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Sistema respiratorio

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Sistema Respiratório 
Enfermidades da cavidade nasal 
 A cavidade nasal é por onde o ar faz entrada no 
organismo para que haja troca gasosa. Tem a porção mais 
rostral, que são as narinas, e a mais interna é a cavidade nasal. 
Essa porção rostral tem quantidade de bactérias que atuam 
normalmente – importante na hora de identificar e 
caracterizar um crescimento bacteriano na cultura. O septo 
nasal divide a cavidade em lado esquerdo e direito – 
importante lembrar porque alguns sinais clínicos podem ser 
bilaterais ou unilaterais (mais localizadas ou mais brandas – não 
conseguem migrar, ficam limitadas a um lado da cavidade 
nasal). Conchas nasais (formam turbilhões dentro da cavidade 
nasal) e meatos nasais (espaços gerados pela presença dos 
turbilhões). As conchas aquecem o ar (essa região de conchas 
é altamente vascularizada, e a região acaba se tornando 
quentinha – até o próprio formato, pelo atrito do ar com as 
estruturas faz o aquecimento) e impede a passagem de 
estruturas macroscópicas. Os seios paranasais, não tem as 
conchas, são estruturas ocas e tem função de manter o ar 
aquecido, função de proteção – estrutura óssea bem forte, 
tem função na fonação – pelo som propriamente dito. A 
cavidade nasal está próxima a outros tipos de cavidade, e é 
importante se atentar as demais cavidades. Por exemplo, ela 
está intimamente ligada a cavidade oral. A cavidade ocular 
também está relacionada, através do ósteo do ducto lacrimal 
(filtra o excesso de lágrima, sendo jogado para dentro da 
cavidade nasal). Com o encéfalo através da lâmina cribiforme, 
pois quadros infecciosos podem evoluir da cavidade nasal e 
através da lâmina afetar o encéfalo. 
 Sinais clínicos: principal sinal clínico de doenças da CN e 
SP é a secreção nasal – pode também ser sinal de trato 
respiratório inferior grave e doenças sistêmicas – como por 
exemplo hipertensão (secreção hemorrágica). Geralmente 
secreção serosa, clara e aquosa, que é normal no paciente. 
Pode suspeitar de infecções virais (causa aumento na 
produção de secreção serosa) e pode gerar a um início de 
mucopurulenta (ambiente fica mais úmido na cavidade nasal e 
pode encaminhar a uma proliferação bacteriana secundaria, 
levando a esse tipo de secreção). 
 A secreção mucopurulenta, pode ser espessa e branca, 
amarelada ou esverdeada. Se desenvolve a partir de uma 
doença inflamatória, que gera um ambiente favorável a 
proliferação de uma bactéria, causando infecção secundária. 
Pode ser por infecções virais, infecções fúngicas – quadro 
inflamatório; neoplasias/pólipos e corpo estranho (três últimos 
tem quadro de hemorragia associada, com relato de presença 
de sangue). Infecções bacterianas primarias não são comuns, 
mas devem ser consideradas. Outra causas são as doenças 
orais e rinites (maior sensibilidade da cavidade nasal – ambiente 
propício para proliferação bacteriana). 
A epistaxe (secreção hemorrágica pura): sangue puro, 
normalmente pensa ou em trauma agudo ou em neoplasias 
de cavidade nasal. Pode ser causado por trombocitopatias, 
coagulopatias e hipertensão sistêmica. 
 E quando tem histórico de secreção nasal, tem que 
saber/perguntar se é aguda ou crônica (se houve progressão). 
Unilateral ou Bilateral – avalia fluxo de saída de ar com lâmina 
de vidro – primeiro afastada, depois encosta na narina – 
importante antes limpar a narina do paciente – se a secreção 
é uni ou bilateral. Quando é unilateral considera como sendo 
doença local, pólipo ou corpo estranho. Bilateral pensa em 
doenças sistêmicas ou infecciosas. Uma unilateral pode evoluir 
para bilateral, como pode ocorrer o contrário, e ocorrer 
involução da secreção. Importante avaliar de a causa não está 
relacionada a outra cavidade, como avaliação de cabeça e 
cavidade oral, além da avaliação do trato respiratório inferior. 
 Outro sinal clínico é o espirro. Liberação explosiva de ar 
vindo dos pulmões, e casos esporádicos são normais. Ficar 
atento a quadros de espirro crônico de espirro paroxístico. 
Crises de espirros crônicas estão associados a corpo estranho 
em cão, ou infecção de trato respiratório superior em gatos. 
Se for momentâneo pode ser por produtos irritativo ou com 
infecção por Pneumonyssoides caninum. Assim como 
secreção nasal pode ter evolução, e a irritação local pode ter 
piorado. 
 Espirro reverso: é uma inspiração ruidosa e forçada. 
Pensa em irritações nasofaríngeas ou até mesmo presença 
de corpos estranhos dorsal ao palato mole. Crises de espirros 
reversos são sempre paroxísticos, e geralmente em raças 
pequenas. 
 Estridor: ronco áspero/agudo e audível associado a 
respiração – associado a respiração, pensando em causas 
obstrutivas nasais (secreção que ressecou, presença de 
neoplasia, pólipo). 
Herpesvírus Calicivirus Felino 
Complexo de Infecção de trato respiratório superior em 
felinos (90% dos casos, comum na rotina clínica). Herpesvírus 
tipo I. Um gato com herpesvirus é mais comum que o 
calicivirus – para fins terapêuticos é diferente. Pode ter 
infecções associadas de Bordetella e Chlamydia. 
A transmissão pode ser direta ou indireta (direta por 
secreções ou lambeduras – ao limpar outro gato e indiretas 
por fômites contaminados). Ela tem prevalência em gatis – ou 
adotado de rua. Principalmente em gatos filhotes. Ou animais 
mais velhos imunossuprimidos. 
Apresentação clínica: secreção nasal serosa ou 
mucopurulenta (geralmente bilateral) (inflamação branda e 
porta de entrada para outras bactérias), febre, espirros, grau 
Sistema Respiratório 
de anorexia e desidratação. Alguns apresentam alterações 
oculares – pensando mais em herpesvirus, já o calicivirus pode 
causar ulcerações orais, sem alteração ocular. Retorno dos 
sinais clínicos pode aparecer em animais imunossuprimidos. 
Diagnostico: padrão ouro é histórico e apresentação clínica. 
Não pede exames complementares para fechar diagnostico. 
Fora se o tutor quiser confirmar, não costuma pedir. Caso 
queira pode fazer imunofluorescência ou PCR para confirmar 
antígeno ou anticorpo. No caso do PCR pode usar a secreção 
nasal, pedindo citologia e cultura bacteriana para diferenciar de 
outros quadros – quando o histórico foge do que seria o ideal 
de herpes e calicivirus. Hemograma e FIV e FELV para os 
mais velhos que apresentam sinais da doença. 
Tratamento: autolimitante na maioria dos casos (tratamento 
de suporte), fluido e suporte nutricional (animais desidratados 
e debilitados), vaporização (BID TID em excesso de secreção) 
ou fenilefrina 0,25% 1 gota SID IN 3 dias – para gatos com 
muita dificuldade respiratório pela presença da secreção nasal 
– ele dilui a secreção. De forma crônica a fenil pode causar 
irritação. Antibioticoterapia só em animais debilitados e 
imunossuprimidos: amoxi e clavulanato 22 mg/kg BID TID 7 
dias, ampicilina 22 mg/kg TID 7 dias, azitromicina 5 a 10 mg 
SIG 3 dias q72h. lisina (auxilia no equilíbrio do sistema 
imunológico) suplementa na alimentação 500 mg gato. 
Como prevenir para que o gato não contamine outros 
animais? Separar o gato doente dos imunossuprimidos, evitar 
o acesso dos doentes a rua. Vacinação com vírus modificado 
com 8-10 semanas de vida, 12-14 semanas de vida (1ª e 2ª 
aplicação), suporte anual (em animais de vida livre) e se ele só 
ficar dentro de casa, fazia suporte a cada 3 anos e evitar o 
uso em gestantes. 
Neoplasias nasais 
Em gatos carcinoma de células escamosas, linfoma, 
adenocarcinoma. No cão, tumor venéreo transmissível, 
fibrossarcoma, CCE e adenocarcinoma. 
Apresentação clínica: idade variada, gatos adultos até idosos, 
mas o TVT nasal pode acometer qualquer idade a partir da 
maturidade sexual. A secreção nasal mucopurulenta podendo 
ser hemorrágica e uni ou bilateral. Estridor por obstrução – 
secreção ou pelo aumento de volume. Espirro pelo aumento 
na produção de secreção e invasão e deformação da 
cavidade nasal. No caso do TVT nasal ele forma essas 
formações/aumento de volume muito evidente (ao cheirar o 
anus do outroanimal/macho ou ao lamber o próprio pênis 
contaminado). O CCE causa deformação/sumir o plano nasal 
do paciente. 
Diagnostico por histórico e sinais clínicos + exames 
complementares (fundamental para terapia). Citologia através 
de imprint de secreções, por ser menos invasivo, ou por 
punção aspirativa por agulha fina – puncionando na região da 
neoplasia, joga na lâmina e faz esfregaço. 
Histopato é mais preciso, faz colheita de material por biopsia 
– para confirmar, que dá o diagnóstico final. Pode solicitar 
radiografia para avaliar extensão da lesão e se há metástase. 
Outro exame é a rinoscopia (nem todo centro faz) – introduz 
câmera dentro da cavidade nasal – interessante para avaliar 
destruição de cavidade nasal pela neoplasia e pode usar para 
colheita de biopsia. TC e RM (mais para avaliar extensão da 
lesão). 
Tratamento muito variável para cada tipo de neoplasia. De uma 
forma geral, precisa saber o tipo de neoplasia está lidando. Se 
for TVT, faz tratamento com quimioterapia e funciona em 
mais de 90% dos casos de TVT uso de vincristina podendo 
associar a doxorrubicina. Tratamento de neoplasia nasal é a 
criocirurgia (congelamento do crescimento da neoplasia) em 
tumores que sejam menores que 0,5 cm – precisa congelar 
como um todo. Outra forma é a cirurgia para fazer a retirada 
da cavidade nasal do paciente – tirando com uma margem 
segura a neoplasia. Só a cirurgia não tem eficácia boa, e deve 
associar com quimio ou radioterapia. 
Aspergilose Nasal 
Causada pelo Aspergillus fumigatus – espécie saprófita de 
distribuição mundial, entretanto a característica é que vivem 
em região mais úmidas e não tão quentes. Habita a cavidade 
nasal em harmonia naturalmente. Porém, pode se tornar um 
patógeno oportunista – animais imunossuprimidos e presença 
de neoplasias, ou causar doença quando o ambiente se torna 
muito propicio – exposição excessiva – animais que vivem 
em sítio ou fazenda, (por causa de imunossupressão). Na hora 
de proliferar, formar granulomas fúngicos, não tem problema. 
Porém, quando ocorre destruição e necrose de mucosa nasal 
– sinais clínicos podendo gerar osteomielite de seio frontal. 
Apresentação clínica: cães machos jovens – mesocefálicos e 
dolicocefálicos. Rara em gatos. Secreção nasal mucopurulenta 
podendo ou não ter hemorragia podendo ser uni ou bilateral. 
Geralmente bilateral. Espirros, pela presença do tapete fúngico, 
levando-o a espirrar. Sensibilidade a palpação, despigmentação 
ou ulceração das narinas e alterações em todo o trato 
respiratório inferior é menos comum, pois tem que ter afetado 
todas as regiões possíveis (prognostico é muito desfavorável). 
Diagnóstico: anamnese e sinal clínico (tipicamente em cão, se 
for gato pensa em outros agentes, se for dolicocefálico, se 
tiver muito contato com áreas arboricas, tem secreção 
mucopurulenta, com sinais de hemorragia, tem histórico de 
espirros, muita sensibilidade a palpação). Os complementares 
auxiliam a fechar o diagnóstico e auxilia pode indicar que o 
animal não tem. Tem que descartar outras doenças de 
apresentação clínica parecida. Um dos primeiros exames é a 
Sistema Respiratório 
radiografia de cavidade nasal, geralmente tendo que sedar ele 
para fazer o exame. Foca a avaliação no seio frontal, região 
mais acometida pelo fungo. VD e intraoral. Características 
zonas líticas associadas a radioluscencia em seio nasal. 
Rinoscopia o paciente deve estar anestesiado, e consegue ver 
erosão dos turbinados nasais e placas fúngicas, e através dela 
coletar amostras pra cito ou cultura fúngica. A tomo 
computadorizada com ele anestesiada, e avalia destruição dos 
turbinados nasais. 
Na cultura fúngica é muito difícil confiar só nela, resultado é 
difícil, pode ser um falso negativo. Se der negativo mas os 
demais todos indicarem para aspergilose, faz o tratamento. Um 
auxiliar é o dermatobac – esfrega nos meios de cultura – de 
4 dias observa mudança na cor dos meios de cultura. Outra 
forma é através da sorologia, por titulação de anticorpos. 
Coleta sangue e manda para titulação. Resultados positivos 
indicam resposta imune. Sensibilidade de 67%. 
Tratamento: tópico com clotrimazol 1% em infusão por 1 hora. 
Mais de 90% melhoram clinicamente, tem bom resultado. Para 
fazer aplicação tópica, o animal deve estar anestesiado. 
Anestesiou deita ele em decúbito dorsal, pega uma sonda de 
Foley – utiliza ponta do balão desinflado, entra na cavidade oral 
e tenta encaixar na parte distal do palato mole, na região de 
orofaringe. Geralmente usa pinça hemostática, pinça a ponta 
e usa a curvatura da própria pinça para encaixar dentro da 
faringe, para cima – fazer voltinha para ficar na nasofaringe. 
Encaixou a sonda, pega uma esponja cirurgia e envolve a 
sonda com esponja cirúrgica no palato mole para evitar que o 
clotrimazol extravase. Entra com uma sonda urinaria na narina 
rafe, a ponta da sonda deve ficar no meio da distância entre 
o olho e a narina – depois que botou a sonda, coloca uma 
sonda de Foley dentro da narina do animal, bem na saída da 
narina, vedando a saída da narina – infla o balão e ele tranca 
a saída da narina para evitar que o clotrimazol escorra. Deixa 
15 min em decúbito dorsal, injetando 30 mL nessa posição. 
Quando a cavidade nasal estiver toda preenchida, vai vazar um 
pouquinho/pingar pela sonda de Foley. Decúbito lateral 15, 
outro lateral 15, decúbito dorsal 15. Depois de 1 hora de infusão, 
faz 15 min com a cabeça para baixo para pingar todo o 
excesso de clotrimazol e pode ser que tenha que repetir em 
2 semanas se os sinais persistirem. Pneumonia aspirativa, 
absorção e quadro de meningoencefalite. 
Criptococose Nasal 
Cryptococcus neoforms. Infecta principalmente gatos através 
da inalação, pela infecção nasal há infecção sistêmica. De 
distribuição mundial em zonas arborizadas. São habitantes da 
cavidade nasal e há maior prevalência em imunossuprimidos. 
É uma zoonose. 
Apresentação clínica: gatos jovens (siameses, ragdoll e 
himalaio), secreção nasal serosa a mucopurulenta (evoluir a 
hemorragia – uni ou bilateral). Pode ter espirros, lesões 
granulomatosas em narinas, deformidade facial, febre, 
linfadenomegalia, convulsão e ataxia. 
Diagnostico: histórico e sinais clínicos (atende gato de vida livre, 
ou que sai pra caçar, teve secreção serosa, que virou 
mucopurulenta, ou que teve estrias de sangue). Exames 
complementares: radiografias da cavidade nasal (aumento da 
densidade tecidual e lise do osso nasal), citologia ou histologia 
(secreção nasal/biopsia – forma de charuto). Hemograma 
anemia arregenerativa e monocitose; cultura fúngica 
(interpretação com cautela – positivo nem sempre significa 
que ele tem criptococose e pode haver também falso 
negativo) teste de aglutinação antigênica (aglutinação em 
látex, alta sensibilidade e especificidade). 
Tratamento: itraconazol 5mg/kg BID 60 dias, 50-100mg/animal 
SID. Cetoconazol 10mg/kg BID/SID, anfotericina B (em casos 
muito avançados de infecção sistêmica grave) 0,25mg/kg IV 
3x na semana ou 0,5mg/kg SC 3x na semana. Fazer 
acompanhamento quinzenal/mensal. Se houve melhora clínica, 
e se ele está assintomático, tu trata por mais 15 dias até retirar 
por completo. 
Rinite Alérgica 
Hipersensibilidade a antígenos no ar – ou antígenos na 
alimentação – inala micropartículas. Atinge cães e gatos e eles 
são atópicos. 
Alterações clínicas espirros agudos/crônicos que piora em 
condições especificas. Pode ter secreção nasal serosa que 
evolui a mucopurulenta. 
Diagnostico: histórico + sinais clínicos, pela anamnese detalhada 
e por tentativa e erro. Exames complementares são 
inespecíficos em muitos casos. Na radiografias incluem discreto 
aumento da opacidade de tecidos moles. 
Tratamento pela retirada do alérgeno e para animais com 
crise muito intensa pode fazer uso de anti-histamínicos como 
cetirizina 2mg/kg SID 3 a 4 dias no cão e 1 mg/kg SID no gato. 
Glicocorticoide só em uma crise muito intensa prednisona 
0,25mg/kgBID até melhora do quadro clínico e realizar o 
desmame. 
Laringe 
Sinais clínicos: obstrução de passagem de ar, dispneia 
inspiratória (FR pode estar normal, expiratória associada – 
neoplasia laríngea). Estresse ou exercício aumenta a pressão 
negativa, mais os tecidos moles da laringe são tracionados para 
dentro dele, causando uma inflamação e edema momentâneo 
da laringe. Outro sinal clínico característico é o estridor 
Sistema Respiratório 
(turbulência de ar na passagem laríngea, causado pelo 
estreitamento da laringe; é um ruído áspero/agudo e audível 
– alguns pode ser mais fácil de auscultar cervical), alteração 
de voz é específico de doença laríngea (difícil perceber). 
Síndrome do braquicefalico 
Animal tem alterações anatômicas (narinas estenótica, 
alongamento de palato mole, hipoplasia de traqueia [eversão 
dos sáculos laríngeos – colapso laríngeo [angústia respiratória 
grave]] e sinais gastrointestinais concomitantes). 
Alterações clínicas em qualquer cão braquicefálica e gatos de 
face curta, como o himalaio. A principal queixa é dispneia e 
sons respiratórios, além de cianose e síncope. 
Diagnostico: histórico e sinal clínico (raças, exame físico). 
Exames complementares: laringoscopia (animal anestesiado e 
decúbito esternal, respiração mantida e visualização da laringe) 
Tratamento: melhora da passagem de ar pela laringe. Evitar 
exercício, deixar entubado até melhorar a situação, máscara 
de oxigênio. Tratamento clínico: prednisona 0,5mg/kg BID até 
melhora dos sinais clínicos (7/14/21 dias) e desmame; 
suplementação de O2 em casos emergenciais, controle de 
peso e alterações gastrointestinais. Tratamento cirúrgico em 
casos graves da doença, corrigindo os defeitos anatômicos 
diagnosticados, rinoplastia, remoção do excesso de palato 
mole, ressecção dos sáculos laríngeos. 
Paralisia laríngea 
Movimentação anormal da laringe, principalmente da 
cartilagem aritenoides. No estímulo de inspiração, tem estímulo 
neurológico para realizar a abertura das aritenoides (abduzem 
para entrar ar). E fechamento quando há ingestão de alimento. 
Ocorre obstrução da via aérea porque a aritenoide faz o 
movimento retrogrado, relaxa demais e acaba fechando a 
passagem. Causas idiopáticas, traumas cervicais e torácicos 
anteriores, doenças imunomediadas, neoplasias e miastenia 
grave. 
Apresentação clínica: cão adulto de porte grande, dispneia que 
piora após o exercício, pode haver estridor, alteração na voz, 
cianose e sincope (menos comum). 
Diagnostico: histórico e sinais clínicos + exames 
complementares. Laringoscopia com o animal anestesiado, 
avaliando o movimento das cartilagens aritenoides – no 
período de inspiração e expiração. 
Tratamento: estabilizar esse paciente, oxigênio terapia 
entubando ou com máscara de oxigênio, cianótico mantem 
em sonda endotraqueal ou Acepram 0,05mg/kg IV SC. 
Tratamento cirúrgico é o definitivo laringostomia. 
 
Traqueia 
Tubular e flexível. Possui anéis cartilaginosos, musculo traqueal 
e ligamento anular. Porção cervical e torácica. 
Sinais clínicos: tosse (liberação explosiva de ar dos pulmões, 
por irritações traqueais, inflamação, compressão por coleiras 
ou enforcadores; é alta, áspera e paroxística [traqueais e 
brônquios]); tosse pode ser improdutiva ou produtiva (muco, 
exsudato ou sangue [hemoptise]). Quando desconfia de 
doença traqueal, pode fazer uso de técnicas diagnosticas 
especificas para detectar a afecção. 
Lavado traqueal: com o animal em alerta ou sedado, sente a 
porção mais rígida da traqueia e logo após sente uma porção 
mais mole, faz trico e assepsia local com Clorexidine, faz 
inserção de cateter longo, preferencialmente até a carina, 4º 
EIC, com o animal em estação ou sentado e cabeça estendida 
com nariz em direção ao teto. Presença da cartilagem 
cricotireoidea ou anéis traqueais e introduz na região de 
acesso, na porção mais molinha – mais macia, não sente 
resistência. Vai tirando o mandril/agulha e empurra o cateter 
até a região de carina. Injeta de 3 a 5 ml de solução fisiológica 
estéril de 4 a 6 seringas de forma rápida. Rapidamente logo 
depois que você injetou, você puxa novamente, de cada 5 
mL recupera 0,5 mL. Quanto menor o paciente menor a 
quantidade. Se o animal tiver muita secreção ou muita saliva, 
interessante fazer uso de atropina para diminuir reflexo de 
deglutição. De 1 a 2 mL de líquido puxado já é suficiente. 
Outra técnica é a técnica endotraqueal (procedimento 
cirúrgico – se passar por procedimento cirúrgico já aproveita), 
com o animal anestesiado, com sonda endotraqueal ou sonda 
urinária (cuidar para não contaminar muito batendo na 
cavidade oral). Dentro do traqueotubo, introduz uma sonda 
urinaria estéril, até a região da carina. Mede antes de introduzir. 
Faz a lavagem da mesma maneira. 
Broncoscopia: avaliação estrutural e de integridade da traqueia 
(avalia arquitetura interna da traqueia). Se no laudo tem 
hiperemia ou muco pensa em inflamação, alteração no 
formato dos anéis cartilaginosos pensa em colapso, estenoses 
e lacerações pensa em trauma e massas pensa em neoplasia. 
Presença de corpo estranho não é muito comum, mas podem 
ser visualizados e já retira com o broncoscopio. Pode fazer 
coleta de biopsias e lavados. O problema é que o animal precisa 
necessariamente estar anestesiado. 
Traqueobronquite infecciosa canina 
Tosse dos canis. Tem como agentes envolvidos o adenovírus 
canino 2, parainfluenza, coronavírus respiratório canino 1 e 2, 
herpesvirus 1, Bordetella bronchiseptica (agente oportunista), 
influenza canina e pneumovirus, infecções secundárias. 
Sistema Respiratório 
Patogenia: através do contato direto com secreções do trato 
respiratório através da tosse, espirro, narinas e fômites. 
Altamente contagiosa pela associação entre agentes 
causadores, manejo sanitário inadequado e densidade 
populacional. Associado muito a imunidade dos animais. É 
autolimitante (2 semanas) raramente severa ou fatal. 
Apresentação clínica: tosse de início súbito, produtiva ou 
improdutiva, secreção nasal +/-, exercício, excitação, coleira, 
sensibilidade na traqueia. Vomito ou movimento de êmese – 
alterações sistêmicas incomuns – mais pelo reflexo da tosse. 
Tem histórico de contato com outros animais. Tosse é 
paroxística. Pode haver pneumonia secundaria – animais 
imunossuprimidos. 
Diagnostico: basicamente histórico e sinais clínicos; exames 
complementares podem ser pedidos em caso de suspeita de 
afecções sistêmicas, progressivas e diferencial. Radiografia de 
porção cervical e torácica, inspiração e expiração; sem 
alterações – só em caso de diferencial. Não tem evolução 
progressiva, ela se mantém durante 2 semanas. Hemograma 
sem alterações a não ser no diagnostico diferencial, lavado 
traqueal com grande quantidade de neutrófilos e presença de 
bactérias. Sorologia e PCR indica infecção viral, mas é a última 
saída. 
 Tratamento: é autolimitante (não precisa se preocupar 
tanto – após duas semanas ele tende a estar 100%). O que se 
indica é o repouso, evitando exercícios intensos e coleiras. 
Pode ser necessário alguns supressores de tosse (quando a 
tosse incomoda muito o proprietário) – evitando em animais 
com tosse produtiva – como o Butorfanol 0,5mg/kg BID/QID, 
bitartarato de hidrocodona 0,25mg/kg BID/QID, codeína 0,1-0,3 
mg/kg QID, dextrometorfan 1-2 mg/kg BID/QID, associados ou 
não com Broncodilatadores (amino 6 a 10 mg/kg ou albuterol 
[simpatomimético] 0,02 a 0,05mg/kg TID). O uso de 
antibióticos é restrito quando há envolvimento do pulmão ou 
sistêmico (que tem febre ou é imunossuprimido – infecções 
secundárias). Os melhores são Amoxi e clavulanato 20-
25mg/kg TID 1 ou 2 semanas, enrofloxacina 2,5 a 5 mg/kg 
BID 5 a 10 dias. 
 Prevenção: uma vez que atendeu um animal com 
traqueobronquite, principalmente se tiver mais cães, pede 
para diminuir a exposição do animal (B. bronchiseptica persiste 
por 3 meses), fazer um manejo local e isolamento. Prevenção 
pela vacinação(injetável V8 e V10 para adenovírus e 
parainfluenza ou intranasal para adenovírus canino 2, 
parainfluenza e B. bronchiseptica). 
Colapso de Traqueia 
 Estreitamento do lúmen traqueal, acontecendo por 
fragilidade dos anéis cartilaginosos ou redundância da 
membrana traqueal dorsal (ficando mais estirado, 
comprometimento do formato da traqueia). Tem traqueia 
extratorácica e intratorácica, sendo a maioria é achatamento 
dorsoventral, raramente lateral. Alguns casos podem ter maior 
sensibilidade dos brônquios, chamado de 
traqueobroncomalácia, animal apresentando bronquite – 
geralmente bronquite crônica. Em uma situação de aumento 
de esforço respiratório, a pressão negativa vai aumentar, e 
toda vez que ele fizer isso, ela vai começar a ser tracionada 
junto, por ser muito maleável, fechando durante a respiração, 
podendo causar até um colapso total. Esse colapso é dinâmico, 
e leva a um quadro de irritação e inflamação da mucosa 
interna da traqueia, diminuindo ainda mais o espaço intraluminal 
da traqueia, com o animal fazendo mais esforço respiratório. 
Etiopatogenia: incerta, mas sabe-se que tem um fator 
genético (muitas raças tem deficiência na formação de 
glicoproteína e glicosaminoglicanos – que formam as 
cartilagens), perdendo a traqueia a característica de ser mais 
firme, e a presença de mediadores inflamatórios como 
colagenases e proteases podem causar alteração dos 
componentes da traqueia. De forma progressiva, a traqueia vai 
cada vez mais ficando frágil. Aumenta a produção de 
secreção, piorando ainda mais o quadro dele, principalmente 
nos quadros de traqueia intratorácica. Quadro de bronquite 
crônica está relacionada a inflamação crônica – pelo quadro 
crônico do colapso, e com o tempo, obstruindo as vias aéreas 
menores. 
 Apresentação clínica: cão adulto ou idoso, nas raças de 
pequeno porte, raramente em gatos. Tosse aguda ou crônica, 
alta, de caráter paroxístico. Pode ter crises muito intensas e 
curtas A principal característica é o som da tosse, que parece 
um grasnar de ganso. Perguntar se isso fica mais exacerbado 
durante exercício ou excitação. Dependendo da intensidade o 
animal pode apresentar angústia respiratória. Sinais sistêmicos 
são incomuns. 
 Diagnostico: histórico (animal de pequeno porte, adulto a 
idoso) e exame físico (tosse alta e ruidosa na palpação da 
traqueia [se não acontecer não quer dizer que não tenha], 
esforço inspiratório e expiratório, estridores pulmonares – 
principalmente na porção traqueobrônquica). Exame 
complementar é a radiografia, com o animal alerta, colapso de 
traqueia cervical na inspiração e colapso da traqueia torácica 
na expiração. Sensibilidade é muito variada. Outro exame é a 
fluoroscopia – sensibilidade melhor que a radiografia, radiografia 
ao vivo interna, e induz a tosse para uma melhor avaliação. 
Forma de imagem mais sensível é a broncoscopia – mais 
sensível – porém o animal precisa estar anestesiado e estável 
– perde reflexo de tosse. Permite avaliar a extensão da 
doença (filma o movimento da traqueia durante a respiração 
– grau que a traqueia diminui a luz durante a respiração [grau 
1 a 4: 1) perde até 25% da luz interna 2) entre 25% e 50% 3) 
entre 50 e 75% e o grau 4) acima de 75% de redução da 
Sistema Respiratório 
luz traqueal]). O lavado traqueal serve para fazer diagnostico 
diferencial (não serve pra fechar diagnostico, só para descartar 
outras comorbidades). 
 Tratamento: clínico, pois não tem cura – tem para o 
resto da vida. Tratamento para diminuir o número e a 
intensidade das tosses. Principal manejo é a perda de peso, 
substituir uso de coleiras por uso de peitoral, caso o animal 
chegue cianótico, deixe ele em oxigenioterapia (interessante 
uso de tranquilizantes para diminuir esforço respiratório por 
estresse). Uso de antitussígenos pode ser recomendado, mas 
ele não cura o paciente (só para diminuir as crises), diminuindo 
dose e frequência com o tempo. Uso de Broncodilatadores só 
em casos com bronquite crônica associada. Corticoide (diminui 
inflamação crônica – por isso é melhor que AINE) prednisona 
0,5 a 1,0 mg/kg BID 5 dias, fazendo desmame. Antibiótico não 
é usado, somente em infecção secundária. A cirurgia só é 
recomendada em pacientes graves ou que não respondem 
ao tratamento (grau 4). 
Trauma traqueal 
 Comumente relacionada a ruptura, geralmente por 
mordedura – de anel traqueal ou das tiras musculares, 
principalmente por briga com cão. Algumas vezes pode ser 
iatrogênica, principalmente no pós operatório traqueal, ou pela 
coleta de sangue da jugular. 
 Apresentação clínica: enfisema subcutâneo (primeiro no 
pescoço, com crepitação, mas com o passar do tempo pode 
se tornar generalizado – na porção dorsal/nuca). Pode causar 
dispneia – por pneumotórax ou estenose (por infamação local 
e espessamento de traqueia). 
 Diagnostico: histórico associado a sinais clínicos e exames 
complementares. Radiografia é o principal exame, observa 
enfisema peritraqueal ou generalizado, com alargamento focal 
no local da ruptura. Pode ser solicitado broncoscopia para 
visualizar a descontinuidade e local de trauma. 
 Tratamento: não recupera clinicamente, mas antes de 
encaminhar para cirurgia faz controle da dor por AINEs e 
analgésico dependendo do grau de dor do paciente. Nos casos 
de enfisema local só deixar ele em repouso, mas no 
generalizado pode fazer aspirado com agulha e bandagem 
compressiva para apertar a região das bolhas de ar, mas sem 
comprimir a caixa torácica. Espera a correção cirúrgica da 
ruptura. 
Brônquios e Pulmões 
 Ar chega pela traqueia, na região de carina divide nos 
brônquios e arvore brônquica, se ramificando até formar os 
bronquíolos e na terminação tem ducto alveolar, sacos 
alveolares e alvéolos, onde ocorre efetivamente a troca 
gasosa. Pulmão dividido em pulmão esquerdo e direito. Pulmão 
esquerdo tem lobo cranial (porção cranial e caudal) e o direito 
dividido em cranial, caudal, médio e acessório. Quanto mais 
lobos afetados, maior a gravidade da doença. 3 sinais clínicos: 
tosse, dispneia e cianose (porção terminal dos brônquios). 
Tosse é liberação explosiva de ar dos pulmões, produtiva ou 
não produtiva. Se for alta, áspera e paroxística é de brônquios, 
se for discreta sugerem doenças pulmonares. A tosse em 
gatos pode ser confundida com êmese. 
 Dispneia – em doenças traqueais está mais relacionada a 
tosse – nas de doenças brônquicas ou pulmonares 
normalmente inicia como taquipneia (animal mais ofegante). 
Normalmente fica mais evidente durante o exercício, animal 
reluta a fazer atividade física, alguns podem adotar posição de 
ortopneica (cães apresentam respiração mais rápida e 
superficial) já gatos respiram pela boca quando em dispneia 
(indicativo de doença grave). Cianose é o sinal de hipoxemia – 
indica que o esforço respiratório não está compensando. 
Técnicas diagnósticas 
 Lavado broncoalveolar: traz informações importantes 
para o diagnostico de doenças pulmonares através da citologia, 
cultura e PCR a partir do líquido coletado. O animal precisa 
estar anestesiado (avalia antes do procedimento) e ter 
suplementação de oxigênio nos casos de hipoxemia transitória. 
Pode ser feita com broncoscopia ou sem. Em gatos, deve ser 
aplicados Broncodilatadores e atropina antes do procedimento 
(15 min antes), então administra aminofilina 5 mg/kg VO/IM e 
atropina (para diminuir a produção de saliva do paciente) 0,05 
mg/kg SC. Depois da aplicação e anestesia, passa a sonda 
endotraqueal, que deve ser estéril, e passar ela na primeira 
vez, sem bater muito nas outras estruturas. Faz o 
procedimento em decúbito com o lado enfermo para baixo, 
e liga o aparelho de oxigênio – pelo menos uns 5 min. Pega 
solução fisiológica estéril morna, puxa aproximadamente 2 
mL/kg e acopla a seringa ao traqueotubo e injeta a solução 
fisiológica lá, apertando vagarosamente, de forma delicada e 
quando for tudo, você puxa tudo novamente. Junto com o 
líquido que volta, vemum pouco de ar. Diferente no lavado 
traqueal consegue recuperar quase tudo de volta. Caso 
necessário pode repetir o procedimento – mas deixa o 
paciente oxigenando, e repete até ter o volume de amostra 
necessário. deixa o animal oxigenando ainda, e eleva a porção 
mais caudal do animal, para caso o excesso de líquido saia dos 
brônquios do paciente. Existem adaptadores de seringa que 
permitem que encaixe a seringa na ponta do traqueotubo. 
 No cão, como não tem o reflexo de broncoespasmo dá 
pra entrar mais nos brônquios e não tem necessidade de fazer 
broncodilatador, só atropina 0,05mg/kg SC. Anestesia, passa o 
traqueotubo, evita cutucar na laringe antes de acertar, conecta 
ao aparelho de oxigênio, e deixa o animal em decúbito dorsal 
também, ou lateral também. Deixou no decúbito, deixa no 
Sistema Respiratório 
oxigênio por 5 min, pega uma sonda gástrica estéril que vai 
passar por dentro do traqueotubo. Medir a sonda gástrica 
externamente, de acordo com a distância pulmonar, e a sonda 
gástrica é cheia de furinhos – corte fora essa porção de 
furinhos (na hora de succionar o líquido, eles podem puxar o 
brônquios e não permite que succione o líquido de volta). 
Cuidado com o diâmetro da sonda, que deve ser menor que 
o do traqueotubo. Se bater em algum lugar, puxa um pouco 
e tenta empurrar novamente. Se não der tu chegou no 
máximo que tu consegue. Em cães acima de 20 kg, faz 25 
mL de solução fisiológica estéril morna. Em cães com menos 
de 20 kg até pode fazer, mas é mais complicado. Divide esse 
volume em 3 seringas de 10 mL (faz 7 mL de solução e 3 
mL de ar) para expandir os brônquios. De forma vagarosa, 
injeta o líquido na posição mais vertical – força da gravidade 
ajuda. Na hora que terminou, começa a tracionar a seringa 
para tentar recuperar o líquido, mas a aspiração nesse caso 
deve ser bem sutil, porque se puxar com muita força pode 
colabar o brônquio – porque no cão tu vai estar lá dentro. Na 
hora que terminou o procedimento tem os mesmos cuidados 
com o gato. 
 Oximetria de Pulso: avalia a saturação de oxigênio no 
sangue. Permite monitoramento rápido e fácil. Posiciona na 
língua, lábio, orelha, prega inguinal e cauda (locais de menor 
pigmentação). a saturação deve girar em torno/acima de 95% 
(abaixo disso interessante oxigenar o paciente). Deve 
comparar o pulso registrado com o pulso palpado, se está 
cianótico. Faz em locais com a luz mais branda, pois luzes 
muito fortes podem alterar a leitura. 
Bronquite Crônica Canina 
 É o resultado de um processo crônico inflamatório, tendo 
várias origens, podendo ser infecciosa, alérgica, toxinas (cães 
fumantes passivos por conviver com donos fumantes) ou 
irritativos inalados. Principalmente animais atópicos. Processos 
irreversíveis ocorrem devido a inflamação constante: leva a 
hiperplasia da mucosa brônquica, havendo fibrose da mucosa. 
Fora isso, a hiperplasia faz com que haja hipersecreção das 
células secretórias dos brônquios, diminuindo o espaço para 
passagem de ar, levando a um quadro de obstrução das vias 
áreas inferiores. Leva a liberação de mediadores inflamatórios 
leva a uma maior sensibilidade da via aérea, deixando a 
estrutura brônquica mais fragilizada. Pode ser então causado 
por colapso de traqueia, ou animais com dilatação atrial 
(cardiopatas) no qual o átrio comprime o brônquio e isso leva 
a uma inflamação desses brônquios – justifica a bronquite 
crônica. O que caracteriza a cronicidade é o tempo de tosse 
persistente de dois meses. A única queixa clínica vai ser a 
tosse, sem outras alterações sistêmicas. 
 Aspecto clínico: cães idosos de raças pequenas, perfil de 
paciente com colapso de traqueia, além de obesidade. Tosse 
vai ser alta e ruidosa, podendo ser produtiva ou não produtiva, 
com maior frequência de manhã e após o exercício. Pode 
levar a inflamação da porção caudal da traqueia aumentando 
a sensibilidade. Normalmente não tem sinais sistêmicos. 
 Diagnostico: histórico e sinais clínicos (tossindo há mais 
de 2 meses, sinal clínico prevalente só tosse, sem doença ativa 
– durante a ausculta pode haver crepitações e sibilos). Os 
exames complementares usam para fortalecer o diagnóstico 
e excluir outras doenças. Radiografia é o primeiro exame que 
solicita – serve para descartar outras doenças ativas. Animais 
com doença avançada pode apresentar bronquiectasia 
(dilatação externa) e a sensibilidade do exame é de 50 a 65%. 
O lavado broncoalveolar indica presença de inflamação 
neutrofílica – normalmente não é refletida perifericamente (no 
hemograma não nota neutrofilia), se houverem muitos 
eosinófilos pensa em alguma causa alérgena. Interessante pedir 
cultura associada a antibiograma. Outro exame diagnostico é a 
broncoscopia, evidenciado grande quantidade de muco e 
inflamação da mucosa brônquica. Pode notar colapso durante 
expiração ou sinais de bronquiectasia. 
 Tratamento: não é totalmente curável, faz o controle 
das manifestações clínicas. Fazer a retira dos irritantes (como 
fumaça e perfume), fazer a limpeza de carpetes, evitar 
estresse. Orienta o proprietário a fazer nebulização (pode 
ajudar nas crises de tosse) e indicar perda de peso que estão 
com sobrepeso. O tratamento medicamentoso é feito com 
glicocorticoides, nas doses anti inflamatórias, prednisona 0,5 a 
1,0mg/kg BID 5 dias e fazendo desmame (0,5mg/kg q 48 
horas). Broncodilatadores associado, diminuindo a dose de 
corticoide, aminofilina 11mg/kg BID e teofilina 4 mg/kg BID. Só 
durante as crises, até melhora clínica. O albuterol é um 
simpatomimético de 20 a 50 ug/kg BID ou TID. Antitussígenos 
usados com cautela (já que tem hipersecreção de muco 
pulmonar), quando achar que a tosse causa um prejuízo muito 
grande a respiração do paciente, no caso Butorfanol 0,5 
mg/kg BID. Antibiótico só usa em animais imunossuprimidos ou 
infecção confirmada, como enrofloxacina 2,5 a 5 mg/kg TID 
2 semanas ou amoxicilina com clavulanato 20 a 25 mg/kg TID 
14 dias. 
Bronquite Felina 
 Chamada de asma felina ou bronquite idiopática. Não tem 
causa. Os gatos têm os brônquios mais sensíveis, fazendo 
broncoespasmo com muito mais facilidade. E isso pode causar 
uma inflamação local ao fato de toda hora ficar contraindo. Por 
terem mais musculo liso, fazendo com que o broncoespasmo 
seja mais intenso, causando a bronquite. Há hipertrofia desse 
musculo, hipersecreção das células secretórias, depuração 
reduzida desse muco, exsudato inflamatório nas vias aéreas. 
Procurar presença de pneumonia eosinofílica. 
Sistema Respiratório 
 Classificação da Bronquite Felina: pode ser Asma 
brônquica ou Bronquite Aguda. A asma brônquica é 
caracterizada por obstrução reversível causada por 
broncoconstrição, hipertrofia de músculo liso, hipersecreção 
de muco e inflamação eosinofílica; nesse estágio geralmente 
o paciente é assintomático. Na bronquite aguda o animal 
começa a apresentar sinais brandos, ainda no estágio 
reversível, mas persiste por menos que 3 meses, há 
hipersecreção de muco e inflamação neutrofílica ou 
macrofágica no lavado broncoalveolar. Em seguida, evolui para 
a bronquite crônica, que é irreversível, no qual a inflamação e 
sinais clínicos perdura por mais de 3 meses, tendo 
hipersecreção de muco, inflamação neutrofílica, presença de 
bactérias e asma brônquica concomitante (pode encontrar 
população de eosinófilos – doença tem caráter de agudizar). 
O estágio terminal é a fase de enfisema, com destruição 
bronquiolar e alveolar, com dilatação do espaço aéreo, 
causando cavitações no espaço aéreo, concomitante a 
bronquite crônica. 
 Aspectos Clínicos: animais de qualquer idade, dispneia 
expiratória (gato não expira pela boca) – tende a ser mais 
crônica. Quadros iniciais de dispneia podem ser observados 
após exercícios, geralmente exercícios brandos – atividade de 
escalada, subir arvore. Outra alteração é a presença de tosse, 
e ela não costuma ser comum para o gato. E o proprietário 
pode confundir a movimentação com vomito. Tossecomumente produtiva, além de sibilo respiratório (quadros um 
pouco mais avançados) e cianose. Gatos em cianose tem que 
reestabelecer oxigênio – emergência. 
 Diagnostico pelo histórico e sinais clínicos + exames 
complementares. Sinais a mais de 3 meses dificilmente tem 
tratamento. Tempo de evolução, presença de 
alérgenos/irritantes e diagnósticos diferenciais (presença de 
vermes pulmonares – Aelurostrongylus). Muitas vezes já inicia 
o tratamento antes dos exames complementares. 
Exames complementares: Radiografia tem padrão 
bronquial, pulmão hiperinflado, atelectasia de lobo pulmonar 
médio direito (nos casos mais avançados) ou radiografias 
normais. Geralmente o quadro clínico aparece antes das 
alterações radiográficas. Outro exame é o Lavado 
Broncoalveolar, com o animal anestesiado, devendo estar bem 
para o procedimento anestésico, um achado comum é a 
grande presença de muco – muito característico – importante 
mandar para avaliação citológica e saber a população celular 
(nas fases mais iniciais de asma brônquica tem eosinófilos e 
posteriormente maior população de células macrofágicas 
[bronquite felina] – se for 1 quadro de 5 meses e tiver grande 
quantidade de eosinófilos ser um quadro de bronquite que 
agudizou). A cultura pode identificar infecções secundárias – 
comum é o Mycoplasma. Outro é o hemograma, 
principalmente na fase inicial, encontrar quadro de eosinofilia 
(baixa especificidade e sensibilidade). 
Tratamento: se for emergencial, precisa estabilizar da forma 
mais rápida possível, usa broncodilatador com a terbutalina 
0,01mg/kg SC. Nos casos mais grave de cianose, pode fazer 
protocolo emergencial/de choque: poderia usar succinato de 
prednisolona 10mg/kg IM/IV (prof não é fã), deixar na gaiola de 
oxigênio, 2-5L/min (cuidado com o risco de aquecimento) e 
nebulização com albuterol (animal de difícil contenção, se 
estressa muito fácil, dentro da gaiola de oxigênio) (melhora do 
quadro 100ug por inalação – deixa até a melhora clinica). Assim 
que tirar do quadro, faz o diagnostico e exames e manda para 
casa com tratamento domiciliar. 
Tratamento domiciliar com relação ao manejo ambiental, 
retirando possíveis focos irritativos ou alérgenos, limpeza de 
carpetes e tapetes. Anti inflamatórios esteroidais para alívio das 
manifestações clínicas, principal esteroidais prednisolona 0,5 a 
1,0 mg/kg BID por 7 dias e desmame 0,5mg/kg q 48h 
(desmame pode ter que ser feito pelo resto da vida – na 
menor dose e menor frequência). Inalação de Propionato de 
fluticasona 220 ug BID associado a prednisolona ou 
broncodilatador (tem efeito mais local). 
Não usa corticoide em gato com Diabetes Melittus, porque 
aumenta os níveis de glicose sanguínea. Usa adaptador na 
bombinha, encaixa no nariz do felino, e dá duas bombeadas – 
espera ele fazer de 7 a 10 mov. respiratórios. Broncodilatadores 
diminuem a dose dos corticoides, teofilina 4mg/kg VO BID, 
aminofilina 5mg/kg VO BID, ou terbutalina 0,3 a 0,6mg/gato 
VO BID. Antibióticos não fazem parte do protocolo normal, só 
usa quando identificar infecção bacteriana secundaria, trata 
com doxiciclina 5 a 10mg/kg BID 21 dias 
Pneumonia bacteriana 
Bordetella bronchiseptica, Streptococcus spp., Staphylococcus 
spp., E. coli, Pasteurella spp. Normalmente tem via primária de 
infecção, principalmente pela via oral, infecções orais e 
infecções de cavidade nasal e vão para trato inferior. Pode ser 
por via hematógena também, de forma indireta. 
Sinais clínicos: mais comuns em cães, tosse produtiva e 
discreta, pode haver secreção nasal mucopurulenta e bilateral 
(se aparecer antes indica que a infecção foi da cavidade nasal 
para os pulmões, se aparecer depois a infecção pode ter 
ascendido), dispneia (as vezes pode ser na forma de 
intolerância ao exercício, ou dispneia em repouso nos quadros 
mais avançados) e sinais sistêmicos (pode aparecer antes do 
quadro respiratório, depois, ou sem sinais) como letargia, 
anorexia, febre e emagrecimento. 
Diagnóstico: histórico e exame físico do paciente (animal tosse 
e deglute, tosse bem discreta) que pode apresentar 
crepitações na ausculta pulmonar, lobos pulmonares ventrais 
Sistema Respiratório 
e craniais (por vias áreas e cavidade oral – ajuda a pensar que 
essa vias causaram), lobos caudais ou difuso (hematógena) e 
sibilos expiratórios. 
Complementares: Radiografia detecta padrão intersticial e fase 
inicial e quando tem padrão alveolar indica fases mais 
avançadas da doença – pode auxiliar a avaliar doenças 
primárias. Hemograma indica leucocitose por neutrofilia com 
desvio a esquerda e monocitose, alguns podem apresentar 
Leucograma normal. Lavado broncoalveolar é o melhor 
diagnostico, na citologia tem neutrófilos e bactérias, e cultura 
com crescimento e antibiograma; broncoscopia em último 
caso. 
Tratamento: resultado da cultura e antibiograma é essencial. 
Quando tem indícios entra com antibiótico de amplo espectro, 
e se não houver melhora faz o lavado broncoalveolar. Amoxi 
e clavulanato de potássio 20 a 25mg/kg TID 14 dias; cefalexina 
20 a 40 mg BID/TID 14 dias; enrofloxacina (melhor que a cefa 
para cães) 5mg/kg BID 14 dias; sulfa e trimetropim 15 a 30 
mg/kg BID 14 dias (tão boa quanto a amoxi para o trato 
respiratório); considerar uso IV em suspeita de sepse. Nunca 
faz menos de 14 dias, se em menos de 7 dias não teve 
melhora clínica, esse ATB geralmente não está fazendo efeito. 
Pode passar hidratação das vias aéreas, pois a produção do 
pus pode ressecar, aumentando a viscosidade – para evitar 
que acumule faz a hidratação, principalmente em animais que 
apresentem bronquiectasia na radiografia. Pode iniciar pela 
hidratação IV, umidificação – hidratação das vias superiores e 
nebulização – hidratação das vias inferiores. Broncodilatadores 
para diminuir o broncoespasmo e em quadros de dispneia 
expiratória. 
Pneumonia Viral 
Virus causadores da tosse dos canis (virus que causam a 
traqueobronquite infecciosa e levar a pneumonia – por 
infecção bacteriana secundaria). Outro virus é o virus da 
cinomose, se multiplica melhor nas épocas secas e frias, 
liberados em fezes, urina, saliva, e exsudatos nasal e conjuntival 
– fômites e por via transplacentária. Infecta diretamente o 
pulmão. Mas a maior sensibilidade que ele vai causar nos 
pulmões e sistemicamente, podendo levar a infecção 
bacteriana secundaria 
Sinais clínicos: traqueobronquite infecciosa e sinais de 
pneumonia bacteriana (observa a progressão dos sinais 
clínicos). A cinomose acomete animais filhotes e jovens, não 
vacinados, com sinais de pneumonia bacteriana. Esses animais 
com cinomose chegam com outros tipos de alteração, como 
sinais gastrointestinais, cutâneos, oftálmicos ou neurológicos. 
Diagnostico: histórico e sinais clínicos (de pneumonia 
bacteriana) e exames complementares. Exames 
complementares para identificar o virus ou a infecção 
bacteriana secundária. Então no hemograma de um cão com 
cinomose vai ser leucopenia por neutropenia, e a inclusão de 
corpúsculo de lentz – indicativo de cinomose. Outra forma é 
a Imunocromatografia – secreção ocular ou nasal – teste 
rápido na tira. 
Tratamento: na traqueobronquite infecciosa autolimitante, 
trata com ATB na infecção bacteriana secundária. Cinomose 
trata cm ATB a infecção bacteriana secundaria, e faz um 
tratamento sintomático. Outro tratamento que pode associar 
é a vacinação terapêutica – não tem resultado científico 
comprovado. Ribavirina em quadros crônicos e graves, 30 
mg/kg SID VO 15 dias em pacientes neurológicos. 
Pneumonia Fúngica 
Histoplasma no gato e Blastomyces no cão, e a principal forma 
da contaminação é através da inalação do virus da pele, inala 
o fungo da pele – histórico de dermatofitose que evolui para 
alteração respiratória. Fungos de cavidade nasal é muito 
incomum de migrar para os pulmões. 
Sinais clínicos: relacionados a imunossupressão, não controla a 
microbiota normal, começa com alteração cutânea que evolui 
paraas respiratórias, geralmente tosse e dispneia, de 
desenvolvimento lento e progressivo, mais discreta. Pode ter 
sinais de febre, perda de peso, linfadenomegalia, e infecção 
bacteriana secundária a ela. 
Diagnostico: histórico + sinais clínicos + exames auxiliares. Pede 
radiografia padrão intersticial difuso, alveolar ou brônquico, 
sinais de calcificação pulmonar, e linfadenopatia hilar no caso 
de histoplasmose. Lavado broncoalveolar visualização citológica 
e cultura fúngica pode dar falso negativo. 
Tratamento com antifúngicos: itraconazol 5 a 10 mg VO SID 
(no cão) ou 50 a 100 mg/gato VO SID (continua o tratamento 
de 2 a 4 semanas depois da melhora clínica e radiográfica) 
cetoconazol 10 mg/kg VO SID BID até que o animal apresente 
melhora. Faz terapia suporte e trata infecção secundária 
Pneumonia aspirativa 
Doença inflamatória pode vir devido a alterações, com material 
solido ou líquido, de alimento ou conteúdo gástrico, mas pode 
aparecer de forma iatrogênica – aspirar conteúdo e 
desenvolver pneumonia. Normalmente associada a outras 
doenças, que favorecem a regurgitação e inalação do 
alimento – megaesôfago, fenda palatina, paralisia faríngea e 
miastenia gravis. Regurgitação é a principal forma de 
pneumonia aspirativa. O animal tem resposta pulmonar de 
agressão química, obstrução e infecção. 
Sinais clínicos: cães e gatos de qualquer idade, avalia doença 
base com histórico de vomito e regurgitação e sinais 
Sistema Respiratório 
respiratórios agudos, dispneia grave, tosse aguda, crepitações 
e sibilos (cranioventral), sinais sistêmicos (doença base). 
Diagnostico: histórico + sinais clínicos e exames 
complementares. Radiografia até 12 a 24 horas do inicio dos 
sinais. Padrão broncoalveolar e consolidação, padrão intersticial 
e casos crônicos, pneumonia bacteriana secundária e avaliação 
para doença base. No hemograma tem sinais inflamatórios ou 
normal. O lavado broncoalveolar não é comum de fazer, mas 
demanda animal estável, visualizada neutrófilos e artefatos. 
Avalia presença de infecção bacteriana secundaria na cultura. 
Broncoscopia também não realiza, só para remoção de 
material sólido ou sucção do material líquido. 
Tratamento dispneia grave/cianótico: fluidoterapia e 
oxigenioterapia, monitoração de saturação, Broncodilatadores 
(aminofilina 11mg/kg IV) e glicocorticoides em casos de choque 
mas depende succinato de prednisolona 10 mg/kg IM/IV. ATB 
uso profilático ou infecção secundaria Amoxi + clavulanato de 
potássio 20 a 25 mg/kg de 7 a 14 dias TID, enrofloxacina 5 a 
10 cefalexina 20-25 e sulfa + trimetropim 15-30 BID. Identificar 
e tratar a doença base. 
Pneumonia eosinofílica 
Doença inflamatória por presença de infiltrado eosinofílica, e 
pensa principalmente em hipersensibilidade – não só 
pulmonar, dá maior atenção aos gatos ou algo que começou 
nos brônquios, bronquite não só de origem alérgica ou 
idiopática, além de poder ser primário de pulmão. Se preocupa 
com a formação de nódulos eosinófilicos, formando 
granulomatosa pulmonar eosinofílica, é a forma grave, e mais 
comum, o prognostico é desfavorável nesse caso. Esses 
eosinófilos podem infiltrar e levar a um quadro de 
linfadenopatia hilar. 
Sinais clínicos: gatos secundário a bronquite, e em cães pode 
afetar jovens e idosos, mas no cão pode ser a forma primária, 
mas a mais comum também é a bronquite, tanto o gato 
quanto o cão tem histórico de tosse progressiva, dispneia e 
intolerância ao exercício, crepitações e sibilo, sinais sistêmicos 
são incomuns. 
Diagnostico: histórico + sinais clínicos + exames 
complementares. Hemograma com eosinofilia, hemograma 
normal é incomum; radiografia discreto padrão intersticial, 
linfadenopatia hilar; formação nodular sem bordas definidas. No 
lavado broncoalveolar tem inflamação eosinofílica nas fases 
iniciais e na cultura tem ausência de crescimento. Na punção 
aspirativa pulmonar encontra-se eosinófilos. Descarta-se outras 
doenças inflamatórias. 
Tratamento: causa primaria é bronquite, então trata ela. Usa 
corticoides na prednisona 1 a 2 mg/kg BID VO desmame pós-
melhora; reavalia semanalmente e tem duração de até 3 
meses. Quimioterapia com granulomatose, ciclofosfamida 
50mg/m2, q 48h até melhora clínica. Acompanhamento 
semanal. 
Parasitas pulmonares 
O principal representante em gatos é o Aerulostrongylus.tem 
como parasita intermediário caramujos e lesmas, aves e 
pequenos mamíferos caçam e se tornam hospedeiros, é 
parasita de parênquima pulmonar, e o teste 
coproparasitológico é o principal exame pois é liberado nas 
fezes. Leva a uma resposta inflamatória, identificando quadro 
de bronquite. 
Sinais clínicos: gatos jovens, com vontade de caçar, 
geralmente são assintomáticos. Os sintomáticos apresentam 
bronquite felina, com dispneia, tosse moderada, sibilos e 
crepitação em ausculta pulmonar, podendo desenvolver 
pneumonia bacteriana secundaria. 
Diagnostico: chega com bronquite felina, mas o diagnostico 
final só fecha com exames complementares. Na rádio vê 
pequenas nodulações mal definidas em pulmão, nos lobos 
caudais e lesão semelhante a bronquite. Hemograma tem 
eosinofilia, mas pode também ser normal. Lavado 
broncoalveolar pode obter algumas larvas, visualiza eosinófilos 
e macrófagos. Melhor forma é o exame de fezes, técnica de 
baermann, visualiza as larvas e mais de uma colheita. 
Tratamento básico é por fembendazol 25-50 mg/kg SID 14 
dias, ivermectina 400 ug/kg SC – ação baixa. Retorno para 
reavaliação. Broncodilatadores e glicocorticoides tem bronquite 
felina associada, até melhora clínica. 
Espaço pleural, mediastino e diafragma 
Manifestações clínicas: efusão pleural (acúmulo de liquido no 
espaço pleural), que compromete a expansão pulmonar, o 
animal apresenta dispneia, pela intolerância ao exercício, nas 
formas mais graves taquipneia associada, e abafamento de 
sons respiratórios. 
Classifica de acordo com o líquido: efusão do tipo transudato 
puro, modificado, exsudato asséptico, séptico, quilosa ou 
hemorrágica. Do transudato puro tem líquido de baixa [] 
proteica, menor que 2,5 g/dL e baixa contagem celular 
nucleada 500 a 1000/uL – dentre os principais tem macrófagos 
e linfócitos. Geralmente ocorre por diminuição da pressão 
plasmática oncótica, por hipoalbuminemia. O transudato 
modificado: contagem de até 5000 g/dL – encontra 
principalmente neutrófilos e células mononucleadas. Doenças 
que levam ao aumento da pressão hidrostática. Diferencial 
Obstrução linfática, principalmente no gato, pensa em hérnia 
diafragmática, insuficiência cardíaca. Exsudato asséptico 
quando não tem bactérias, e qual a diferença? No asséptico a 
concentração proteica é alta, maior que 3,5. Contagem de 
células maior até 5000– neutrófilo, macrófago, eosinófilo e 
Sistema Respiratório 
linfócito, sem presença de bactérias. Diagnostico diferencial: pif, 
neoplasias. Exsudato séptico: inflamação causada por agente 
infeccioso, concentração proteica maior que 3,5, e maior que 
50.000 células por microlitro. Neutrófilos degenerados e 
bactérias, odor fétido, líquido bem mais viscoso. Piotórax, 
feridas penetrantes, sepse, extensão da pneumonia bacteriana. 
Efusão quilosa é bem esbranquiçada, concentração proteica 
entre 2,5 g/dL. Contagem de células nucleadas entre 400 e 
10000/uL – predomina linfócitos. Geralmente esbranquiçado. 
Extravasamento de linfa rica em lipídeos – parece gordura, 
chama de quilotórax. Mensura os triglicérides do líquido e do 
soro. Nesse caso, o do líquido é sempre maior que o do soro 
do paciente. Diagnostico diferenciais: idiopática, secundário a 
trauma, neoplasia e dirofilariose. 
Efusão hemorrágica: presença de sangue na cavidade: 
características do próprio sangue, distribuição de células 
idêntica ao sangue, hemácias e VG < sangue circulante. Causas 
trauma, distúrbios hemorrágicos, neoplasia e torção de lobo 
pulmonar. 
Pneumotórax: acúmulo de ar no espaço pleural, não tem mais 
pressão negativa, então a passagemé unidirecional – quando 
mais grave a dispneia, maior o pneumotórax. Lesão da parede 
pode levar ao pneumotórax, classificado como pneumotórax 
traumático – forma mais comum. Ruptura pulmonar – 
pneumotórax espontâneo. 
Toracocentese e colocação de dreno 
Remoção do líquido pleural ou do ar da cavidade, para 
estabilizar a respiração do paciente, e pode fazer colheita para 
analisar laboratorialmente. O animal deve estar em decúbito 
lateral ou esternal. Local que inicia é no 7º espaço intercostal, 
e 2/3 entre a articulação costocondral e a coluna. Importante 
fazer tricotomia e assepsia do local, sendo que os líquidos são 
recuperados mais facilmente em porção mais ventral. Deve 
puncionar outros locais, e contar com ajuda da radiografia ou 
ultrassonografia. Anestesia local ou sedação em animais 
agitados ou não cooperativos. Usa cateter ou scalp acoplado a 
uma seringa e torneira de 3 vias. Usa para drenar líquido ou 
ar, depende da densidade. Quanto mais denso, maior o calibre 
do cateter. Primeiro perfura a pele do paciente, hora que 
perfurou a pele (8º ou 9º espaço intercostal), direciona a 
agulha cranialmente, no 7º espaço e perfura a musculatura 
para então chegar na cavidade. Sente a quebra da resistência. 
Usa torneira de 3 vias e seringa. Abre seringa – tórax, puxa 
embolo, fecha seringa – tórax, depois abre seringa – ambiente 
empurra embolo. 
Colocação do dreno tórax: piotórax e pneumotórax com 
acúmulo contínuo. Deixa como última condição, porque um 
dos riscos é o favorecimento do pneumotórax – tenta 
toracocentese antes. Usa dreno específico para drenagem 
torácica, com torneira de 3 vias e o calibre é de acordo com 
o calibre do EIC (do tamanho exato do tamanho) – mede 
externamente. Faz tricotomia e assepsia do local, acessando 
pelo 10º EIC, podendo fazer unilateral (um lado é mais afetado 
que outro) ou bilateral (não faz). Nesse caso recomenda 
anestesia ou sedação – lanceta a pele na altura do 10º EIC, 
abriu a pele, pinça a ponta do dreno com uma hemostática. 
Entra na pele por onde lancetou, caminha três EIC, vira a ponta 
da pinça, contra a musculatura, e perfura a musculatura com 
a própria pinça – introduz o dreno até o local desejado. (tu 
caminha pelo subcutâneo para que não haja passagem de ar 
direta, formando o pneumotórax). Faz sutura em bolsa de 
tabaco – fixando a sonda na pele. Importante proteger, colocar 
bandagem sobre o dreno – para que o animal não manipule, 
mas cuidar para não apertar e não comprimir o tórax, e fazer 
uso do colar elisabetano. Avaliar a cada 24h clínica e 
radiograficamente, além de avaliar a ferida, antes de fechar a 
caixa torácica – quando drena menos que 2mL/kg/dia no 
paciente e quando fica 24h sem drenar pneumotórax.

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