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Sistema Respiratório Enfermidades da cavidade nasal A cavidade nasal é por onde o ar faz entrada no organismo para que haja troca gasosa. Tem a porção mais rostral, que são as narinas, e a mais interna é a cavidade nasal. Essa porção rostral tem quantidade de bactérias que atuam normalmente – importante na hora de identificar e caracterizar um crescimento bacteriano na cultura. O septo nasal divide a cavidade em lado esquerdo e direito – importante lembrar porque alguns sinais clínicos podem ser bilaterais ou unilaterais (mais localizadas ou mais brandas – não conseguem migrar, ficam limitadas a um lado da cavidade nasal). Conchas nasais (formam turbilhões dentro da cavidade nasal) e meatos nasais (espaços gerados pela presença dos turbilhões). As conchas aquecem o ar (essa região de conchas é altamente vascularizada, e a região acaba se tornando quentinha – até o próprio formato, pelo atrito do ar com as estruturas faz o aquecimento) e impede a passagem de estruturas macroscópicas. Os seios paranasais, não tem as conchas, são estruturas ocas e tem função de manter o ar aquecido, função de proteção – estrutura óssea bem forte, tem função na fonação – pelo som propriamente dito. A cavidade nasal está próxima a outros tipos de cavidade, e é importante se atentar as demais cavidades. Por exemplo, ela está intimamente ligada a cavidade oral. A cavidade ocular também está relacionada, através do ósteo do ducto lacrimal (filtra o excesso de lágrima, sendo jogado para dentro da cavidade nasal). Com o encéfalo através da lâmina cribiforme, pois quadros infecciosos podem evoluir da cavidade nasal e através da lâmina afetar o encéfalo. Sinais clínicos: principal sinal clínico de doenças da CN e SP é a secreção nasal – pode também ser sinal de trato respiratório inferior grave e doenças sistêmicas – como por exemplo hipertensão (secreção hemorrágica). Geralmente secreção serosa, clara e aquosa, que é normal no paciente. Pode suspeitar de infecções virais (causa aumento na produção de secreção serosa) e pode gerar a um início de mucopurulenta (ambiente fica mais úmido na cavidade nasal e pode encaminhar a uma proliferação bacteriana secundaria, levando a esse tipo de secreção). A secreção mucopurulenta, pode ser espessa e branca, amarelada ou esverdeada. Se desenvolve a partir de uma doença inflamatória, que gera um ambiente favorável a proliferação de uma bactéria, causando infecção secundária. Pode ser por infecções virais, infecções fúngicas – quadro inflamatório; neoplasias/pólipos e corpo estranho (três últimos tem quadro de hemorragia associada, com relato de presença de sangue). Infecções bacterianas primarias não são comuns, mas devem ser consideradas. Outra causas são as doenças orais e rinites (maior sensibilidade da cavidade nasal – ambiente propício para proliferação bacteriana). A epistaxe (secreção hemorrágica pura): sangue puro, normalmente pensa ou em trauma agudo ou em neoplasias de cavidade nasal. Pode ser causado por trombocitopatias, coagulopatias e hipertensão sistêmica. E quando tem histórico de secreção nasal, tem que saber/perguntar se é aguda ou crônica (se houve progressão). Unilateral ou Bilateral – avalia fluxo de saída de ar com lâmina de vidro – primeiro afastada, depois encosta na narina – importante antes limpar a narina do paciente – se a secreção é uni ou bilateral. Quando é unilateral considera como sendo doença local, pólipo ou corpo estranho. Bilateral pensa em doenças sistêmicas ou infecciosas. Uma unilateral pode evoluir para bilateral, como pode ocorrer o contrário, e ocorrer involução da secreção. Importante avaliar de a causa não está relacionada a outra cavidade, como avaliação de cabeça e cavidade oral, além da avaliação do trato respiratório inferior. Outro sinal clínico é o espirro. Liberação explosiva de ar vindo dos pulmões, e casos esporádicos são normais. Ficar atento a quadros de espirro crônico de espirro paroxístico. Crises de espirros crônicas estão associados a corpo estranho em cão, ou infecção de trato respiratório superior em gatos. Se for momentâneo pode ser por produtos irritativo ou com infecção por Pneumonyssoides caninum. Assim como secreção nasal pode ter evolução, e a irritação local pode ter piorado. Espirro reverso: é uma inspiração ruidosa e forçada. Pensa em irritações nasofaríngeas ou até mesmo presença de corpos estranhos dorsal ao palato mole. Crises de espirros reversos são sempre paroxísticos, e geralmente em raças pequenas. Estridor: ronco áspero/agudo e audível associado a respiração – associado a respiração, pensando em causas obstrutivas nasais (secreção que ressecou, presença de neoplasia, pólipo). Herpesvírus Calicivirus Felino Complexo de Infecção de trato respiratório superior em felinos (90% dos casos, comum na rotina clínica). Herpesvírus tipo I. Um gato com herpesvirus é mais comum que o calicivirus – para fins terapêuticos é diferente. Pode ter infecções associadas de Bordetella e Chlamydia. A transmissão pode ser direta ou indireta (direta por secreções ou lambeduras – ao limpar outro gato e indiretas por fômites contaminados). Ela tem prevalência em gatis – ou adotado de rua. Principalmente em gatos filhotes. Ou animais mais velhos imunossuprimidos. Apresentação clínica: secreção nasal serosa ou mucopurulenta (geralmente bilateral) (inflamação branda e porta de entrada para outras bactérias), febre, espirros, grau Sistema Respiratório de anorexia e desidratação. Alguns apresentam alterações oculares – pensando mais em herpesvirus, já o calicivirus pode causar ulcerações orais, sem alteração ocular. Retorno dos sinais clínicos pode aparecer em animais imunossuprimidos. Diagnostico: padrão ouro é histórico e apresentação clínica. Não pede exames complementares para fechar diagnostico. Fora se o tutor quiser confirmar, não costuma pedir. Caso queira pode fazer imunofluorescência ou PCR para confirmar antígeno ou anticorpo. No caso do PCR pode usar a secreção nasal, pedindo citologia e cultura bacteriana para diferenciar de outros quadros – quando o histórico foge do que seria o ideal de herpes e calicivirus. Hemograma e FIV e FELV para os mais velhos que apresentam sinais da doença. Tratamento: autolimitante na maioria dos casos (tratamento de suporte), fluido e suporte nutricional (animais desidratados e debilitados), vaporização (BID TID em excesso de secreção) ou fenilefrina 0,25% 1 gota SID IN 3 dias – para gatos com muita dificuldade respiratório pela presença da secreção nasal – ele dilui a secreção. De forma crônica a fenil pode causar irritação. Antibioticoterapia só em animais debilitados e imunossuprimidos: amoxi e clavulanato 22 mg/kg BID TID 7 dias, ampicilina 22 mg/kg TID 7 dias, azitromicina 5 a 10 mg SIG 3 dias q72h. lisina (auxilia no equilíbrio do sistema imunológico) suplementa na alimentação 500 mg gato. Como prevenir para que o gato não contamine outros animais? Separar o gato doente dos imunossuprimidos, evitar o acesso dos doentes a rua. Vacinação com vírus modificado com 8-10 semanas de vida, 12-14 semanas de vida (1ª e 2ª aplicação), suporte anual (em animais de vida livre) e se ele só ficar dentro de casa, fazia suporte a cada 3 anos e evitar o uso em gestantes. Neoplasias nasais Em gatos carcinoma de células escamosas, linfoma, adenocarcinoma. No cão, tumor venéreo transmissível, fibrossarcoma, CCE e adenocarcinoma. Apresentação clínica: idade variada, gatos adultos até idosos, mas o TVT nasal pode acometer qualquer idade a partir da maturidade sexual. A secreção nasal mucopurulenta podendo ser hemorrágica e uni ou bilateral. Estridor por obstrução – secreção ou pelo aumento de volume. Espirro pelo aumento na produção de secreção e invasão e deformação da cavidade nasal. No caso do TVT nasal ele forma essas formações/aumento de volume muito evidente (ao cheirar o anus do outroanimal/macho ou ao lamber o próprio pênis contaminado). O CCE causa deformação/sumir o plano nasal do paciente. Diagnostico por histórico e sinais clínicos + exames complementares (fundamental para terapia). Citologia através de imprint de secreções, por ser menos invasivo, ou por punção aspirativa por agulha fina – puncionando na região da neoplasia, joga na lâmina e faz esfregaço. Histopato é mais preciso, faz colheita de material por biopsia – para confirmar, que dá o diagnóstico final. Pode solicitar radiografia para avaliar extensão da lesão e se há metástase. Outro exame é a rinoscopia (nem todo centro faz) – introduz câmera dentro da cavidade nasal – interessante para avaliar destruição de cavidade nasal pela neoplasia e pode usar para colheita de biopsia. TC e RM (mais para avaliar extensão da lesão). Tratamento muito variável para cada tipo de neoplasia. De uma forma geral, precisa saber o tipo de neoplasia está lidando. Se for TVT, faz tratamento com quimioterapia e funciona em mais de 90% dos casos de TVT uso de vincristina podendo associar a doxorrubicina. Tratamento de neoplasia nasal é a criocirurgia (congelamento do crescimento da neoplasia) em tumores que sejam menores que 0,5 cm – precisa congelar como um todo. Outra forma é a cirurgia para fazer a retirada da cavidade nasal do paciente – tirando com uma margem segura a neoplasia. Só a cirurgia não tem eficácia boa, e deve associar com quimio ou radioterapia. Aspergilose Nasal Causada pelo Aspergillus fumigatus – espécie saprófita de distribuição mundial, entretanto a característica é que vivem em região mais úmidas e não tão quentes. Habita a cavidade nasal em harmonia naturalmente. Porém, pode se tornar um patógeno oportunista – animais imunossuprimidos e presença de neoplasias, ou causar doença quando o ambiente se torna muito propicio – exposição excessiva – animais que vivem em sítio ou fazenda, (por causa de imunossupressão). Na hora de proliferar, formar granulomas fúngicos, não tem problema. Porém, quando ocorre destruição e necrose de mucosa nasal – sinais clínicos podendo gerar osteomielite de seio frontal. Apresentação clínica: cães machos jovens – mesocefálicos e dolicocefálicos. Rara em gatos. Secreção nasal mucopurulenta podendo ou não ter hemorragia podendo ser uni ou bilateral. Geralmente bilateral. Espirros, pela presença do tapete fúngico, levando-o a espirrar. Sensibilidade a palpação, despigmentação ou ulceração das narinas e alterações em todo o trato respiratório inferior é menos comum, pois tem que ter afetado todas as regiões possíveis (prognostico é muito desfavorável). Diagnóstico: anamnese e sinal clínico (tipicamente em cão, se for gato pensa em outros agentes, se for dolicocefálico, se tiver muito contato com áreas arboricas, tem secreção mucopurulenta, com sinais de hemorragia, tem histórico de espirros, muita sensibilidade a palpação). Os complementares auxiliam a fechar o diagnóstico e auxilia pode indicar que o animal não tem. Tem que descartar outras doenças de apresentação clínica parecida. Um dos primeiros exames é a Sistema Respiratório radiografia de cavidade nasal, geralmente tendo que sedar ele para fazer o exame. Foca a avaliação no seio frontal, região mais acometida pelo fungo. VD e intraoral. Características zonas líticas associadas a radioluscencia em seio nasal. Rinoscopia o paciente deve estar anestesiado, e consegue ver erosão dos turbinados nasais e placas fúngicas, e através dela coletar amostras pra cito ou cultura fúngica. A tomo computadorizada com ele anestesiada, e avalia destruição dos turbinados nasais. Na cultura fúngica é muito difícil confiar só nela, resultado é difícil, pode ser um falso negativo. Se der negativo mas os demais todos indicarem para aspergilose, faz o tratamento. Um auxiliar é o dermatobac – esfrega nos meios de cultura – de 4 dias observa mudança na cor dos meios de cultura. Outra forma é através da sorologia, por titulação de anticorpos. Coleta sangue e manda para titulação. Resultados positivos indicam resposta imune. Sensibilidade de 67%. Tratamento: tópico com clotrimazol 1% em infusão por 1 hora. Mais de 90% melhoram clinicamente, tem bom resultado. Para fazer aplicação tópica, o animal deve estar anestesiado. Anestesiou deita ele em decúbito dorsal, pega uma sonda de Foley – utiliza ponta do balão desinflado, entra na cavidade oral e tenta encaixar na parte distal do palato mole, na região de orofaringe. Geralmente usa pinça hemostática, pinça a ponta e usa a curvatura da própria pinça para encaixar dentro da faringe, para cima – fazer voltinha para ficar na nasofaringe. Encaixou a sonda, pega uma esponja cirurgia e envolve a sonda com esponja cirúrgica no palato mole para evitar que o clotrimazol extravase. Entra com uma sonda urinaria na narina rafe, a ponta da sonda deve ficar no meio da distância entre o olho e a narina – depois que botou a sonda, coloca uma sonda de Foley dentro da narina do animal, bem na saída da narina, vedando a saída da narina – infla o balão e ele tranca a saída da narina para evitar que o clotrimazol escorra. Deixa 15 min em decúbito dorsal, injetando 30 mL nessa posição. Quando a cavidade nasal estiver toda preenchida, vai vazar um pouquinho/pingar pela sonda de Foley. Decúbito lateral 15, outro lateral 15, decúbito dorsal 15. Depois de 1 hora de infusão, faz 15 min com a cabeça para baixo para pingar todo o excesso de clotrimazol e pode ser que tenha que repetir em 2 semanas se os sinais persistirem. Pneumonia aspirativa, absorção e quadro de meningoencefalite. Criptococose Nasal Cryptococcus neoforms. Infecta principalmente gatos através da inalação, pela infecção nasal há infecção sistêmica. De distribuição mundial em zonas arborizadas. São habitantes da cavidade nasal e há maior prevalência em imunossuprimidos. É uma zoonose. Apresentação clínica: gatos jovens (siameses, ragdoll e himalaio), secreção nasal serosa a mucopurulenta (evoluir a hemorragia – uni ou bilateral). Pode ter espirros, lesões granulomatosas em narinas, deformidade facial, febre, linfadenomegalia, convulsão e ataxia. Diagnostico: histórico e sinais clínicos (atende gato de vida livre, ou que sai pra caçar, teve secreção serosa, que virou mucopurulenta, ou que teve estrias de sangue). Exames complementares: radiografias da cavidade nasal (aumento da densidade tecidual e lise do osso nasal), citologia ou histologia (secreção nasal/biopsia – forma de charuto). Hemograma anemia arregenerativa e monocitose; cultura fúngica (interpretação com cautela – positivo nem sempre significa que ele tem criptococose e pode haver também falso negativo) teste de aglutinação antigênica (aglutinação em látex, alta sensibilidade e especificidade). Tratamento: itraconazol 5mg/kg BID 60 dias, 50-100mg/animal SID. Cetoconazol 10mg/kg BID/SID, anfotericina B (em casos muito avançados de infecção sistêmica grave) 0,25mg/kg IV 3x na semana ou 0,5mg/kg SC 3x na semana. Fazer acompanhamento quinzenal/mensal. Se houve melhora clínica, e se ele está assintomático, tu trata por mais 15 dias até retirar por completo. Rinite Alérgica Hipersensibilidade a antígenos no ar – ou antígenos na alimentação – inala micropartículas. Atinge cães e gatos e eles são atópicos. Alterações clínicas espirros agudos/crônicos que piora em condições especificas. Pode ter secreção nasal serosa que evolui a mucopurulenta. Diagnostico: histórico + sinais clínicos, pela anamnese detalhada e por tentativa e erro. Exames complementares são inespecíficos em muitos casos. Na radiografias incluem discreto aumento da opacidade de tecidos moles. Tratamento pela retirada do alérgeno e para animais com crise muito intensa pode fazer uso de anti-histamínicos como cetirizina 2mg/kg SID 3 a 4 dias no cão e 1 mg/kg SID no gato. Glicocorticoide só em uma crise muito intensa prednisona 0,25mg/kgBID até melhora do quadro clínico e realizar o desmame. Laringe Sinais clínicos: obstrução de passagem de ar, dispneia inspiratória (FR pode estar normal, expiratória associada – neoplasia laríngea). Estresse ou exercício aumenta a pressão negativa, mais os tecidos moles da laringe são tracionados para dentro dele, causando uma inflamação e edema momentâneo da laringe. Outro sinal clínico característico é o estridor Sistema Respiratório (turbulência de ar na passagem laríngea, causado pelo estreitamento da laringe; é um ruído áspero/agudo e audível – alguns pode ser mais fácil de auscultar cervical), alteração de voz é específico de doença laríngea (difícil perceber). Síndrome do braquicefalico Animal tem alterações anatômicas (narinas estenótica, alongamento de palato mole, hipoplasia de traqueia [eversão dos sáculos laríngeos – colapso laríngeo [angústia respiratória grave]] e sinais gastrointestinais concomitantes). Alterações clínicas em qualquer cão braquicefálica e gatos de face curta, como o himalaio. A principal queixa é dispneia e sons respiratórios, além de cianose e síncope. Diagnostico: histórico e sinal clínico (raças, exame físico). Exames complementares: laringoscopia (animal anestesiado e decúbito esternal, respiração mantida e visualização da laringe) Tratamento: melhora da passagem de ar pela laringe. Evitar exercício, deixar entubado até melhorar a situação, máscara de oxigênio. Tratamento clínico: prednisona 0,5mg/kg BID até melhora dos sinais clínicos (7/14/21 dias) e desmame; suplementação de O2 em casos emergenciais, controle de peso e alterações gastrointestinais. Tratamento cirúrgico em casos graves da doença, corrigindo os defeitos anatômicos diagnosticados, rinoplastia, remoção do excesso de palato mole, ressecção dos sáculos laríngeos. Paralisia laríngea Movimentação anormal da laringe, principalmente da cartilagem aritenoides. No estímulo de inspiração, tem estímulo neurológico para realizar a abertura das aritenoides (abduzem para entrar ar). E fechamento quando há ingestão de alimento. Ocorre obstrução da via aérea porque a aritenoide faz o movimento retrogrado, relaxa demais e acaba fechando a passagem. Causas idiopáticas, traumas cervicais e torácicos anteriores, doenças imunomediadas, neoplasias e miastenia grave. Apresentação clínica: cão adulto de porte grande, dispneia que piora após o exercício, pode haver estridor, alteração na voz, cianose e sincope (menos comum). Diagnostico: histórico e sinais clínicos + exames complementares. Laringoscopia com o animal anestesiado, avaliando o movimento das cartilagens aritenoides – no período de inspiração e expiração. Tratamento: estabilizar esse paciente, oxigênio terapia entubando ou com máscara de oxigênio, cianótico mantem em sonda endotraqueal ou Acepram 0,05mg/kg IV SC. Tratamento cirúrgico é o definitivo laringostomia. Traqueia Tubular e flexível. Possui anéis cartilaginosos, musculo traqueal e ligamento anular. Porção cervical e torácica. Sinais clínicos: tosse (liberação explosiva de ar dos pulmões, por irritações traqueais, inflamação, compressão por coleiras ou enforcadores; é alta, áspera e paroxística [traqueais e brônquios]); tosse pode ser improdutiva ou produtiva (muco, exsudato ou sangue [hemoptise]). Quando desconfia de doença traqueal, pode fazer uso de técnicas diagnosticas especificas para detectar a afecção. Lavado traqueal: com o animal em alerta ou sedado, sente a porção mais rígida da traqueia e logo após sente uma porção mais mole, faz trico e assepsia local com Clorexidine, faz inserção de cateter longo, preferencialmente até a carina, 4º EIC, com o animal em estação ou sentado e cabeça estendida com nariz em direção ao teto. Presença da cartilagem cricotireoidea ou anéis traqueais e introduz na região de acesso, na porção mais molinha – mais macia, não sente resistência. Vai tirando o mandril/agulha e empurra o cateter até a região de carina. Injeta de 3 a 5 ml de solução fisiológica estéril de 4 a 6 seringas de forma rápida. Rapidamente logo depois que você injetou, você puxa novamente, de cada 5 mL recupera 0,5 mL. Quanto menor o paciente menor a quantidade. Se o animal tiver muita secreção ou muita saliva, interessante fazer uso de atropina para diminuir reflexo de deglutição. De 1 a 2 mL de líquido puxado já é suficiente. Outra técnica é a técnica endotraqueal (procedimento cirúrgico – se passar por procedimento cirúrgico já aproveita), com o animal anestesiado, com sonda endotraqueal ou sonda urinária (cuidar para não contaminar muito batendo na cavidade oral). Dentro do traqueotubo, introduz uma sonda urinaria estéril, até a região da carina. Mede antes de introduzir. Faz a lavagem da mesma maneira. Broncoscopia: avaliação estrutural e de integridade da traqueia (avalia arquitetura interna da traqueia). Se no laudo tem hiperemia ou muco pensa em inflamação, alteração no formato dos anéis cartilaginosos pensa em colapso, estenoses e lacerações pensa em trauma e massas pensa em neoplasia. Presença de corpo estranho não é muito comum, mas podem ser visualizados e já retira com o broncoscopio. Pode fazer coleta de biopsias e lavados. O problema é que o animal precisa necessariamente estar anestesiado. Traqueobronquite infecciosa canina Tosse dos canis. Tem como agentes envolvidos o adenovírus canino 2, parainfluenza, coronavírus respiratório canino 1 e 2, herpesvirus 1, Bordetella bronchiseptica (agente oportunista), influenza canina e pneumovirus, infecções secundárias. Sistema Respiratório Patogenia: através do contato direto com secreções do trato respiratório através da tosse, espirro, narinas e fômites. Altamente contagiosa pela associação entre agentes causadores, manejo sanitário inadequado e densidade populacional. Associado muito a imunidade dos animais. É autolimitante (2 semanas) raramente severa ou fatal. Apresentação clínica: tosse de início súbito, produtiva ou improdutiva, secreção nasal +/-, exercício, excitação, coleira, sensibilidade na traqueia. Vomito ou movimento de êmese – alterações sistêmicas incomuns – mais pelo reflexo da tosse. Tem histórico de contato com outros animais. Tosse é paroxística. Pode haver pneumonia secundaria – animais imunossuprimidos. Diagnostico: basicamente histórico e sinais clínicos; exames complementares podem ser pedidos em caso de suspeita de afecções sistêmicas, progressivas e diferencial. Radiografia de porção cervical e torácica, inspiração e expiração; sem alterações – só em caso de diferencial. Não tem evolução progressiva, ela se mantém durante 2 semanas. Hemograma sem alterações a não ser no diagnostico diferencial, lavado traqueal com grande quantidade de neutrófilos e presença de bactérias. Sorologia e PCR indica infecção viral, mas é a última saída. Tratamento: é autolimitante (não precisa se preocupar tanto – após duas semanas ele tende a estar 100%). O que se indica é o repouso, evitando exercícios intensos e coleiras. Pode ser necessário alguns supressores de tosse (quando a tosse incomoda muito o proprietário) – evitando em animais com tosse produtiva – como o Butorfanol 0,5mg/kg BID/QID, bitartarato de hidrocodona 0,25mg/kg BID/QID, codeína 0,1-0,3 mg/kg QID, dextrometorfan 1-2 mg/kg BID/QID, associados ou não com Broncodilatadores (amino 6 a 10 mg/kg ou albuterol [simpatomimético] 0,02 a 0,05mg/kg TID). O uso de antibióticos é restrito quando há envolvimento do pulmão ou sistêmico (que tem febre ou é imunossuprimido – infecções secundárias). Os melhores são Amoxi e clavulanato 20- 25mg/kg TID 1 ou 2 semanas, enrofloxacina 2,5 a 5 mg/kg BID 5 a 10 dias. Prevenção: uma vez que atendeu um animal com traqueobronquite, principalmente se tiver mais cães, pede para diminuir a exposição do animal (B. bronchiseptica persiste por 3 meses), fazer um manejo local e isolamento. Prevenção pela vacinação(injetável V8 e V10 para adenovírus e parainfluenza ou intranasal para adenovírus canino 2, parainfluenza e B. bronchiseptica). Colapso de Traqueia Estreitamento do lúmen traqueal, acontecendo por fragilidade dos anéis cartilaginosos ou redundância da membrana traqueal dorsal (ficando mais estirado, comprometimento do formato da traqueia). Tem traqueia extratorácica e intratorácica, sendo a maioria é achatamento dorsoventral, raramente lateral. Alguns casos podem ter maior sensibilidade dos brônquios, chamado de traqueobroncomalácia, animal apresentando bronquite – geralmente bronquite crônica. Em uma situação de aumento de esforço respiratório, a pressão negativa vai aumentar, e toda vez que ele fizer isso, ela vai começar a ser tracionada junto, por ser muito maleável, fechando durante a respiração, podendo causar até um colapso total. Esse colapso é dinâmico, e leva a um quadro de irritação e inflamação da mucosa interna da traqueia, diminuindo ainda mais o espaço intraluminal da traqueia, com o animal fazendo mais esforço respiratório. Etiopatogenia: incerta, mas sabe-se que tem um fator genético (muitas raças tem deficiência na formação de glicoproteína e glicosaminoglicanos – que formam as cartilagens), perdendo a traqueia a característica de ser mais firme, e a presença de mediadores inflamatórios como colagenases e proteases podem causar alteração dos componentes da traqueia. De forma progressiva, a traqueia vai cada vez mais ficando frágil. Aumenta a produção de secreção, piorando ainda mais o quadro dele, principalmente nos quadros de traqueia intratorácica. Quadro de bronquite crônica está relacionada a inflamação crônica – pelo quadro crônico do colapso, e com o tempo, obstruindo as vias aéreas menores. Apresentação clínica: cão adulto ou idoso, nas raças de pequeno porte, raramente em gatos. Tosse aguda ou crônica, alta, de caráter paroxístico. Pode ter crises muito intensas e curtas A principal característica é o som da tosse, que parece um grasnar de ganso. Perguntar se isso fica mais exacerbado durante exercício ou excitação. Dependendo da intensidade o animal pode apresentar angústia respiratória. Sinais sistêmicos são incomuns. Diagnostico: histórico (animal de pequeno porte, adulto a idoso) e exame físico (tosse alta e ruidosa na palpação da traqueia [se não acontecer não quer dizer que não tenha], esforço inspiratório e expiratório, estridores pulmonares – principalmente na porção traqueobrônquica). Exame complementar é a radiografia, com o animal alerta, colapso de traqueia cervical na inspiração e colapso da traqueia torácica na expiração. Sensibilidade é muito variada. Outro exame é a fluoroscopia – sensibilidade melhor que a radiografia, radiografia ao vivo interna, e induz a tosse para uma melhor avaliação. Forma de imagem mais sensível é a broncoscopia – mais sensível – porém o animal precisa estar anestesiado e estável – perde reflexo de tosse. Permite avaliar a extensão da doença (filma o movimento da traqueia durante a respiração – grau que a traqueia diminui a luz durante a respiração [grau 1 a 4: 1) perde até 25% da luz interna 2) entre 25% e 50% 3) entre 50 e 75% e o grau 4) acima de 75% de redução da Sistema Respiratório luz traqueal]). O lavado traqueal serve para fazer diagnostico diferencial (não serve pra fechar diagnostico, só para descartar outras comorbidades). Tratamento: clínico, pois não tem cura – tem para o resto da vida. Tratamento para diminuir o número e a intensidade das tosses. Principal manejo é a perda de peso, substituir uso de coleiras por uso de peitoral, caso o animal chegue cianótico, deixe ele em oxigenioterapia (interessante uso de tranquilizantes para diminuir esforço respiratório por estresse). Uso de antitussígenos pode ser recomendado, mas ele não cura o paciente (só para diminuir as crises), diminuindo dose e frequência com o tempo. Uso de Broncodilatadores só em casos com bronquite crônica associada. Corticoide (diminui inflamação crônica – por isso é melhor que AINE) prednisona 0,5 a 1,0 mg/kg BID 5 dias, fazendo desmame. Antibiótico não é usado, somente em infecção secundária. A cirurgia só é recomendada em pacientes graves ou que não respondem ao tratamento (grau 4). Trauma traqueal Comumente relacionada a ruptura, geralmente por mordedura – de anel traqueal ou das tiras musculares, principalmente por briga com cão. Algumas vezes pode ser iatrogênica, principalmente no pós operatório traqueal, ou pela coleta de sangue da jugular. Apresentação clínica: enfisema subcutâneo (primeiro no pescoço, com crepitação, mas com o passar do tempo pode se tornar generalizado – na porção dorsal/nuca). Pode causar dispneia – por pneumotórax ou estenose (por infamação local e espessamento de traqueia). Diagnostico: histórico associado a sinais clínicos e exames complementares. Radiografia é o principal exame, observa enfisema peritraqueal ou generalizado, com alargamento focal no local da ruptura. Pode ser solicitado broncoscopia para visualizar a descontinuidade e local de trauma. Tratamento: não recupera clinicamente, mas antes de encaminhar para cirurgia faz controle da dor por AINEs e analgésico dependendo do grau de dor do paciente. Nos casos de enfisema local só deixar ele em repouso, mas no generalizado pode fazer aspirado com agulha e bandagem compressiva para apertar a região das bolhas de ar, mas sem comprimir a caixa torácica. Espera a correção cirúrgica da ruptura. Brônquios e Pulmões Ar chega pela traqueia, na região de carina divide nos brônquios e arvore brônquica, se ramificando até formar os bronquíolos e na terminação tem ducto alveolar, sacos alveolares e alvéolos, onde ocorre efetivamente a troca gasosa. Pulmão dividido em pulmão esquerdo e direito. Pulmão esquerdo tem lobo cranial (porção cranial e caudal) e o direito dividido em cranial, caudal, médio e acessório. Quanto mais lobos afetados, maior a gravidade da doença. 3 sinais clínicos: tosse, dispneia e cianose (porção terminal dos brônquios). Tosse é liberação explosiva de ar dos pulmões, produtiva ou não produtiva. Se for alta, áspera e paroxística é de brônquios, se for discreta sugerem doenças pulmonares. A tosse em gatos pode ser confundida com êmese. Dispneia – em doenças traqueais está mais relacionada a tosse – nas de doenças brônquicas ou pulmonares normalmente inicia como taquipneia (animal mais ofegante). Normalmente fica mais evidente durante o exercício, animal reluta a fazer atividade física, alguns podem adotar posição de ortopneica (cães apresentam respiração mais rápida e superficial) já gatos respiram pela boca quando em dispneia (indicativo de doença grave). Cianose é o sinal de hipoxemia – indica que o esforço respiratório não está compensando. Técnicas diagnósticas Lavado broncoalveolar: traz informações importantes para o diagnostico de doenças pulmonares através da citologia, cultura e PCR a partir do líquido coletado. O animal precisa estar anestesiado (avalia antes do procedimento) e ter suplementação de oxigênio nos casos de hipoxemia transitória. Pode ser feita com broncoscopia ou sem. Em gatos, deve ser aplicados Broncodilatadores e atropina antes do procedimento (15 min antes), então administra aminofilina 5 mg/kg VO/IM e atropina (para diminuir a produção de saliva do paciente) 0,05 mg/kg SC. Depois da aplicação e anestesia, passa a sonda endotraqueal, que deve ser estéril, e passar ela na primeira vez, sem bater muito nas outras estruturas. Faz o procedimento em decúbito com o lado enfermo para baixo, e liga o aparelho de oxigênio – pelo menos uns 5 min. Pega solução fisiológica estéril morna, puxa aproximadamente 2 mL/kg e acopla a seringa ao traqueotubo e injeta a solução fisiológica lá, apertando vagarosamente, de forma delicada e quando for tudo, você puxa tudo novamente. Junto com o líquido que volta, vemum pouco de ar. Diferente no lavado traqueal consegue recuperar quase tudo de volta. Caso necessário pode repetir o procedimento – mas deixa o paciente oxigenando, e repete até ter o volume de amostra necessário. deixa o animal oxigenando ainda, e eleva a porção mais caudal do animal, para caso o excesso de líquido saia dos brônquios do paciente. Existem adaptadores de seringa que permitem que encaixe a seringa na ponta do traqueotubo. No cão, como não tem o reflexo de broncoespasmo dá pra entrar mais nos brônquios e não tem necessidade de fazer broncodilatador, só atropina 0,05mg/kg SC. Anestesia, passa o traqueotubo, evita cutucar na laringe antes de acertar, conecta ao aparelho de oxigênio, e deixa o animal em decúbito dorsal também, ou lateral também. Deixou no decúbito, deixa no Sistema Respiratório oxigênio por 5 min, pega uma sonda gástrica estéril que vai passar por dentro do traqueotubo. Medir a sonda gástrica externamente, de acordo com a distância pulmonar, e a sonda gástrica é cheia de furinhos – corte fora essa porção de furinhos (na hora de succionar o líquido, eles podem puxar o brônquios e não permite que succione o líquido de volta). Cuidado com o diâmetro da sonda, que deve ser menor que o do traqueotubo. Se bater em algum lugar, puxa um pouco e tenta empurrar novamente. Se não der tu chegou no máximo que tu consegue. Em cães acima de 20 kg, faz 25 mL de solução fisiológica estéril morna. Em cães com menos de 20 kg até pode fazer, mas é mais complicado. Divide esse volume em 3 seringas de 10 mL (faz 7 mL de solução e 3 mL de ar) para expandir os brônquios. De forma vagarosa, injeta o líquido na posição mais vertical – força da gravidade ajuda. Na hora que terminou, começa a tracionar a seringa para tentar recuperar o líquido, mas a aspiração nesse caso deve ser bem sutil, porque se puxar com muita força pode colabar o brônquio – porque no cão tu vai estar lá dentro. Na hora que terminou o procedimento tem os mesmos cuidados com o gato. Oximetria de Pulso: avalia a saturação de oxigênio no sangue. Permite monitoramento rápido e fácil. Posiciona na língua, lábio, orelha, prega inguinal e cauda (locais de menor pigmentação). a saturação deve girar em torno/acima de 95% (abaixo disso interessante oxigenar o paciente). Deve comparar o pulso registrado com o pulso palpado, se está cianótico. Faz em locais com a luz mais branda, pois luzes muito fortes podem alterar a leitura. Bronquite Crônica Canina É o resultado de um processo crônico inflamatório, tendo várias origens, podendo ser infecciosa, alérgica, toxinas (cães fumantes passivos por conviver com donos fumantes) ou irritativos inalados. Principalmente animais atópicos. Processos irreversíveis ocorrem devido a inflamação constante: leva a hiperplasia da mucosa brônquica, havendo fibrose da mucosa. Fora isso, a hiperplasia faz com que haja hipersecreção das células secretórias dos brônquios, diminuindo o espaço para passagem de ar, levando a um quadro de obstrução das vias áreas inferiores. Leva a liberação de mediadores inflamatórios leva a uma maior sensibilidade da via aérea, deixando a estrutura brônquica mais fragilizada. Pode ser então causado por colapso de traqueia, ou animais com dilatação atrial (cardiopatas) no qual o átrio comprime o brônquio e isso leva a uma inflamação desses brônquios – justifica a bronquite crônica. O que caracteriza a cronicidade é o tempo de tosse persistente de dois meses. A única queixa clínica vai ser a tosse, sem outras alterações sistêmicas. Aspecto clínico: cães idosos de raças pequenas, perfil de paciente com colapso de traqueia, além de obesidade. Tosse vai ser alta e ruidosa, podendo ser produtiva ou não produtiva, com maior frequência de manhã e após o exercício. Pode levar a inflamação da porção caudal da traqueia aumentando a sensibilidade. Normalmente não tem sinais sistêmicos. Diagnostico: histórico e sinais clínicos (tossindo há mais de 2 meses, sinal clínico prevalente só tosse, sem doença ativa – durante a ausculta pode haver crepitações e sibilos). Os exames complementares usam para fortalecer o diagnóstico e excluir outras doenças. Radiografia é o primeiro exame que solicita – serve para descartar outras doenças ativas. Animais com doença avançada pode apresentar bronquiectasia (dilatação externa) e a sensibilidade do exame é de 50 a 65%. O lavado broncoalveolar indica presença de inflamação neutrofílica – normalmente não é refletida perifericamente (no hemograma não nota neutrofilia), se houverem muitos eosinófilos pensa em alguma causa alérgena. Interessante pedir cultura associada a antibiograma. Outro exame diagnostico é a broncoscopia, evidenciado grande quantidade de muco e inflamação da mucosa brônquica. Pode notar colapso durante expiração ou sinais de bronquiectasia. Tratamento: não é totalmente curável, faz o controle das manifestações clínicas. Fazer a retira dos irritantes (como fumaça e perfume), fazer a limpeza de carpetes, evitar estresse. Orienta o proprietário a fazer nebulização (pode ajudar nas crises de tosse) e indicar perda de peso que estão com sobrepeso. O tratamento medicamentoso é feito com glicocorticoides, nas doses anti inflamatórias, prednisona 0,5 a 1,0mg/kg BID 5 dias e fazendo desmame (0,5mg/kg q 48 horas). Broncodilatadores associado, diminuindo a dose de corticoide, aminofilina 11mg/kg BID e teofilina 4 mg/kg BID. Só durante as crises, até melhora clínica. O albuterol é um simpatomimético de 20 a 50 ug/kg BID ou TID. Antitussígenos usados com cautela (já que tem hipersecreção de muco pulmonar), quando achar que a tosse causa um prejuízo muito grande a respiração do paciente, no caso Butorfanol 0,5 mg/kg BID. Antibiótico só usa em animais imunossuprimidos ou infecção confirmada, como enrofloxacina 2,5 a 5 mg/kg TID 2 semanas ou amoxicilina com clavulanato 20 a 25 mg/kg TID 14 dias. Bronquite Felina Chamada de asma felina ou bronquite idiopática. Não tem causa. Os gatos têm os brônquios mais sensíveis, fazendo broncoespasmo com muito mais facilidade. E isso pode causar uma inflamação local ao fato de toda hora ficar contraindo. Por terem mais musculo liso, fazendo com que o broncoespasmo seja mais intenso, causando a bronquite. Há hipertrofia desse musculo, hipersecreção das células secretórias, depuração reduzida desse muco, exsudato inflamatório nas vias aéreas. Procurar presença de pneumonia eosinofílica. Sistema Respiratório Classificação da Bronquite Felina: pode ser Asma brônquica ou Bronquite Aguda. A asma brônquica é caracterizada por obstrução reversível causada por broncoconstrição, hipertrofia de músculo liso, hipersecreção de muco e inflamação eosinofílica; nesse estágio geralmente o paciente é assintomático. Na bronquite aguda o animal começa a apresentar sinais brandos, ainda no estágio reversível, mas persiste por menos que 3 meses, há hipersecreção de muco e inflamação neutrofílica ou macrofágica no lavado broncoalveolar. Em seguida, evolui para a bronquite crônica, que é irreversível, no qual a inflamação e sinais clínicos perdura por mais de 3 meses, tendo hipersecreção de muco, inflamação neutrofílica, presença de bactérias e asma brônquica concomitante (pode encontrar população de eosinófilos – doença tem caráter de agudizar). O estágio terminal é a fase de enfisema, com destruição bronquiolar e alveolar, com dilatação do espaço aéreo, causando cavitações no espaço aéreo, concomitante a bronquite crônica. Aspectos Clínicos: animais de qualquer idade, dispneia expiratória (gato não expira pela boca) – tende a ser mais crônica. Quadros iniciais de dispneia podem ser observados após exercícios, geralmente exercícios brandos – atividade de escalada, subir arvore. Outra alteração é a presença de tosse, e ela não costuma ser comum para o gato. E o proprietário pode confundir a movimentação com vomito. Tossecomumente produtiva, além de sibilo respiratório (quadros um pouco mais avançados) e cianose. Gatos em cianose tem que reestabelecer oxigênio – emergência. Diagnostico pelo histórico e sinais clínicos + exames complementares. Sinais a mais de 3 meses dificilmente tem tratamento. Tempo de evolução, presença de alérgenos/irritantes e diagnósticos diferenciais (presença de vermes pulmonares – Aelurostrongylus). Muitas vezes já inicia o tratamento antes dos exames complementares. Exames complementares: Radiografia tem padrão bronquial, pulmão hiperinflado, atelectasia de lobo pulmonar médio direito (nos casos mais avançados) ou radiografias normais. Geralmente o quadro clínico aparece antes das alterações radiográficas. Outro exame é o Lavado Broncoalveolar, com o animal anestesiado, devendo estar bem para o procedimento anestésico, um achado comum é a grande presença de muco – muito característico – importante mandar para avaliação citológica e saber a população celular (nas fases mais iniciais de asma brônquica tem eosinófilos e posteriormente maior população de células macrofágicas [bronquite felina] – se for 1 quadro de 5 meses e tiver grande quantidade de eosinófilos ser um quadro de bronquite que agudizou). A cultura pode identificar infecções secundárias – comum é o Mycoplasma. Outro é o hemograma, principalmente na fase inicial, encontrar quadro de eosinofilia (baixa especificidade e sensibilidade). Tratamento: se for emergencial, precisa estabilizar da forma mais rápida possível, usa broncodilatador com a terbutalina 0,01mg/kg SC. Nos casos mais grave de cianose, pode fazer protocolo emergencial/de choque: poderia usar succinato de prednisolona 10mg/kg IM/IV (prof não é fã), deixar na gaiola de oxigênio, 2-5L/min (cuidado com o risco de aquecimento) e nebulização com albuterol (animal de difícil contenção, se estressa muito fácil, dentro da gaiola de oxigênio) (melhora do quadro 100ug por inalação – deixa até a melhora clinica). Assim que tirar do quadro, faz o diagnostico e exames e manda para casa com tratamento domiciliar. Tratamento domiciliar com relação ao manejo ambiental, retirando possíveis focos irritativos ou alérgenos, limpeza de carpetes e tapetes. Anti inflamatórios esteroidais para alívio das manifestações clínicas, principal esteroidais prednisolona 0,5 a 1,0 mg/kg BID por 7 dias e desmame 0,5mg/kg q 48h (desmame pode ter que ser feito pelo resto da vida – na menor dose e menor frequência). Inalação de Propionato de fluticasona 220 ug BID associado a prednisolona ou broncodilatador (tem efeito mais local). Não usa corticoide em gato com Diabetes Melittus, porque aumenta os níveis de glicose sanguínea. Usa adaptador na bombinha, encaixa no nariz do felino, e dá duas bombeadas – espera ele fazer de 7 a 10 mov. respiratórios. Broncodilatadores diminuem a dose dos corticoides, teofilina 4mg/kg VO BID, aminofilina 5mg/kg VO BID, ou terbutalina 0,3 a 0,6mg/gato VO BID. Antibióticos não fazem parte do protocolo normal, só usa quando identificar infecção bacteriana secundaria, trata com doxiciclina 5 a 10mg/kg BID 21 dias Pneumonia bacteriana Bordetella bronchiseptica, Streptococcus spp., Staphylococcus spp., E. coli, Pasteurella spp. Normalmente tem via primária de infecção, principalmente pela via oral, infecções orais e infecções de cavidade nasal e vão para trato inferior. Pode ser por via hematógena também, de forma indireta. Sinais clínicos: mais comuns em cães, tosse produtiva e discreta, pode haver secreção nasal mucopurulenta e bilateral (se aparecer antes indica que a infecção foi da cavidade nasal para os pulmões, se aparecer depois a infecção pode ter ascendido), dispneia (as vezes pode ser na forma de intolerância ao exercício, ou dispneia em repouso nos quadros mais avançados) e sinais sistêmicos (pode aparecer antes do quadro respiratório, depois, ou sem sinais) como letargia, anorexia, febre e emagrecimento. Diagnóstico: histórico e exame físico do paciente (animal tosse e deglute, tosse bem discreta) que pode apresentar crepitações na ausculta pulmonar, lobos pulmonares ventrais Sistema Respiratório e craniais (por vias áreas e cavidade oral – ajuda a pensar que essa vias causaram), lobos caudais ou difuso (hematógena) e sibilos expiratórios. Complementares: Radiografia detecta padrão intersticial e fase inicial e quando tem padrão alveolar indica fases mais avançadas da doença – pode auxiliar a avaliar doenças primárias. Hemograma indica leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda e monocitose, alguns podem apresentar Leucograma normal. Lavado broncoalveolar é o melhor diagnostico, na citologia tem neutrófilos e bactérias, e cultura com crescimento e antibiograma; broncoscopia em último caso. Tratamento: resultado da cultura e antibiograma é essencial. Quando tem indícios entra com antibiótico de amplo espectro, e se não houver melhora faz o lavado broncoalveolar. Amoxi e clavulanato de potássio 20 a 25mg/kg TID 14 dias; cefalexina 20 a 40 mg BID/TID 14 dias; enrofloxacina (melhor que a cefa para cães) 5mg/kg BID 14 dias; sulfa e trimetropim 15 a 30 mg/kg BID 14 dias (tão boa quanto a amoxi para o trato respiratório); considerar uso IV em suspeita de sepse. Nunca faz menos de 14 dias, se em menos de 7 dias não teve melhora clínica, esse ATB geralmente não está fazendo efeito. Pode passar hidratação das vias aéreas, pois a produção do pus pode ressecar, aumentando a viscosidade – para evitar que acumule faz a hidratação, principalmente em animais que apresentem bronquiectasia na radiografia. Pode iniciar pela hidratação IV, umidificação – hidratação das vias superiores e nebulização – hidratação das vias inferiores. Broncodilatadores para diminuir o broncoespasmo e em quadros de dispneia expiratória. Pneumonia Viral Virus causadores da tosse dos canis (virus que causam a traqueobronquite infecciosa e levar a pneumonia – por infecção bacteriana secundaria). Outro virus é o virus da cinomose, se multiplica melhor nas épocas secas e frias, liberados em fezes, urina, saliva, e exsudatos nasal e conjuntival – fômites e por via transplacentária. Infecta diretamente o pulmão. Mas a maior sensibilidade que ele vai causar nos pulmões e sistemicamente, podendo levar a infecção bacteriana secundaria Sinais clínicos: traqueobronquite infecciosa e sinais de pneumonia bacteriana (observa a progressão dos sinais clínicos). A cinomose acomete animais filhotes e jovens, não vacinados, com sinais de pneumonia bacteriana. Esses animais com cinomose chegam com outros tipos de alteração, como sinais gastrointestinais, cutâneos, oftálmicos ou neurológicos. Diagnostico: histórico e sinais clínicos (de pneumonia bacteriana) e exames complementares. Exames complementares para identificar o virus ou a infecção bacteriana secundária. Então no hemograma de um cão com cinomose vai ser leucopenia por neutropenia, e a inclusão de corpúsculo de lentz – indicativo de cinomose. Outra forma é a Imunocromatografia – secreção ocular ou nasal – teste rápido na tira. Tratamento: na traqueobronquite infecciosa autolimitante, trata com ATB na infecção bacteriana secundária. Cinomose trata cm ATB a infecção bacteriana secundaria, e faz um tratamento sintomático. Outro tratamento que pode associar é a vacinação terapêutica – não tem resultado científico comprovado. Ribavirina em quadros crônicos e graves, 30 mg/kg SID VO 15 dias em pacientes neurológicos. Pneumonia Fúngica Histoplasma no gato e Blastomyces no cão, e a principal forma da contaminação é através da inalação do virus da pele, inala o fungo da pele – histórico de dermatofitose que evolui para alteração respiratória. Fungos de cavidade nasal é muito incomum de migrar para os pulmões. Sinais clínicos: relacionados a imunossupressão, não controla a microbiota normal, começa com alteração cutânea que evolui paraas respiratórias, geralmente tosse e dispneia, de desenvolvimento lento e progressivo, mais discreta. Pode ter sinais de febre, perda de peso, linfadenomegalia, e infecção bacteriana secundária a ela. Diagnostico: histórico + sinais clínicos + exames auxiliares. Pede radiografia padrão intersticial difuso, alveolar ou brônquico, sinais de calcificação pulmonar, e linfadenopatia hilar no caso de histoplasmose. Lavado broncoalveolar visualização citológica e cultura fúngica pode dar falso negativo. Tratamento com antifúngicos: itraconazol 5 a 10 mg VO SID (no cão) ou 50 a 100 mg/gato VO SID (continua o tratamento de 2 a 4 semanas depois da melhora clínica e radiográfica) cetoconazol 10 mg/kg VO SID BID até que o animal apresente melhora. Faz terapia suporte e trata infecção secundária Pneumonia aspirativa Doença inflamatória pode vir devido a alterações, com material solido ou líquido, de alimento ou conteúdo gástrico, mas pode aparecer de forma iatrogênica – aspirar conteúdo e desenvolver pneumonia. Normalmente associada a outras doenças, que favorecem a regurgitação e inalação do alimento – megaesôfago, fenda palatina, paralisia faríngea e miastenia gravis. Regurgitação é a principal forma de pneumonia aspirativa. O animal tem resposta pulmonar de agressão química, obstrução e infecção. Sinais clínicos: cães e gatos de qualquer idade, avalia doença base com histórico de vomito e regurgitação e sinais Sistema Respiratório respiratórios agudos, dispneia grave, tosse aguda, crepitações e sibilos (cranioventral), sinais sistêmicos (doença base). Diagnostico: histórico + sinais clínicos e exames complementares. Radiografia até 12 a 24 horas do inicio dos sinais. Padrão broncoalveolar e consolidação, padrão intersticial e casos crônicos, pneumonia bacteriana secundária e avaliação para doença base. No hemograma tem sinais inflamatórios ou normal. O lavado broncoalveolar não é comum de fazer, mas demanda animal estável, visualizada neutrófilos e artefatos. Avalia presença de infecção bacteriana secundaria na cultura. Broncoscopia também não realiza, só para remoção de material sólido ou sucção do material líquido. Tratamento dispneia grave/cianótico: fluidoterapia e oxigenioterapia, monitoração de saturação, Broncodilatadores (aminofilina 11mg/kg IV) e glicocorticoides em casos de choque mas depende succinato de prednisolona 10 mg/kg IM/IV. ATB uso profilático ou infecção secundaria Amoxi + clavulanato de potássio 20 a 25 mg/kg de 7 a 14 dias TID, enrofloxacina 5 a 10 cefalexina 20-25 e sulfa + trimetropim 15-30 BID. Identificar e tratar a doença base. Pneumonia eosinofílica Doença inflamatória por presença de infiltrado eosinofílica, e pensa principalmente em hipersensibilidade – não só pulmonar, dá maior atenção aos gatos ou algo que começou nos brônquios, bronquite não só de origem alérgica ou idiopática, além de poder ser primário de pulmão. Se preocupa com a formação de nódulos eosinófilicos, formando granulomatosa pulmonar eosinofílica, é a forma grave, e mais comum, o prognostico é desfavorável nesse caso. Esses eosinófilos podem infiltrar e levar a um quadro de linfadenopatia hilar. Sinais clínicos: gatos secundário a bronquite, e em cães pode afetar jovens e idosos, mas no cão pode ser a forma primária, mas a mais comum também é a bronquite, tanto o gato quanto o cão tem histórico de tosse progressiva, dispneia e intolerância ao exercício, crepitações e sibilo, sinais sistêmicos são incomuns. Diagnostico: histórico + sinais clínicos + exames complementares. Hemograma com eosinofilia, hemograma normal é incomum; radiografia discreto padrão intersticial, linfadenopatia hilar; formação nodular sem bordas definidas. No lavado broncoalveolar tem inflamação eosinofílica nas fases iniciais e na cultura tem ausência de crescimento. Na punção aspirativa pulmonar encontra-se eosinófilos. Descarta-se outras doenças inflamatórias. Tratamento: causa primaria é bronquite, então trata ela. Usa corticoides na prednisona 1 a 2 mg/kg BID VO desmame pós- melhora; reavalia semanalmente e tem duração de até 3 meses. Quimioterapia com granulomatose, ciclofosfamida 50mg/m2, q 48h até melhora clínica. Acompanhamento semanal. Parasitas pulmonares O principal representante em gatos é o Aerulostrongylus.tem como parasita intermediário caramujos e lesmas, aves e pequenos mamíferos caçam e se tornam hospedeiros, é parasita de parênquima pulmonar, e o teste coproparasitológico é o principal exame pois é liberado nas fezes. Leva a uma resposta inflamatória, identificando quadro de bronquite. Sinais clínicos: gatos jovens, com vontade de caçar, geralmente são assintomáticos. Os sintomáticos apresentam bronquite felina, com dispneia, tosse moderada, sibilos e crepitação em ausculta pulmonar, podendo desenvolver pneumonia bacteriana secundaria. Diagnostico: chega com bronquite felina, mas o diagnostico final só fecha com exames complementares. Na rádio vê pequenas nodulações mal definidas em pulmão, nos lobos caudais e lesão semelhante a bronquite. Hemograma tem eosinofilia, mas pode também ser normal. Lavado broncoalveolar pode obter algumas larvas, visualiza eosinófilos e macrófagos. Melhor forma é o exame de fezes, técnica de baermann, visualiza as larvas e mais de uma colheita. Tratamento básico é por fembendazol 25-50 mg/kg SID 14 dias, ivermectina 400 ug/kg SC – ação baixa. Retorno para reavaliação. Broncodilatadores e glicocorticoides tem bronquite felina associada, até melhora clínica. Espaço pleural, mediastino e diafragma Manifestações clínicas: efusão pleural (acúmulo de liquido no espaço pleural), que compromete a expansão pulmonar, o animal apresenta dispneia, pela intolerância ao exercício, nas formas mais graves taquipneia associada, e abafamento de sons respiratórios. Classifica de acordo com o líquido: efusão do tipo transudato puro, modificado, exsudato asséptico, séptico, quilosa ou hemorrágica. Do transudato puro tem líquido de baixa [] proteica, menor que 2,5 g/dL e baixa contagem celular nucleada 500 a 1000/uL – dentre os principais tem macrófagos e linfócitos. Geralmente ocorre por diminuição da pressão plasmática oncótica, por hipoalbuminemia. O transudato modificado: contagem de até 5000 g/dL – encontra principalmente neutrófilos e células mononucleadas. Doenças que levam ao aumento da pressão hidrostática. Diferencial Obstrução linfática, principalmente no gato, pensa em hérnia diafragmática, insuficiência cardíaca. Exsudato asséptico quando não tem bactérias, e qual a diferença? No asséptico a concentração proteica é alta, maior que 3,5. Contagem de células maior até 5000– neutrófilo, macrófago, eosinófilo e Sistema Respiratório linfócito, sem presença de bactérias. Diagnostico diferencial: pif, neoplasias. Exsudato séptico: inflamação causada por agente infeccioso, concentração proteica maior que 3,5, e maior que 50.000 células por microlitro. Neutrófilos degenerados e bactérias, odor fétido, líquido bem mais viscoso. Piotórax, feridas penetrantes, sepse, extensão da pneumonia bacteriana. Efusão quilosa é bem esbranquiçada, concentração proteica entre 2,5 g/dL. Contagem de células nucleadas entre 400 e 10000/uL – predomina linfócitos. Geralmente esbranquiçado. Extravasamento de linfa rica em lipídeos – parece gordura, chama de quilotórax. Mensura os triglicérides do líquido e do soro. Nesse caso, o do líquido é sempre maior que o do soro do paciente. Diagnostico diferenciais: idiopática, secundário a trauma, neoplasia e dirofilariose. Efusão hemorrágica: presença de sangue na cavidade: características do próprio sangue, distribuição de células idêntica ao sangue, hemácias e VG < sangue circulante. Causas trauma, distúrbios hemorrágicos, neoplasia e torção de lobo pulmonar. Pneumotórax: acúmulo de ar no espaço pleural, não tem mais pressão negativa, então a passagemé unidirecional – quando mais grave a dispneia, maior o pneumotórax. Lesão da parede pode levar ao pneumotórax, classificado como pneumotórax traumático – forma mais comum. Ruptura pulmonar – pneumotórax espontâneo. Toracocentese e colocação de dreno Remoção do líquido pleural ou do ar da cavidade, para estabilizar a respiração do paciente, e pode fazer colheita para analisar laboratorialmente. O animal deve estar em decúbito lateral ou esternal. Local que inicia é no 7º espaço intercostal, e 2/3 entre a articulação costocondral e a coluna. Importante fazer tricotomia e assepsia do local, sendo que os líquidos são recuperados mais facilmente em porção mais ventral. Deve puncionar outros locais, e contar com ajuda da radiografia ou ultrassonografia. Anestesia local ou sedação em animais agitados ou não cooperativos. Usa cateter ou scalp acoplado a uma seringa e torneira de 3 vias. Usa para drenar líquido ou ar, depende da densidade. Quanto mais denso, maior o calibre do cateter. Primeiro perfura a pele do paciente, hora que perfurou a pele (8º ou 9º espaço intercostal), direciona a agulha cranialmente, no 7º espaço e perfura a musculatura para então chegar na cavidade. Sente a quebra da resistência. Usa torneira de 3 vias e seringa. Abre seringa – tórax, puxa embolo, fecha seringa – tórax, depois abre seringa – ambiente empurra embolo. Colocação do dreno tórax: piotórax e pneumotórax com acúmulo contínuo. Deixa como última condição, porque um dos riscos é o favorecimento do pneumotórax – tenta toracocentese antes. Usa dreno específico para drenagem torácica, com torneira de 3 vias e o calibre é de acordo com o calibre do EIC (do tamanho exato do tamanho) – mede externamente. Faz tricotomia e assepsia do local, acessando pelo 10º EIC, podendo fazer unilateral (um lado é mais afetado que outro) ou bilateral (não faz). Nesse caso recomenda anestesia ou sedação – lanceta a pele na altura do 10º EIC, abriu a pele, pinça a ponta do dreno com uma hemostática. Entra na pele por onde lancetou, caminha três EIC, vira a ponta da pinça, contra a musculatura, e perfura a musculatura com a própria pinça – introduz o dreno até o local desejado. (tu caminha pelo subcutâneo para que não haja passagem de ar direta, formando o pneumotórax). Faz sutura em bolsa de tabaco – fixando a sonda na pele. Importante proteger, colocar bandagem sobre o dreno – para que o animal não manipule, mas cuidar para não apertar e não comprimir o tórax, e fazer uso do colar elisabetano. Avaliar a cada 24h clínica e radiograficamente, além de avaliar a ferida, antes de fechar a caixa torácica – quando drena menos que 2mL/kg/dia no paciente e quando fica 24h sem drenar pneumotórax.
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