TCAR da FPI é distinguido por uma maior extensão das anormalidades fibróticas, faveolamento característico e pela ausência notável de micronódulos, cistos, consolidação, adenopatia mediastinal significativa e extensas opacidades em vidro fosco • TFP → geralmente padrão restritivo progressivo → paciente leves podem ter volumes normais • LBA → padrão celular inespecífico – marcado por um excesso de neutrófilos proporcional à extensão da alteração reticular na TCAR, e eosinófilos levemente aumentados. • Padrão histológico de “pneumonia intersticial usual” → tem alterações intersticiais alternando com zonas de faveolamento, fibrose, inflamação, deposição de colágeno e pulmão normal. o Transição entre focos normais e fibrose é característica essencial da pneumonia intersticial usual que a distingue de outros processos. o Inflamação celular intersticial é mínima • O diagnostico definitivo é baseado na presença do padrão de pneumonia intersticial usual na biopsia ou TCAR • Nenhum tratamento demonstrou melhora na sobrevida e resultados significativos • Atualmente exacerbações agudas de insuficiência respiratória sem infecção devem ser encaminhadas à UTI – muito risco de morte mesmo com suporte agressivo. • Terapia antifibrótica (pirfenidona e nintedanibe) pode reduzir o declínio da função pulmonar • Fisioterapia e oxigênio suplementar, quando indicado, podem melhorar a tolerância aos esforços e reduzir a chance de desenvolver hipertensão pulmonar. • É receitado CORTICOESTEROIDE ORAL + AZATIOPRINA (imunodepressor adjuante) o Foi demonstrado que imunossupressão pode estar associado com maior morbidade e mortalidade • Pode ser idiopática, mas muitas vezes associada a doenças do colágeno ou pneumonite por hipersensibilidade • Subgrupos celular e fibrótico → idade media de inicio 10 anos mais cedo que na pneumonia intersticial não especifica, com características clinicas semelhantes a FPI • Comumente diagnosticada em mulheres não tabagistas na 5 decada de vida • Prognostico bom, com sobrevida em 5 anos > 80% → PINE celular mais favorável • Início subagudo de dispneia e tosse seca o Estertores frequentes, baqueteamento menos comum • Radiografias mostram infiltrados pulmonares focais bilaterais com predominância basal • TC revela padrões de vidro fosco, bilateral e subpleural, associada a perda volumétrica do lobo inferior • Na PINE celular, a TC mostra opacificação em vidro fosco ou consolidação, e a biopsia mostra inflamação crônica intersticial linfoplasmatica leve a moderada o Principal diagnostico diferencial é a pneumonite por hipersensibilidadeaguda ou subaguda, referente a exposições ambientais • A PINE fibrótica possui distribuição em lobos inferiores bilateralmente com desarranjo arquitetural na TC, e na histologia encontra-se fibrose intersticial densa o Diagnostico diferencial elucidado pelas características histológicas • Alterações de faveolamento e focos de fibroblastos costumam ser ausentes • A DPI associada ao tecido conjuntivo costuma ser tratada com imunossupressão • A PINE idiopática costuma ser tratada com esteroides orais (prednisona), agentes citotóxicos (micofenolato, azatioprina e ciclofosfamida) ou biológicos (rituximabe). • Terapia com oxigênio, reabilitação pulmonar e transplante de pulmão podem ser necessários • A PID é conhecida por ocorrer em crianças com fibrose pulmonar familiar • Os tabagistas mais velhos frequentemente apresentam anormalidades radiológicas intersticiais → costumam sem achados em pessoas assintomáticas ou minimamente sintomáticas • Ocorrem predominantemente em tabagistas ativos entre 40 e 50 anos • Pode ser assintomática, mas dispneia e tosse são comuns, podendo haver sibilancia e estertores • Em geral a sobrevida é alta • TC → espessamento das paredes brônquicas centrais e periféricas, nódulos centrolobulares e opacidades em vidro fosco, além de linhas septais e padrão reticular o Faveolamento raro e indica pior prognostico • HP → acumulo de macrófagos pigmentados dentro do lúmen dos bronquíolos respiratórios e dutos alveolares, com inflamação crônica das paredes e fibrose alveolar peribronquilar que causam distorção da arquitetura • Cessação do tabagismo • Tratamento com imunossupressores e citotóxicos, e em alguns casos Broncodilatadores • Sem evidencias de melhora significativa dos sintomas e FP • A POC tipicamente envolve pacientes de 60 a 70 anos, se apresentado como doença subaguda tipo influenza o Tosse, dispneia, febre e fadiga o Estertores inspiratórios e déficits pulmonares restritivos nas provas de FP e hipoxemia • Pode acontecer isolada, secundaria a doença de tecido conjuntivo ou a medicamentos e câncer TC → opacidades consolidativas subpleurais esparsas e as vezes migratórias, por vezes associadas a vidro fosco • Opacidades peribronquilares ou perilobares podem estar presentes e as vezes uma margem de presenvação subpleural pode ser vista (sinal do halo reverso) HP → regiões de pneumonia em organização com tecido de granulação que envolve as VA de pequeno calibre, dutos alveolares e alvéolos, com inflamação adjacente → corticoesteroides podem resultar em melhora clinica, mas precisam ser continuados por pelo menos 6 meses devido as taxas de recidiva • Algumas evidencias apontam para terapias citotóxicas ou biológicas
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