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03 - aspectos de dosagem, seletividade clínica e estereoisomerismo do fármaco

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ASPECTOS DE DOSAGEM, SELETIVIDADE CLÍNICA E ESTEREOISOMERISMO DOS FÁRMACOS
A compreensão de farmacocinética e farmacodinâminca 
ajudam a explicar a relação entre a dose e a resposta. 
A escolha do regime de dosagem pode salvar um paciente, 
assim como, levá-lo a uma patologia. 
Formulações determinam a via e o modo de adm, bem como a 
adequação do medicamento para uso em várias espécies 
animais. 
REGIMES DE DOSAGEM 
Consistem em uma sistematização do tratamento de um 
paciente, no qual envolve a adm do fármaco, quantidade de 
doses do fármaco e intervalo entre doses. 
A relação entre a dose de uma droga e o efeito alcançado não é 
constante, variando entre, diferentes espécies (os fármacos 
entre as espécies são utilizados de maneira diferente), dentro de 
uma mesma espécie pode haver modificações também, como 
nas raças dolicefálicas, que possuem uma deficiência no gene 
MDR1 (responsável pela síntese da glptn P – na barreira 
hematocefálica faz uma seletividade do que entra e sai, 
dificultando o que pode sair), e com isso são mais suscetíveis a 
algumas intoxicações. Animais também podem ter diferença 
de acordo com os momentos da vida, por exemplo, durante a 
senilidade (pode haver dificuldade de metabolização e/ou 
excreção por causa de possíveis comprometimentos hepáticos 
ou renais) ou durante a gestação. 
A resposta gradual, é utilizada para a maioria dos fármacos, 
aumentando-se a dose, aumenta-se o efeito, ou seja, a 
intensidade da resposta é proporcional à concentração eficaz da 
droga. Já a resposta quantal, é utilizada para fármacos de uso 
contínuo, e aumentando-se a dose, nem sempre aumenta o 
efeito, sendo assim, a intensidade da resposta é descrita como 
“tudo ou nada” (anticonvulsivantes, anticoncepcional). 
 
- interpretando esse gráfico, a gente consegue ver a potência do 
fármaco, ou seja, a quantidade necessária para provocar uma 
resposta. (a dosagem para que haja uma resposta mínima ou 
significativa). Normalmente é representada ao logo do eixo da 
concentração da droga, eixo X. Quanto menor a concentração 
com produção de efeito, mais potente. 
- outro aspecto visível é a eficácia, que é a resposta máxima 
produzida, ilustrada pelo platô na curva dose-resposta. 
Apresenta algumas limitações de eficácia, como efeitos 
colaterais, por conta de que quando se atinge a eficácia Max, 
pode surgir alguns efeitos adversos. 
 - a curva reflete o mecanismo de ação do medicamento, sendo 
que ela varia de acordo com populações biológicas. As 
diferenças na curva se dá por mecanismos de ações distintos 
- a quantidade de fármaco que está chegando aos receptores e a 
quantidade de fármaco que está ativando esses receptores pode 
influenciar na curva e também na eficácia. 
ASPECTOS DE DOSAGEM 
 
- o fármaco X, com uma dose menor, já consegue iniciar os 
seus efeitos e atingir uma eficácia máxima. O Y, tem uma 
eficácia máxima menor que X e Y. O Z, precisa de uma dose 
maior para começar a ter efeitos e atingir a eficácia. 
- o fármaco x possui uma maior atividade biológica equivalente 
de dose 
- o fármaco x e o z possuem uma mesma eficácia, porém, a 
dose necessária de z para que essa eficácia aconteça é maior. 
- o fármaco y é mais potente que o z, uma vez que, quando as 
doses de ambos são comparadas, a dose de Y para acontecer 
um efeito é menor, tendo uma resposta mais rápida. 
 
 
 
 
RESPOSTA GRADUAL 
 
- comparações entre fármacos em um único indivíduo 
- a histamina com uma dose menor, já consegue fazer efeito e 
atingir o platô. Diferente da acetilcolina, que precisa de uma 
dose maior. Portanto, a histamina é mais potente 
RESPOSTA QUANTAL 
 
- estudo de um fármaco em uma determinada população. 
- vai estudar tanto sobre a dose de eficácia (ED), como a dose 
letal (LD). 
INTERVALO TERAPÊUTICO 
É um número que indica à margem de segurança do 
medicamento, quando maior o número terapêutico, maior a 
margem de segurança, sendo o ideal = 4 
O regime de dosagem é influenciado pela farmacocinética e 
pelo conhecimento do intervalo terapêutico – (LD50/DE50 = 
dose letal em 50% da população divido pela dose de eficácia 
em 50% da população) 
 
O fenobarbital é um fármaco que necessita atingir a sua 
concentração plasmática máxima para que ele consiga fazer 
efeito. Portanto, a terapêutica desse fármaco é mais 
complicada, mesmo que ele possua uma margem de segurança 
ótima. 
A DIFERENÇA ENTRE O REMÉDIO E O VENENO É A 
DOSE - Paracelso 
 
Para saber a dosagem desse fármaco, usa-se a formula do 
intervalo terapêutico (IT). 
Para se ter uma maior margem de segurança, fazer o cálculo do 
fator de segurança. DL1 = a dose letal na qual o primeiro 
indivíduo morreu e DE99 = a dose de eficácia na qual o último 
indivíduo que sentiu o efeito do fármaco 
SELETIVIDADE CLÍNICA 
Quando se tem a administração de um fármaco, ele irá passar 
por todos os processos de farmacocinética e farmacodinâmica, 
e então vai ocorrer a interação medicamento-célula no lugar de 
ação do fármaco, esse processo se dá pela seletividade do 
fármaco. 
A seletividade clínica refere-se ao grau em que um fármaco age 
em um determinado tecido quando comparado a outros locais. 
Pode ser influenciada pela ação do medicamento (afinidade de 
receptor e quantidade que alcança o tecido), forma de dosagem 
(comprimido, cápsula ou solução), via de adm (parental, oral 
ou tópica) e dose administrada (dosagem ideal ou subdosagem) 
É diferente de especificidade que é diferente de sensibilidade 
A seletividade descreve a capacidade de uma droga de afetar 
uma determinada população, ou seja, gente, ptn, via de 
sinalização ou célula, de preferência a outras. 
A especificidade descreve a capacidade de um medicamento de 
causar uma determinada ação em uma população. 
 A sensibilidade descreve a capacidade de uma população de 
responder a capacidade de um medicamento, de estimular 
aquela entidade em uma dose especificada. 
A seletividade clínica pode ser dividida em 3 categorias: 
Medicamentos altamente seletivos – afetam apenas 
um único órgão ou sistema, como exemplo a digoxina, 
é um fármaco inotrópico positivo com ação na ação na 
Na+/K+ATPase 
Medicamentos relativamente seletivos – apesar de 
terem efeito em um único tecido, eventualmente 
podem atingir em outros. Ex: ibuprofeno que é um 
fármaco anti-inflamatório não eteroidal. 
Medicamentos relativamente não seletivos – afetam 
muitos tecidos ou órgãos diferentes. Ex: atropina que 
é um fármaco antagonista de receptores muscarínicos, 
tem efeitos de taquicardia e inibição de secreções 
lacrimais, salivares e brônquicas; 
A dobutamina é um fármaco de administração por infusão 
venosa em razão da meia-vida muito curta, tendo vantagem de 
entregar a droga no local de ação. 
O timolol é um antagonista não seletivo de β-adrenoceptores, 
pode ser utilizado como colírio para hipertensão ocular, sendo 
absorvido pela circulação sistêmica. É contraindicado em 
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou propensos a 
asma. 
ESTERIOISOMERISMO DOS FÁRMACOS 
ISOMERISMO 
Quando se tem substâncias químicas com partes iguais mas 
com conformações diferentes 
 
 
Para a farmacologia, isso influencia, pois altera a função do 
fármaco. 
 
Isomeria constitucional: isômeros compostos de estruturas 
estáticas que possuem a mesma fórmula molecular, mas se 
diferenciam pelas fórmulas estruturais. 
 
Isomeria espacial (esteroisomeria): isômeros compostos de 
estruturas estáticas que possuem a mesma fórmula molecular, 
mas se diferenciam pelo arranjo espacial dos átomos. 
Podem ser enantiômeros: isômeros que possuem a mesma 
composição e ligações, mas são fundamentalmente diferentes 
em razão de serem imagens refletidas um do outro. É a imagem 
especular um do outro, sua molécula é assimétrica e não são 
sobreponíveis. Possuem funções diferentes. São compostas por 
um carbono quiral, que possui 4lig diferentes,. 
 
Podem ser diasteroisômeros: isômeros que possuem a mesma 
composição e ligações, mas que não são fundamentalmente 
diferentes em razão de não serem imagens refletidas um do 
outro. Podem apresentar conformação trans ou cis. 
 
Para diferenciar isso melhor, principalmente nos fármacos há o 
teste de luz polarizada, que vai diferenciar se um composto é 
dextrogiro (R) – amostra com atividade óptica desviada para a 
direita – ou se o composto é levogiro (S) – amostra com 
atividade óptica desviada para a esquerda. As amostras que não 
apresentam desvio de atividade óptica são racemato (mistura 
racêmica = R+S). 
 IMPLICAÇÕES DO ESTEREOISOMERISMO 
Alguns fármacos são compostos estereisoméricos 
comercializados na forma de racemato. Por conta da questão 
econômica. 
Podem afetar na farmacodinâminca, afetando a ligação com o 
receptor, e alterando a potência do fármaco. Ex: S propanolol 
(40 x mais potente) x R propanolol // S lozartana que tem um 
efeito quase inexistente. 
Interconversão metabólica: ação de enzimas (principalmente do 
TGI) sob o fármaco podem converte-lo em isômero diferentes. 
Ex: conversão do R inativo em S ativo do ibuprofeno. 
Ex: talidomida = o R era responsável pelas propriedades 
analgésicas, sedativas e antieméticas e o S é inativo 
Concluindo... 
Conhecimentos dos aspectos de farmacocinética e 
farmacodinâminca como as características de dosagem e 
seletividade clínica auxiliam no tratamento do paciente 
Estudos precisos a respeito das implicações do 
estereoisomerismo em fármacos podem evitar erros de 
preparos de medicamentos e como consequência o 
desenvolvimento de drogas mais seguras. 
 
 
Este é um resumo que é utilizado para meus estudos. Todo o conteúdo 
foi baseado em anotações de aula, materiais didáticos disponibilizados 
pelo professor da disciplina de Farmacologia Básica e no livro 
“Farmacologia” dos autores Rang e Dale. Esse resumo não substitui o 
livro e tenho somente direitos editoriais do resumo.

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