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Reação à doença e à hospitalização PSICOLOGIA MÉDICA IV Com Maria E. Prado, Mateus Lopes, Maria E. Zerbone e Marina de Abreu VOCÊS JA PARARAM PRA PENSAR NO QUE TEMOS QUE LEVAR EM CONTA AO TRATAR UMA PESSOA ADOECIDA? ESTRESSE VULNERABILIDADE PERSONALIDADE CONFLITOS EMOCIONAIS CONDIÇÕES BIOLÓGICAS CONDIÇÕES SOCIAIS CONDIÇÕES PSÍQUICAS MECANISMOS ADAPTATIVOS CATEGORIAS DE ESTRESSE PSICOLÓGIOCO Ameaça básica à integridade narcísica Não sou imortal Podem surgir sensações de pânico, aniquilamento e impotência. Medo de estranhos O peso de colocar sua vida na mão de desconhecidos: profissionais da saúde Culpa e medo de retaliação Isso é um castigo de Deus? Karma? Ansiedade de separação De tudo que está no seu cotidiano: pessoas, objetos, ambiente, rotina... Medo da perda de controle Função, fala, marcha... Perda de amor e de aprovação Autodesvalorização Medo da perda de ou dano a... Partes do corpo, mutilações e/ou desfunções de orgãos e outras partes do corppo Medo da morte, da dor DOENÇA AGUDA CATEGORIAS DE ESTRESSE PSICOLÓGIOCO luto normal luto patológico Cada paciente reage diferente à doença e à hospitalização, mas normalmente estão associadas: personalidade, circunstâncias sociais e pela própria natureza patológica da doença. REAÇÃO DE AJUSTAMENTO Estudo no Hospital das Clínicas da Unicamp revela que entre 78 pacientes 39% apresentavam ansiedade/depressão. Constitui um grupo de transtornos frequentes em pacientes acamados. A CID-10 subdivide esses transtornos baseados na duração e sintomas predominantes. Normalmente são sintomas transitórios que melhoram com ajuda da terapia. REAÇÃO DE AJUSTAMENTO VULNERABILIDADE CONDIÇÕES SOCIAIS MECANISMOS ADAPTATIVOS Mecanismos de Defesa NEGAÇÃO REGRESSÃO DESLOCAMENTO ESTRESSE E COPING Negação Paciente age como se não estivesse em ameaça. Sistema de defesa para evitar sofrimento, medo e desespero. Racionalização, isolamento e banalização. Sempre respeitar essas posturas de defesa, pois o paciente carrega uma carga emocional muito grande. Regressão O impacto psicológico da doença e sua adaptação, juntamente com as condições de internação principalmente quando o paciente recebe os cuidados básicos de higiene, alimentação e medicação favorecem ao mecanismo de regressão. PONTOS POSITIVOS: Gotas de otimismo e incentivo PONTOS NEGATIVOS: - Incentiva a dependência de familiares e equipe assistencial, além de retardar a convalescença - Aumenta desnecessariamente a permanência no leito - Gera hospitalismo Deslocamento O deslocamento é a transferência de sentimentos, emoções e angústias de um paciente contra sua família e sua equipe médica. Estresse e Coping ESTRESSE Fatores que contribuem para intensificar ou diminuir o estresse: Personalidade; Modo como algo é percebido e avaliado; Desenvolvimento e evolução dos sintomas e da conduta problemática; Intensidade, frequência e duração de um evento; Experiência anterior com situações semelhantes; Fatores socioculturais; Motivação para mudança de atitude. COPING É a maneira em que as pessoas enfrentam as doenças! Orientadas para o problema: Orientadas para a emoção: As pessoas dessa categoria ao lidarem com as situações de doença tendem a buscar informações para reassumirem o controle de suas vidas. As pessoas dessa categoria ao lidarem com situações de doença tendem a agir com suas emoções a fim de reduzir o impacto da notícia. Pacientes- problema Pacientes que sofrem de certos distúrbios mentais, ou que têm alguns traços marcantes de personalidade, e apresentam maior dificuldade de adaptação ao estresse e às limitações Algumas caracterís- ticas desses pacientes que os impede de se adaptarem. Necessitam de mais apoio de forma constante (evitar esquema de rodízio de profissionais) Necessitam de mais limites para melhor adequação ao ambiente e aos tratamentos Deve-se evitar a confrontação, de acordo com as seguintes recomendações: - Reconhecer os estresses pelos quais o paciente está passando - Respeitar os mecanismos de defesa de que o paciente precisa - Evitar o estímulo às demandas por cuidados e proximidade - Não incitar o paciente à reações de raiva - Evitar confrontar as prerrogativas que o paciente narcisisticamente se atribui Iminência de explosão violenta Deve-se acionar a segurança da instituição bem como utilizar medicamentos se necessário além de contenção no leito Características: Exigências feitas de modo crescente, manifestações de raiva, linguagem hostil, agitação e ideação paranoide *Avaliar risco de violência contra terceiros e a si mesmo Recomendações de como lidar com pacientes-problema Comunicação A equipe assistencial deve-se reunir-se diariamente, por alguns instantes, para alcançar um consenso sobre como proceder diante de situações criadas pelo paciente . Acompanhamento Os profissionais devem, no início de cada turno, se apresentar, perguntar como as coisas estão caminhando e dizer por quanto tempo permanecerá trabalhando ali. Direitos e prerrogativas Estabelecimento de limites Reconhecer as necessidades e incômodos pelas quais o paciente passa, garantindo que ele merece atenção. Acrescentar, no entanto, que, para o próprio bem dele, serão seguidas as normas da enfermaria e as técnicas resultantes do conhecimento médico e da experiência da equipe . Estabelecer limites, calma e firmemente. Se houver ameaças de auto ou heteroagressão, assegurar ao paciente que todas as medidas serão tomadas para protegê-lo. Hospitalismo Quadros de apatia e depressão Quadros de reinternações ou de permanência hospitalar, além da média prevista para o quadro clínico, nos quais há o desejo consciente ou inconsciente de ser cuidado pela instituição, mediante agravamento e prolongamento de queixas. GERALMENTE - Pacientes de idade avançada - Acometidos por doenças invalidantes crônicas - Frequentemente pacientes que apresentam transtornos psiquiátricos e problemas psicossociais - Frequentemente apresentam agravamento do quadro clínico às vésperas de alta O QUE PODERIA AJUDAR? - Programa de apoio após alta hospitalar à pacientes e acompanhantes - Informações completas fornecidas à pacientes e acompanhantes no início da hospitalização Obrigad@!
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