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ROTEIRO UCT 16 SP1 - Caquexia ● Conceito de caquexia. “Síndrome multifatorial, na qual há perda contínua de massa muscular (com perda ou ausência de perda de massa gorda), que não pode ser totalmente revertida pela terapia nutricional convencional, conduzindo ao comprometimento funcional progressivo do organismo” ● Explique o estágio de Pré caquexia e refratário Pré caquexia - Perda de peso < 5% - Anorexia e alterações metabólicas Caquexia Refratária - Catabolismo - Não responsivo ao tratamento anticâncer - Baixo escore de desempenho - Expectativa de vida < 3 meses ⇒ MORTE ● Fisiopatologia da caquexia Perda de peso = BAIXA ingestão de energia + ALTo gasto energético Metabolismo energético→ METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS + Metabolismo lipídico + metabolismo proteico Neoglicogênese + Glicogenólise + Intolerância à glicose + Resistência à insulina ● Quem suprime o apetite? Quais citocinas estão envolvidas? Citocinas pró-in�amatórias responsáveis pela caquexia: - TNF-α (fator de necrose tumoral) ⇒ SUPRIME O APETITE - IL-6 (interleucina 6) - IL-1 (interleucina 1) - IFN-γ (interferon γ) - PIF (fator indutor de proteólise) ● Como os exames se alteram na caquexia? (hepática - proteínas - produção de outras proteínas) “PROTEÍNAS DE FASE AGUDA” = Produzidas no fígado em resposta a quase todos os estímulos inflamatórios: Infecções, câncer, traumas e “reumatismos” Essas mudanças na função do fígado estão ligadas à priorização diferencial da síntese proteica, típica da resposta de proteínas de fase aguda verificadas no trauma, inflamação e infecção grave ● Como é o metabolismo proteico na caquexia? (PIF - indutor de proteólise) ● Balanço do nitrogênio, triglicérides, colesterol, carboidratos Pessoas sem caquexia = nitrogênio corporal é preservado devido mecanismos regulatórios que impedem a perda de massa magra Pessoas com caquexia = mecanismos regulatórios vão falhar levando ao consumo do nitrogênio corporal → anorexia → Proteólise muscular = cardíaca e lisa Exame: Balanço nitrogenado Exame que ajuda a medir a diferença entre a proteína ingerida pela alimentação e a eliminada através da urina Um balanço negativo de nitrogênio reflete um organismo em estado catabólico e, positivo, estado anabólico. Balanço nitrogenado negativo cronicamente indica evolução clínica desfavorável. BN negativo = O nitrogênio está sendo excretado em maior quantidade que o ingerido (trauma, queimaduras, infecção) ou a ingestão está abaixo da excreção (anorexia), ou fornecimento inadequado de Aas indispensáveis pela alimentação BN positivo = Situações de anabolismo, como gravidez, realimentação após jejum, etc BN = zero → Equilíbrio Paciente com caquexia vão ter: - Hiperlipemia - Hipertrigliceridemia - Hipercolesterolemia - Diminuição de HDL SP2 - Tireoide Caso 1 - Qual o diagnóstico mais provável? Graves • Qual os valores esperados de TSH e T4L? TSH baixo e T4L alto • Qual anticorpo é presente em mais de 90% dos casos dessa doença? TRAB Caso 2 - Qual a disfunção? Hipertireodismo Qual exame melhor diferencia hipertireoidismo de tireotoxicose sem hipertireoidismo? A. Captação de iodo radioativo → Hipetireodismo + com captação maior de iodo → “tiroide ta quente” B. Pesquisa de anticorpos antitireoperoxidase. C. Tireoglobulina sérica. D. T3 livre ● Quais exames específicos para fazer a avaliação de rotina tireoidiana? - A dosagem do hormônio tireoestimulante (TSH) é o teste mais confiável para diagnosticar as formas primárias de hipotireoidismo e hipertireoidismo, principalmente em regime ambulatorial - Dosagem de T4L, em conjunto com o TSH, é recomendada para avaliação de rotina diagnóstica da função tireoidiana ● Qual exame eu uso depois de ter feito o diagnóstico? Dosagem de T4L, em conjunto com o TSH, no seguimento do tratamento do hipertireoidismo, podendo ou não ser utilizada no seguimento do hipotireoidismo ● Porque uso T4L e TSH e não o T3? As concentrações de T4L e T3L são mais relevantes do que as do hormônio total. O hormônio livre é o hormônio biologicamente ativo A tiroxina (T4) e o principal hormônio secretado pela glândula tireoide 80% da triiodotironina (T3) plasmática é derivada da conversão periférica DE T4 Circulam no sangue como uma mistura, em equilíbrio: Hormônios livres Ligados às proteínas (TBG) Dosagem do T4L, em conjunto com o TSH, é recomendada para avaliação de rotina diagnostica da função tireoidiana e no seguimento do tratamento do hipertireoidismo, podendo ou não ser utilizada no seguimento do hipotireoidismo ↓ T4L não é suscetível às alterações nas proteínas transportadoras de hormônio tireoidiano e possui uma variação interindividual muito pequena ● Definição de hipertireoidismo clínico e subclínico em relação às alterações laboratoriais QUAL A DIFERENÇA??? → NÃO TEM RELAÇÃO COM A “CLÍNICA” E SIM COM O LABORATÓRIO Endocrinologia: SEMPRE REPETIR AS DOSAGENS ● Quais são as doenças mais comuns no hipo e hipertireoidismo? Hipertiroidismo - Doença de Graves - Adenoma Tóxico → Plummer - Bócio multinodular tóxico Hipotiroidismo - Doença de Hashimoto - Hipotiroidismo congênito → Mutações na TPO - Hipotiroidismo Adquirido → Ablação ou drogas - Hipotiroidismo Secundário → Deficiência de TSH e TRH ● Porque usa o iodo radioativo? Captação de iodo radioativo ⇒ Hipetireodismo + com captação maior de iodo → “tiroide ta quente” ● Por que ocorre hipertireoidismo transitório na grávida? E na mola hidatiforme? E como ficam os exames nesses casos? O hiperestrogenismo ocasiona elevação sérica dos níveis de TBG Como consequência, encontramos níveis mais elevados de T3 e T4 Queda de TSH - hcG HIPERTIREOIDISMO TRANSITÓRIO NA GRAVIDEZ? - BETA - HCG TEM SEMELHANÇA ESTRUTURAL COM FHS / LH E COM TSH (Hipertireoidismo) Diagnóstico clínico → Sintomatologia Diagnóstico Laboratorial → Beta-hCG > 200.000 Ul/ml - Sugere fortemente a Doença trofoblástica gestacional SP4 - Tuberculose ● Diagnóstico de TB por baciloscopia, cultura, exame molecular - quais aplicações? Quantas amostras? Quais características das amostras? Diagnóstico • Exame clínico • Bacteriologia = Baciloscopia + Cultura + Identificação + Teste de sensibilidade = ESCARRO • Radiologia • Histopatológico (biópsia) • Outros exames (PPD → quase não utiliza mais) TRIPÉ DIAGNÓSTICO: CLÍNICA + RX TÓRAX + ESCARRO Qual o melhor método diagnóstico? Baciloscopia - PELO MENOS 2 AMOSTRAS = IDEALMENTE TRÊS Baciloscopia A baciloscopia é obrigatória na tuberculose pulmonar ↓ Identifica a maioria dos casos bacilíferos, que são as fontes mais importantes de transmissão da doença Método simples, rápido e de baixo custo. Cultura - Padrão ouro para o diagnóstico da TB. - Sensível e específica (detecta entre 10 e 100 microrganismo por ml de escarro) Indicação: • Todo paciente com suspeita de infecção • Formas extra pulmonares • Suspeita da presença de bacilo resistente • Pacientes HIV positivo • Confirmação diagnóstica em casos com baciloscopia persistentemente negativa. ● O que seria sintomas respiratórios? E qual a conduta a partir da identificação de sintomático respiratório? Sintomas respiratórios = definidos como aqueles com tosse, por pelo menos três semanas. O objetivo da busca ativa de SR é identificar precocemente os casos bacilíferos com a realização de baciloscopia e outros exames, iniciar o tratamento e, consequentemente, interromper a cadeia de transmissão e reduzir a incidência da doença a longo prazo. ● Qual exame é feito para o seguimento no pós diagnóstico? O ideal é fazer a baciloscopia ao final de cada mês. Com os resultados mensais, o médico pode construir uma Curva Baciloscópica Paciente voltou a ter baciloscopia positiva a partir do 2º mês. Houve falência do tratamento que pode estar relacionada aos seguintes motivos: • irregularidade do tratamento: o paciente não toma os medicamentos corretamente; • resistência a uma ou mais drogas do esquema de tratamento. SP5 - Anemias ● Testes que fazem diagnóstico diferencial entre as anemias? Hemograma, transferrina, ferritina Hemograma → Parte dos eritrócitos • É a partedo hemograma que avalia a massa eritrocitária • Destina-se a quantificar e diagnosticar anemias e eritrocitoses • Classifica morfologicamente o tipo de anemia - Dosagem de hemoglobina - VCM → volume corpuscular - HCM → Quantidade de hemoglobina dentro da hemácia - CHCM → Concentração de hemoglobina na hemácia - RDW → Índice de anisocitose - Ferro sérico - Transferrina - Ferritina - TIBC - Hematócrito → volume eritrocitário ● O teste de fragilidade osmótica eu uso pra que? Teste de fragilidade osmótica é um exame útil para o diagnóstico de esferocitose hereditária → formas de medir a variação da resistência dos glóbulos vermelhos à hemólise, quando essas células eram expostas à ação de soluções salinas hipotônicas. ● O teste de falcização eu uso pra que? Teste de falcização de hemácias é um método qualitativo de triagem na pesquisa de Hemoglobinopatia S (Anemia Falciforme). ● Eletroforese usa pra que? A eletroforese de hemoglobina é um exame de apoio para diagnóstico de hemoglobinopatias, anemia falciforme e talassemias feito através da separação e medição de hemoglobinas normais e algumas anormais ● Anemia ferropriva como reconhece? Quais são as alterações laboratoriais na anemia ferropriva? Quais possíveis causas por faixa de idade? Anemia por deficiência de ferro (ferropriva) ● Microcítica → VCM reduzido ● Hipocromia → HCM e CHCM reduzidos ● Anisocitose → RDW elevado ● Reticulocitopenia (Reticulócitos é precursor da hemácia!) ● Trombocitose ● Defina os tipos de anemia (quais são micro, normo, macro?) sideroblástica → microcítica ferropriva → microcítica megaloblástica → macrocítica talassemia → microcítica falciforme → normo (é na qualidade da hemácia e não na quantidade) ● Como diferenciar anemia ferropriva e doença crônica? Dosagem de ferritina é o melhor exame para diferenciar a anemia ferropriva de anemia de doença crônica (quando essa se apresenta hipocrômica e microcítica)
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