Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS AÇÕES PRELIMINARES 1. Segurança do local ● Animais possivelmente perigosos ● Pessoas que possam apresentar risco para o atendimento (ex.: por descontrole emocional ou deficiência mental) ● Controle do público ao redor ● Acidente químico (ex.: fábrica de materiais de limpeza): chamar Bombeiros ● Acidente elétrico (ex.: fios cortados): chamar companhia elétrica - Energisa, Coelce… ● Acidente em rodovia: chamar Polícia Rodoviária Federal ● Bairros perigosos (ex.: disputa de facções, acerto de contas): chamar a Polícia A sua segurança e a segurança da equipe sempre ficam em 1º lugar! 2. Responsividade ● Bater com as duas mãos nos ombros do paciente e chamar “Senhor! Senhor!” ● Não responde: paciente comatoso, em estado crítico. Não sabe nem se ele está parado ainda. 3. Pedir ajuda ● Ligar para o SAMU 192 e informar que há uma possível Parada Cardiorrespiratória. ● Buscar nas redondezas um Desfibrilador Automático Externo (DEA). 4. Respiração e pulso ● Pulso central (carotídeo ou femoral) durante 10s. ● Observar o peito do paciente e ver se ele está respirando durante 10s. Gasping É uma respiração agônica, inadequada, que pode se apresentar nos primeiros minutos após a PCR.Não responde + não respira + não tem pulso = PCR Anna Ramos BBF Larissa Neves Yandra Brito SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS 1. Ressuscitação cardiopulmonar ● Abrir a blusa do paciente ● 30 compressões p/ 2 ventilações (30:2) - 100-120/min ● Fazer 5 ciclos 30:2 (dura em média 2 min) ● Profundidade de 5cm a cada compressão ● Minimizar interrupções: para por no máximo 10s ● Nunca parar a RCP no meio de um ciclo para checar pulso ● Contar as compressões em voz alta. Importância de comprimir e descomprimir (permitir a reexpansão): Ao comprimir, o coração gera uma sístole e, ao descomprimir, uma diástole. O ventrículo direito tem circulação coronariana na sístole e na diástole, mas o ventrículo esquerdo só tem circulação coronariana na diástole. Abertura da via aérea Pode ser feita por inclinação da cabeça com elevação do queixo ou por anteriorização da mandibula (uso em suspeita de lesão na cabeça ou no pescoço). Ao ventilar deve se observar se o tórax eleva. Acabou os 5 ciclos e o DEA não chegou? Checa o pulso! Troca o compressor! Sem pulso Reiniciar novo ciclo de RCP Com pulso Sem respiração ● Fazer 1 ventilação a cada 6s ● Reavaliar a cada 2min ● Repetir até a chegada do DEA ● Se houver suspeita de uso de opioide, administrar Naloxona. Com respiração ● Monitorar a vítima ● Reavaliar a cada 2 min até a chegada do DEA Anna Ramos BBF Larissa Neves Yandra Brito SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS Dispositivos de barreira Pocket Mask (máscara de bolso) ● Válvula unidirecional que desvia ar, fluidos ou sangue exalados pela vítima; ● Permite que o ar expelido pelo socorrista entre pelo nariz e pela boca da vítima; ● Algumas tem entrada de O2 para administração suplementar; ● Para fixar, usar a manobra do C-E; ● Oferta de em torno de 17% de O2 (o ar ambiente que inalamos contém cerca de 21% de O2). Dispositivo bolsa-válvula-máscara (Ambu) ● Se não estiver ligada a suporte de O2, oferta em torno de 21% de O2; ● A ventilação deve ser hermética, senão não é eficaz; ● Manobra do C-E para fixar; ● Administrar ventilação a cada 1s. Importância de trocar o compressor: cada compressor gera, no máximo, cerca de 27% do débito cardíaco. Para evitar a redução desse percentual pela fadiga muscular recomenda-se que o compressor mude a cada ciclo ou antes, se cansado. Anna Ramos BBF Larissa Neves Yandra Brito SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS Possíveis complicações da RCP Fratura de costela Mau posicionamento das mãos durante a RCP Importância das compressões Ao interromper as compressões, o fluxo sanguíneo para o coração e o cérebro diminui muito. Logo são necessárias para manter o aporte de sangue. Ruptura de fígado Compressões muito baixas Fratura de esterno Compressões muito fortes/profundas “Explosão do estômago” ● Aumento da pressão intragástrica + relaxamento do esfíncter interno do esôfago = refluxo do conteúdo gástrico -> Possível broncoaspiração ● Hiperinsuflação (tempos inspiratório e expiratório muito curtos) -> Pneumonia química e bacteriana (Síndrome de Mendelson) Restrições à RCP (fatores que podem afetar a boa execução da técnica) ● Controle do público ao redor ● Presença de familiares ● Falta de espaço, de recursos, de treinamento e/ou de transporte ● Falhas técnicas Paciente com parada cardíaca no tempo 0 reduz suas chances de vida para 70%. A cada min sem compressão, perde mais 10% de chance de vida. A cada min com compressão feita por um leigo perde só 3% de chance de vida. Obs¹.: Em caso de não se ter acesso a equipamentos para ventilação como a pocket mask, a AHA recomenda que se realizem compressões ininterruptas até a chegada do DEA. Obs².: Compressões não mudam desfecho, o que muda é a desfibrilação. Logo, deve-se avaliar o risco-benefício para se fazer o BLS e dar sempre prioridade à desfibrilação precoce. Anna Ramos BBF Larissa Neves Yandra Brito SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS BLS - TÉCNICA DEA chegou? Para tudo! (o DEA tem prioridade total) Caso haja mais de um socorrista, um continua a RCP e o outro posiciona o DEA. Pessoas sem o treinamento de BLS são aconselhadas a realizar somente as compressões enquanto são orientadas por pessoas treinadas. 2. Uso do DEA 1. Ligar o aparelho 2. Observar o peito do paciente: a. Presença de pêlos i. Tricotomia ii. Retirada dos pêlos com as pás do DEA caso haja pás extras b. Peito úmido/molhado -> secar c. Presença de marcapasso -> colocar a pá E cerca de 3-4cm abaixo da região infraclavicular d. Adesivos transdérmicos (ex.: nicotina) -> retirar o adesivo e limpar a região 3. Colocar as pás no peito do paciente: região infraclavicular E e inframamária D 4. Conectar os cabos 5. Avaliar o ritmo a. Ritmo desfibrilável (FV e TV) i. Afastar-se e afastar as pessoas do paciente falando em voz alta ii. Aplicar o choque iii. Reiniciar RCP b. Ritmo não desfibrilável (AESP e assistolia) i. Reiniciar RCP Anna Ramos BBF Larissa Neves Yandra Brito Fibrilação Ventricular Taquicardia Ventricular A atividade elétrica do coração está desordenada, o músculo cardíaco vibra de maneira rápida e assincronizada e o coração não bombeia sangue. Ocorre quando os ventrículos contraem num ritmo muito rápido, desenvolvendo rápida FC. Os tecidos e órgãos deixam de receber O2. SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS BLS - TÉCNICA Intubação Indicações para o início da PCR ● Caso não se consiga ventilar bem o paciente com dispositivo bolsa máscara ● Regurgitação (para proteger a via aérea do paciente e evitar broncoaspiração) 1 ventilação a cada 6-8s + 100 compressões ininterruptas por 2min - Não pára as compressões para ventilar (compressões e ventilações assincrônicas) Apneia (Parada Respiratória com pulso) ● 1 ventilação a cada 5-6s ● Reavalia a cada 2min até a chegada do SAMU Soco precordial Única indicação: PCR presenciada, com paciente monitorizado, sem estar em ambiente intrahospitalar e sem desfibrilador próximo, onde haja um ritmo apolimorfo estável sem pulso Colapso presenciado (súbito) ● Causas: arritmias desfibriláveis (taquicardia ventricular e fibrilação ventricular) ● Causa mais frequente: FV ○ Explicação: paciente infartou, fez uma arritmia, gerou alteração de R sobre T e fibrilou. Na fibrilação, o coração começa a ter despolarizações anárquicas em todo o miocárdio (átrio e ventrículo, ao mesmo tempo), a fim de gerar débito cardíaco, deixando de chegar oxigênio no cérebro e causando o desmaio, isso é um colapso. Obs³.: caso o paciente esteja com FV de ondas grossas e sejam realizadas apenas compressões nele por um período prolongado de tempo, o consumo de oxigênio e nutrientes pelo músculo cardíaco é alto, fazendo com que o paciente evolua para uma FV de ondas finas e logo após para assistolia. Anna Ramos BBF Larissa NevesYandra Brito BLS EM PEDIATRIA (1m - 8a) - PALS 1. Responsividade Bater nas plantas dos pés da criança e chamar: “Bebê! Bebê!” 4. RCP 2. Pedir ajuda ● Colapso presenciado: acionar serviço médico e buscar um DEA ● Colapso não presenciado/ socorrista sozinho: checa pulso, realizar 5 ciclos de RCP e só depois chamar ajuda ○ Explicação: como a principal causa de PCR infantil é respiratória, o paciente pode voltar com os ciclos e os seus principais ritmos de parada são AESP e assitolia, que são desfibrilaveis e não necessitam urgentemente de DEA. ● 1 socorrista: 30 compressões + 2 ventilações ● 2 socorristas: 15 compressões + 2 ventilações ○ Explicação: a causa mais comum de PCR em crianças é causa respiratória, logo, aumenta-se a FC, priorizando-se as ventilações. ● Em bebês, o pocket mask é usado invertido. ● As compressões em lactentes são feitas com a técnica de dois dedos ou com dois polegares circundando o tórax. 3. Respiração e pulso ● Observar o peito do paciente e ver se ele está respirando. ● Onde aferir: ○ 1-8 anos: Pulso central (carotídeo ou femoral) durante 10 s ○ Abaixo de 1 ano: pulso braquial ● Sem pulso: iniciar RCP ● Com pulso: ○ Abaixo de 60bpm: iniciar RCP ■ Explicação: Na faixa etária pediátrica há uma imaturidade do ventrículo esquerdo, e na fisiologia cardiovascular, DC = FC x VS. Assim, o DC na faixa etária pediátrica é extremamente dependente da FC, já que o VS é prejudicado pela imaturidade do ventrículo esquerdo. Por isso, crianças com FC abaixo de 60 bpm é igual a RCP. Anna Ramos BBF Larissa Neves Yandra Brito SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA - ACLS 1. Responsividade + Respiração + Pedir ajuda ● Bater com as duas mãos nos ombros do paciente e chamar “Senhor! Senhor!” ● Checar respiração tocando no peito do paciente. ● Paciente irresponsivo: pedir ajuda - carrinho de parada com desfibrilador 2. Pulso Checar o pulso central por 10s Não responde + não respira + não tem pulso = PCR 3. RCP 30 compressões para 2 ventilações 4. Desfibrilação ● Colocar as pás no peito do paciente e checar o ritmo no monitor ● Ritmos: ○ FV: ritmo completamente anárquico, sem nenhum padrão definido. ○ TV: pode ser polimórfica (morfologia muda ritmo) ou monomórfica (morfologia não muda ritmo). ○ AESP ○ Assistolia ● Diminuição da impedância transtorácica (diminuir a resistência da passagem elétrica pelo tórax): se aplica uma pressão de 13 kgs sobre o peito do paciente. ● Gel: ideal é o gel de ECG (diminui a resistência cardioelétrica) ● Ao aplicar o choque, deve-se desligar o O2 do paciente (O2 em alta concentração gera combustão). ● Carregar em 200J (desfibrilador bifásico). Desfibrilador monofásico: 360J. Anna Ramos BBF Larissa Neves Yandra Brito SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA - ACLS 5. Drogas 1. Adrenalina 1mg ● Única droga com indicação nos 4 tipos de parada ● Dose: 1 ampola = 1ml = 1mg a cada 3-5min ● Não há dose-teto 2. Amiodarona ● 1ª dose: 300 mg (2 ampolas) em bolus ● 2ª dose: 150 mg Se não tiver Amiodarona: 3. Lidocaína Se tiver hipomagnesemia com torsaides de pointes: 4. Sulfato de magnésio ● 1-2g em 10min (não é em bolus) Sempre que administrar uma droga em bolus, inserir depois 20ml de soro fisiológico ou ringer com lactato ou água destilada e erguer o braço do paciente por 10-20s, a fim de que a droga chegue o mais rápido possível à circulação central. Linha reta no monitor Protocolo CAGADa: ● CAbos: checar se estão conectados ● GAnhos: aumentar ao máximo o ganho ● Derivação: mudar Anna Ramos BBF Larissa Neves Yandra Brito
Compartilhar