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TRAUMA TORÁCICO TÓRAX INSTÁVEL 2 ou + fraturas em arcos costais consecutivos, cada um com pelo menos 2 pontos lesionados ou separação costocondral Dor intensa Respiração paradoxal Crepitações à palpação dos arcos costais IR (2ária a contusão pulmonar) Analgesia (lidocaína 2%) + oxigenação NÃO imobilizar CONTUSÃO PULMONAR Traumas FECHADOS Associada a fratura de arcos costais e tórax instável Há sangue dentro dos alvéolos = hipoxemia IR → SDRA Consolidações no parênquima pulmonar (RX) Crepitação à ausculta pulmonar (líquido intersticial) Analgesia + oxigenação (15L/min) IOT (pacientes hipoxêmicos) NÃO é feita a drenagem deste sangue CONTUSÃO CARDÍACA Traumas FECHADOS Associada, principalmente, a fratura de esterno ou arcos costais superiores Lesão de VD > VE > Átrios Hipotensão + elevação da pressão venosa central → IC de VD Alterações no ECG (ex. taquicardia sinusal inexplicável – pct estável e sem dor) Monitorização por 24h (comprometimento cardíaco é transitório) TTO das arritmias TRAUMATISMO DE AORTA Laceração 2ária à traumas FECHADOS Maioria morre de imediato Hematoma → contenção da laceração Diminuição do pulso dos MMII; manutenção dos pulsos em MMSS Mediastino alargado e perda do contorno aórtico (RX) TC contrastada / arteriografia Hematoma se mantém estável por 24h, priorizar tto de outras lesões ameaçadoras à vida TRAUMA DE DIAFRAGMA Trauma PENETRANTE (transição toracoabdominal) Herniação visceral para dentro da cavidade torácica VLP!!! (lesão diafragmática não é bem vista pela TC) / rafia do diafragma *NÃO se faz exploração digital em lesão penetrante no tórax!! TAMPONAMENTO CARDÍACO Trauma PENETRANTE Hemopericárdio + sintomas Acúmulo de sangue entre os folhetos dificulta o enchimento diastólico → repercussão hemodinâmica Tríade de Beck – hipotensão, turgência jugular e hipofonese de bulhas* Pulso paradoxal (queda >10mmHg na PAS ao término da inspiração) Sinal de Kussmaul (acentuação da turgência jugular à inspiração) Diagnóstico – clínica e FAST+ (janela pericárdica subxifoidiana) Pericardiocentese de alívio (20ml) Toracotomia (conduta definitiva) *Obs – em pneumopericárdio e pneumomediastino o TTO é conservador HEMOTÓRAX Acúmulo de sangue na cavidade pleural TODO derrame pleural no trauma deve ser considerado sangue, até que se prove o contrário MV abolido / macicez à percussão Hipotensão (2ária a hipovolemia) Toracostomia com drenagem em selo d’água → O que drenou? Quanto drenou? → >1500ml OU >200ml/h nas primeiras 2-4h = hemotórax maciço = TORACOTOMIA PNEUMOTÓRAX Trauma FECHADO OU PENETRANTE MV reduzidos/abolidos ipsilateralmente Timpanismo à percussão SEM instabilidade hemodinâmica Taquipneia, hipoxemia Toracostomia com drenagem em selo d’água PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO Entrada maciça de ar no espaço pleural por lesão funcionante como válvula de direção única Há colapso do pulmão ipsilateral e desvio do mediastino para o lado contralateral ao pneumotórax, causando repercussão hemodinâmica Tríade – desvio de traqueia, turgência jugular e hipotensão MV reduzidos/abolidos Redução da expansibilidade em hemitórax ipsilateral Timpanismo à percussão DIAGNÓSTICO CLÍNICO!! – conduta imediata (condição ameaçadora à vida) Toracocentese de alívio (5º EIC, anterior à linha axilar média) Toracostomia com drenagem em selo d’água (5ºEIC, anterior à linha axilar média, rente a borda superior do 6º arco costal) – conduta definitiva PNEUMOTÓRAX ABERTO ASPIRATIVO Trauma PERFURANTE Lesão com continuidade entre ar atmosférico e cavidade pleural de diâmetro ≥2/3 da traqueia Ar começa a passar pela lesão e não pelas vias aéreas → IR MV reduzidos/abolidos Redução da expansibilidade em hemitórax Timpanismo à percussão Curativo de 3 pontas Toracostomia com drenagem em selo d’água / posterior fechamento da lesão – conduta definitiva *Não se deve suturar o ferimento antes de drenar ou fazer um curativo com oclusão completa (4 pontas), pois isso pode transformar em pneumotórax hipertensivo TRAUMA NA TRANSIÇÃO TORACOABDOMINAL Trauma PENETRANTE (arma branca ou PAF) Delimitação – superior (linha transmamilar + linha infraescapular) e inferior (12° arco costal) Lesão de diafragma → hérnias traumáticas do diafragma (migração das vísceras abdominais para o tórax) Se sinais de lesão abdominal (ex. peritonite) → laparotomia exploratória Assintomáticos → videolaparoscopia TRAUMA ABDOMINAL TRAUMA ESPLÊNICO Traumas FECHADOS Relacionado à fratura de arcos costais esquerdos ou dor subescapular à esquerda (Sinal de Kehr) Preservação do baço (principalmente em crianças) – opsonização de encapsulados TTO conservador – UTI (48 a 72h), jejum, SNG, Hb e Ht, exame abdominal seriado → Lesões esplênicas grau I a III, se: estabilidade hemodinâmica, ausência de irritação peritoneal, ausência de coagulopatia, ausência de extravasamento de contraste no hilo Laparotomia exploratória / esplenectomia → Instabilidade hemodinâmica com FAST+, irritação peritoneal, lesões grau IV e V, coagulopatia Angioembolização* → Lesão III e IV, estáveis → Extravasamento de contraste → Contrast blush (TC) – pequena coleção hiperdensa de contraste no parênquima esplênico TRAUMA HEPÁTICO Trauma PENETRANTE (ARMA BRANCA)/FECHADO TTO conservador – UTI (48h), Hb/Ht, sinais vitais, dieta zero → Trauma FECHADO → Lesões grau I a V + estabilidade hemodinâmica, sem irritação peritoneal Angioembolização? (princip. trauma FECHADO) TTO cirúrgico (inicial) – se sangramento profuso (III ou IV), Manobra de Pringle > tamponamento com compressas (Damage control/cirurgia de controle de danos) + UTI / cateter de Foley ou balão para ocluir trajeto penetrante → Trauma PENETRANTE → Instabilidade hemodinâmica / grau VI Hepatectomia + transplante hepático (urgência) → Avulsão do órgão do pedículo vascular, com grande destruição do parênquima TRAUMA BILIAR/VIA BILIAR Trauma da vesícula biliar = Colecistectomia Trauma de via biliar extra-hepática – ductos hepáticos (direito, esquerdo e comum) e colédoco Reparo 1ário + dreno em T (tipo Kehr) → Lesões pequenas (<50% da circunferência do ducto) Coleducojejunostomia em Y de Roux → Perda importante do tecido ductal TRAUMA DE DUODENO Traumas PENETRANTES / FECHADOS (colisão do epigástrio no volante ou trauma abdominal por guidão de bicicleta) Retropneumoperitônio TTO cirúrgico TRAUMA DE INTESTINO DELGADO Trauma por PAF / FECHADO, lesão por DESACELERAÇÃO (cinto de segurança) Laparotomia → Irritação peritoneal e/ou instabilidade hemodinâmica TRAUMA DE CÓLON Trauma PENETRANTE Cólon transverso (+ acometido) > cólon D e ceco > cólon E > sigmoide > reto Irritação peritoneal (lesão de alça) Laparotomia TRAUMA VASCULAR ABDOMINAL Trauma PENETRANTE/PAF Grandes vasos do retroperitônio e mesentéricos Zona 1 – linha média – aorta, v. cava inferior, renal proximal, duodeno, pâncreas → Fechado / penetrante = cirurgia Zona 2 – Lateral – rins, adrenais, renais distais, ureter, cólon D/E → Fechado = hematoma em expansão / falha em métodos alternativos → Penetrante = hematoma peri-renal em expansão ou hemorragia ativa / suspeita de lesão colônica ou uretral Zona 3 – pélvica – vasos ilíacos, ureter distal, sigmoide, reto → Fechado = não explorar (empacotamento ou embolização) → Penetrante = cirurgia TRAUMA RENAL Traumas FECHADOS Hematúria associada à equimose em flanco e lombar (devido à contusão) Fratura de arcos costais posteriores Lesões menores (graus I, II e III) – hematomas subcapsulares e lacerações ou contusões corticais que não atingem as vias excretoras Lesões maiores (graus IV e V) – dano à via excretora, com extravasamento de urina parao retroperitônio, dano da vasculatura renal com hemorragia contida ou até avulsão do hilo TTO conservador – repouso + ATB (7d) → Trauma FECHADO (grau I a III) TTO cirúrgico – nefrectomia polar / nefrectomia total → Trauma PENETRANTE → Trauma FECHADO IV e V → Instabilidade hemodinâmica → Hematoma retroperitoneal expansivo (pulsátil) → Avulsão do pedículo renal TRAUMA PÉLVICO FRATURAS PÉLVICAS Equimoses em região pélvica, discrepância do tamanho dos MMII, rotação lateral de membro Lesão de vísceras pélvicas – uretrorragia, metrorragia, sangramento retal RX de pelve Fraturas estáveis – anel pélvico alinhado e abertura de sínfise púbica <2,5cm Fraturas instáveis – anel pélvico deformado OU abertura de sínfise púbica >2,5cm Fratura fechada (A) – compressão lateral 60-70% Rotação interna Idosos Lesão de TGU Intervenção precoce endovascular Fratura em livro aberto (B) – compressão AP 15-20% Rotação externa (abertura da sínfise púbica) Lesão de plexo venoso posterior e ramos da a. ilíaca interna = SANGRAMENTO! Fratura por cisalhamento vertical (C) 5-15% Queda de altura INSTABILIDADE PÉLVICA Muito graves! Imobilização de pelve (lençol ou cinta pélvica) – nível do trocanter maior do fêmur ↓ Laparotomia (controle da hemorragia abdominal) + Fixação externa /packing pré- peritoneal (controle da hemorragia pélvica) → Instável, FAST+ e fratura pélvica OU Controle da hemorragia extra-abdominal + controle da hemorragia pélvica (fixação externa / packing pré-peritoneal / arteriografia e angioembolização) → Instável, FAST- e fratura pélvica TRAUMA URETRAL Traumas FECHADOS (fratura pélvica/queda a cavaleiro) Mais comum no sexo masculino Sangue no meato uretral Hematoma escrotal ou perineal Próstata flutuante (deslocamento cranial) Retenção urinária com possível bexigoma *Se houver suspeita, NÃO sondar o paciente! Solicitar uretrocistografia retrógrada (extravasamento de contraste = diagnóstico) Cistostomia SP → Trauma fechado Correção cirúrgica → Trauma aberto TRAUMA VESICAL Trauma FECHADO Ruptura EXTRAPERITONEAL (fratura pélvica) Ruptura INTRAPERITONEAL (contusão de abdome inferior, principalmente c/ a bexiga cheia) Hematúria macroscópica Dificuldade/incapacidade de urinar Hematoma escrotal/perineal Distensão abdominal Dor pélvica ou em abdome inferior Cintilografia TTO cirúrgico – exploração e cistorrafia → Laceração intraperitoneal TTO conservador – SVD (Foley), autorresolutiva em 10-14d → Laceração extraperitoneal
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