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CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I Câncer Colorretal e de Canal Anal OBS.: Prova = FR, quadro clínico, sintomas e estadiamento Revisão anatomia e fisiologia Cólon, reto e canal anal ● Anatomia: sequência -> ceco, colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo sigmóide, reto ● A anatomia é importante, pois a depender da sintomatologia pode-se prever se o tumor está do lado direito ou esquerdo ○ Aspecto das fezes do lado direito -> líquidas ○ Aspecto das fezes do lado esquerdo -> sólidas (pastoso) ● Mesentérica superior e inferior ● Rede arterial: saber qual rede que vai suprir o tumor ● Suprimento venoso: sangue do intestino vai para o fígado -> primeiro local que ocorre metástase = fígado ○ CA de intestino da metástase primeiramente no fígado, pela circulação entero hepática ● Rede linfonodal acompanha segmento arterial ● Cirurgia oncológica liga a artéria na origem do segmento, para evitar que célula desprenda e tenha metástase ● Camadas histológicas: ○ Mucosa ○ Submucosa ■ A partir da submucosa tem suprimento linfático e vascular = pode ter disseminação metastática a partir do tumor que invade submucosa ○ Muscular ○ Serosa Estatística do Câncer Colorretal e de Canal Anal ● GLOBOCAN 2020 ● Quase 2 000 000 novos casos de colo de reto por ano ● Quase 1 000 000 de mortes por câncer de colo no mundo por ano CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● 3º mais prevalente ● 2ª causa de câncer de morte no mundo (atrás apenas do de pulmão) ● Homem: ○ 3º mais incidente ○ 3ª causa de morte ● Mulheres: ○ 2ª mais incidente ○ 3ª causa de morte ● Na América do Sul ○ CA de cólon: 9º colocado ○ CA de reto: 10º colocado ● Mesma incidência em homens e mulheres!!!!!! ○ Diferente dos CA de estômago e esôfago que ocorrem mais em homens Estimativa INCA 2023 ● Triênio 2023-2025 ○ Cada ano do triênio = 45 000 novos casos de cânceres colorretais por ano no Brasil ● Mortalidade = antes era 18 000 agora são 20 000 ● Aumento da incidência e da mortalidade ● BrasiL: CA colorretal é o 2º mais incidente tanto em homens quanto em mulheres Câncer colorretal ● 95% -> acima da linha pectínea = prevalente adenocarcinoma ○ Acima da linha pectínea -> células colunares = característica histológica do câncer colorretal = adenocarcinoma ● Outros (5%): ○ Tumor carcinóide ○ GIST (TU estromais) ○ Melanoma ○ Leiomiossarcomas ○ Linfomas CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● 80% - esporádico ● 20% (10-15%) - familiares ○ 10% associado a síndromes hereditárias raras ○ ´Polipose familiar, sd de Lynch, pedgetis -> não é só fator de risco para câncer de colorretal, mas de outros cânceres ○ Perguntar história familiar: rastrear pela anamnese a história da família -> avaliar chance de ter síndromes hereditárias -> mesmo sendo 10% dos paciente com câncer = 100% deles vão ter câncer ■ 100% dos pacientes com síndrome hereditária terão câncer -> fazer acompanhamento preventivo ○ É obrigatório o rastreamento daqueles que têm histórico familiar Fatores de risco ● Idade > 50 anos ● Sd metabólica ● Síndrome familiar ● Etilismo ● Tabagismo ● Obesidade ● Alimentos ricos em conservantes ● Doenças inflamatórias intestinais (pela lesão da mucosa) ○ Doença de Crohn ○ Retocolite ulcerativa ● Pólipos (começam na mucosa, mas podem invadir as camadas histológicas) História Natural da Doença ● Desenvolvimento lento (anos) ● Pólipos ● Câncer esporádico ○ CA esporádico: ■ Mucosa intestinal sem patologias -> exposição a fatores de risco -> estimula a mucosa -> indução de mutação = inicialmente 1 mutação -> alteração do aspecto da mucosa (inicialmente hiperplásica, distendida, degeneração) -> cascata de mutações (acúmulo de mutações) -> aparecimento de doença neoplásica ■ Ao acumular mutação -> transforma = pólipo séssil ou pediculado CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I Classificação histológica dos pólipos ● A maioria dos pólipos não são neoplásicos!! ○ Pólipos hiperplásicos e inflamatórios -> mais comuns e não neoplásicos Não neoplásicos ● Hiperplásicos ● Inflamatórios ● Pseudopólipos ● Hamartomas Neoplásicos ● Adenoma (lesão pré-neoplásica) ○ Adenoma tubular ○ Adenoma túbulo-viloso ○ Adenoma viloso ● Serrilhado (lesão pré-neoplásica) ○ Adenoma serrilhado séssil ● Pólipos > 1 cm ● 3 pólipos ou + ● Displasia colorretal Importante!!!! ● Padrões neoplásicos ○ ( a ) pólipo hiperplásico; ○ ( b ) Adenoma/pólipo serrilhado séssil; ○ ( c ) Adenoma/pólipo serrilhado séssil com displasia; ○ ( d ) Adenoma serrilhado tradicional ● Pré neoplásicos = pólipos adenomatosos e serrilhados Fisiopatologia ● Estimulação da mucosa -> mutação -> inicia a degeneração da mucosa -> cascata de mutação que perpetua o crescimento (várias mutações seguidas) -> mutação mutação oncogene ou no gene de supressão tumoral -> conforme evolui, maior a chance de invasão e metástase Fisiológico ● Oncogenes: divisão celular; ● Supressor tumoral: apoptose ou retarda divisão celular. Mutação no DNA ● Transforma-se em oncogene ou desativa o supressor tumoral. ● Chance de mutação e metástase aumenta Via tradicional CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● 1ª mutação que ocorre = inativação do gene APC -> mutação do MMR e metilação do MH1 -> mutação no KRAS ou BRAF-> mutação da p53 -> neoplasia ● Sequência/ cascata de mutações, até chegar de um pólipo para um câncer ○ Quanto mais evolui, maior a chance de disseminação ● Demora em torno de 10-20 anos = evolução lenta ● Cabe ao médico fazer a detecção precoce!! Sequência de mudanças Vias de Carcinogênese ● 3 vias moleculares conhecidas (rosa, roxo e azul): ● In situ = restrito na mucosa ● T1 = invadiu submucosa e, a partir de então, tem chance de se desprender e ter metástase ● T2 = invade a muscular ● T3 = invade a camada serosa Estadiamento -> TNM CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● Avaliar qual está mais invasivo ○ Estágio 0 = restrito à mucosa ○ Estágio 3 = acometimento de linfonodos ■ Independente do T, o estágio é 3 se já tem disseminação linfonodal ■ Tx - N1 - M0 (x = 3) ○ Estágio 4 = tem metástase (M1) ■ M1 = estágio 4 (independente do T e do N) ● 1- Avaliar começando pelo M ○ M0 = não tem metástase ○ M1 = tem metástase ● 2- Avaliar o N ○ N 1 = tem disseminação linfonodal ● 3- Por fim, avaliar o T Rastreamento x Investigação Investigar: ● Pessoas SINTOMÁTICAS ○ Investigar a causa da anemia, melena Rastrear: ● Investigação de pessoas ASSINTOMÁTICAS a fim de classificá-las em alta ou baixa ○ A maioria dos pacientes iniciam com um pólipo -> inicialmente assintomático = fazer rastreio ● Probabilidade de desenvolver uma determinada doença, através de um exame ● Rastreio através de colonoscopia (para pacientes > 50 anos) ● Mesmo método diagnóstico para sintomáticos e assintomáticos = colonoscopia ● OBS.: para estômago e esôfago não tem método de rastreio, apenas para CA colorretal Rastreamento para Câncer Colorretal ● Assintomático e sem fator de risco* ● Colonoscopia (5-10 anos) ≥ 50 anos ○ Todo paciente assintomático > 50 anos deve fazer o rastreio com colonoscopia!!!! ● Solicitação de colonoscopia pelo atenção primária (PSF) ● Um parente de primeiro grau com CCR ou adenoma < 60 anos. OU ● Dois parentes de primeiro graus com CCR em qualquer idade ○ Colonoscopia (5-10anos) ≥ 40 anos ● Parente de 1º grau < 60 anos ou 2 parentes com câncer de colo retal em qualquer idade = colonoscopia aos 40 anos ○ Se parente de 1º grau teve CA de colo retal aos 42 anos -> realizar colonoscopia aos 32 anos (10 anos antes!!) ● Colonoscopia: possibilita a visualização da lesão, aspecto, tamanho da lesão e possibilita a coleta de material para patologia ● OBS.: Adenoma = lesão pré maligna; Adenocarcinoma = lesão maligna Diretrizes para rastreamento Diretrizes para o rastreamento na população de médio risco (indivíduos assintomáticos com idade maior ou igual 50 anos, sem fatores de risco adicionais) ● Solicitar pesquisa de exame oculto nas fezes para todos os pacientes ≥ 50 anos, anualmente ○ Se sangue oculto nas fezes + e enema baritado com “mordida da maçã” -> deve-se fazer rastreio oncológico, por meio da colonoscopia= justificar para pedir em PSF ● Paciente acima de 50 anos em consultório particular -> solicitar colonoscopia diretamente ○ Não ser negligente!!! Passos para o rastreamento CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● Teste imunohistoquímico e DNA das fezes não tem no SUS ● Se paciente > 50 anos fez colposcopia e o resultado sem alterações -> fazer 10 anos depois (tempo de degeneração do pólipo) Quadro clínico Câncer de cólon direito (fezes líquidas) -> assintomático ● Assintomático ● Sangramento ● Massa abdominal ● Se presença de massa tumoral, chance maior de invasão ○ Sintomas inespecíficos ■ Se sintomas = melena, fraqueza ● Perda ponderal Câncer de cólon esquerdo (fezes sólidas) -> sintomas precoces ● Alteração do hábito intestinal,/ do aspecto das fezes ● Constipação ou diarreia ● Cólicas ● Hematoquezia, enterorragia ● Cansaço, fraqueza ● Astenia ● Perda ponderal ● Sintomas inespecíficos Quadro clínico geral ● Icterícia, tosse crônica, cansaço crônico, dispneia importante, hepatomegalia -> pensar em metástase CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● Paciente sintomático -> fazer colonoscopia ● Biópsia apresentando laudo com adenoma ○ Biópsia da colonoscopia com descritivo de adenoma -> se não se assemelha ao adenoma/ pólipo na colonoscopia, desconfiar se não tem um adenocarcinoma (a biópsia é feita por um pedaço aleatório -> pode não pegar área com mais degeneração) ○ Se a biópsia se assemelha ao tumor e no diagnóstico não veio tumor -> retirar toda a área por via cirúrgica = ressecção cirúrgica Exames complementares ● Hemograma completo: avaliar sentem anemia ● Enzimas hepáticas: avaliar se tem metástase hepática ● Marcadores tumorais ○ CEA: marcador tumoral não específico para o colo, pode estar aumentado em outras situações ■ No paciente com câncer colorretal fazer a marcação do CEA = dá o grau de prognóstico e norteia o seguimento ■ Fazer CEA antes e depois do tratamento -> comparar o CEA inicial ao pós tratamento ■ CEA 2 e fazer primeira linha de tratamento (cirurgia) -> depois de 6 meses repetir o CEA (CEA pós tratamento) -> se aumento do CEA pode ser uma recidiva ou metástase tumoral Vias de Disseminação Linfática Continuidade ● Disseminação por continuação para o mesmo órgão/ continuou na mesma estrutura anatômica ● Ex.: Iniciou pelo sigmóide e continuou no reto Contiguidade ● Invade órgão vizinho (passou todas as camadas histológicas e mudou de órgão) Hematogênica ● Disseminação pelo sangue ● Principal inicialmente = fígado Transcelômica (peritoneal) ● Disseminação para o peritônio ○ Carcinomatose peritoneal CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I Exames de estadiamento ● Colonoscopia ● Tomografia ● Ultrassonografia ● Ressonância Colonoscopia ● Avalia todo o cólon do paciente ● Ex.: Paciente com tumor no reto baixo e foi encontrado outro tumor no ceco -> colectomia total = tumor não é contínuo e nem contíguo 2 tumores coexistindo ao mesmo tempo e com estadiamento distinto = tumor sincrônico (2 tumores primários ao mesmo tempo) ■ Estadiamento pode ser igual ou diferente ■ Não é metástase -> agrupamento linfático e hematogênico diferentes Peça cirúrgica aberta, evidenciando os tumores de ceco (à esquerda) e reto baixo (à direita) ● Colectomia total ● Tumor não é contínuo (não é em todo o cólon) ● Tumor não é contíguo (reto não está do lado do ceco) ● Dois tumores coexistindo com estadiamento distintos (pode ser igual ou diferentes) = tumor sincrônico Tomografia ● Permite ver o tamanho do tumor e as metástases Bolinhas pretas = metástase Ultrassonografia ● Abdominal -> consegue ver a lesão metastática no fígado ● Endorretal -> consegue avaliar a espessura do envolvimento da lesão Ressonância ● Avalia lesão e comprometimento de esfíncter interno e externo, músculos e órgãos contíguos e invasão possível PET-CT ● Permite ver metástase Lesão e metástase (hepática e óssea) Estadiamento ● Vias de linfonodos no local CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● A depender do local que o tumor está, tem-se uma via linfonodal e arterial associadas ● Ressecar na origem para retirar toda a via de disseminação ○ Abordar a origem do tumor, identificar o ramo arterial que nutre o tumor, ligar e seccionar -> então depois manipular o tumor e, se desprender células, não ocorrerá metástase ■ Bloquear a via e depois manusear/ abordar o tumor = princípio da cirurgia oncológica ● Pólipo transformado ● Ressecção endoscópica, com avaliação da profundidade da mucosa ● Protocolo para ressecção dos pólipos identificados a colonoscopia – NCCN Saber para as provas de residência ● NCCN: o estadiamento não muda, o que muda é o protocolo de quimioterapia com as atualizações NCC 2022 NCCN 2023 ● NCCN muda todo ano -> mudança do protocolo da quimioterapia ○ Estadiamento não muda CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● OBS.: aumento linfonodal persistente e > 2 cm -> chama a atenção Estádios ● Estágio 1: acomete até a muscular ● Estágio 2: acomete a serosa; invade órgãos vizinhos (disseminação por continuidade) ● Estágio 3: disseminação linfonodal ● Estágio 4: acomete outros órgãos (tem metástase) Tratamento ● No CA colorretal preconiza preferencialmente a cirurgia como tratamento, em todos os casos -> em todos os casos se tiver condição de operar = operar sempre ○ Ressecção endoscópica, transanal, cirurgia convencional ou videolaparoscopia Cólon e reto alto ● Preferencialmente cirurgia ● > 95% dos casos ● Alta possibilidade de cura ● Tratamento cirúrgico ● Sem necessidade de tratamento quimioterápico adjuvante Reto médio e baixo ● Alta possibilidade de cura ● Tratamento cirúrgico ● Sem necessidade de tratamento quimioterápico adjuvante. ● Comprometimento linfonodal -> difícil operar ○ 1º quimioterapia -> reduzir o tamanho tumoral -> cirurgia Cólon e reto alto ● 84,5% a 58,4% (IIA a IIC); ● Cirurgia associada à quimioterapia adjuvante, conforme estratificação de risco de cada paciente. CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I Cólon e reto alto ● 87,6 a 34,9% (IIIA a IIIC) ● Cirurgia associada à quimioterapia adjuvante; ● Discutir tempo de QT. Reto médio e baixo ● Depende da extensão do tumor – em tumores avançados, a cirurgia isolada não tem os mesmos índices de cura. ○ Se comprometimento linfonodal -> primeiro quimioterapia, reduzir o tamanho tumoral e cirurgia Cólon e reto alto ● < 20% ● QT associada ou não a terapias molecular. ● Cirurgia ou radiofrequência para as metástases no fígado e pulmão. ● Estágio 4 = Tratamento sistêmico com quimioterapia e imunoterapia ○ Primeiro tratar a metástase ○ Depois pode fazer a cirurgia Reto médio e baixo ● QT associada ou não a terapias molecular e/ou cirurgia. ● Disseminação hematogênica para o fígado ○ Fazer embolização hepática -> regressão do tumor -> chance da quimioterapia ser mais eficaz e ter melhor prognóstico CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I Tumor de Cólon - fluxograma ● Doença locorregional Sobrevida ● Sobrevida em 5 anos ● Iniciais > 90 % ● Regionais ± 70% ● Avançado < 15% ○ Recidivas ● Ressecção de reto médio e baixo - retirar o mesorretal (região com gordura e linfonodo, presentes na pelve) Diâmetro entre última célula tumoral até a margem do mesorreto 1- parte anterior do mesorreto ● R0: diâmetro entre a última célula tumoral até a margem do mesorreto ● RO = retirado ● Tumor avançado – mesorreto comprometido Margem radial comprometida por continuidade ● Em alguns casos, o tumor invade o mesorreto -> impossibilita uma incisão R0 Câncer anal (canal anal e margem anal) ● Raros Região anal ● Parte mais distal do trato gastrointestinal ● Contém a linha pectínea CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ● Ambos são raros ● Câncer de canal anal é o mais prevalente entre os 2 ○ Acomete mais as mulheres ○ Tem pior prognóstico Mulheres ● 80% ● Mais prevalente em mulheres ● Câncer de canal anal: acomete mais as mulheres ● TU. Indiferenciado ● Doença nodal peri-retal ● Tratamento: RxT + QT ● PIOR PROGNÓSTICO Homens ● Câncer de margem anal ● 20% ● Acomete mais homens ● TU. BEM diferenciados ● Doença nodal inguinal ● Tto: Excisão local ● MELHOR PROGNÓSTICOFatores de risco para CA de canal e margem anal ● Idade > 50 anos ● Má higiene ● Múltiplos parceiros ● DSTs: HIV +, HPV ● Imunossuprimidos ● Prática de sexo anal ● Má higiene ● Múltiplos parceiros ● Fístula perianal crônica Sinais e sintomas ● Linfonodomegalia ○ Principalmente em região inguinal ● Prurido ● Dor anal ● Sangramento da região anal ● Sensação de aumento do volume da região anal ○ Paciente queixa de hemorroida, mas é lesão vegetante ● Alteração do aspecto das fezes Tipo histológico ● Tipo histológico mais comum do câncer de canal anal -> CEC (Carcinoma Espinocelular) ○ Abaixo da linha pectínea = células epiteliais ○ Fazer ressonância para estadiar Diagnóstico ● Exame proctológico ● Instrumento: dedo Diagnóstico e Estadiamento ● Ultrassonografia e ressonância ○ Para quantificar a profundidade e a invasão ○ Pedir para todos os tamanhos (pode-se ter um cec de 1 cm e mesmo assim invadir órgãos locorregionais) CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I Ultrassonografia Ressonância ● Avalia extensão tumoral ● Linfonodos regionais ● Órgãos abdominais ● T -> tamanho ○ Tumor < 2 cm = T1 ○ Tumor > 5 cm -> saber se invadiu órgãos locorregionais (saber por meio de ressonância ou ultrassom) ■ Não invadiu órgãos locorregionais = T3 ■ Invadiu = T4 ● Linfonodos classificados de acordo com a localização ○ Linfonodo inguinal comprometido = N3 ● In situ = estágio 0 ● Quanto mais avançado o tumor, a carga linfonodal envolvida e o órgão contíguo envolvido -> maior ou estágio ● OBS.: Saber FR e sintomas para prova!! ● Avaliar paciente com queixa de hemorroida ○ Pode ser uma lesão vegetante Tratamento ● Depende do tipo e estadiamento tumoral; ● Pode ser clínico e/ou cirúrgico; ○ Cirurgia é mutiladora (não usar em casos iniciais) -> deixar para os casos graves ou recidivas ● Mais utilizado é a combinação de quimioterapia e radioterapia ○ Fazer quimio e radio em estágios iniciais ■ Quanto menor o CEC, maior a chance de efetividade do tratamento da radioterapia e menor a chance de recidiva (menor carga tumoral) ■ Quanto maior o nº de linfonodos -> maior a chance de recidiva -> pior o prognóstico ■ Tumores maiores -> menor a sobrevida global do paciente ● Após -> reavaliar o paciente por meio de exame proctológico ○ Acompanhar de 6 em 6 meses por exame proctológico ● Recidiva ou avançado - RAP ○ Se recidiva -> fazer biópsia CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I ○ Se presença do tumor ainda depois da quimio e radio -> acompanhar o paciente -> se recidiva = retirar todo o reto do paciente por procedimento cirúrgico CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I Evolução do tratamento ● Protocolo ● Atual ● Fatores prognósticos ● Quanto maior o tumor -> menor a sobrevida ● Resultados do tratamento ● Tratamento RAP ○ Cirurgia não é feita precocemente, pois é mutiladora ○ Paciente não evacua mais pelo â nus após a cirurgia -> bolsa de colostomia ○ 2 tempos de cirurgia: ■ Paciente em decúbito dorsal ■ Paciente em prona (decúbito ventral) -> paciente apos ter feito quimio e radio -> faz ressecção até a região sacral -> retirada de todos os esfíncteres Retirada de todos os esfíncteres = amputação do reto Tela para reconstituir o reto ● Colocada de tela para evitar deiscência ● A parte mais distal do retalho pode ter isquemia (em roxo) ● Problema = é na área do glúteo -> paciente não pode sentar até cicatrizar ○ Pós operatório = decúbito lateral ○ Orientar bem o paciente antes da cirurgia -> pós operatório = ficar em decúbito lateral ○ Chance de isquemia e de abertura da sutura se paciente sentar ○ Colostomia definitiva CLÍNICA CIRÚRGICA - CICLO I Neoplasias do canal anal - cirurgia de resgate quando fazer? ● Cirurgia R0 ● Tumor recidivado ou não teve boa resposta à quimio e invadiu parede posterior de vagina -> retirada do reto e parede posterior de vagina Resgate - quando não fazer ● Cirurgia higiênica R1/R2 ● Cirurgia com ressecção higiênica -> resseca toda região e fica com colostomia definitiva ● Tem a ver com o grau de instrução da população chegar a esse ponto, falta de assistência médica ● Paciente recebeu alta no 27º DPO Pós operatório e peça retirada ● Reconstrução por cirurgião plástico
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