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Asma em pediatria · Doença inflamatória crônica das vias aeres caracterizada por hiperresponsividade das vias aeres inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo, responsivo espontaneamente ou com tratamento. · Costuma-se definir o quadro asmático a partir dos 2 anos – dificuldade de diferenciar um quadr de bronquiolite e asma antes dessa idade · Impacto asma gasto com asma grave de 25% da renda familiar dos pacientes menos favorecidos · Recomendação da OMS – não exceder 5% · Fisiopatologia · Estreitamento brônquico intermitente e reversível causado por contração do musculo liso brônquico, edema de mucosa, hipersecreção mucosa · Hiperresponsividade brônquica resposta broncocontritora exagerada ao estimulo ( que seria inócuo em pessoas sem asma) · Ciclo continuo de agressão e reparo alterações estruturais irreversíveis remodelamento das vias aéreas · Complexa envolve interação de fatores genéticos e ambientais – que contribuem para o desenvolvimento de hiperresponsibilidade brônquica e edema das vias aeres · Alterações genéticas não totalmente esclarecidas, contribuem para o desequilíbrio do sistema imunológico e predomínio de resposta direcionada a linfócitos T do tipo Th2 – que sintetizam e liberam citocinas como IL-4, Il-5, IL-13 – cujas as ações são estão relacionadas ao aumento da síntese de IgE sérica, à proliferação e à maturação de eosinófilos · Pesquisa do lavado broncoalveolar em pacientes asmáticos – pode revelar infiltrado celular com elevado conteúdo eosinofílico e linfocitário · Há evidencias que alterações genéticas levam ao comprometimento da musculatura brônquica e da organização histológica dos brônquios, principalmente nas fibras elásticas · Fatores ambientais que podem facilitar o desencadeamento da crise e agravar o quadro: · Alergenos, em especial aeroalérgenos acaro de poeira domiciliar,dermatophagoides pternyssinus e Blomia tropicallis – nos epitélios de gatos e baratas · Agentes infeciosos principalmente os vírus – importantes desencadeadores de crises nos primeiros anos de vida – Virus sincicial respiratório, rinovírus, influenza, adenovírus, parainfluenza · Irritantes poluentes externos · Fumo contribuem para lesão pulmonar direta, piora da hiperresponsividade e aumento da secreção · Exercício físico / DRGE / baixa aderência ao tratamento · Quadro clínico: · Manifestações clássicas episódios paroxísticos de sibilância associado ou não à dispneia · Muitas vezes a queixa pode ser presença recorrente de tosse, cansaço aos esforços e dificuldade de atividades físicas atuais · Características para prever se a sibilância recorrente na criança irá persistir na vida adulta: · Diagnóstico de eczema nos < 3 anos · Diagnostico de rinite nos < 3 anos · Pai ou mãe com asma · Sibilância sem resfriado · Eosinofilia sanguínea >3% (na ausência de parasitoses) · Os sintomas podem piorar a noite e interferir na qualidade do sono · Estreitamento dos brônquios e presença constante de muco uso de musculatura acessória, com retração de fúrcula esternal e retrações intercostais · Quadros leves presença de sibilos expiratórios · Quadros graves murmúrios diminuídos globalmente, sibilos inspiratórios ou expiratórios ou ausência de sibilos (tórax silencioso – obstrução intensa da via aérea) · Não é possível predizer o curso clínico da sibilância entre lactentes e pré-escolares · Variação variada · Diagnóstico · Deve-se basear na anamnese, exame físico e sempre que possível, nas provas de função pulmonar e na avaliação da alergia · Sugerido por sibilancia, tosse crônica, dispneia, opressão/desconforto torácico (principalmente à noite ou nas primeiras horas do dia) · Manifestações que sugerem fortemente desencadeamento por irritantes inespecíficos (fumaça, odores fortes, exercício), ou alergenos , a variabilidade dos sintomas, piora a noite, reversão espontânea · Diagnóstico clínico: · SBP recomenda que para diagnóstico de asma em crianças, é necessário: a. Historia clínica de crises de insuficiência respiratória aguda que melhoram com uso de broncodilatadores. b. Aumento dos níveis de IgE e positividade para testes cutâneos a aeroalérgenos c. Avaliação da função pulmonar com espirometria pre e pós broncodilatadora e medida de hiper-reatividade brônquica, metacolina, por exemplo m · Diagnóstico é feito com: a + b + c ou a + b ou a + c · Exames laboratoriais: · Hemograma · Dosagem de IgE sérica em maiores de 1 anos · Protoparasitologico de fezes – 3 amostras · Prova de função pulmonar · Raio –x simples de tórax – obrigatório em toda primeira crise de sibilância · Teste cutâneo ou IgE específico para aeroalérgenos · Na impossibilidade de realizar tais exames, é valido o teste terapêutico · Diagnóstico funcional · Diagnóstico de asma é fundamentado pela presença de sintomas característicos, confirmados pela demonstração variável ao fluxo de ar. · Espirometria: · (VEF1/CVF) < 70%; VEF1 < 80% e prova broncodilatadora positiva (aumento em 200ml e 12% na VEF1 ou 250ml na CVF – após broncodilatador) · VEF1 medida isolada mais acurada · Exame de rotina em todos os pacientes com suspeita de asma; · Só é possível realizar tal exame em adultos com compressão adequada e em crianças > 5 anos e boa compreensão · Exame feito com broncodilatador · Qualquer nível de gravidade pode cursar com VEF1 normal quando o quadro é estável · Quando paciente tiver clínica e espirometria normal, paciente deve ser considerado asmático – tratado se necessário · Espirometria normal repetir exame com broncodilatador pode revelar uma resposta significativa (asma) · Pico de fluxo expiratório: · Não é um exame útil em pediatria – medidas muito variadas, dependem de esforço. · GINA 2020 coloca como uma opção para confirmação de limitação do fluxo de ar expirado variável considerado quando ocorre variabilidade excessiva no PFE duas vezes ao dia (matinais e vespertinas) durante duas semanas ( em crianças maiores de 5 anos) · Variações diurnas > 20% são positivas · Útil como medidor de resposta ao tratamento e útil para seguimento de tratamento durante a crise · Diagnóstico de alergia · Anamnese detalhada · Sensibilização alérgica pode ser confirmada por meio de provas a. In vivo – testes cutâneos · Preconiza a sensibilização a antígenos inaláveis – Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoidesfarinae, Blomia tropicalis b. In vitro – determinação de concentração de IgE específica - confirma a sensibilidade dos testes cutâneos · Outros alergenos inaláveis – polén, barata, epitélio de cães- sensibilizam um número menor de pacientes · Alimentos raramente desencadeiam asma · Diagnóstico diferencial: · < 5 anos a. Rinossinusite, doença pulmonar crônica da prematuridade, malformação congênita, fibrose cística, bronquiolite, discinesia ciliar, síndromes aspirativas, laringotraqueomalácia, doenças congênitas da laringe, tuberculose, cardiopatias, imunodeficiências · > 5 anos e adultos: a. Rinossinusite, síndrome da hiperventilação alveolar e síndrome do pânico, obstrução de vias aeres superiores, DPOC, obstrução de vias aéreas inferiores, doenças difusas do parênquima, ICC, doenças da circulação pulmonar · Casos de dúvida · Teste de broncoprovocação (confirma ou afasta suspeita) verificação da hiperresponsividade das vias aeres · Medida através da inalação de substancias broncoconstritoras (metacolina, carbacol, histamina) a. Queda significativa no VEF1 > 20% b. Testes farmacológicos – alta sensibilidade e elevado valor preditivo negativo · pelo teste de broncodilatação induzida pelo exercício (pacientes que tenham asma induzida por exercício) a. queda no VEF1 > 10% · Níveis de controle da asma · · GINA 2021 – crianças </= 5 anos: (grupodificil de fazer diagnóstico de asma) · Asma controlada sintomas no máximo 1x/semana e uso de medicações de alívio no máximo 1x/sema · Controle x gravidade · Controle influenciada pela adesão ao tratamento ou pela exposição a fatores desencadeantes · Gravidade característica intrínseca da doença, definida pela intensidadede tratamento · Leve : para controle necessita de baixa intensidade de tratamento (etapa2) · Moderada: etapa 3 e 4 · Grave: etapa 5 · Abordagem terapêutica · Controle dos sintomas / prevenção limitação crônica do fluxo aéreo / permissão de realização de atividades cotidianas / manutenção da função pulmonar / diminuição na ocorrência das crises, idas ao hospital/redução da necessidade de broncodilatadores para alivio/ prevenção de morte por asma aguda · Broncodilatadores beta -2- agonista de curta duração salbutamol, fenoterol, terbutalina · Escolha para alívio se sintomas de obstrução brônquica nas exarcebações aguda e como pré tratamento da obstrução induzida por exercício · Dificuldade de broncodilatação sustentada necessidade de corticoide oral · GINA 2020 – todos os adultos e adolescentes com asma moderada a grave, sejam preferencialmente tratados com corticoide inalatório + beta-2-agonista de longa desde o inicio do tratamento · Anticolinérgicos ipratrópio · Inicio lento, com efeito inferior aos do beta-2 · Tratamento de escolha obstrução induzida por beta-2- bloqueadores · Exacerbaçõea agudas pode ser usado associado ao beta-2 · Xantinas teofilina e aminofilina · Cada vez menor utilizada · Corticoide sistêmico prednisona e predinisolona (meia vida intermediaria e menor efeitos colaterais) · indicados nas exacerbações agudas sem resposta satisfatória e imediata aos broncodilatadores ou caso a crise seja classificada como grave · tratamento de manutenção · Corticoide inalatório (reduz frequência, gravidade, melhora qualidade de vida, função pulmonar, e melhora hiperresponsividade) é o principal medicamento usado na manutenção, profilático e anti inflamatório em asmáticos, de forma associada com o formoterol · Beta 2 agonista de ação prolongada formoterol e salmeterol · Usadas em associação com CI em pacientes com > 4 anos, quando necessidade para controle (GINA 2020 – recomendação somente > 6 anos) · Evitar monoterapia · Antagonista de receptor de leucotrieno montelucaste e zafirlucaste · Efeito broncodilatador lento e modesto · Efeito anti-inflamatório longo prazo diminui a hiperresponsividade · Pode ser útil para paciente com asma persistente substituição aos LABAS ou associação entre LABA +CI · Indicado para asma induzida por exercício físico · Cromonas cromoglicato · Efeito anti-inflamatório fraco e menor que doses baixas de CI · Omalizumabe – anti-IgE · Anticorpo monoclonal recombinante humanizado especifico · Inibe ligação da IgE ao seu receptor · Indicado crianças >/= 6 anos com asma alérgica de difícil controle · Imunoterapia especifica com alérgenos · Administração de doses progressivamente maiores de alergenos específicos em pacientes sensibilizados, não exacerbados objetivo de induzir tolerância · Não indicada aos que respondem bem a terapia farmacológica · Indicação asma alérgica ( presença de IgE para alérgenos do ambientes); indivíduos de 5 -60 anos · Tratamento – 6 anos – 11 anos · Etapa 1 a. Medicação de resgata para alivio dos sintomas · Educação do asmático; controle do ambiente · Medicação de alivio </= 2 vezes por semana · Beta2 agonista de rápido inicio Salbutamo/fenoterol/formoterol – ação curta e longa · GINA: recomenda CI + SABA no resgate · Etapa 2 a. Medicação de alivio na crise + um medicamento de controle · Corticoide inalatório em baixa dose – 1ª escolha · Sem efeito sistêmico, candidiase oral e disfonia – reduzidos com higiene pós uso · Alternativa - antileucotrienos · Etapa 3 a. Associação de corticoide inalatório em dose muito baixas + LABA (MART) opção 1ª escolha · MART Medicação de manutenção e de alivio · LABA usado em pacientes > 4 anos, não deve ser usado em monoterapia b. corticoide em dose média · Etapa 4 a. CI em dose média + LABA ou CI baixa dose + formoterol b. Opção de acrescentar tiotópio · Etapa 5 a. CI dose alta + LABA · Corticoide oral – ultima opção b. Em > 6 anos, antes do corticoide usa-se: · Omalizumabe · Tioprótio · Mepolizumabe · A · A · G · Quem usa CI + formoterol como medicação do dia a dia na crise pode usar como medicação de alivio doses maiores que as habituais de CI + formoterol (pode ser orientado a fazer até me casa), porém se o paciente vai a emergência o tratamento é SABA + corticoide oral · tratamento crianças </= 5 anos – manutenção · etapa 1: a. beta 2 de curta ação de acordo com a necessidade · etapa 2: a. CI em baixa dose · Etapa 3 a. Corticoide inalatório dose média n(dobra a dose · LABA não recomendado · etapa 4: a. CI dose alta + referir ao especialista · Considera CI + LABA ( > 4 anos) · Exercício físico causa comum de sintomas · Diferenciar a broncoconstrição induzida pelo exercício do descontrole da doença · Induzida pelo exercício beta 2 de curta ação antes do exercício · Descontrole da doença aumento da dose da medicação usual · Asma induzida por exercício paciente não deve ser orientado a evitar o exercício; atividades aeróbicas são benéficas · Asma induzida por exercício resposta broncoespástica ao se exercitas · Único precipitante na asma que induz tafilaquixia · Profilaxia tratar regularmente a asma com corticoides inalatório costuma reduzir a malignidade da BIE em 50% · Aquecimento antes · Beta2 inalatorio de curta ação (15 – 30 minutos antes) · a · A Manejo da crise de asma em pediatria · Decorre de maneira gradual; deterioração clínica progressiva em um período de 5-7 dias · Classificar gravidade e instruir tratamento imediato · Causa mortis por asma · Asfixia ( quase totalidade) · Tratamento excessivo (raro) · Classificação das intensidades das exacerbações em crianças e adultos: · Leve a moderada: · Grave: · Muito grave (insuficiência respiratória) · Classificação das crises em crianças 6 -11 anos (UPDATE/atual): · Classificação da crise em crianças < 5 anos (UPDATE/atual): · Quadro leve bom nível de consciência, FC < 100 bpm, Sato2 > 95% · Abordagem da crise – atenção primária ou emergência · B2 curta ação ( a cada 20 min na 1ª hora) + corticoide sistêmico ( ainda na 1ª hora ) + oxigênio (manter Sat alvo 94 – 98%) · Situação: crise grave: tenta beta2 de curta ( 20/20min primeiras horas) corticoide sistêmico + ipratrópio + administrar sulfato de magnésio (antes de partir para VMI/VNI – dificl pois pacientes apresentam tempo expiratório prolongado) · Crise grave esta indicado uso de brometo de ipratrópio · Não fazer nebulização de beta2 em agua destilada risco de agravamento do broncoespasmo · Adultos: salbutamol EV recurso extremo para evitar VMI · Crianças: salbutamol ev ainda na sala de emergência para os que não respondem a via inalatória (mais comum usar em crianças que adulto) · Corticoide sistêmico · Essencial no tratamento de exacerbações; usar precocemente; uso VO ou IV são equivalentes · Drogas alternativas: · Sulfato de magnésio · Aminofilina – cada vez mais em desuso · Avaliar resposta ao tratamento, critérios de alta e transferência para UTI: · 30-60 min após tratamento inicial reclassificar gravidade · Sat o2 medida objetiva que melhor se correlaciona com a gravidade · Persistência de SatO2 < 92% após tratamento indica hospitalização · Boa resposta ao tratamento (Sat >94% em aa; melhora dos sintomas – sem necessidade de B2 de currta-, PEF 60 – 80% (ou mais) alta + manter B2 de acordo com necessidade + corticoide oral 3-5dias · Indicação de transferência para UTI: · hipercapnia, acidose (pH < 7,3) ou hipoxemia, · altos níveis de lactato sérico, · hipotensão arterial ou arritmias cardíacas graves · persistência de sintomas de gravidade: sonolência, confusão mentalo, exaustão, cianose, silencio respiratório, PEF < 30% do valor previsto · Equívocos mais comum durante o tratamento das crises nos serviços de emergência: · Orientação inadequada do tratamento inalatório · Aminofilina como tratamento inicial ou principal · Retardo para iniciar uso de corticoides · Demora em iniciar oxigenoterapia · IOT em serviços de urgência Cetamina (não compromete hemodinâmicae produz broncodilatação) + BNM · · a
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