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Donovanose: Infecção Sexualmente Transmissível

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Anny Caroline – Ginecologia e Obstetrícia 
 Donovanose 
 Infecção sexualmente transmissível (IST), de maior prevalência em regiões de clima tropical e subtropical.Também chamada 
de granuloma inguinal. 
 Agente etiológico: 
bactéria Gram negativa Klebsiella granulomatis. 
 Manifestação: 
Período de incubação em torno de 50 dias, variando de 3 dias a 6 meses; 
Após o contágio, surge uma lesão com aspecto de nódulo ou pápula (caroço) no local de inoculação do patógeno. Essa lesão 
sofre erosão e adquire o aspecto de uma úlcera de coloração vermelha, que é indolor e sangra com facilidade. Conforme a 
extensão da úlcera aumenta, ocorre destruição da pele adjacente (Imagem em espelho). Não ocorre linfonodomegalia (íngua). 
Muito embora o acometimento de pele e mucosas seja o mais comum, a bactéria pode acometer também as vísceras, por meio 
da disseminação hematogênica, ou seja, através da corrente sanguínea. Além disso, a destruição da pele pela úlcera cria uma 
porta de entrada, que pode favorecer a infecção por outros microrganismos. 
 
 Diagnóstico: 
Essencialmente clínico, ou seja, pode ser feito pela constatação dos sinais e sintomas; 
O diagnóstico laboratorial também é possível. Neste caso, é realizada uma biopsia da 
lesão e em seguida um esfregaço em lâmina. Constata-se a donovanose pela observação 
dos corpúsculos de Donovan ao microscópio. 
 Tratamento: 
É feito por 3 semanas ou até a regressão das lesões; 
1ª opção: Doxiciclina 100mg, via oral, de 12 em 12 horas, por 3 semanas. 
2ª opção: Azitromicina 1g, via oral, 1 vez por semana, por 3 semanas 
 Anny Caroline – Ginecologia e Obstetrícia 
 Ou 
 Ciprofloxacino 750mg, via oral, de 12 em 12 horas, por 3 semanas 
 ou Sulfametoxazol – Trimetoprim (800/160mg), via oral, de 12 em 12 horas, por 3 semanas 
 ou associar Eritromicina 500mg, via oral, de 6 em 6 horas, por 3 semanas + Gentamicina 1mg/kg, intravenoso, a cada 8 horas, 
em alguns casos mais graves. 
Em gestantes: Esterato de Eritromicina ou Azitromicina. 
Em pacientes HIV+ não há diferença. 
O contato sexual deve ser evitado durante o tratamento e enquanto houver lesões ativas. 
Durante a consulta vale a pena ressaltar: 
− Informação/Educação em saúde; 
− Oferta de preservativos; 
− Oferta de testes para HIV e demais IST (sífilis/VDRL, hepatite B, gonorreia e clamídia), quando disponíveis; 
− Ênfase na adesão ao tratamento; 
− Vacinação para HBV e HPV, conforme estabelecido; 
− Oferta de profilaxia pós-exposição para o HIV, quando indicado; 
− Oferta de profilaxia pós-exposição às IST em violência sexual; 
− Notificação do caso, conforme estabelecido; 
− Comunicação, diagnóstico e tratamento das parcerias sexuais (mesmo que assintomáticas).

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