Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TRAUMA - CICLO I Avaliações primárias e secundária do paciente politraumatizado ● Não negligenciar o trauma = pode passar uma lesão desapercebida ○ Ex.: idoso que cai da própria altura ■ Hematoma epidural = intervalo lúcido -> rebaixa o nível de consciência ○ Etilista crônico que cai da própria altura -> presença de vômitos = hematoma epidural crônico Fase pré-hospitalar: ● Sistema pré-hospitalar: sempre notificar o hospital de destino antes do transporte ● Mobilizar recursos humanos e materiais necessários ● Realizar a triagem dos pacientes ● Atenção pré-hospitalar -> fazer triagem ○ 1 vítima só -> saber quem vai para UPA, hospital geral ou hospital de referência no trauma Várias vítimas ● Primeiro atendimento e triagem Triagem: passo 1 – Sinais vitais ● Medida dos Sinais Vitais e Nível de Consciência: ○ Escala de Coma de Glasgow ≤13 ■ TCE moderado ■ Necessário hospital de trauma ○ Pressão sistólica <90 mm Hg ■ Choque ■ Hospital mais perto (perda de tempo no transporte ->risco de morte) ■ Identificar gravidade ○ Frequência respiratória <10 ou >29 irpm (ventilação/min) (<20 nas crianças <1 ano) ou necessidade de suporte ventilatório ○ Regular para referência de trauma ○ A ou B deficientes (ABCDE) ○ Atendimento por cirurgião ○ Obs.: FR< 20 para menores de 1 anos Triagem: passo 2 – Anatomia ● Todas as lesões penetrantes da cabeça, pescoço, tronco e extremidades proximais ao cotovelo e joelho ● Instabilidade da parede torácica ou deformidade (tórax instável) ● 2 ou mais fraturas de ossos longos ● Esmagamento, desluvamento, ou extremidades amputadas ou sem pulso ○ Lacerações extensas extremidades sem pulsos ● Amputação ● Fraturas pélvicas ○ grande quantidade de sangue ● Fratura exposta ou afundamento de crânio ● Déficit motor ou neurológico ● Lesões que precisam de especialistas (se não faz a referência fica contra conducente) ○ déficit motor ou neurológico - neurocirurgião (hospital que tenha estrutura) Triagem: passo 3 – Mecanismo de trauma ● Alta cinéticas -> levar para centro de trauma ○ Quedas ■ Adultos > 3 metros ou que o 1º andar ● OBS.: ATLS = > 6 metros (2 andares) ■ Criança: > 3 m ou 2-3x a altura dela ○ Colisão de alto risco ■ Acidente de veículo automotor de alto risco ■ Intrusão, incluindo teto: > 12 polegadas (30 cm) do lado do ocupante; ● > 18 polegadas (45 cm) qualquer lado ○ Ejeção parcial ou completa do veículo ■ Capotamento, esmagamento ○ Morte de ocupante do mesmo compartimento do passageiro ○ Auto x pedestre ou bicicleta ○ Atropelamento com impacto significativo ■ Velocidade do impacto > 32 km/h (considerada alta cinética) ● Acima da capacidade biológica ○ Acidente de moto > 32km/h ● Avaliar mecanismo -> possibilita check list -> prevenir eventos que tem que ir para sala vermelha Triagem: passo 4 – condições especiais do paciente ● Idosos ○ Risco de lesões/morte aumenta após 55 anos ○ PA Sistólica <110 pode representar choque após 65 anos ○ Mecanismo de baixo impacto (ex. queda no nível do solo) pode resultar em lesão grave = como hematoma epidural ● Crianças ○ Triagem preferencialmente para centro de trauma com capacitação pediátrica ● Gestantes (cirurgião + obstetra) ● Anticoagulados ou com distúrbios hemorrágicos ○ uso de marevan, aas -> sangramento e lesão grave ○ Pacientes com trauma craniano tem alto risco para rápida deterioração ● Queimados ○ Sem mecanismo de trauma, triagem para centro de queimados ○ Com mecanismo de trauma, triagem para um centro de trauma ● Gravidez > 20 semanas ● A critérios do socorrista = esse paciente pode ser referenciado para centro de trauma ➔ Quando em dúvida, transportar para um centro de trauma TRAUMA - CICLO I Múltiplas vítimas ● O número de doentes e a gravidade das lesões não excedem a capacidade de atendimento do hospital ● Os doentes com risco de morte iminente e os doentes com traumatismos multissistêmicos serão atendidos primeiro ● Número de doentes e a gravidade das lesões não ultrapassa a capacidade de atendimento ○ Tem capacidade de atender os pacientes no serviços = reorganizar e todos atendidos ● Prioridade ○ Risco de vida iminente ○ Doentes com traumatismos multissistêmicos ● Classificar pelo ABCDE no intra hospitalar para ver as prioridades ○ Dinâmica: pode evoluir em algum momento e virar prioridade -> fica atento = promover categoria Vítimas em massa ● O número de doentes e a gravidade das lesões excedem a capacidade de atendimento da instituição e da equipe. TRAUMA - CICLO I ● Os doentes com maior possibilidade de sobrevida, cujo atendimento implica em menor gasto de tempo, equipamentos, recursos e pessoal, serão atendidos primeiro ● Excede a capacidade de atendimento da instituição equipe ○ Ultrapassa a capacidade de atendimento do hospital ○ Depende da quantidade de pacientes e suporte pela equipe (quantos médicos, enfermeiros disponíveis) ● Protocolo visa atender doentes com maior possibilidade de sobrevida Classificação por cores – ordem de atendimento: ● Vermelho: São necessárias intervenções que salvem a vida (vias aéreas, ventilação, circulação). ○ atendimento imediato (maior chance de morrer) ● Amarelo: Intervenções de salvamento imediato não são necessárias. ○ esperar um pouco ● Verde: É necessário cuidados médicos mínimos ou nenhum, ou o doente tem danos psicogênicos. ○ pode ser o último a ser atendendido (menor gravidade) ● Preto: O doente está morto ○ Óbito no local ● Cinza – Em catástrofe ○ Cinza - não é óbito mas tem pouco tempo para resolver e pouca chance de sobrevida, no final, se reorganizar pode voltar e atender o cinza Algoritmo de START – fluxograma de vítimas em massa ● 1º - Avaliar se respira ○ Não ■ Posicionar via aérea e avaliar se respira ● Não -> preto = óbito ● Sim -> vermelho ○ Sim ■ FR > 30 = vermelho ■ FR < 30 -> avaliar o enchimento capilar ● > 2s = vermelho ● < 3 s -> avaliar se responde a ordens simples ○ Não = vermelho ○ Sim = amarelo ● Pequenas lesões e deambula = verde ● Qualquer vítima pode ser reclassificada a qualquer momento Avaliação Primária ● As prioridades de tratamento são estabelecidas de acordo com suas lesões, seus sinais vitais e mecanismo da lesão ● As funções vitais do doente devem ser avaliadas rápida e eficientemente ● O tratamento do doente deve consistir em: ○ Avaliação primária rápida ○ Reanimação das funções vitais ○ Avaliação secundária mais pormenorizada ○ Tratamento definitivo Imobilização Técnica de restrição do movimento da coluna cervical ● Durante a avaliação, abordagem e tratamento das vias aéreas -> cuidado para evitar a movimentação excessiva da coluna cervical ● Baseando-se no mecanismo do trauma, assuma que existe uma lesão na coluna ● Durante a abordagem e tratamento das vias aéreas, se for necessário, o colar cervical pode ser aberto, enquanto um membro da equipe restringe manualmente o movimento da coluna cervical ● Sempre descrever como chegou no hospital (uso de prancha) ○ Ex.: Vítima de trauma, colisão frontal carro - carro, trazido por SAMU, colar cervical e prancha, acidente a 30 minutos ■ Trazido por terceiros. ● Respaldo do atendimento feito pelo médico - expor condição que recebeu paciente ● Se morrer na ambulância ou rampa do hospital - paciente de quem estava transportando ● Se fazer transferência - ligar para hospital e informar condições Protocolo MIST ● Maneira de passar os dados do acidente do ambiente extra-hospitalar para o intra hospitalar durante transporte ● M = mecanismo ● I = injúria ● S = sinais e sintomas ● T = tratamentos / trasporte Fase hospitalar ● Receber o paciente de forma organizada, a apartir do contato prévio com informações, banco de sangue, bloco cirúrgico reservado -> mobilização ● Todos os membros da equipe preparados para receber o paciente com uso de EPI’s para primeiro atendimento ao politraumatizado Time de alta performance ● Não existe apenas para trauma, mas para todos tipo de intercorrência de sala vermelha ● equipe de trauma: líder de equipe, um responsável pelas vias aéreas, enfermeira e técnico de trauma, bemcomo vários residentes e estudantes de medicina. ● Para atuar de forma eficaz, cada equipe de trauma deve ter um membro atuando como líder da equipe. ● Líder de equipe (cirurgião): fica por fora do atendimento, identifica falhas e direciona TRAUMA - CICLO I ○ O líder da equipe supervisiona, verifica e direciona a avaliação ● Outro médico para via aérea ou procedimento importante ● Enfermeira ● Técnico de enfermagem ● Administrativo é importante para ordenar transferências e entrar em contato com outros hospitais ● Time deve ser entrosado = cada um sabe sua função antes de executar ● Check-list dos materiais a serem utilizados ● Tratar os problemas do A antes de chegar no B, C, D… ○ No time de alta performance = Atendimento sincrônico ● Funções: ○ Avaliação do doente, incluindo avaliação e abordagem das vias aéreas ○ Despir e expor o doente ○ Colocação de equipamentos de monitorização ○ Obtenção de acesso venoso e coleta de amostras de sangue ○ Servir como escrevente ou realizar o registro das atividades de ressuscitação Em muitos centros, os doentes traumatizados são avaliados por uma equipe. Para atuar de forma eficaz, cada equipe tem um membro que atua como líder da equipe. Avaliação primária ● Definir prioridades para fazer o tratamento ● Atendimento sistematizado ● Seguir a sequência ABCDE ○ Tratar primeiro o que mata antes ■ Hipoxemia = não chegar O2 no tecido (é grave) ■ A: Manter via aérea pérvia ■ B: ventilação: levar o oxigênio para o corpo ■ C: sangramento - falta de capacidade de transporte de oxigênio ● PHTLS: ○ X: Hemorragia exsanguinante controlada no extra-hospitalar torniquete) ○ Deve seguir uma sequência lógica ● Seguir uma sequência lógica com uma ordem de prioridades, rápida e dinâmica ● Identificar condições que implicam risco à vida ○ o comprometimento das vias aéreas pode ser decorrente a um trauma direto da via aérea ou secundário a um traumatismo craniano ou ao choque causado por lesões ○ Independentemente da lesão que esteja causando o comprometimento das vias aéreas, a primeira prioridade é o tratamento das mesmas: limpeza da via aérea, aspiração, abertura das vias aéreas e administração de oxigênio. ABCDE ● A Via aérea com proteção da coluna cervical ● B Ventilação e respiração ● C Circulação com controle da hemorragia ● D Disfunção, avaliação do estado neurológico ● E Exposição/controle do ambiente: despir completamente o doente, mas prevenindo a hipotermia ● Os médicos podem avaliar rapidamente o A, B, C e D em um doente traumatizado (avaliação em 10 segundos) ao se apresentar ao doente ou perguntando o seu nome e o que aconteceu ● Avaliação em 10 segundos - avalia o ABC ○ Qual é o nome? ○ O que aconteceu? ■ Via aérea pérvia ■ Neurológico pérvio ■ Tem circulação suficiente para não estar confuso ou agitado ○ A resposta apropriada sugere que não existe um grande comprometimento da: ■ Via aérea (habilidade de falar claramente) ■ A respiração não está comprometida (capacidade de gerar movimento do ar para permitir a fala) ■ O nível de consciência não está certamente diminuído (alerta o suficiente para descrever o que aconteceu). A - airway ● As vias aéreas encontram-se pérvias? ● Coluna cervical está protegida? ● O paciente necessita de uma via aérea definitiva? ● Avaliação do rebaixamento do nível de consciência a partir da avaliação de 10 segundos e avalia necessidade de intubação imediatamente ○ Se aceita colocação de Guedel -> paciente rebaixado = intubação ○ Glasgow não é prioridade no A, mas pode ser realizado ● O2 suplementar em máscara 10 - 20L/min ● Não mexe na via aérea do paciente com colar cervical ○ Retira colar: um médico vai estabilizar coluna e outro faz intubação e aspirar a via aérea ○ Via aérea no trauma = difícil ● Se alcoolizado ou inconsciente sempre presumir que tem lesão cervical ○ Paciente com colar cervical -> retira colar -> imobilização da cervical + intubação = coloca colar novamente = ABCDE -> realiza RX ou TC e avalia lesão cervical = avalia retirada de colar ● Estabeleça uma via aérea definitiva se houver alguma dúvida sobre a capacidade do doente de manter integridade da via aérea. B - breathing ● Existe eficácia nas trocas gasosas? ● Existe bom funcionamento de pulmões, parede torácica e diafragma? ● Existe lesões que prejudiquem a ventilação? ● Intoxicação por CO? ● O pescoço e o tórax do doente devem ser expostos para que se possa avaliar adequadamente a distensão das veias jugulares, a posição da traqueia e a expansibilidade da parede torácica. ● Ausculte o tórax para assegurar o fluxo de gás nos pulmões ● A inspeção visual e a palpação podem detectar lesões na parede torácica que podem comprometer a ventilação ● A percussão do tórax também pode identificar anormalidades, mas, durante uma reanimação em um ambiente ruidoso, esta avaliação pode ser imprecisa. ● Lesões que prejudicam significativamente a ventilação em curto prazo: pneumotórax hipertensivo, hemotórax TRAUMA - CICLO I massivo, pneumotórax aberto e lesões traqueal ou brônquica ● Um pneumotórax simples pode evoluir para pneumotórax hipertensivo quando um doente é intubado e ventilado com pressão positiva antes de ter o hemitórax descomprimido com um dreno de tórax ● Todo doente ferido deve receber oxigênio suplementar ○ Se o doente não for intubado, o oxigênio deve ser administrado por um dispositivo de máscara com reservatório para obter oxigenação ideal. ○ Use um oxímetro de pulso para monitorar a saturação adequada de oxigênio na hemoglobina. ● Deve fazer exame físico abdominal e torácico corretamente examinado ○ Pode ser necessário realizar toracocentese e drenagem de tórax ○ Palpar tórax - fratura de arco costal, enfisema subcutâneo (sensação de plástico - possível pneumotórax), abaulamento (pneumotórax hipertensivo) ○ Ausculta e percussão importante ○ Exame físico para diagnosticar problemas do B ○ Exames de imagem não são necessário nesse momento C - circulation ● Existe hemorragia interna ou externa? ○ Externa = fazer pressão manual ou uso de torniquete ○ Interna = tórax, abdome, retroperitônio, pelve e os ossos longos ■ Exame físico ou imagem (FAST, radiografia de tórax, da pelve, lavagem peritoneal diagnóstica) ■ TTO: descompressão do tórax e a aplicação de um dispositivo estabilizador pélvico e/ou de talas de extremidade ■ O controle definitivo do sangramento é essencial, juntamente com a reposição volêmica apropriada ■ A reanimação volêmica agressiva e contínua não substitui o controle definitivo da hemorragia ● terapia com fluídos IV com soluções cristaloides ● bolus de 1 L de solução isotônica ● Se um doente não responde à terapia inicial com cristaloides -> receber uma transfusão de sangue ● Existe sinais de choque? ● Como estão os níveis de consciência, cor da pele e pulso do paciente? ● A hemorragia é a principal causa de mortes evitáveis após o trauma ○ Identificar e controlar rapidamente e iniciar a reanimação ○ pneumotórax hipertensivo excluído como causa do choque -> considere que a hipotensão após o trauma seja devida a perda sanguínea ● Avaliar: nível de consciência, perfusão da pele e o pulso ○ Nível de Consciência: volume de sangue circulante reduzido -> perfusão cerebral prejudicada -> alteração do nível de consciência ○ Perfusão da Pele: doente com pele acinzentada e extremidades pálidas -> hipovolêmico. ○ Pulsos: pulso rápido e fino -> sinal de hipovolemia. ■ Avalie o pulso central bilateralmente (por exemplo, artéria femoral ou carótida) quanto à qualidade, frequência e regularidade ■ Pulsos centrais ausentes que não podem ser atribuídos a fatores locais significam a necessidade de ação para reanimação imediata ● Conduta: ○ 1º = parar sangramento ○ Atitude imediata = 2 acessos ○ 1L de cristalóide aquecido para todos -> avalia resposta ■ Resposta transitória ou não responde = transfusão de sangue (O-) ou realizar tipagem ● Geralmente é classe II ou IV de choque ■ Não adianta dar volume se não sabe onde está com sangramento ● Importante para sangramentos internos =dx e TTO ● transferência o quanto antes se não souber onde está o sangramento e não está respondendo ● Coagulopatia no trauma: mais sangue - diluição = atrapalha sistema de coagulação ○ Sangue mais precocemente ○ Perda de sangue, não oxigenado bem = anaerobiose -> lactato = acidose (atrapalha coagulação) ● Obs: Tríade letal = hipotermia, acidose e coagulopatia ○ OBJ.: aquecer, entregar oxigênio e não hemodiluição excessivamente ● Soro aquecido: evitar hipotermia (é um problema para paciente do trauma) ○ Diminui funcionamento das enzimas e menos coagulação (sangra mais ainda) ○ Pode fazer aquecimento de sangue também para auxiliar (quando possível) ● Melhorar coagulação = fazer Transamin 1g EV nas 3 primeiras horas do início do trauma (se possível no pré hospitalar) ○ Antifibrinolítico = diminui efeito de coagulopatia (impede de fazer coágulos) ○ Coagulação otimizada ○ Após as 3 horas é proscrito ● FAST, RX de tórax AP e pelve AP = para procurar sangramento ○ Avaliação de fraturas de ossos longos (hematoma fraturário grande) ○ Avaliação de abdome: realização de fast ○ Avaliar se teve perda de sangue na cena D - Disability ● A avaliação neurológica rápida estabelece o nível de consciência, o tamanho e a reação pupilar do doente, identifica a presença de sinais lateralização e determina o nível de lesão medular ● Qual o nível de consciência do paciente? ○ Glasgow < = 8 -> intubar ● Qual o tamanho e reatividade das pupilas? ○ Isocóricas, anisocóricas, reativas ● Existem sinais de lateralização ou de nível de lesão medular? ● Nível sensitivo e motor ● Entrar em contato com neurocirurgião se alteração ● Intervir = hematoma epidural -> identificar e tratar E - exposition ● O paciente foi despido ou examinado? ○ Despir o paciente -> evitar hipotermia (fazer o controle de temperatura da sala), procurar lesões, lacerações e fraturas menores, lesões de extremidades ■ Fraturas de ossos longos = C TRAUMA - CICLO I ○ Lesões distrativas (impactantes), mas que não são as mais importantes = priorizar ABCD ○ distrai a equipe e perde tempo para atender outras condições importantes) ● Foram adotadas as medidas para garantir a temperatura corporal? ○ Após despir e avaliar = aquecer o paciente - cobrir ● Fazer retirada de prancha (mesmo se lesão de coluna -> mobilizar paciente em bloco e tirar a prancha) ○ Lesão cervical = manter o colar e movimentar em bloco ○ Prancha por > 2h -> lesão por pressão ○ Preconizado = tirar a prancha em até 1h Casos clínicos Caso clínico 1 ● Homem, 60 anos ● M = mecanismo: queda de altura 3,6 metros ○ Mecanismo de trauma importante ○ Acima de 3m = politrauma -> ir para centro de referência ● I = injúria: hematoma subgaleal em região temporal direita, cervicalgia, dor pélvica ○ Uso de colar cervical e prancha ○ Hematoma subgaleal (galo): “abaixo da gália” ● S = sinais e sintomas: pulso 112 bpm, FR 17, PA; 87x90 mmHg, FR 19 irpm, Glasgow 15 ○ A = sem alterações (Responde pergunta, obedece comando), cervicalgia (manter colar cervical) -> pode ter lesão de coluna cervical = encaminhar para.p neuro ○ B = sem alteração (monitorização, avaliar, fazer exame físico completo) ○ C = taquicárdico e hipotenso -> sinal de choque; dor pélvica = encaminhar para cirurgião geral e ortopedia ○ D = Glasgow 15, avaliar pupilas, hematoma subungueal = fazer TC após estabilizar ○ E = não tem descrições acerca dele ● T = transporte : 1L de cristalóide, 1G de Transamin, 02 suplementar em máscara de reservatório Tratamento ● A: manter colar cervical, manter O2 suplementar ● B: se exame físico normal -> mantém monitorização ● C: Já recebe cristalóide e Transamin ○ Realizar FAST, ○ Estabilização pélvica (fecha pelve = para sangramento), ○ Raio X de pelve e tórax, ○ Transfusão O- e pedir tipagem, ou mantém cristalóide e agiliza transferência Caso clínico 2 ● Homem, 28 anos ● M: colisão moto x carro em avenida movimentada, paciente sem capacete ● I: trauma torácico direita, laceração em couro cabeludo. ● S: pulso 123, FR 35; PA 83x60mmHg, glasgow 3 (O1,V1,M1), respiração ruidosa, roncos e gorgorejo ● T: oxigênio suplementar em máscara Condutas: ● A: estabiliza coluna + aspiração (aspirador de ponta rígida) + intubação ○ Fazer intubação e depois colocar colar cervical ○ Sempre relatar no prontuário que ele chegou sem colar cervical ● B: exame físico ○ Inspeção: assimetria ○ Palpação: crepitação óssea do tórax - tem fratura ○ Ausculta: murmúrio abolido na direita e percussão macicez ■ HD: hemotórax ■ CD: drenagem de tórax ● Vigiar o débito nas próximas horas para ver se tem critério para toracotomia ● C: parar sangramento ○ 2 acessos + 1 L de cristalóide + Transamin 1g se menos de 3h ○ Transferência para hospital de referência se hospital de pequeno porte ○ Poder haver hemorragia exsanguinante em laceração de couro cabeludo - curativo compressivo e depois sutura (prioridade é a transferência) ● D: glasgow 3 ○ TCE grave? Craniotomia descompressiva? -> encaminhar para neurocirurgia Avaliação secundária ● Após paciente estável -> avaliação secundária AMPLA ● história ampla do paciente (detalhes maiores) ○ A: alergias ○ M: medicamentos que usa ○ P: HPP, gestação ○ L: líquidos e alimentos (sonda nasogástrica para descomprimir; orogástrica se lesão de crânio) ○ A: ambientes e eventos relacionados Exame físico craniocaudal -> Sequência: ● Exame físico completo (da cabeça aos pés) ○ Reavaliação constante é importante ● Cabeça ● Estruturas maxilofaciais ● Pescoço e coluna cervical ● Tórax ● Abdome ● Períneo, reto e cagina ● Sistema musculoesquelético ● Sistema neurológico Mecanismo do trauma ● Ficar atento ao mecanismo do trauma, conta onde procurar = frente e dorso ● Fechado? ● Penetrantes? ● Lesões térmicas associadas? ● Impacto frontal? ● Impacto lateral? ● Impacto traseiro? ● Ejeção do veículo? ● Atropelamento? TRAUMA - CICLO I Avaliação pupilar ● Isocórico: normal ● Anisocoria: AVC, TCE ● Pupila reativa ● Mióticas: lesão no SNC, uso abusivo de drogas ● Midriáticas: anóxia, hipóxia severa, inconsciência, estado de choque, parada cardíaca, TCE ● Nível sensitivo e motor Escala de Glasgow ● Total máximo = 15 ● Total mínimo = 3 TRAUMA - CICLO I Flexão anormal x extensão anormal ● Flexão anormal: decorticação ● Extensão anormal: descerebração Lesões medulares ● Níveis sensitivos e motores ● síndromes medulares específicas importantes de identificar Transferência de pacientes ● Identificar doentes que necessitam de transferência ● Estabilizar o doente antes da transferência ● Realizar contato prévio médico-médico/ estabelecer comunicação entre as equipes ○ Sempre fazer o contato entre hospitais precocemente! ● Garantir condições adequadas de transporte / garantir cuidados contínuos durante a transferência ● É importante não atrasar a transferência para realizar uma avaliação diagnóstica aprofundada. ○ Realiza-se somente exames que auxiliem na reanimação, estabilizem e garantam a transferência segura do doente. ● Não oferecer para o politraumatizado menos do que ele precisa ○ Atendimento sistematizado ○ Não pular etapas ○ Não menospreze o trauma! Scores de trauma ● Não cai em prova ● O trauma é uma doença heterogênea ● Scores para comparar porque em alguns hospitais pacientes com o mesmo trauma morrem e outros não ● Criados para fins de triagem na cena do acidente, comparação de resultados entre instituições e dentro das mesmas ao longo do tempo (controle de qualidade) e para avaliar probabilidade de sobrevida Objetivos ● Triagem de paciente no local de acidentes ● Orientações da conduta terapêutica ● Estudos clínicos epidemiológicos ● Uniformização de dados ● usar na triagem para avaliar pacientes no local do trauma (pouco prático) ● Orientação da conduta terapêutica ● Índices ○ Fisiológicos = avaliam o funcionamento do organismo ■ glasgow ■ escore de revisão de trauma - RTS ■ APACHE II - acute physiology and chronic health evaluation ● Uso em UTI, para ver mortalidade e gravidade ○ Anatômicos ■ CID ■ AIS: ESCALA ABREVIADA DE LESÃO ■ ISS: INJURY SEVERITYSCORE ○ Mistos ■ Score fisiológico + anatômico ■ TRISS ■ LISS
Compartilhar