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LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA CÂNCER DE ESÔFAGO • Descrito pela primeira vez no século XIX; • Doença de alta letalidade e prognóstico ruim no mundo todo, sendo a 7ª causa de morte por câncer no mundo; • Relação de 2:1 (homens X mulheres). • Raramente ocorre antes dos 40 anos. • Subtipos histológicos: CEC e adenocarcinoma. • CEC já foi o subtipo mais prevalente no mundo (90% dos casos). • Devido ao aumento da incidência da obesidade e DRGE, o adenocarcinoma corresponde hoje à 60% dos casos nos EUA e vem crescendo em todos os países do mundo. • Mais comum na Ásia (200 casos novos/100.000 habitantes), onde o CEC é mais prevalente devido aos hábitos de vida e fatores de exposição diária. • No Brasil, o subtipo mais comum é o CEC, porém com um número crescente na incidência de AC. • De 9 a 14% apresentam tumores sincrônicos no trato aerodigestório pelos fatores de risco como tabagismo e etilismo. o Mutações do p53, E-caderina, a-catenina e b- catenina; o Tilose: hiperceratose palmoplantar → Mutação dominante do 17q25 → 95% de risco de câncer aos 70 anos); o HPV 16 e 18 → CEC o Tabagismo (45% dos casos nos homens e 11% nas mulheres); o Consumo importante de álcool; o Tabagismo + Etilismo aumenta em 20x a chance de desenvolvimento de Ca de esôfago o Ingestão de nitrosaminas, alimentos contaminados com fungos e alimentos quentes; o Higiene oral precária, cáries dentárias; o Deficiência de ácido fólico, vit A e C, riboflavina, molibdênio, zinco, selênio e magnésio. o Lesões cáusticas, DRGE e esôfago de Barret; o Esofagite actínica em pacientes submetidos a tratamento radioterápico em tórax ou pescoço; o Síndrome de Plummer-Vinson (pseudomembrana no esôfago que aumenta o tempo de esvaziamento), leucoplasia, divertículo esofágico; o Mucosa gástrica ectópica, cirurgia gástrica prévia, acalásia e obesidade. LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA o CEC: Etiologia relacionada a abuso de tabaco e álcool o Adenocarcinoma: Etiologia relacionada a DRGE; o CEC: Displasia epitelial → Ca in situ → Ca Invasivo o AC: DRGE → Metaplasia Intestinal → Displasia → Ca in situ → Ca Invasivo; o CEC: maior mortalidade (comorbidades, fatores de risco, localização do tumor – principalmente no esôfago médio com relação a traqueia, brônquios fontes e artéria aorta); o CEC: Recorrências locorregionais o AC: Recorrências a distância. o Leva em consideração a distância do centro da lesão até a transição gastresofágica o Importante para programar tto da lesão o Tipo I: tratado como tumor de esôfago propriamente dito o Tipo II: tratado como esôfago ou estomago o Tipo III: tratado como tumor de estomago o Insidiosa, sendo os estágios iniciais assintomáticos, ocorrendo o diagnóstico nesse momento como achado incidental; o Disfagia (80-90% dos casos), mas só ocorre após a obstrução de 50-75% da luz do órgão; o Perda ponderal significativa (40%); o Odinofagia (40-50%). o Dor retroesternal; o Rouquidão; o Tosse ou cornagem; o Pneumonia; o Hemorragia digestiva alta (por sangramento do tumor ou por invasão de artéria de grande calibre) o Exame físico detalhado: linfonodos cervicais aumentados, caquexia, linfonodo de aire palpável o EDA: diagnostico e biopsia. É indispensável! o Esofagografia: lesão avançada com estenose de esôfago distal e dilatação do esôfago proximal e angulação do eixo de órgão na região da tumoração (quando observa essa angulação é um sinal indireto de que é uma lesão irresecavel) o Broncoscopia (tumores de 1/3 médio, acima da carina): para observar se há ou não invasão da traqueia LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA o Tomografia computadorizada: ▪ Não consegue diferenciar T1, T2 e T3, sendo o achado de espessamento de parede esofágica acima de 5mm é sugestivo de neoplasia. Sensibilidade de 25% e especificidade de 94% para identificação de doença T4. ▪ Sensibilidade de 100% e especificidade de 86% para detectar invasão de Aorta (é lesão da aorta quando envolve mais de 180º da circunferência do órgão; se envolver <90º é ressecável; se envolver entre 90 e 180º ela é borderline para ressecção). ▪ Sensibilidade de 70-80% na detecção de mtx hepática acima de 2cm. o USG endoscópico: ▪ Melhor exame para estadiamento TNM e para diagnostico de metástase linfonodal ▪ Acurácia de estadiamento do tumor primário de 63-84%. ▪ Sensibilidade e especificidade de 88-100% no estadiamento “T”. ▪ Possibilidade de detectar linfonodos peri- esofágicos metastáticos, com possibilidade de PAAF. ▪ O linfonodo normal é mais alongado no sentido longitudinal e possui diâmetro transversal menos da metade do diâmetro longitudinal. Possui vaso linfático aferente e eferente ▪ Sinal heterogêneo na parede do órgão ▪ 2 linfonodos arredondados sem halo central (suspeitos para metástase linfonodal) o PET-CT: ▪ Indicado tanto para planejamento terapêutico como para avaliação de resposta. ▪ Ideal para detecção de doença metastática, com sensibilidade de 74% e especificidade de 90%. ▪ Capaz de detectar até 20% de metástases ocultas. o Toracoscopia/Laparoscopia: ▪ Acurácia de 94%, com mudança de estágio (upstaging) em até 32% dos casos. ▪ Sensibilidade de 96% para mtx peritoneal. o Avaliação após neoadjuvancia: ▪ Deve ser feita com os mesmo exames que foram realizados antes da neo ou exames mais acurados ▪ USG endoscópica e TC são falhas na detecção de resposta. ▪ O emprego de PET-CT mostrou resultados promissores, porque não avalia só a lesão, avalia a viabilidade/captação do tecido neoplásico LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA o T1AN0M0 → Restrita a mucosa, sem linfonodos acometidos e sem metástase a distância → Ressecção endoscópica o T1b → Invasão de mucosa ou muscular da mucosa → Esofagectomia o T2N0 → Decide entre um dos 3 tratamentos → Cirurgia / Rxt + Qt / Trimodalidade (Radio neo seguida de cirurgia) o T3-4 e/ou N+ → Lesão localmente avançada T3 ou T4 ou com linfonodo acometido → Trimodalidade / Rxt + Qt neo → Se o paciente possui doença irresecavel ou não tem condições clínicas não faz cirurgia o Estádio IV → Paliativo → Qt / Rxt + Qt / Rxt → o Se o tumor for de localização cervical faz Rxt + Qt exclusiva → Cirurgia resguardada apenas na falha terapêutica o Estadios 1 e 2 - 84%; o Estadios 3 - 38%; o Estadio 4 - 3%.
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