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Introdução
Objetivo
UTILIZAÇÃO E EFEITOS DA CARBOXITERAPIA EM FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL
Barbarah Conrado de Almeida Silva; Thaline de Freitas Gonçalves
Universidade Brasil - Fernandópolis
Milani, (2020) cita que o culto ao corpo fez parte da cultura de diferentes sociedades desde a Antiguidade e a cada época se estabelecem critérios sobre o que é
considerado belo, sendo o conceito de beleza, algo mutável. Segunda a supracitada autora, ultimamente a preocupação com a estética corporal ganhou muita importância na
sociedade e o conceito de beleza atual é sinônimo de magreza, ausência de estrias, celulites e gordura localizada. Nesse contexto, procedimentos estéticos corporais não
invasivos ganham espaço, atuando como instrumentos eficazes, de forma isolada ou combinada a outros tratamentos. Surgem técnicas como a carboxiterapia, que por meio
da aplicação de gás carbônico medicinal (CO²), possibilita atenuação de sinais de celulite e estrias, redução de gordura localizada, entre outros benefícios que serão
sistematicamente descritos no presente trabalho. O tratamento teve início na França em 1932, e era utilizado de forma transcutânea (BORGES, 2016).
Este estudo tem por objetivo analisar a utilização e efeitos da carboxiterapia em Fisioterapia Dermatofuncional, através do levantamento de produção acadêmica.
Moura et. al, (2011) citam que a carboxiterapia é a administração de gás carbônico com fins terapêuticos. Seu uso iniciou-se na estação Thermal de Royal onde
começou a ser estudada na forma de banhos secos ou balnearioterapia ou com água carbonatada empregada a pacientes com insuficiência vascular periférica. Após muitos
anos, na primeira década deste século seu emprego evolui para o uso na medicina estética após estudos realizados principalmente na Itália. Segundo Worthington (2006), no
Brasil, há diversas marcas e modelos de aparelhos utilizados nos procedimentos de carboxiterapia, registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a
técnica da carboxiterapia é considerada de fácil aplicação, oferece conforto e é um método seguro. Segundo Milani (2020), para o procedimento de aplicação,o aparelho é
ligado a um cilindro de ferro por meio de um regulador de pressão de gás carbônico e o dióxido de carbono é injetado diretamente, por via de um equipo (sonda) com uma
agulha pequena (agulha insulina-30 G1/2), através da pele do paciente. O presente artigo aborda uma revisão de literatura. As referências utilizadas tiveram fontes como
artigos de pesquisas publicadas em bases de dados virtuais (LILACS, SCIELO, BIREME, Google Acadêmico e Periódicos Capes).
Desenvolvimento
REFLEXÕES SOBRE A AÇÃO DA CARBOXITERAPIA
AUTORES CONTRIBUIÇÃO
Scorza e Borges 
(2008)
Esclarecem que a ação mecânica que ocorre na carboxiterapia é obtida pelo “trauma” da agulha e pela introdução do gás, que desencadeia a
produção de um processo inflamatório, a consequente migração de fibroblastos para a região da agressão e sua posterior proliferação, estimulando
a síntese de colágeno e de outras moléculas do tecido conjuntivo, como a fibronectina e a glicoproteína, que servem como substrato para enzimas
fibrinolíticas e de coagulação.
Legrand et al (1999) Afirmam que, com a infusão do gás carbônico ocorre uma distensão tecidual, com um importante aumento da concentração de oxigênio local, além
de provocar ativação de barorreceptores, corpúsculos de Golgi e Paccini e consequente liberação de substâncias alógenas. Essas substâncias
atuam em receptores beta-adrenérgicos ativando a Adenilciclase, promovendo quebra dos triglicérides.
Abramo (2010) Relata que a vasodilatação da microcirculação, gatilho da resposta inflamatória do organismo ao CO², estabelece uma resposta hemodinâmica
responsável pelo aumento do fluxo sanguíneo nos tecidos. A resposta vascular ocorre de duas formas distintas: pelo aumento da permeabilidade
capilar, em razão do alargamento dos poros da parede vascular, devido à sua dilatação; e pelo aumento da síntese de óxido nítrico, que estimula a
produção de novos vasos sanguíneos, contribuindo para a melhora do fluxo sanguíneo tecidual. Defende um modelo de aplicação a cada 72 horas
pois leva em consideração a intensidade e a duração da resposta inflamatória do organismo à infusão do CO² medicinal em ciclos de cinco ou dez
sessões. O número de ciclos vai depender da efetividade da resposta tecidual. A velocidade do gás varia entre 80 e 150 mmHg em quantidade
suficiente para o descolamento do tecido.
Brandi et. al (2001) Citam que comprovações histológicas com a carboxiterapia possibilitaram um aumento da espessura da derme e evidenciaram estímulo à
neocolagenase, bem como preservação total do tecido conjuntivo, incluindo estruturas vasculares e nervosas, ou seja, ocorre um evidente rearranjo
das fibras colágenas. A carboxiterapia irá proporcionar ao local afetado uma melhora na circulação venosa e linfática, irá também favorecer a
eliminação de toxinas, melhorando a oxigenação do tecido.
Borges (2008) Relata que, a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende do pH do meio, a acidez incita a liberação de oxigênio fazendo assim com que
diminua esta afinidade. Além disso, o aumento da concentração de dióxido de carbono no meio também faz com que diminua a afinidade por
oxigênio. O aparecimento de níveis mais altos de CO2 e prótons (H+) nos capilares de tecidos em metabolismo ativo geram a liberação de O2 da
hemoglobina, o efeito mútuo acontece nos capilares dos alvéolos do pulmão, a alta concentração de O2 libera CO2 e H+ da hemoglobina. Esses
fatores são conhecidos como efeito Bohr.
Machado (2014) Esclarece que possíveis efeitos colaterais são mínimos, limitam-se a dor durante o tratamento, pequenos hematomas decorrentes da punção
(realizada com agulha 30G 1/2 - insulina) e sensação de crepitação no local de aplicação, já que o gás carbônico é um metabólico presente na
circulação sanguínea, e a quantidade de gás injetado durante o tratamento está abaixo do volume produzido pelo organismo.
Conclusão
Tendo como base a revisão bibliográfica aqui exposta, verifica-se que em tratamentos por meio da carboxiterapia, pode-se atenuar celulite, estrias, gordura localizada, flacidez,
rugas, queimaduras, ulcerações, psoríase, calvície, sem procedimentos invasivos, por meio apenas da injeção terapêutica de gás carbônico medicinal, com segurança e poucos
efeitos colaterais, contribuindo ainda para o restabelecimento da autoestima.
UTILIZAÇÃO E EFEITOS EM FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL
AUTORES CONTRIBUIÇÃO
Brandi et al 
(2001)
Verificaram através de experimentação aumento da perfusão tecidual, aumento da pressão parcial de oxigênio, redução da circunferência das áreas 
tratadas, cortes com rupturas de membranas de adipócitos pela passagem do gás, reforçando o efeito lipolítico da carboxiterapia, além de aumento da 
espessura da derme, evidenciando estímulo a neocolagenase, bem com um evidente rearranjo das fibras colágenas, permitindo o tratamento de 
estrias e da flacidez cutânea.
Borges (2008) Relata as contribuições da carboxiterapia no tratamento de Fibro Edema Geloide (FEG), popularmente conhecido como celulite. Segundo o autor, 
sabendo que o gás carbônico no tecido subcutâneo age na microcirculação, indica-se a carboxiterapia para tratar, sobretudo, o tecido celular 
subcutâneo que se encontra congestionado devido à retenção de líquido e toxinas que não foram eliminadas por comprometimento da microcirculação 
periférica.
Corrêa et. al. 
(2008)
Evidenciaram em um estudo realizado com mulheres acometidas de variados graus de celulite na região glútea, após 10 sessões de carboxiterapia, 
uma redução de 40,47% no grau da celulite e 33,78% no quadro álgico.
Scorza e Borges 
(2008)
Citam que sendo a flacidez cutânea caracterizada por uma atrofia da pele e perda da elasticidade, devido à diminuição da capacidade de produção de 
colágeno que dá sustentação à pele, a terapia com gás carbônico torna-se um recurso viável para estimular a produçãode novas fibras de colágeno e 
com isso prover maior sustentabilidade à pele flácida e que, devido as rugas apresentarem dano nas propriedades mecânicas do colágeno, este é 
também um método eficaz para suavizar e promover firmeza nos locais onde havia rugas.
Machado (2014) Afirma que nas cicatrizes atróficas (estrias), a carboxiterapia atua na melhora da oxigenação dos tecidos devido ao aumento da microcirculação, o que 
favorece o processo de regeneração tecidual, promovendo vasodilatação e aumento da drenagem veno-linfática, havendo melhora do fluxo de 
nutrientes necessários para remodelar os componentes da matriz extracelular e reparação tecidual. A autora ressalta que além disso, devido ao 
processo inflamatório, causa a migração de fibroblastos para a região em que ele foi aplicado, estimulando a produção de novos colágenos e o 
rearranjo de fibras colágenas já existentes.
Ferreira et al 
(2008)
Comprovaram acentuado aumento do colágeno após infusão de gás carbônico na pele de ratos, sendo mais eficientes as injeções intradérmicas em 
comparação com as subcutâneas na redução de rugas e sulcos.
Carvalho et al 
(2005)
Demonstraram que patologias como queimaduras, ulcerações em membros inferiores, psoríase e calvície, por serem patologias que se beneficiam 
com o incremento da circulação, respondem bem ao tratamento com carboxiterapia.
Referências
ABRAMO, A. C. Sistema nervoso autônomo e a hemodinâmica do meio interno após a infusão do CO2. Ed. Abramo AC, 1ª ed., São Paulo, 2010. p.54-63.
BORGES, F. S. Dermato - Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Phorte, 2016.
BORGES, Fábio dos Santos. Carboxiterapia:Uma revisão. Revista Fisioterapia Ser, Ano 3. n. 4,out/nov/dez, 2008.
BRANDI, C. D’ANIELLO, C. GRIMALDI, L. BOSI, B. DEI, I. LATTARULO, P. ALESSANDRINI, C. Carbon Dioxide therapy in the treatment of localized adiposities: 
clinical study and histopathological correlations, Aesthetic Plast Surg, May-Jun; 2001.
CARVALHO, A. C. O. VIANA, P. C. , ERAZO, P. Carboxiterapia: Nova Proposta para Rejuvenescimento Cutâneo. In Yamaguchi C., I Annual Meeting of Aesthetic
Procedures, São Paulo, Santos, 2005.
CORRÊA; MS et. al. Análise da Eficácia da Carboxiterapia na Redução do Fibro Edema Genóide: Estudo Piloto. Revista Fisioterapia Ser, a.3, n.2, Abr/Mai/Jun, 
2008.
FERREIRA, J. C. T. HADDAD, M.D. TAVARES, S. A. N. Increase in collagen turnover induced by intradermal injection of carbon dioxide in rats. Journal of Drugs
in Dermatology, March 1, 2008.
LEGRAND, J. BARTOLETTI, C, PINTO, R. Manual Practico de Medicina Estética, Buenos Aires, Camaronês, 1999.
MACHADO, Rafaela Martins. Emprego da Carboxiterapia no manejo do Fibro Edema Gelóide, Cicatrizes Atróficas e Flacidez de Pele. Journal of Applied 
Pharmaceutical Sciences – JAPHAC, p. 29-35, 2014.
MILANI, Camila Carozzi. Efeitos da Carboxiterapia como tratamento estético. Revista Extensão, Tocantins, v.4, n.1, p. 28-41, junho, 2020.
MOURA, P.; LOMBARDO, M.; DUTRA, G. Medicina Estética, Abordagem Terapêutica. Espanha, Médica Panamericana, 2011.
SCORZA, Flávia, BORGES, Fabio. CARBOXITERAPIA: Uma revisão. Revista Fisioterapia Ser, 2008.
WORTHINGTON A, LOPEZ JC. Carboxiterapia-Utilização do CO2 para fins estéticos. In:Yamaguchi C. II Annual Meeting of Aesthethic Procedures. São Paulo, 
Santos, 2006.

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