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Aula 1 Introdução a Banco de sangue

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Introdução a 
Banco de sangue
Prof. MS.c Renata Vieira
“Na Antiguidade, os povos primitivos untavam-se, banhavam-se e
bebiam o sangue de jovens e corajosos guerreiros, esperando adquirir
suas qualidades, pois o sangue era concebido como fluido vital que
além de vida proporcionava juventude.”
Vida
Sangue
Histórico
• Período pré-histórico da transfusão no mundo:
– Sabe-se que os antigos se banhavam ou bebiam sangue de pessoas ou de animais, com
variados objetivos, acreditando, sobretudo, que assim fazendo poderiam curar certas
doenças ou fortalecer o seu organismo.
• Período pré-científico da transfusão 
– primeiros procedimentos empregavam sangue de animais
• Século XVII: sangue humano passava a ser utilizado no lugar do 
sangue animal.
– Grande parte das transfusões não trazia benefícios para os doentes, muitos com piora
do quadro e, às vezes, até a morte imediata do receptor.
– Era o desconhecimento da existência dos grupos sanguíneos e do fenômeno da
compatibilidade entre os mesmos grupos.
• Também nessa época o sangue ainda não era armazenado porque não se conhecia 
os anticoagulantes.
• Início do século XIX: fase científica da hemoterapia
– A partir desse período, já no ano de 1818, postulou-se que 
somente o sangue de humanos poderia ser utilizado 
em humanos.
Histórico
• Século XX:
– descrição dos grupos sanguíneos do sistema ABO
• pelo pesquisador austríaco Karl Landsteiner, em 1900, que passou
a explicar a razão do surgimento de certas reações graves e até da
morte de pacientes após receber uma transfusão.
– Em 1940: descoberta do fator Rh
• Outras descobertas aconteceram nesse século: 
– como o advento de seringas, tubos específicos e o uso do citrato de 
sódio, empregado como anticoagulante, o que veio permitir a 
estocagem do sangue. 
– Surgiram os primeiros bancos de sangue: enviavam sangue, colhido 
na América e na Europa, para abastecer os hospitais de campanha 
durante a II Guerra Mundial.
• Anos 40: Obtenção do primeiro hemoderivado: ALBUMINA
– Método de Cohn: Método de precipitação do plasma pelo etanol
– Albumina torna-se rapidamente produto estratégico
no final da 2a Guerra Mundial;
Histórico
• Anos 70: Produção de Fator VIII e IX transformam o atendimento
aos hemofílicos;
• Anos 80: Contaminação maciça pelo vírus da AIDS e surgimento de
métodos de inativação viral
• Com o passar do tempo, novos conhecimentos continuaram a 
ocorrer em prol do desenvolvimento da hemoterapia no mundo:
– Técnicas de fracionamento plasmático
– Surgimento das bolsas plásticas específicas, em substituição aos frascos de 
vidro 
– Processadores celulares para aférese
– Novos produtos e soluções de preservação
– Novas técnicas de compatibilidade 
– Lançamento no mercado de máquinas fracionadoras do sangue
Histórico
• O século XXI trouxe avanços significativos
– Crescimento exponencial do uso de imunoglobulinas
– com a tecnologia de cultura de células e a biologia molecular
– desenvolvimento de modernos testes de triagem sanguínea 
– a terapia gênica e a engenharia tecidual
– os bancos de sangue de cordão umbilical e placentários 
A transfusão de sangue generalizou-se, 
tornando-se rotina nos hospitais, sendo uma 
prática fundamental para salvar vidas
Histórico: Hemoterapia no Brasil
• Em 1933, fundado por um grupo de médicos, liderados por 
Nestor Rosa Martins, destacando-se o Serviço de Transfusão 
de Sangue do Rio de Janeiro;
• Em 1941: surgiu o primeiro Banco de Sangue do País, no
Instituto Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro, ligado ao
esforço de guerra.
• A partir de 1942, foram fundados dois outros serviços no
Brasil:
– Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS.
– Banco de Sangue do Pronto-Socorro do Recife, PE
– Banco de Sangue do Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo
– Banco de Sangue do Distrito Federal, no Rio de Janeiro.
• Dois eventos importantes para o fortalecimento da hemoterapia brasileira
ocorreram na década de 1940:
– a) o 1° Congresso Paulista de Hemoterapia, em 1949, onde fundaram a
Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
– b) também em 1949 foi criada a Associação de Doadores Voluntários
de Sangue do Rio de Janeiro, que veio a transformar-se em entidade
nacional.
• os bancos de sangue privados, da época, e até mesmo boa parte dos
bancos de sangue públicos, optavam pela doação remunerada.
• Era comum encontrar nas filas de doação de sangue, os mendigos, os
alcoólatras, pessoas anêmicas e pessoas fragilizadas.
• Os bancos de sangue, públicos e privados, tinham estrutura precária,
faltava planejamento; a maioria não tinha orientação técnica eficiente;
• A hemoterapia era uma atividade restrita, tida como acessória e 
vinculada a prontos-socorros e santas casas, sem regulamentação, sem 
normas legais, funcionando sem qualquer controle. 
Histórico: Hemoterapia no Brasil
• Ausência de fiscalização:
• o sangue tornava-se um negócio lucrativo:
Histórico: Hemoterapia no Brasil
Preço Baixo 
de compra
Preço Alto 
de venda
Hospitais e 
Empresas 
multinacionais: 
produção de 
albumina
• Em 1964 – foi criada a Comissão Nacional de Hemoterapia (CHN):
– O sangue >>>>> questão de segurança nacional.
• Política Nacional de Sangue
– Organizar a distribuição do sangue
– A doação voluntária
– A proteção ao doador e ao receptor
– Disciplinar a atividade industrial
– Incentivar a pesquisa
– Estimular a formação de recursos humanos.
Histórico: Hemoterapia no Brasil
• Em 1969, a CNH solicitou à Organização Mundial da Saúde
(OMS) a vinda ao Brasil de um consultor para realizar um
levantamento da situação da hemoterapia praticada no País e
propor medidas corretivas.
• retratou fielmente o estado precário da hemoterapia
brasileira, salientando três principais problemas:
– multiplicidade de pequenos serviços hemoterápicos, geralmente
desprovidos de meios e trabalhando sem coordenação;
– comercialização do sangue humano e a utilização de doadores
remunerados
– proporção muito pequena de doadores voluntários
Histórico: Hemoterapia no Brasil
• Comissão de Articulação Comissão de Medicamento Ceme-Fiocruz
• Programa Nacional do Sangue e Hemoderivados (Pró-Sangue)
• Tinha como objetivos:
• Implantar e sistematizar uma rede de unidades executoras (22 hemocentros);
• Adotar, a prática da doação voluntária não remunerada do sangue;
• Implantar meios de assegurar a manutenção dos hemocentros;
• Promover o ensino e a pesquisa científica relacionados com o sangue e seus
produtos;
• Assegurar a qualidade dos produtos hemoterápicos, exercendo a fiscalização da
atividade;
• Regularizar a distribuição e a utilização do sangue e hemoderivados;
• Em 1977, é inaugurado, pelo governo de Pernambuco, o primeiro
Hemocentro brasileiro:
• Centro de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope)
– concebido de acordo com o modelo dos centros franceses
de hemoterapia
Histórico: Hemoterapia no Brasil
Em relação ao doador, a legislação preconiza que a 
doação de sangue seja um ato voluntário, 
anônimo, altruísta e não remunerado, direta ou 
indiretamente.
• Resolução RDC nº 57, 16 de dezembro de 2010 
Determina o Regulamento Sanitário para Serviços que
desenvolvem atividades relacionadas ao ciclo produtivo do
sangue humano e componentes e procedimentos transfusionais
incluindo captação de doadores, coleta, processamento,
testagem, armazenamento, distribuição, transporte, transfusão,
controle de qualidade e proteção ao doador e ao receptor, em
todo o território nacional, nos termos deste Regulamento.
• Portaria Nº 2.712, de 12 de novembro de 2013 
– Portaria que redefine o regulamento técnico de 
procedimentos hemoterápicos. 
• No período de 2004 a 2007, governo Lula:
– metas globais e ações estratégicas visando qualificar, humanizar e
ampliar a atenção aos portadores de coagulopatias e
hemoglobinopatias, incrementar cobertura hemoterápica aos leitos SUS
• Em 2 de dezembro de 2004, foi sancionada, pela Presidência da
República, a Lei n° 10.972:
• criação da Hemobráscomo empresa pública, vinculada ao
Ministério da Saúde,
– Função de garantir aos pacientes do SUS, o fornecimento de
medicamentos hemoderivados ou produzidos por
biotecnologia.
Histórico: Hemoterapia no Brasil
Banco de sangue 
Empresa que presta serviços de hemoterapia e
imunohematologia
• Hemoterapia
– compreendem as transfusões de sangue total e seus 
componentes: 
• Concentrado de hemácias
• Concentrado de plaquetas 
• Concentrado de granulócitos
• Plasma fresco congelado
• Crioprecipitado. 
• Imunohematologia
– Tipagens sanguíneas 
– Pesquisas e identificação de anticorpos irregulares
– Provas de compatibilidade pré-transfusionais.
porcentagem do peso 
corporal
92%
8%
sangue
91% água
plasma 
% do peso
7% proteínas
2% solutos
55% plasma
45% celular
porcentagem do 
volume
células por mm3
plaquetas 150 - 450 x 103
leucócitos 4,5 – 9 x 103
hemáceas 4,2 – 6,2 x 106
albumina 
58%
globulinas 
38%
proteínas da 
coagulação 
4%
íons;
nutrientes;
gases;
substâncias 
regulatórias
HEMODERIVADOS
Fatores liofilizados 
da coagulação: 
FVIII; FVIII-FvW; 
F IX; FVII; AT e 
etc
Concentrado 
de Hemáceas
CH
Plasma Rico 
em Plaquetas
PRP
Sangue Total
Concentrado 
de Plaquets
CP
Plasma Fresco 
Congelado
PFC
Plasma Pobre 
em Plaquetas
PPP
Albumina;
Imunoglobulina (Ig);
Ig imuno-específica;
outras
Crioprecipitado
Crio
Plasma Isento 
de Crio
PIC
até 8h pós coleta
HEMOCOMPONENTES
II - aférese: processo que consiste na obtenção de determinado componente
sanguíneo de doador único, utilizando equipamento específico (máquina de
aférese), com retorno dos hemocomponentes remanescentes à corrente
sanguínea;
ALGUMAS DEFINIÇÕES 
IMPORTANTES 
I - ciclo produtivo do sangue: processo sistemático destinado à produção de
hemocomponentes que abrange as atividades de captação e seleção do doador,
triagem clínico-epidemiológica, coleta de sangue, triagem laboratorial das
amostras de sangue, processamento, armazenamento, transporte e distribuição;
III - hemocomponentes: produtos oriundos do sangue total ou do plasma,
obtidos por meio de processamento físico;
IV - hemoderivados: produtos oriundos do sangue total ou do plasma, obtidos
por meio de processamento físico-químico ou biotecnológico;
Prof. MS.c Renata Vieira
Email: reenatavieira@gmail.com

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