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Argumentação e produção escrita

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Prévia do material em texto

06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 1/29
ARGUMENTAÇÃO E 
PRODUÇÃO ESCRITA
Prof. Almir Mentz e Profª. Cléa Silvia Biasi Krás
Atualizado por: Profª. Dóris Cristina Gedrat
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 2/29
Nesta unidade temática, você vai aprender
A se expressar de forma oral e escrita, com coesão, coerência e clareza, adaptando-se às diversas situações
sociocomunicativas;
A perceber a relação entre a boa comunicação e o êxito profissional;
A formular e articular argumentos consistentes, apresentando--se como um sujeito autônomo e capaz de tomar
decisões.
Introdução
Nos capítulos anteriores, você entrou em contato com diferentes formas de comunicação. Quando utilizamos a
linguagem oral ou escrita, dizemos que estamos fazendo uso da linguagem verbal, porque o código usado é a
palavra. Quando não utilizamos a palavra, ao contrário da linguagem verbal, empregamos linguagem visual, como
em placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, signos visuais; estamos usando a linguagem não verbal. Por
outro lado, podemos mesclar palavras e imagens nos textos, tornando-os híbridos. Podemos encontrá-los, por
exemplo, em revistas em quadrinhos, charges e tiras cômicas.
Neste capítulo, você irá estudar não só a conceituação e a estrutura de um tipo específico de texto, a saber, o texto
argumentativo, mas também a relevância da produção escrita textual com proficiência. É de extrema importância
para todo profissional ter uma boa comunicação, um juízo crítico e uma escrita escorreita e assertiva, que
certamente pode ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 3/29
A proficiência na expressão escrita e o êxito acadêmico e 
profissional
Muitos acreditam que quem escreve bem são somente algumas raras pessoas ou escritores, isto é, aqueles que
escrevem livros. Mas isso não é verdade. Todos nós podemos escrever bem, com criatividade e domínio dos
aspectos da língua culta. E, para isso, devemos praticar a escrita, uma vez que só aprendemos a escrever bem,
escrevendo.
Além disso, não podemos escrever, muito menos argumentar, sobre algo que não conhecemos. Para adquirirmos e
ampliarmos nosso conhecimento, devemos ler jornais, revistas, livros e sites, além de participarmos de cursos,
palestras e fóruns que nos deem informações. Também esses instrumentos nos ajudam na aquisição de um
conjunto de vocábulos indispensáveis para quem pretende escrever.
A propósito, o avanço da comunicação eletrônica tem aumentado a necessidade de o profissional escrever. Hoje,
as empresas comunicam mensagens que circulam dentro da empresa ou fora dela, exigindo dos profissionais a
habilidade da expressão escrita. Desse modo, você deve saber que a competência profissional depende tanto de
saber escrever corretamente o português quanto dos conhecimentos técnicos da área de sua atuação.
O que é argumentação?
A argumentação é uma tipologia discursiva que é marcada pela intenção do argumentador de fazer o interlocutor
admitir seu ponto de vista ou simplesmente fazer o argumentador defender a pertinência de seu próprio ponto de
vista. Com isso, o ato de argumentar é visto como o ato de persuadir ou convencer alguém. Sempre que
argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 4/29
“o ato de argumentar, isto é, de orientar o discurso no sentido de determinadas conclusões, constitui o ato linguístico
fundamental, pois a todo e qualquer discurso subjaz uma ideologia, na acepção mais ampla do termo.”
Koch (2011, p. 117)
Os textos cujo objetivo principal é argumentar são a dissertação e a argumentação. Conforme Garcia (1996),
enquanto a dissertação tem como propósito principal expor ou explanar, explicar ou interpretar ideias, a
argumentação visa, sobretudo, a convencer, persuadir ou influenciar o leitor ou ouvinte. Acrescenta, também, que,
na dissertação, é dito o que se sabe ou acredita-se saber a respeito de determinado assunto; externa-se uma
opinião sobre o que é ou parece ser. Na argumentação, além disso, procura-se principalmente formar a opinião do
leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a razão está com o emissor, de que ele é quem está de posse da
verdade.
Estrutura do texto argumentativo 
A partir das definições anteriores, destacamos, agora, um aspecto que diz respeito à estruturação da
argumentação, considerando-se que todo texto escrito deve ter início, meio e fim e é dirigido a alguém.
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 5/29
Introdução: apresentação da tese 
É onde o produtor apresenta a ideia-base, objeto das considerações do argumentador para situar o leitor dentro
do assunto a ser desenvolvido; é a posição que o argumentador defende. Algumas das maneiras de apresentarmos
uma tese são:
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 6/29
 
https://drive.google.com/file/d/1vRrHuPlNbKUDqp2ZujJQM7nZm1IrUo70/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 7/29
Declaração afirmativa (ou negativa) :  
https://drive.google.com/file/d/1sLmS36mh2deGT_PQIjRJ4w_MeTlKU69C/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 8/29
Interrogação: 
 
https://drive.google.com/file/d/1sLmS36mh2deGT_PQIjRJ4w_MeTlKU69C/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1iG8No13XXrndLnAqBHz7XYG_0M45xbpQ/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 9/29
Definição:
 
https://drive.google.com/file/d/1iG8No13XXrndLnAqBHz7XYG_0M45xbpQ/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/10AgnftO4YNReToBeU3tMbQQ7hx-nHUcR/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 10/29
Alusão histórica: 
 
https://drive.google.com/file/d/10AgnftO4YNReToBeU3tMbQQ7hx-nHUcR/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/181_iPB29yda-2V-wZj3aYKHjNTpGUkG_/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 11/29
 
https://drive.google.com/file/d/181_iPB29yda-2V-wZj3aYKHjNTpGUkG_/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 12/29
Citação:
 
https://drive.google.com/file/d/181_iPB29yda-2V-wZj3aYKHjNTpGUkG_/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 13/29
 
https://drive.google.com/file/d/18Yq94Ox0AOI_ac9rbGGNkssDpUXlhBA0/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 14/29
Comparação:
Desenvolvimento: defesa da tese 
Consiste na apresentação dos argumentos que fundamentam a tese apresentada na introdução, por meio de
razões ou provas, que podem ser por fatos, exemplos, ilustrações, dados estatísticos, testemunhos, comparações,
alusões históricas, entre outros. Os argumentos de um texto são facilmente localizados: identificada a tese, faz-se a
pergunta por quê? Para elaborarmos um desenvolvimento com qualidade, podemos escolher entre os tipos de
ordenação, os quais variam conforme o objetivo do argumentador(GUIMARÃES, 2012):
 
https://drive.google.com/file/d/1azFDJKph9bVCWGbaY29Tg61W9fL-4b49/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 15/29
Argumento pragmático ou evidência:
 
https://drive.google.com/file/d/1azFDJKph9bVCWGbaY29Tg61W9fL-4b49/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1UVNP0wFmkOvqHWGJtfRe2DUfLvBctWhG/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 16/29
 
https://drive.google.com/file/d/1UVNP0wFmkOvqHWGJtfRe2DUfLvBctWhG/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 17/29
Argumento de consenso:
 
https://drive.google.com/file/d/1UVNP0wFmkOvqHWGJtfRe2DUfLvBctWhG/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1hLRGbtpJ2ctvXEoaBtqBiqm8KXaPxgb6/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 18/29
Argumento por comparação (analogia):
 
https://drive.google.com/file/d/1hLRGbtpJ2ctvXEoaBtqBiqm8KXaPxgb6/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1jj8t1kQTPavlsgTDO6PPMJerCqbv5qPu/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 19/29
Argumento por exemplificação:
 
https://drive.google.com/file/d/1jj8t1kQTPavlsgTDO6PPMJerCqbv5qPu/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1UiiyLO75mcPy_9isfm5Jffk4KorrGAX2/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 20/29
Argumento de autoridade citada:
 
https://drive.google.com/file/d/1UiiyLO75mcPy_9isfm5Jffk4KorrGAX2/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 21/29
Conclusão: fecho do texto
É a parte final da argumentação que procede naturalmente das provas arroladas, dos argumentos apresentados;
consiste em pôr em termos insofismáveis a essência da proposição. Na formulação da conclusão, podemos:
Reafirmar o assunto;
Fazer referência ao título;
Retomar a introdução em outras palavras;
Sintetizar os argumentos;
Confirmar a tese com uma paráfrase;
Fazer uma advertência;
Fazer uma sugestão;
Fazer uma possível proposta de solução para o problema apresentado na introdução e discutido no
desenvolvimento.
A transição entre o desenvolvimento e a conclusão é feita, geralmente, por meio de conectores conclusivos que
indicam a relação que desejamos estabelecer, tais como: Portanto, ...; Dessa forma, ...; Isso posto, ...; Em face do
exposto, ...; Por conseguinte, ...; Em vista disso, ...; Por tais razões, ...; Por tudo isso, ...
Aspectos básicos da argumentação e produção escrita
Para que o texto argumentativo seja bem construído e de fácil compreensão ao leitor, é necessário que se
observem os seguintes aspectos:
 
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 22/29
 
https://drive.google.com/file/d/1INCIOEA3irOoTvFN9gmYYiXWIYjmZcBY/view
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
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G000002VD001T002.mp4
Emprego dos mecanismos de coerência e coesão
A produção da coerência é o acerto das partes com relação ao todo textual; do ajuste sequencial das ideias; da
progressão dos argumentos; das afirmativas que são explicadas; das justificativas a teses; das transformações
acompanhadas de provas; das proposições que se concluem; da adequação desse (e outros) processo ao leitor.
A coesão trata de um conjunto de elementos responsáveis pela passagem de uma ou outra unidade de sentido.
Chama-se coesão ao conjunto dos recursos linguísticos responsáveis pelas ligações que se estabelecem entre as
partes de uma frase, entre as orações de um período ou entre os parágrafos de um texto.
Domínio da língua culta
O padrão culto do idioma, além de ser uma espécie de marca de identidade, constitui também um recurso
imprescindível para uma boa argumentação. Dito de outra forma: em situações em que a norma culta se impõe,
eventuais transgressões podem desautorizar a fidedignidade de quem redige e desqualifica o próprio conteúdo
exposto.
Você já deve saber que, além do respeito às regras gramaticais, uma das características do texto argumentativo é a
impessoalidade da linguagem. Texto impessoal significa que deve ser evitado o discurso na primeira pessoa do
singular (eu) e adotar o uso da primeira pessoa do plural ou da terceira pessoa do singular ou do plural. Expressões
como: nossas conclusões, procuramos demonstrar, o governo não entregou, aprende-se na escola, cientistas
reconhecem, os parlamentares votaram.
Análise de um texto escrito argumentativo
Vejamos, agora, um texto argumentativo e comentários sobre ele, para que possamos exemplificar melhor os
aspectos estudados e necessários à elaboração de um bom texto escrito.
 
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https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 24/29
 
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A persistência da violência contra a mulher.
por Júlia Curi Augusto Pereira - ENEM, 2015
Permeada pela desigualdade de gênero, a história brasileira deixa clara a posição inferior imposta a todas as
mulheres. Essas, mesmo após a conquista do acesso ao voto, ensino e trabalho – negado por séculos –
permanecem vítimas da violência, uma realidade que ceifa vidas e as priva do direito a terem sua integridade física
e moral protegida.
O machismo e a misoginia são promovidos pela própria sociedade. Meninas são ensinadas a aceitar a submissão
ao posicionamento masculino, ainda que estejam inclusas agressões e violência, do abuso psicológico ao sexual. Os
meninos, por sua vez, têm seu caráter construído conforme absorvem valores patriarcais e abusivos, os quais
serão refletidos em suas condutas ulteriores.
Um dos conceitos filosóficos de Francis Bacon, que declara o comportamento humano como contagioso, se aplica
perfeitamente à situação. A violência de gênero, conforme continua a ser reproduzida, torna-se enraizada e
frequente. Concomitantemente, a voz das mulheres é silenciada e suas manifestações são reprimidas, o que
favorece o mantimento das atitudes misóginas.
O ensino veta todo e qualquer tipo de instrução a respeito do feminismo e da igualdade de gênero e contribui com
a perpetuação da ignorância e do consequente preconceito. Ademais, os veículos de comunicação pouco abordam
a temática, enquanto o Estado colabora com a Lei Maria da Penha, nem sempre eficaz, e com unidades da
Delegacia da Mulher, em número insuficiente.
Entende-se, diante do exposto, a real necessidade de ações governamentais que garantam que a lei puna todos os
tipos de violência, além da instalação de delegacias específicas em áreas necessitadas. Cabe à sociedade, em
parceria com a mídia e com as escolas, instruções sobre igualdade de gênero e campanhas de oposição à violência
contra as mulheres. Essas, por fim, devem permanecer unidas, pelo feminismo, em busca da garantia de seus
direitos básicos e seu bem-estar social.
Fonte: Cartilha do participante ENEM 2016, INEP.
 
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fdownload.inep.gov.br%2Feducacao_basica%2Fenem%2Fguia_participante%2F2016%2Fmanual_de_redacao_do_enem_2016.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEWvd5ghi9YnU6CFDqxX3xbXBppCQ
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 26/29
Comentários
O texto está estruturado emcinco parágrafos, organizados em blocos temáticos independentes, mas bem
articulados entre si. Apresenta as três estruturas básicas: introdução, desenvolvimento e conclusão.
O primeiro parágrafo constitui a introdução do texto. Nessa parte, o assunto se desenvolve em torno da ideia-
núcleo, expressa pelo primeiro período, que é a tese – do tipo alusão histórica: “Permeada pela desigualdade de
gênero, a história brasileira deixa clara a posição inferior imposta a todas as mulheres.”, que apresenta a posição
da autora do texto em torno da problemática do tema. Ainda nesse parágrafo, há reforço da tese no segundo
período.
Nos segundo, terceiro e quarto parágrafos, que fazem parte do desenvolvimento, a autora confirma e justifica sua
tese por meio de argumentos. No segundo parágrafo, por meio de exemplificação, analisa e critica o ensinamento
das meninas e meninos. No terceiro parágrafo, por meio de argumento de autoridade, legitima a sua tese citando
Francis Bacon, demonstrando conhecimento sociocultural. No quarto parágrafo, a autora reforça o seu ponto de
vista, apresentando ter informações relacionadas ao papel da educação, dos veículos de comunicação e de
instituições que reforçam a desigualdade entre os gêneros e o preconceito contra a mulher.
Para a conclusão, no último período, a autora aponta uma perspectiva de solução para a situação-problema, esta
apresentada na tese e defendida nos argumentos do desenvolvimento. A transição entre o desenvolvimento e a
conclusão é feita pelo recurso coesivo “diante do exposto”.
No texto, há encadeamento entre as ideias, e o tema é desenvolvido com coerência. Além de assegurar a
continuidade e a progressividade temáticas, a autora articula o texto com elementos de coesão, como: “Essas” (1º
parágrafo); “ainda que”, “por sua vez”, “os quais” (2º parágrafo); “se aplica perfeitamente à situação”, “o que” (3º
parágrafo); “Ademais” (4º parágrafo); “diante do exposto”, “além”, “Essas” (5º parágrafo).
Você deve ter observado que a autora demonstra domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa,
tanto pelas estruturas linguísticas construídas como pela seleção lexical. Além disso, o texto é objetivo, claro e
impessoal, omitindo marcas de subjetividade no discurso.
Posto isso, o texto apresentado é argumentativo, pois se organiza na defesa de um ponto de vista, para formar a
opinião do leitor, tentando convencê-lo à aceitação e persuasão da ideia defendida. Seu objetivo é, em última
análise, o convencimento do interlocutor mediante a apresentação da tese, dos argumentos consistentes e da
conclusão que sugere soluções.
 
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06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 27/29
Infográfico
 
https://drive.google.com/file/d/1kTWzT4ns7I-iKHh9UH4hu9ImDJ5ZaOZc/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1kTWzT4ns7I-iKHh9UH4hu9ImDJ5ZaOZc/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 28/29
 
https://drive.google.com/file/d/1kTWzT4ns7I-iKHh9UH4hu9ImDJ5ZaOZc/view?usp=sharing
https://sites.google.com/ulbra.br/g000002gs002/t001?authuser=0
06/06/2021 T003
https://sites.google.com/ulbra.br/G000002GS002/t003 29/29
Referências
CITELLI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 17. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996.
GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2012.
KOCH, Ingedore G. Villaça. Argumentação e linguagem. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
TRUBILHANO, Fábio; HENRIQUES, Antônio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2017.
Créditos
Produzido por Núcleo de Audiovisual e Tecnologias Educacionais (NATE) - ULBRA EAD
Universidade Luterana do Brasil
Todos os direitos reservados.
 
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