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Aspectos psicológicos de cuidadores de idosos

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Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49138
S EÇ ÃOA RT I G O D E R E V I SÃO
aPrograma de Pós-graduação em Gerontologia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas – Campinas (SP), Brasil.
bEscola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil.
Dados para correspondência
Letícia Decimo Flesch – Rua Tessália Vieira de Camargo, 126, Cidade Universitária Zeferino Vaz – CEP: 13083-887 – Campinas (SP), Brasil – E-mail: 
leticiadecimo@gmail.com
Recebido em: 21/05/2017. Aceito em: 04/08/2017
DOI: 10.5327/Z2447-211520171700041
ASPECTOS PSICOLÓGICOS 
DA QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES 
DE IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Psychological aspects of the quality of life 
of caregivers of the elderly: an integrative review
Letícia Decimo Flesch, Samila Sathler Tavares Batistonia,b, 
Anita Liberalesso Neria, Meire Cachionia,b
R
E
S
U
M
O
OBJETIVO: Este artigo revisou estudos que relacionam os aspectos da dupla vulnerabilidade (saúde física do cuidador, 
autopercepção de saúde do cuidador, dependência do alvo de cuidados e sobrecarga percebida) com aspectos psicológicos da 
qualidade de vida do cuidador. MÉTODOS: A busca foi realizada nos indexadores PubMed, Periódicos Capes, LILACS, SciELO 
e AgeLine com palavras-chave e seus correlatos em português. RESULTADOS: Foram analisados 23 artigos. Com relação 
ao método, a maioria deles era composta por estudos transversais que contavam com desfechos variados. Há uma grande 
variação na idade dos cuidadores nas amostras dos estudos e muitos deles apresentaram informações incompletas sobre isso. 
CONCLUSÃO: Os resultados mostraram que a qualidade de vida do cuidador é afetada por diversas variáveis simultâneas, como 
o grau e o tipo de dependência do idoso alvo de cuidados, sua saúde, a sobrecarga percebida e afetos positivos e negativos. 
PALAVRAS-CHAVE: cuidadores; envelhecimento; qualidade de vida; estresse psicológico; saúde do idoso.
A
B
S
T
R
A
C
T
OBJECTIVE: This article reviewed studies that relate aspects of double vulnerability (caregivers’ physical health, caregivers’ 
self-perceived health, care recipients’ dependency and perceived burden) with psychological aspects of caregivers’ quality of life. 
METHODS: The search was conducted in the PubMed, Capes, LILACS, SciELO and AgeLine indexes using keywords in English 
and their corresponding words in Portuguese. RESULTS: Twenty-three papers were analyzed. With regards to the methods, most 
articles were made up of transversal studies and included various outcomes. There was a wide age range for the caregivers 
in the studies’ samples, and many of them presented incomplete information about age. CONCLUSION: The results showed 
that a caregiver’s quality of life is affected by several simultaneous variables such as the degree and type of dependency of the 
elderly person receiving care, the caregiver’s health, perceived burden, and positive and negative affects.
KEYWORDS: caregivers; aging; quality of life; psychological stress; elderly health.
Flesch LD, Batistoni SST, Neri AL, Cachioni M
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49 139
INTRODUÇÃO
Grande parte dos idosos que necessitam de auxílio instrumen-
tal, social, afetivo, informacional e/ou material recebem cuidados 
de familiares. Familiares, amigos ou conhecidos que são respon-
sáveis pelo cuidado de idosos dependentes, sem receber remune-
ração para essa atividade, são denominados cuidadores informais.1
Estudos têm mostrado desfechos negativos para cuida-
dores de idosos dependentes, como baixos índices de bem
-estar subjetivo,2 sintomas depressivos3 e comprometimento 
na saúde física.4 Cuidadores informais de idosos tendem a 
sofrer redução de tempo para si, escassez de recursos finan-
ceiros, constrição da vida social, o que gera sobrecarga física 
e psicológica e compromete sua qualidade de vida.5
Esta última está relacionada a características positivas da vida 
humana, que incluem funcionalidade física e cognitiva, atividade, 
produtividade, regulação emocional, bem-estar, recursos econô-
micos, ecológicos e sociais. Essas condições avaliadas objetiva 
e subjetivamente refletem melhor ou pior qualidade de vida.6
Alguns modelos têm sido adaptados para avaliar a qua-
lidade de vida, entre eles a teoria das necessidades humanas 
básicas de Maslow.7 De acordo com essa teoria, os seres huma-
nos compartilham necessidades em comum. Essas necessi-
dades são hierarquizadas, à medida que as mais básicas são 
satisfeitas (ex.: alimentação e segurança) as pessoas buscam 
satisfazer as mais elevadas, como autorrealização e prazer.8
Outro modelo adaptado para qualidade de vida, mas 
com foco no cuidador, é o de estresse do cuidador de Pearlin 
et al.,9 que tem sido usado na maior parte dos estudos que 
investigam o tema.10,11 Esse modelo consiste em identificar 
o contexto do cuidado, os estressores primários (ex.: grau 
de dependência do alvo de cuidados, sobrecarga percebida), 
os estressores secundários (ex.: problemas financeiros, baixa 
autoestima), os mediadores (ex.: estratégias de enfrentamento) 
e os resultados (ex.: depressão, ansiedade, sintomas físicos). 
Considerando a diversidade encontrada entre os cuidado-
res, pesquisadores têm verificado a relação entre os estressores 
descritos no modelo de Pearlin et al.9 com desfechos diferentes. 
As demandas de cuidado têm sido estudadas como preditoras 
importantes para os cuidadores de idosos. A depressão, por exem-
plo, tem sido citada na literatura como desfecho importante na 
relação com as demandas de cuidado. Foi verificada associação 
em cuidadores entre maior tempo de cuidado, corresidência,12 
comportamento controlador e manipulativo do alvo de cuidados 
e restrição de atividades do cuidador com sintomas depressivos.13
A sobrecarga percebida pelo cuidador de tais demandas tam-
bém tem se mostrado como um relevante preditor de saúde do 
mesmo. A sobrecarga foi associada com menor qualidade de vida 
do cuidador,14 ansiedade e sintomas depressivos.15 Alta tensão 
do papel também foi conectada a maior mortalidade.16
A saúde física do cuidador tem sido uma variável importante 
nos estudos com cuidadores informais. Pior saúde física é associada 
a mais sintomas depressivos e melhor saúde física a bem-estar.17 
Longitudinalmente, o aumento de sintomas físicos foi associado 
com acréscimo de sintomas depressivos no período de um ano.13
Como o cuidador avalia a sua saúde também é um aspecto 
relevante nos estudos com cuidadores de idosos. Os que ava-
liaram sua saúde de forma negativa apresentaram maior risco 
para doença coronária18 e maior mortalidade16.
Um aspecto ainda pouco considerado na literatura é a 
grande variação de idade dos cuidadores e um aumento de 
cuidadores mais velhos. Há evidências de que estes têm pior 
saúde do que os mais jovens19 e que essa preocupação com 
a própria saúde pode trazer desvantagens na saúde mental 
quando comparados com cuidadores mais jovens.4
Considera-se que o comprometimento na saúde do cuidador 
é um aspecto que precisa ser considerado na avaliação de cuida-
dores e que, somado aos estressores relacionados às demandas de 
cuidado, constitui uma dupla vulnerabilidade para o cuidador. 
Assim, considera-se que o cuidador familiar se encontra vul-
nerável devido à sobrecarga gerada pelas atividades de cuidado 
que exerce. Além disso, sua saúde física, muitas vezes, também 
está comprometida, devido ao pouco tempo de atenção para si 
e/ou decorrente do seu próprio processo de envelhecimento. 
Assim, o cuidador, por vezes, está duplamente vulnerável, pela 
sobrecarga decorrente do cuidado e pelo comprometimento físico.
O objetivo principal deste artigo foi revisar publicações 
em periódicos de estudos que relacionassem os aspectos da 
dupla vulnerabilidade (saúde física do cuidador, autopercep-
ção de saúde do cuidador, dependência do alvo de cuidados e 
sobrecarga percebida) com aspectos relacionados às dimen-
sões psicológicas da qualidade de vida do cuidador, como bem-estar, prazer, felicidade e autorrealização. Secundariamente, 
objetivou analisar como esses estudos consideram a idade do 
cuidador e como a utilizam em suas análises.
MÉTODOS
Para atingir o objetivo deste estudo, fez-se uso do modelo de 
revisão integrativa da literatura, que tem por característica com-
binar achados de diversos estudos empíricos.20,21 Para tanto foi 
realizada uma busca nos indexadores: PubMed, Periódicos Capes, 
LILACS, SciELO e AgeLine com as seguintes palavras-chave: 
caregiver, elderly and “subjective well-being”; caregiver, elderly 
and “psychological well-being”; caregiver, elderly and happiness; 
caregiver, elderly and self-realization; caregiver, elderly and plea-
sure e os termos equivalentes em português. 
Foram incluídos artigos empíricos com cuidadores de 
idosos, publicados em periódicos no período de janeiro de 
Qualidade de vida de cuidadores de idosos
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49140
2005 a maio de 2017, nos idiomas inglês, português e espa-
nhol e que relacionassem o bem-estar com alguma variável 
que represente a dupla vulnerabilidade (dependência do alvo 
de cuidados, sobrecarga, saúde física, autoavaliação de saúde). 
Foram excluídos estudos realizados com cuidadores formais 
ou que apresentassem apenas o protocolo da pesquisa.
Foi feita análise inicial de títulos e resumos, na qual se eli-
minaram artigos repetidos e que não atendiam aos critérios de 
inclusão. Nessa etapa foram selecionados 18 artigos. Em um 
segundo momento analisaram-se as referências bibliográfi-
cas desses artigos selecionados. Nessa etapa foram incluídos 
mais cinco artigos. O número de publicações excluídas por 
cada critério é apresentado na Figura 1.
Para organizar os dados obtidos na etapa anterior, uma 
tabela foi elaborada, na qual foram identificadas variáveis 
referentes aos artigos selecionados: nome do(a) primeiro(a) 
autor(a); ano da publicação; método do artigo; objetivo(s) 
do artigo; variáveis/instrumentos usados no artigo; princi-
pais resultados achados no artigo. 
Os dados foram examinados por meio de análise descri-
tiva e de relação entre as varáveis apresentadas na Tabela 1. 
A análise dos resultados, apresentada na discussão, evi-
denciou cinco categorias construídas com base no objetivo 
desta revisão, ou seja, com aspectos da dupla vulnerabili-
dade, que foram: 
• saúde física do cuidador; 
• condições de saúde do alvo de cuidados; 
• autoavaliação de saúde; 
• sobrecarga do cuidador. 
RESULTADOS
Foram encontrados inicialmente 788 artigos. Após a retirada 
dos repetidos e dos que não atendiam aos critérios de inclusão, 
restaram 18 estudos. Além desses, foram analisados mais cinco 
trabalhos retirados das referências dos artigos selecionados, tota-
lizando 23 estudos incluídos na revisão. No portal Periódicos 
Capes foram encontrados 518 artigos; no PubMed, 234; na base 
de dados AgeLine, 19; no SciELO, 4; e na LILACS, apenas 3. 
Quanto à população dos estudos, 14 pesquisaram cui-
dadores informais de idosos com qualquer tipo de depen-
dência, 6 analisaram cuidadores de idosos com demências, 1 
estudou cuidador de idosos com comprometimento cogni-
tivo leve (CCL), 1 avaliou cuidadores de idosos com doen-
ças musculoesqueléticas e 1 comparou cuidadores de idosos 
com dependências físicas e mentais.
Houve grande heterogeneidade quanto à idade de amostra. 
Dos 23 estudos, apenas 10 apresentaram os valores mínimo e 
máximo das idades, 16 mostraram a média de idade e apenas 
3 estudos destacaram a idade como um critério de inclusão. 
Tal fato propiciou trabalhos mostrando intervalos de idade 
muito grandes (ex.: 21 a 88; 20 a 89). 
Com relação aos métodos dos estudos, foi identificado um 
artigo que utilizou o artifício do diário,22 um estudo de interven-
ção,23 um estudo de validação de instrumento,24 um prospectivo 
de coorte,25 um longitudinal26 e os demais eram transversais.
A maioria dos estudos objetivou avaliar cuidadores de 
idosos com relação a variáveis relacionadas à dupla vulne-
rabilidade e aspectos psicológicos da qualidade de vida.25-40 
Dois estudos tinham como objetivo comparar cuidadores 
com não cuidadores.41,42 Dois objetivaram validar um instru-
mento para cuidadores.24,43 Um outro objetivou avaliar uma 
intervenção para cuidadores23 e um buscou documentar a 
avaliação desses sobre os sintomas dos cônjuges com CCL.22
Os artigos apresentados tiveram como variáveis de desfecho 
bem-estar psicológico,22,23,25,27,32,36 bem-estar físico,22,27 bem-estar 
geral,28,40,44 bem-estar subjetivo,33,34,39 afetos positivo e negativo,30 
qualidade de vida,24,26,29,37,38 sobrecarga,31,40,43,44 satisfação,31 ten-
são de papel,28 desamparo,28 comportamentos de risco à saúde,23 
estado de saúde,37 autoavaliação de saúde,26 autocuidado,23 feli-
cidade,43 dificuldades do cuidador31 e estratégias de enfrenta-
mento,31 satisfação com a vida41,42 e autoestima.40Figura 1 Seleção dos artigos.
n = 778
612 artigos 
selecionados 
para avaliação
18 artigos 
incluídos
23 artigos 
selecionados 
para revisão
152 artigos excluídos devido a 
duplicações;
14 artigos excluídos por estarem 
redigidos em outros idiomas
Exclusões:
376 artigos não estudavam 
cuidadores de idosos;
134 não avaliavam ou não 
relacionavam as variáveis de 
interesse deste estudo;
64 eram estudos teóricos, revisões 
da literatura ou protocolos de 
pesquisa;
17 estudavam cuidadores formais;
3 não disponibilizavam o artigo na 
íntegra.
5 estudos acrescentados após 
análise das referências dos artigos 
incluídos
Flesch LD, Batistoni SST, Neri AL, Cachioni M
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49 141
Tabela 1 Descrição dos artigos selecionados.
Estudo Método Objetivo Variáveis/instrumentos Principais resultados
Savla 
et al., 
(2011)22
Método de diário (7 
dias)
n = 30 cônjuges 
cuidadores
Idade: 59 a 85 
anos 
M = 72,60; DP = 
6,91
Idade na análise: 
idade entrou 
no modelo 
como variável 
independente
Documentar a 
avaliação de 
cônjuges da 
frequência diária 
e intensidade 
dos primeiros 
sintomas de perda 
de memória e 
comportamentos 
de seus maridos 
ou esposas com 
comprometimento 
cognitivo leve
– características demográficas
– miniexame do estado mental
– atividades instrumentais de vida 
diária
– 16-item deficit awareness scale 
– CES-D scale;
– condições crônicas de saúde
– Environmental Mastery Subscale 
of the Ryff Scales of Psychological 
Well-being
– diário
– redução de atividades
– tempo gasto em atividades de lazer
 – Daily Inventory of Stressful Events 
– interações conjugais;
– distúrbio do sono 
Sintomas 
– afetos positivos e negativos
– cortisol
As condições físicas e cognitivas do 
cuidador não foram preditoras de 
afeto negativo ou positivo. 
Sintomas depressivos e pior 
condição de saúde relataram 
menos afeto positivo em geral.
Idade não foi preditora de afeto 
negativo ou positivo
Mcconaghy 
e 
Caltabiano 
(2005)27
Survey
n = 42
Idade: 21 a 88 
anos
M = 62; DP = 13,25
Idade na análise: 
amostra foi dividida 
entre cuidadores 
jovens (21 a 63) 
e cuidadores mais 
velhos (64 a 88 
anos)
Identificar o impacto 
de variáveis como 
sexo, tempo de 
cuidado, estilo de 
enfrentamento, 
depressão e 
sobrecarga no 
bem-estar físico 
e psicológico 
dos cuidadores 
de pessoas com 
demência.
– informações sobre o cuidador
– Satisfaction With Life Scale;
– CES-D scale;
– COPE;
– Short Form (SF)-12v2;
– Caregiver Burden Scale.
A sobrecarga percebida foi 
responsável por 41,7% da variação 
na satisfação com a vida. 
Foi encontrada uma correlação 
negativa significativa entre 
sobrecarga e saúde.
Não houve diferença 
estatisticamente significativa nos 
escores de satisfação com a vida 
para cuidadores mais velhos e 
mais jovens.
Séoud 
et al. 
(2007)28
Estudo exploratório 
correlacional
n = 319
Idade = 30 a 49 
anos
M = 46,1; DP = 
14,5
Idade na análise: 
a idade não foi 
avaliada
Identificar as 
dimensões do 
contexto de cuidado 
relacionadas à 
saúde de cuidadores 
de familiares 
idosos em famílias 
libanesas.
– bem-estar: GWB
– tensão edesamparo: Zarit Burden 
Interview
– perda de autonomia funcional: 
SMAF
– comportamentos problemáticos: 
Revised Memory and Behaviour 
Problems Checklist
– perda de memória
– tarefas de cuidado: duas escalas 
baseadas no Quebec Health and 
Social Survey
– suporte formal ou informal: The 
Inventory of Socially Supportive 
Behaviours
– variáveis sociodemográficas
O grau de comprometimento 
funcional, a frequência de 
depressão e comportamentos 
disruptivos estão ligados a pelo 
menos um dos três indicadores de 
saúde do cuidador. 
Quanto maior a perda de 
autonomia e maior a frequência 
de comportamentos disruptivos, 
menores níveis de bem-estar foram 
reportados pelos cuidadores.
Continua...
Qualidade de vida de cuidadores de idosos
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49142
Estudo Método Objetivo Variáveis/instrumentos Principais resultados
Yang et al. 
(2012)29
Estudo transversal 
n = 1144
Idade: 20 a 79 anos 
M = 44,3; DP = 11,5
Idade na análise: 
a amostra foi 
estratificada em 
≤ 40; 41 a 49 
e ≥ 50 anos, e 
a idade entrou 
como variável 
independente na 
análise de regressão 
múltipla hierárquica
Descrever a 
qualidade de vida 
relacionada à saúde 
entre cuidadores 
chineses de idosos 
da comunidade 
e explorar os 
preditores da 
qualidade de vida do 
cuidador
– qualidade de vida: SF-36
– características demográficas do 
cuidador
– características do idoso
– sobrecarga objetiva: tarefas 
de cuidado, nível de cuidados, 
quantidade de tempo gasto na 
prestação de cuidados a cada dia 
– sobrecarga subjetiva: ZBI
– Enfrentamento: escala SOC
Características demográficas dos 
cuidadores, características dos 
pacientes e sobrecarga subjetiva 
explicaram a maior parte da 
variância total de todos os aspectos 
da qualidade de vida. A sobrecarga 
subjetiva foi o mais forte preditor de 
QV física e mental. 
Os cuidadores que tinham doenças 
crônicas, com menor renda, cônjuges, 
que cuidam de idosos com mais 
doenças crônicas e com níveis mais 
elevados de dependência tenderam a 
relatar pior QV física e mental. 
A idade não foi preditora de QV.
Won et al. 
(2008)23
Estudo de 
intervenção 
psicoeducacional 
com seis semanas 
de duração (PTC)
N = 118
Idade: 39% ≥ 65 
anos
Idade na análise: 
a amostra foi 
estratificada em ≥ 
65 e < 65 anos
Analisar o impacto 
sobre cuidadores 
da participação em 
um programa de 
base comunitária 
na construção 
de habilidades 
de autocuidado 
e aumento da 
autoeficácia.
– características demográficas do 
cuidador
– auxílio aos cuidados pessoais do 
paciente
– número de condições crônicas do 
paciente e condições que afetam o 
funcionamento físico e cuidados
– comportamentos de risco em saúde
– tempo despendido com exercício 
físico, técnicas de relaxamento ou de 
manejo do estresse
– bem-estar psicológico: MHI-5 
Saúde, comportamentos de 
risco, autocuidado e bem-estar 
psicológico melhoraram tanto para 
o grupo em geral como para cada 
estrato de idade. 
Os cuidadores com ≥ 65 anos 
apresentaram menor redução do 
comportamento de risco para a 
saúde do que aqueles com < 65 
anos e tiveram menos melhora no 
bem-estar psicológico do que o 
subgrupo mais jovem.
Dulin e 
Dominy 
(2008)30
Survey
N = 158
Idade: M = 67,3; DP 
= 14
Idade na análise: 
a idade foi 
considerada 
nas análises 
de correlação e 
regressão
Examinar a 
contribuição de 
atitudes positivas 
sobre ajudar os 
outros em predizer 
o funcionamento 
emocional entre 
uma amostra de 
cuidadores de pessoas 
com demência.
– crenças, sentimentos e 
comportamentos relacionados a 
ajudar: HAS
– enfrentamento: RWCCL
– afeto positivo e negativo: PANAS
– questionário demográfico
Atitudes de ajuda previram afeto 
positivo com as outras variáveis 
demográficas e de enfrentamento. 
Quanto maior a idade, menor o 
afeto positivo dos cuidadores da 
amostra. Os únicos preditores 
finais de afeto negativo foram o 
número de horas de cuidado diário 
e pensamento mágico.
Hoefman 
et al. 
(2011)43
Survey
N = 230 
Idade: M = 58,74; 
DP = 12,74
Idade na análise: 
A idade entrou 
como variável 
independente no 
modelo de regressão
Investigar a validade 
do constructo 
do instrumento 
CarerQol, que mede 
e valoriza efeitos no 
cuidador em uma 
nova população 
de cuidadores 
informais.
– sobrecarga (CarerQol-7D) e 
felicidade (CarerQol-VAS)
– sobrecarga objetiva: duração e 
intensidade do cuidado, tipo de 
tarefas, vigilância constante do alvo 
de cuidados, uso de home care e de 
respite care
– sobrecarga subjetiva: SRB;
– PU 
Os escores da escala de felicidade 
foram maiores quando a saúde do 
cuidador era melhor, quando ele 
se sentia menos sobrecarregado e 
quando o PU era positivo.
A idade não foi preditora de 
felicidade.
Sequeira 
(2013)31
Estudo quantitativo, 
analítico e 
correlacional
N = 184
Idade: 87,4% > 40 
anos e
40,2% > 60 anos
Idade na análise: 
a idade não foi 
analisada
Caracterizar as 
principais dificuldades, 
estratégias de 
enfrentamento, fontes 
de satisfação e níveis 
de sobrecarga de 
cuidadores e comparar 
o impacto entre os 
cuidadores de idosos 
com dependência 
física e cuidadores 
de idosos com 
dependência mental
– dependência em AVD: Barthel Index 
e Lawton Index
– função cognitiva: Mini Mental State 
Examination
– estágio da demência: Clinical 
Dementia Rating;
– dificuldades do cuidador: CADI
– estratégias de enfrentamento: CAMI
– sobrecarga: Scale of Caregiver 
Burden.
Os cuidadores de pessoas idosas 
que eram dependentes devido a 
causas físicas relataram níveis 
mais elevados de satisfação para 
todas as dimensões do CASI do 
que os cuidadores de pessoas que 
eram dependentes devido a causas 
mentais.
Os instrumentos de dificuldades e 
sobrecarga (CADI e Scale of Caregiver 
Burden) mostraram uma correlação 
negativa com o CAMI e o CASI.
Tabela 1 Continuação.
Continua...
Flesch LD, Batistoni SST, Neri AL, Cachioni M
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49 143
Estudo Método Objetivo Variáveis/instrumentos Principais resultados
Tomomitsu 
et al. 
(2014)41
Survey – dados do 
Estudo FIBRA
N = 338 cuidadores 
e 338 não 
cuidadores
Idade = 65 anos e 
mais
Idade na análise: 
a idade entrou 
na análise de 
regressão logística 
univariada
Investigar associações 
entre a satisfação 
com a vida e variáveis 
sociodemográficas, 
condições de saúde, 
funcionalidade, 
envolvimento social 
e suporte social em 
idosos cuidadores 
e não cuidadores, 
e entre satisfação 
e intensidade do 
estresse no grupo de 
cuidadores
– satisfação com a vida 
– idade, gênero e renda familiar
– intensidade do estresse associado 
ao prestar cuidados
– número de doenças 
– fadiga: dois itens da CES-D
– sintomas depressivos: GDS
–insônia 
– AIVD 
– Envolvimento em AAVD 
– suporte social percebido 
Os cuidadores com menor 
satisfação e maior estresse 
apresentavam mais doenças 
crônicas, fadiga e dependência 
parcial para AIVD do que os 
cuidadores com menor satisfação 
e menor estresse. Os idosos com 
maior satisfação relataram ter 
menos doenças. Houve associações 
entre baixa satisfação e insônia, 
seis ou mais sintomas depressivos 
e fadiga. A idade não foi associada 
à menor satisfação com a vida.
Egbert 
et al. 
(2008)32
Survey telefônico
N = 77
Idade: ≥ 55 (70%)
Idade na análise: 
a idade entrou 
na análise de 
regressão múltipla 
hierarquizada
Explorar se as 
dificuldades dos 
cuidadores estavam 
relacionadas com 
o seu bem-estar 
psicológico após 
controle de variáveis 
relacionadas 
ao cuidado e 
demográficas
– Bem-estar psicológico: subescala 
Positive Well-Being do PGWB 
– qualidade do cuidado
– percepção da dificuldade em prover 
o cuidado 
 – horas de cuidado semanais
– percepção do cuidado que oferece
– dados demográficos 
Menor bem-estar psicológico foi 
diretamente relacionado à saúde, mas 
inversamente associado com a idade 
e a dificuldade em prover cuidados. 
O bem-estar psicológico foi menor 
quando o cuidador experimentou 
maior dificuldade de prover suporte 
emocional, estava em pior estado de 
saúde ou era mais velho.
Lu et al. 
(2015)33
Survey
N = 494
Idade:M = 62,6; DP 
= 11,9
Idade na análise: 
cuidadores mais 
jovens tinham 
menos níveis de 
sobrecarga física e 
de desenvolvimento. 
Cuidadores mais 
velhos tinham maior 
sobrecarga social
Examinar as 
correlações de 
cada dimensão 
da sobrecarga 
experimentada 
por cuidadores 
familiares de idosos 
frágeis com doenças 
musculoesqueléticas 
na China, e examinar 
o papel da sobrecarga 
do cuidador nos 
estressores e no bem-
estar subjetivo
– bem-estar subjetivo: sintomas 
depressivos (CES-D) e satisfação com 
a vida (Satisfaction with Life Scale)
– sobrecarga: Chinese Caregiver 
Burden Inventory 
– dependência em AVD do idoso alvo 
de cuidados: Barthel Index 
– estado cognitivo do idoso alvo de 
cuidados: SPMSQ
– problemas de comportamento do 
idoso alvo de cuidados
A dependência do idoso em AVD foi 
associada com a satisfação com 
a vida do cuidador. A associação 
entre a dependência nas AVD e 
satisfação com a vida foi mediada 
pela dependência do tempo e 
sobrecarga. O efeito indireto total 
do estado cognitivo na satisfação 
com a vida foi estatisticamente 
significativo.
Domínguez-
Guedea e 
Garcia 
(2015)34
Estudo transversal 
com amostra não 
probabilística
N = 386
Idade = 19 a 87 
anos (M = 49,05; 
DP = 12,41)
Idade na análise: 
estratificada para 
caracterizar a 
amostra
Analisar a influência 
da sobrecarga 
no bem-estar 
de cuidadores, 
explorando o 
papel mediador 
dos fatores 
socioculturais e 
familiares
– ajuda para realizar atividades 
básicas e AIVD
– bem-estar: Subjective Well-Being 
Scale for Family Caregivers of Elder 
Persons 
– abnegação: Abnegation Scale for 
Family Caregivers of Elder Persons 
– sobrecarga: Burden Scale for Family 
Caregivers of Elder Persons 
– suporte social: Social Support Scale 
for Family Caregivers of Elder Persons 
– envolvimento familiar
A percepção de sobrecarga teve 
um efeito direto negativo sobre o 
bem-estar subjetivo e no ambiente 
familiar. Os recursos socioculturais 
e familiares tiveram um efeito 
positivo direto no bem-estar 
subjetivo e, ao mesmo tempo, 
mediaram o efeito da sobrecarga 
sobre bem-estar subjetivo.
Tabela 1 Continuação.
Continua...
Qualidade de vida de cuidadores de idosos
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49144
Estudo Método Objetivo Variáveis/instrumentos Principais resultados
Alvira 
et al. 
(2015)35
Estudo transversal
N = 2.014
Idade = M de cada 
país variou entre 
80,9 e 84,7
Idade na análise: 
foram descritas as 
M e DP da idade 
em cada país
Descrever as 
associações entre 
reações positivas 
e negativas de 
cuidadores informais 
de pessoas com 
demência e 
resultados de saúde 
em oito países 
europeus
– reações positivas e negativas: CRA 
– dados de saúde do alvo de 
cuidados e do cuidador
– sobrecarga: ZBI 
– qualidade de vida: EQ-5D 
– bem-estar psicológico
– sintomas neuropsiquiátricos dos 
idosos com demência: NPI
– comorbidades: Charlson 
Comorbidity Index 
– dependência do alvo de cuidados em 
atividades de vida diária: Katz Index
Foi observada variabilidade entre 
os países. Em geral, a autoestima 
e a falta de apoio familiar foram 
correlacionadas com a sobrecarga 
do cuidador e bem-estar 
psicológico.
Sobrecarga, QV, bem-estar 
psicológico e interrupções na rotina 
foram fortemente correlacionados 
com a escala de problemas de 
saúde em todos os países.
Chow e Ho 
(2015)36
Estudo transversal
N = 112
Idade = 56 a 90 
anos (M = 74,80; 
DP = 6,88)
Idade na 
análise: foi feita 
comparação entre 
cuidadores mais 
jovens e mais 
velhos
Examinar as 
diferenças nas 
múltiplas dimensões 
do bem-estar 
psicológico entre 
cuidadores cônjuges 
idosos com baixa 
e alta tensão. E 
investigar diferenças 
nas múltiplas 
dimensões do bem-
estar psicológico 
entre cuidadores mais 
jovens e mais velhos
– tensão do cuidador: CSI 
– distress: RSS 
– distúrbios psiquiátricos: GHQ 
– sintomas depressivos: GDS 
– bem-estar subjetivo: PWI 
– satisfação: LSS 
– propósito na vida: PIL 
– dados demográficos
Os cuidadores com alta tensão 
tinham maior distress emocional 
e social, sentimentos negativos e 
depressão, além de menor saúde 
mental, bem-estar subjetivo, 
satisfação com a vida e propósito 
na vida em comparação com os 
cuidadores com baixa tensão.
Os cuidadores mais velhos 
pontuaram mais baixo em distress 
emocional e social, sentimentos 
negativos e depressão, também 
apresentaram maior bem-estar 
subjetivo.
Lutomski 
et al. 
(2013)24
Estudo de 
validação de 
instrumento
N = 3.269
Idade: M = 62; DP= 
12
Idade na análise: 
a idade não foi 
avaliada
Validar o CarerQol 
– variáveis sociodemográficas
– autoavaliação de saúde
– número médio de horas de cuidado
–sobrecarga relacionada ao cuidado: 
CarerQol-7D e SRB
–felicidade: CarerQol-VAS 
– Process utility: CarerQol-VAS e 
transferência de cuidado (Transfer) 
– vulnerabilidade do idoso alvo de 
cuidados: 45-item Frailty Index
Pior autoavaliação de saúde e 
fragilidade do alvo de cuidados 
foram negativamente associados 
à felicidade do cuidador e 
positivamente associados com 
aumento da sobrecarga.
Os resultados suportam a validade 
e aplicabilidade do instrumento 
CarerQol em vários contextos.
Ho et al. 
(2009)37
Estudo transversal
N = 246 cuidadores 
e 492 não 
cuidadores
Idade: 54,1% com 
35 a 49 anos; 
34,6% com 50 a 
64 anos; 11,4% 
com 65 ou mais
Idade na análise: 
estratificada para 
caracterizar a 
amostra
Investigar o impacto 
da prestação de 
cuidados sobre o 
estado de saúde e 
qualidade de vida de 
cuidadores informais 
primários de idosos 
em Hong Kong
– saúde: lista de 14 doenças vividas 
no último ano
– lista de oito sintomas físicos e 
psicológicos vivenciados nas últimas 
quatro semanas
– autoavaliação de saúde: saúde 
comparada com um ano atrás
– depressão: CES-D
– domínios físico, psicológico e social 
da qualidade de vida: SF-36
– sobrecarga: Zarit Burden Scale
Cuidadores tinham maior risco para 
relatar pior saúde, mais visitas ao 
médico, ansiedade, depressão e 
perda de peso em comparação com 
não cuidadores.
Maior sobrecarga nos cuidadores 
foi associada com pior resultado 
em todos os domínios da QV, pior 
saúde física e psicológica.
Tabela 1 Continuação.
Continua...
Flesch LD, Batistoni SST, Neri AL, Cachioni M
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49 145
Estudo Método Objetivo Variáveis/instrumentos Principais resultados
Takai et al. 
(2011)38
Estudo transversal
N = 118
Idade: M = 60,9; DP 
= 14,0
Idade na análise: 
a idade não foi 
avaliada
Investigar os fatores 
preditivos de QV 
em cuidadores 
de pacientes com 
demência
– QV: WHO/QOL-26 
– sobrecarga: BM 
– Sintomas depressivos: BDI-II 
Alvo de cuidados
– rastreio cognitivo: MMSE 
– sintomas neuropsiquiátricos: NPI 
– funcionamento cognitivo: CDR 
Todas as dimensões da QV do 
cuidador foram correlacionadas 
com sintomas depressivos 
e sobrecarga. Os sintomas 
neuropsiquiátricos dos pacientes 
foram correlacionados com QV 
total e física.
Os sintomas depressivos em 
cuidadores foram o mais forte 
preditor de QV e a QV foi melhor 
prevista pela combinação de 
sintomas depressivos, sobrecarga e 
o comprometimento cognitivo dos 
pacientes.
Zarit et al. 
(2010)44
Estudo transversal
N = 67
Idade = 41 a 85 
anos
(M = 62,5; DP = 
11,6)
Idade na análise: 
a idade não foi 
avaliada
Examinar as 
associações 
entre fatores de 
risco e desfechos 
comumente usados 
na literatura de 
cuidadores 
– limitação em AVD: Escala de 
Lawton & Brody
– horas de cuidado
– sintomas psicológicos e 
comportamentais relacionados à 
demência: WRB
– tensão da díade 
– frequência e insatisfação com a 
ajuda formal e informal
– lazer
– sintomas depressivos: PHQ-9
– irritação: HSC 
– afeto positivo: DQoL
– saúde subjetiva: MOS
– sobrecarga 
Os cuidadores variaram no número 
e tipo de fatores de risco e de 
desfechos em que tinham escores 
elevados. 
O afeto positivo foi correlacionado 
positivamente com saúde subjetiva 
e negativamente com a sobrecarga 
do papel.
Na análise bivariada e nas análises 
multivariadas foram encontradas 
diferentes combinações de fatores 
de riscopreditores de cada 
desfecho.
Borg e 
Hallberg 
(2006)42
Estudo transversal 
de base populacional
N = 151 cuidadores 
frequentes;
392 cuidadores não 
frequentes;
1.258 não 
cuidadores
Idade = 50 a 89 
anos
Idade na análise: 
idade avaliada 
nas análises não 
paramétricas
Investigar satisfação 
com a vida em 
cuidadores informais
– satisfação com a vida: LSIZ 
– idade, sexo, educação, suporte 
social, recursos econômicos, saúde 
mental e saúde física: OARS part A, 
OMFAQ
Cuidadores frequentes tinham 
menos satisfação com a vida do 
que cuidadores menos frequentes e 
não cuidadores.
Os fatores mais importantes que 
explicam a satisfação de vida 
mais baixa entre os cuidadores 
frequentes foram ter menos 
recursos sociais baixos e saúde 
pobre.
A satisfação decresceu conforme o 
aumento da idade.
Colin Reid 
et al. 
(2010)40
Estudo transversal
N = 243
Idade:
M = 54,1
Idade na análise: 
usada apenas 
para caracterizar a 
amostra 
Examinar a relação 
entre interferências 
de trabalho e 
sobrecarga do 
cuidador, bem-estar 
e autoestima
– sobrecarga: Zarit Caregiver Burden 
Inventory 
– bem-estar: Life Satisfaction Scale 
– autoestima: Rosenberg Self-Esteem 
Scale 
– tempo de cuidado em meses
– limitação do alvo de cuidados em 
AVD: escala de 15 itens
– problemas de comportamento do 
alvo de cuidados: escala de 10 itens
– suporte social percebido: escala de 
Pearlin, Lieberman, Menaghan e Mullan
– uso de serviços sociais e de saúde: 
escala de 12 itens
O bem-estar é afetado positivamente 
pelo apoio social percebido e pela 
autoestima e negativamente pela 
sobrecarga.
O trabalho não foi relacionado com os 
desfechos na amostra total.
Na subamostra de cuidadores 
empregados, apenas o item “o 
desempenho no trabalho foi afetado 
pelas atividades de cuidado” foi 
associado com todos os desfechos 
(autoestima, sobrecarga e bem-
estar).
Tabela 1 Continuação.
Continua...
Qualidade de vida de cuidadores de idosos
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49146
Estudo Método Objetivo Variáveis/instrumentos Principais resultados
Lethin 
et al. 
(2017)25
Estudo de coorte 
prospectivo
N = 1.223
Idade: 54 a 77 anos
A idade foi avaliada 
na análise bivariada
Investigar o bem-
estar psicológico de 
cuidadores informais 
de pessoas com 
demência e rever o 
aumento do bem-
estar psicológico
– bem-estar psicológico: GHQ12
– experiência de cuidado: CRA
– sobrecarga: ZBI
– necessidade de cuidados: RUD
– QV: EQ-5D-3L
– autoavaliação de saúde: EQ-VAS
– comorbidade do alvo de cuidados: 
CCI
– QV da pessoa com demência: 
QoL-AD proxy rated
– AVD: Katz-ADL
– sintomas neuropsiquiátricos: NPI-Q
– depressão na demência: CSDD
Na linha de base, experiência 
positiva no cuidado, menor 
sobrecarga, maior QV, melhor 
autoavaliação de saúde e alvo 
de cuidados do sexo masculino, 
com maior QV, poucos sintomas 
neuropsiquiátricos e poucos 
sintomas depressivos foram 
associados com maior bem-estar 
psicológico.
O aumento do bem-estar 
psicológico foi associado com 
menor sobrecarga, experiência 
positiva no cuidado, maior QV, 
melhor autoavaliação de saúde, 
menor necessidade de cuidado do 
alvo de cuidados, alvo de cuidados 
do sexo masculino com maior QV e 
menos sintomas neuropsiquiátricos.
Niimi 
(2016)39
Estudo transversal
N = 2.840
Idade: 20 a 69 
anos
Examinar o impacto 
de cuidados 
informais aos pais 
sobre o bem-estar 
subjetivo dos 
cuidadores
– bem-estar subjetivo: escala visual 
de felicidade
– obrigação filial
– saúde do alvo de cuidados
– condições de cuidado
– dados sociodemográficos
– status de trabalho
– percepção do padrão de vida
O cuidado tem impacto negativo 
maior nos cuidadores solteiros 
do que nos casados. Pior 
saúde do alvo de cuidados foi 
relacionada com menor felicidade 
e cuidadores solteiros.
A relação entre idade e felicidade 
apresentou forma de “U”, 
demonstrando declínio na 
meia-idade.
van Dam 
et al. 
(2016)26
Estudo longitudinal
N= 350
Idade: M = 63 (DP 
= 13,3)
Descrever a 
QV relacionada 
ao cuidado de 
cuidadores informais 
após reabilitação 
geriátrica e identificar 
determinantes 
associados
– sobrecarga: CarerQol-7D
– felicidade: CarerQol-VAS
–autoavaliação de saúde: 2 itens do 
RAND 36-item Health Survey
– funcionalidade do alvo de cuidados: 
The Barthel Index
– cognição do alvo de cuidados: CPS
–depressão do alvo de cuidados: DRS
A felicidade foi inversamente 
associada à sobrecarga. A 
associação entre idade e 
autoavaliação de saúde com 
felicidade não foi investigada.
n: número de participantes; M: média; DP: desvio padrão; CCL: comprometimento cognitivo leve; CES-D: Center for Epidemiological Studies 
Depression; COPE: coping, practical forms of coping; GWB: General Well-being Schedule; SMAF: Systeme de Mesure de l’Autonomie Fonctionnelle; 
SF-36: 36-item Short-Form Health Survey; ZBI: Zarit Caregiver Burden Interview; SOC: Antonovsky’s Sense of Coherence; QV: qualidade de vida; 
PTC: Powerful Tools for Caregiving; MHI-5: Mental Health Index-5; HAS: Helping Attitudes Scale; RWCCL: Revised Ways of Coping Checklist; 
PANAS: Positive and Negative Affect Scales; SRB: Self-Rated Burden scale; PU: processo de utility; AVD: atividades de vida diária; CADI: 
Caregiver Assessment of Difficulties Index; CAMI: Caregiver Assessment of Managing Index; CASI: Caregiver Assessment of Satisfactions Index; 
FIBRA: Fragilidade em Idosos Brasileiros; GDS: Geriatric Depression Scale; AIVD: atividades instrumentais de vida diária; AAVD: atividades 
avançadas de vida diária; PGWB: Psychological General Well Being; SPMSQ: Short Portable Mental Status Questionnaire; CRA: Caregiver 
Reaction Assessment; ZBI: Zarit Burden Interview; EQ-5D: Quality of Life Scale; NPI: Neuropsychiatric Inventory; CSI: Caregiver Strain Index; 
RSS: Relative Stress Scale; GHQ: General Health Questionnaire; PWI: Personal Well-being Index – Adult; LSS: Life Satisfaction Scale – Chinese; 
PIL: Purpose in Life Test; CarerQol: Care-Related Quality of Life Instrument; WHO/QOL-26: World Health Organization Quality of Life 26; BM: 
Pines Burnout Measure; BDI-II: Beck Depression Inventory; MMSE: Mini-Mental State Examination; CDR: Clinical Dementia Rating; WRB: Weekly 
Record of Behavior; PHQ-9: Patient Health Questionnaire; HSC: Hopkins Symptoms Checklist; DQoL: Dementia Quality of Life Instrument; MOS: 
Medical Outcome Studies; LSIZ: Life Satisfaction Index Z; OARS: Older Americans’ Resources Schedule; OMFAQ: Multidimensional Functional 
Assessment Questionnaire;
Tabela 1 Continuação.
Flesch LD, Batistoni SST, Neri AL, Cachioni M
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49 147
Como variáveis independentes foram utilizadas característi-
cas sociodemográficas, comprometimento do alvo de cuidados, 
percepção do cuidador sobre o declínio cognitivo do paciente, 
problemas de comportamento do paciente, sintomas depressi-
vos, saúde física do cuidador, redução de atividades, tempo de 
lazer, eventos estressantes, interações conjugais, cortisol, tempo 
e tarefas de cuidado, estilo de enfrentamento, sobrecarga per-
cebida, suporte recebido, abnegação, envolvimento familiar, 
autoavaliação de saúde, comportamentos de risco em saúde, 
atitudes de ajuda, dificuldades do cuidador, problemas de sono 
e exercício físico ou técnicas de relaxamento. As informações 
sobre os estudos estão disponíveis na Tabela1.
DISCUSSÃO
Saúde física do cuidador
Nos estudos revisados, a saúde física do cuidador foi rela-
cionada com variáveis psicológicas associadas à qualidade de 
vida. Melhor saúde física do cuidador foi relacionada com 
maiores escores na escala de felicidade43 e maior satisfação.41 
Da mesma forma, pior saúde física do cuidador foi relacionada 
com menor bem-estar psicológico,32,35 pior qualidade de vida 
física e mental, menos afeto positivo22 e menor satisfação.42 
No estudo de Tomomitsu et al.,41 também pode ser per-
cebida uma relação entre estresse e saúde física do cuidador, 
pois quando comparou dois grupos de cuidadores que rela-
taram baixa satisfação, aquele que tinha maior estresse tam-
bém possuía maisdoenças crônicas, fadiga e dependência 
parcial para atividades instrumentais de vida diária (AIVD).
Outro fato interessante encontrado na revisão foi refe-
rente ao estudo de Borg e Hallberg,42 que identificou que os 
cuidadores mais frequentes (que prestam cuidado por pelo 
menos quatro dias na semana) tinham significativamente 
pior saúde do que aqueles menos frequentes e não cuidadores.
Esses resultados mostram que há uma associação entre saúde 
física e bem-estar dos cuidadores. Considerando o modelo de 
estresse do cuidador de Pearlin et al.,9 que ressalta o surgimento 
ou a piora de sintomas físicos como possível desfecho do estresse 
decorrente do cuidado, outro desfecho parece estar também cor-
relacionado à saúde do cuidador: o bem-estar psicológico. Isto é, 
os estudos apresentados previamente indicam que o bem-estar 
do cuidador está tão em risco quanto sua saúde física.
Condições de saúde do alvo de cuidados
As pesquisas mostraram que as condições de saúde do idoso 
alvo de cuidados e o tipo de comprometimento afetam o bem-es-
tar do cuidador familiar. Pior qualidade de vida do cuidador foi 
associada com pior saúde29 e maior comprometimento cognitivo 
do alvo de cuidados.38 Pior saúde do alvo de cuidados também 
foi associada com menor nível de felicidade do cuidador.39
Com relação à associação entre aspectos psicológicos da 
qualidade de vida dos cuidadores e dependência em atividades 
da vida diária (AVD), Lethin et al.25 identificaram que os cui-
dadores com maior bem-estar psicológico cuidavam de idosos 
com mais comorbidades, menor comprometimento cognitivo 
e menor dependência em AVD. Lu et al.33 verificaram que a 
dependência do idoso em AVD também foi associada com a 
satisfação com a vida do cuidador. O efeito indireto total da 
dependência nas AVD na satisfação com a vida não foi estatis-
ticamente significativa. Porém, a associação entre a dependên-
cia nas AVD e satisfação com a vida foi mediada pela depen-
dência do tempo e sobrecarga de desenvolvimento. O efeito 
indireto total do estado cognitivo na satisfação com a vida foi 
estatisticamente significativo. No entanto, no estudo de Zarit 
et al.44 a dependência nas AVD não foi associada ao afeto posi-
tivo, nem à autoavaliação de saúde do cuidador.
No que se refere ao tipo de comprometimento do alvo de 
cuidados, um estudo identificou que cuidadores de pacien-
tes com perda de memória apresentaram menor média para 
o bem-estar e maior média para tensão de papel do que os 
cuidadores de paciente sem perda de memória.28 Em outra 
pesquisa, os cuidadores de idosos com comprometimento 
físico relataram maior nível de satisfação do que os que cui-
dam de idosos com comprometimento mental.31
Pode-se considerar que o maior comprometimento requer 
maiores demandas de cuidado. Já foi bastante discutido na 
literatura que a maioria dos idosos dependentes são cuidados 
por um cuidador principal e as tarefas de cuidado são pouco 
compartilhadas com outros cuidadores, sejam eles formais ou 
informais. Os estudos desta revisão reforçam a necessidade 
da existência de serviços que possam diminuir a sobrecarga 
objetiva de trabalho dos cuidadores.
Sobrecarga do cuidador
Os estudos também mostraram que altos níveis de sobre-
carga foram associados a baixos níveis de bem-estar27,31,36,40 
e afeto positivo.44 E os menores com maior felicidade.25,26,43 
A sobrecarga também foi negativamente associada com a 
dimensão psicológica da qualidade de vida.37,38
Os estudos corroboram a importância de se avaliar e inter-
vir na sobrecarga percebida. Além disso, é preciso considerar 
outras situações potencialmente estressantes não relacionados 
ao cuidado. Muitas vezes, há sobreposição de papéis, ou seja, o 
cuidador já está sobrecarregado com outros estressores, como 
problemas laborais, cuidado de crianças, doença pessoal, entre 
outros.45-47 Isto faz com que a percepção de sobrecarga rela-
cionada ao cuidado seja ainda maior por parte do cuidador.
Qualidade de vida de cuidadores de idosos
Geriatr Gerontol Aging. 2017;11(3):138-49148
Autoavaliação de saúde
Apenas três estudos analisaram a autoavaliação de saúde. 
Lutomski et al.24 detectaram que pior autoavaliação de saúde 
foi negativamente associada à felicidade do cuidador e positi-
vamente associada com o aumento da sobrecarga. No estudo 
de Zarit et al.,44 o afeto positivo foi correlacionado positiva-
mente com saúde subjetiva; e Lethin et al.25 identificaram que a 
autoavaliação de saúde está associada ao bem-estar psicológico.
A autoavaliação de saúde está sendo cada vez mais pes-
quisada em estudos de saúde e envelhecimento.48-50 No 
entanto, ainda foi pouco explorada nas pesquisas com cui-
dadores, embora já tenha sido encontrada associação entre 
autoavaliação de saúde negativa com sobrecarga em cuidado-
res de idosos.51 Portanto, essa variável ser pouco encontrada 
nos estudos recentes referentes ao bem-estar de cuidadores 
parece ser uma lacuna a ser preenchida.
Idade do cuidador
É possível notar uma grande variação de idade nas amos-
tras dos estudos e nem sempre as informações estão comple-
tas (sem apresentar média ou idade mínima e máxima, por 
exemplo). Na maioria dos estudos, a idade não foi uma variável 
significativa. No entanto, quatro trabalhos apontaram maio-
res riscos para os cuidadores mais velhos. No artigo de Dulin 
e Dominy,30 maior idade foi correlacionada com menor afeto 
positivo. Com relação à satisfação com a vida, no estudo de 
Borg e Halberg,42 esta decresceu conforme o aumento da idade. 
Percebe-se que as diferenças de idade de cuidadores 
de idosos apresentam divergências e são pouco estudadas. 
Tal constatação traz questionamentos sobre como estão 
sendo conduzidos estudos empíricos e de intervenção sobre 
cuidadores. Pruchno e Gitlin52 afirmam que o cuidado afeta 
as pessoas de modo diferente de acordo com o tipo de aten-
ção dispensada, a avaliação dos recursos existentes e em que 
estágio do desenvolvimento a pessoa se torna cuidadora. 
Alguns estudos dessa revisão23,30,32,36,42 apontaram diferen-
ças nas respostas de cuidadores de diferentes idades perante 
as demandas de cuidado, no entanto, elas precisam ser mais 
investigadas e precisamos saber como e porque elas ocorrem.
CONCLUSÃO
Percebe-se, a partir dos resultados e da discussão desta revi-
são, que as variáveis psicológicas que compõem a qualidade de 
vida de cuidadores de idosos são resultado de múltiplos fatores. 
Os resultados dos estudos mostraram, ainda, que essas variá-
veis são afetadas por diversos fatores simultâneos, como o grau 
e o tipo de dependência do idoso alvo de cuidados, a própria 
saúde do cuidador e a sobrecarga percebida. Esses dados são 
importantes, pois auxiliam na compreensão dos fatores que 
interferem na qualidade de vida do cuidador e dão subsídios 
para a implementação de intervenções envolvendo cuidadores 
de idosos. É interessante notar que a autoavaliação de saúde foi 
uma variável pouco analisada, apareceu em apenas dois estudos. 
Como tal medida está relacionada com a saúde física e psico-
lógica, usá-la em estudos futuros para verificar sua associação 
com o bem-estar de cuidadores de idosos traria informações 
importantes para a compreensão do fenômeno.
Outro aspecto que chama a atenção nos estudos investiga-
dos é a grande heterogeneidade das amostras. A maioria ava-
liou cuidadores de várias idades e coortes muito diferentes, e 
tal variação poderia ser mais aprofundada em outros estudos. 
O mesmo vale para os diversos tipos de cuidado prestado. Nos 
métodos de pesquisa empregados, apenas um estudo longitu-
dinal foi encontrado. Esse tipo de estudo poderia auxiliar na 
resposta a questões, pois trariam especificidades de como a 
relação entre riscos e desfechos se modifica ao longo do tempo 
e quais riscos são mais impactantes para cuidadores de dife-
rentes idades e coortes. Mais estudos longitudinais, popula-
cionais e multicêntricos também poderão ajudar a compreen-
der as nuances que podem afetar o bem-estar dos cuidadores.
AGRADECIMENTOSÀ Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior (CAPES), pelo apoio financeiro.
CONFLITO DE INTERESSES
As autoras declaram não haver conflito de interesses.
REFERÊNCIAS
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