Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
QUIA49 Química Quântica I: Estrutura Atômica e Molecular Universidade Federal da Bahia Instituto de Química Departamento de Físico-Química O modelo da partícula na caixa e degenerescência y12(x,y) y x y21(x,y) y x Caixa de tamanho a 0 ax ∞∞ Partícula na caixa: a partícula microscópica (massa 𝑚) se desloca sem a influência de um potencial (𝑉 𝜏 = 0) e apenas em uma certa região do espaço (caixa). Partícula se movimenta apenas na direção x, entre 0 e a Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Região de x entre 0 e a é a caixa unidimensional (1D) 𝑉 𝑥 = ∞ 𝑥 < 0 e 𝑥 > 𝑎 𝟎 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 Condições de contorno para as soluções: 𝜓 𝑥 ≤ 0 = 0 𝜓 𝑥 ≥ 𝑎 = 0 O modelo mais simples é o unidimensional, em que o movimento acontece em apenas uma direção. Para este modelo, vamos considerar a direção x e a região “permitida” entre 𝒙 = 𝟎 e 𝒙 = 𝒂. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Analisando as soluções: autofunções de 𝐻 Funções de onda (estados estacionários) 𝑛 = 1, 2, 3, 4, … 𝜓𝑛 𝑥 = 2 𝑎 1 2 sen 𝑛𝜋𝑥 𝑎 ( 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 ) Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Analisando as soluções: autofunções de 𝐻 Funções de onda (estados estacionários) 𝒏 é o chamado de número quântico do sistema 𝑛 = 1, 2, 3, 4, … 𝜓𝑛 𝑥 = 2 𝑎 1 2 sen 𝑛𝜋𝑥 𝑎 ( 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 ) Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Analisando as soluções: autofunções de 𝐻 Funções de onda (estados estacionários) 𝒏 é o chamado de número quântico do sistema 𝑛 = 1, 2, 3, 4, … 𝜓𝑛 𝑥 = 2 𝑎 1 2 sen 𝑛𝜋𝑥 𝑎 ( 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 ) 𝝍 𝒏 𝒙 Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Analisando as soluções: autofunções de 𝐻 Funções de onda (estados estacionários) 𝒏 é o chamado de número quântico do sistema 𝑛 = 1, 2, 3, 4, … 𝜓𝑛 𝑥 = 2 𝑎 1 2 sen 𝑛𝜋𝑥 𝑎 ( 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 ) 𝝍 𝒏 𝒙 Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Analisando as soluções: autofunções de 𝐻 Funções de onda (estados estacionários) 𝒏 é o chamado de número quântico do sistema 𝑛 = 1, 2, 3, 4, … 𝜓𝑛 𝑥 = 2 𝑎 1 2 sen 𝑛𝜋𝑥 𝑎 ( 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 ) 𝝍 𝒏 𝒙 Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Analisando as soluções: autofunções de 𝐻 Funções de onda (estados estacionários) 𝒏 é o chamado de número quântico do sistema 𝑛 = 1, 2, 3, 4, … 𝜓𝑛 𝑥 = 2 𝑎 1 2 sen 𝑛𝜋𝑥 𝑎 ( 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 ) 𝝍 𝒏 𝒙 Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Analisando as soluções: autofunções de 𝐻 Funções de onda (estados estacionários) 𝒏 é o chamado de número quântico do sistema 𝑛 = 1, 2, 3, 4, … 𝜓𝑛 𝑥 = 2 𝑎 1 2 sen 𝑛𝜋𝑥 𝑎 ( 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 ) 𝝍 𝒏 𝒙 Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Analisando as soluções: autofunções de 𝐻 Funções de onda (estados estacionários) 𝒏 é o chamado de número quântico do sistema 𝑛 = 1, 2, 3, 4, … 𝜓𝑛 𝑥 = 2 𝑎 1 2 sen 𝑛𝜋𝑥 𝑎 ( 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 ) 𝝍 𝒏 𝒙 𝐸 𝑛 / Τ ℎ 2 8 𝑚 𝑎 2 𝑛 𝑛 = 1, 2, 3, 4, …𝐸𝑛 = ℎ2𝑛2 8𝑚𝑎2 𝑛 = 1, 2, 3, 4, …𝐸𝑛 = ℎ2 8𝑚𝑎2 𝑛2 Analisando as soluções: autovalores de 𝐻 Energias dos estados estacionários Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Quantização da energia do sistema Funções Energias Estados estacionários: 𝜓1 𝐸1 𝜓2 𝐸2 𝜓3 𝐸3 𝜓4 𝐸4 𝜓5 𝐸5. . . . . . En e rg ia s p er m it id as c la ss ic am e n te Estado fundamental Primeiro estado excitado Segundo estado excitado Terceiro estado excitado Número quântico Energia dos estados Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Energia de ponto zero Energia dos estados Energia mínima do sistema (estado fundamental) é diferente de zero Se a menor energia possível fosse igual a zero (px = 0), Dpx seria igual a zero. Pelo Princípio da Incerteza, isto implicaria que Dx seria infinita. No entanto, como a partícula está confinada na caixa, a incerteza máxima na posição deve ser igual ao tamanho da caixa, Dx = a . Portanto, não existe estado com E = 0 para este sistema (consequência do Princípio da Incerteza). Estado fundamental Primeiro estado excitado Segundo estado excitado Terceiro estado excitado Número quântico Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Energia de ponto zero As densidades de probabilidade 𝝍𝒏(𝒙) 𝟐 não são constantes ao longo da caixa. Isso implica que a probabilidade de a partícula ser localizada em uma certa região pode ser muito maior do que em outra. Este resultado também está é discrepante em relação ao previsto pela mecânica clássica (probabilidade igual em qualquer ponto da caixa). Surgimento natural do efeito de quantização devido ao confinamento da partícula. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 1 Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 2 Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 3 Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 4 Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 5 Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 10 Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 20 Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 50 Princípio da Correspondência: resultados de Mecânica Quântica e Mecânica Clássica tendem a concordar no limite de números quânticos altos. Por exemplo, a densidade de probabilidade se torna mais uniforme ao longo da caixa quando o valor de 𝑛 aumenta. Modelo da partícula na caixa unidimensional (1D) 𝑛 = 100 Equação de Schrödinger depende de duas varáveis espaciais (x e y) As funções de onda dependem de x e y e há um número quântico associado a cada dimensão espacial (𝑛𝑥 e 𝑛𝑦): Modelo da partícula na caixa bidimensional (2D) 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 0 ≤ 𝑦 ≤ 𝑏 Caixa de dimensão 𝑎 x 𝑏 As energias dependem de ambos números quânticos: Estados estacionários: Funções de onda e Energias 𝜓11 𝐸11 𝜓21 𝐸21 𝜓12 𝐸12𝜓22 𝐸22 . . . . . . 𝜓31 𝐸31 𝜓13 𝐸13 𝜓32 𝐸32 𝜓33 𝐸33 𝜓23 𝐸23 𝜓41 𝐸41 𝜓14 𝐸14 𝜓𝑛𝑥𝑛𝑦 𝑥, 𝑦 = 4 𝑎𝑏 1 2 sen 𝑛𝑥𝜋𝑥 𝑎 sen 𝑛𝑦𝜋𝑦 𝑏 𝑛𝑥 = 1, 2, 3, 4, … 𝑛𝑦 = 1, 2, 3, 4, … 𝐸𝑛𝑥𝑛𝑦 = ℎ2 8𝑚 𝑛𝑥 2 𝑎2 + 𝑛𝑦 2 𝑏2 𝑛𝑥 = 1, 2, 3, 4, … 𝑛𝑦 = 1, 2, 3, 4, … Modelo da partícula na caixa bidimensional (2D) 0 0 0 0 Modelo da partícula na caixa bidimensional (2D) Modelo da partícula na caixa bidimensional (2D) Modelo da partícula na caixa bidimensional (2D) Modelo da partícula na caixa bidimensional (2D) Modelo da partícula na caixa bidimensional (2D) y x z Caixa de dimensões a x b x c Como é a equação de Schrödinger para este sistema? E as soluções? Passo 1: escrever o operador Hamiltoniano Passo 2: efetuar a separação de variáveis Passo 3: resolver equações independentes Modelo da partícula na caixa tridimensional (3D) a c b Resultados da resolução da equação de Schrödinger: Modelo da partícula na caixa tridimensional (3D) 𝜓𝑛𝑥𝑛𝑦𝑛𝑧 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 8 𝑎𝑏𝑐 1 2 sen 𝑛𝑥𝜋𝑥 𝑎 sen 𝑛𝑦𝜋𝑦 𝑏 sen 𝑛𝑧𝜋𝑧 𝑐 𝑛𝑥 = 1, 2, 3, 4, … 𝑛𝑦 = 1, 2, 3, 4, … 𝑛𝑧 = 1, 2, 3, 4, … 𝐸𝑛𝑥𝑛𝑦𝑛𝑧 = ℎ2 8𝑚 𝑛𝑥 2 𝑎2 + 𝑛𝑦 2 𝑏2 + 𝑛𝑧 2 𝑐2 𝑛𝑥 = 1, 2, 3, 4, … 𝑛𝑦 = 1, 2, 3, 4, … 𝑛𝑧 = 1, 2, 3, 4, … E se as dimensões da caixa forem iguais (caixas simétricas)? Caixa 2D: a = b Caixa 3D: a = b = c Para uma certa combinação de números quânticos, há 2 ou mais autofunções de autovalores iguais: autofunções degeneradas Funções de onda de estados degenerados Por exemplo, para caixa 2D: 𝜓21 𝐸21 𝜓12 𝐸12 se a = b 𝐸21 = 𝐸12 Os estados descritos por 𝜓21 e 𝜓12 têm a mesma energia! Modelo da partícula nas caixas 2D e 3D: Degenerescência 𝐸𝑛𝑥𝑛𝑦 ∝ 𝑛𝑥 2 + 𝑛𝑦 2 𝐸𝑛𝑥𝑛𝑦𝑛𝑧 ∝ 𝑛𝑥 2 + 𝑛𝑦 2 + 𝑛𝑧 2 Degenerescência na caixa 3D 𝑛 𝑥 2 + 𝑛 𝑦 2 + 𝑛 𝑧 2 𝑛𝑥, 𝑛𝑦, 𝑛𝑧 a = b = c Energia é proporcional a 𝑛𝑥 2 + 𝑛𝑦 2 + 𝑛𝑧 2 Referências Conteúdo discutido: • bibliografia indicada do curso (principalmente McQuarrie e Simon “Physical Chemistry: a molecular approach”; “LibreTexts Textmap of McQuarrie and Simon's Book”; Levine “Physical Chemistry”) • material complementar disponível no Moodle
Compartilhar