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Altas Habilidades- Educação física

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2
 (
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
CURSO DE SEGUNDA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
)
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO (AH/SP): IDENTIFICAÇÃO E ENCAMINHAMENTOS NO ÂMBITO ESCOLAR
 (
Colatina
20
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)
 (
1
)
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO (AH/SP): IDENTIFICAÇÃO E ENCAMINHAMENTOS NO ÂMBITO ESCOLAR
Trabalho apresentado à Unopar, como requisito para a temática interdisciplinar do curso de Segunda Licenciatura em Educação Física, para as disciplinas: Educação Inclusiva.; LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais; Políticas Públicas na Educação Básica; Educação e Diversidade; Fundamentos da Gestão Educacional e Coordenação Pedagógica; Práticas Pedagógicas: Identidade Docente.; Educação a Distância e Estágio Curricular I.
Colatina
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	3
2. ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO (AH/SD): IDENTIFICAÇÃO E ENCAMINHAMENTOS NO ÂMBITO ESCOLAR	5
2.1. TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DE GARDNER	6
2.2. ENCAMINHAMENTOS NO ÂMBITO ESCOLAR	8
3. CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	12
1. INTRODUÇÃO
É imprescindível ressaltar que a Educação Especial vem se apresentando como uma temática bem abrangente em relação a diálogos que envolvem a educação formal, e principalmente quando se trata das questões de inclusão/interação das pessoas com deficiência no contexto da escola regular e na sociedade (VIEGAS, 2005).
Hoje existem recomendações e princípios nacionais e internacionais voltados para o atendimento a esse público, nos quais se podem observar, de forma implícita, a necessidade de um nível mais elevado de qualidade de vida não só pessoal, mas também social, almejando assim potencializar as diferenças individuais dos mesmos. Investindo nesse sentido, o Brasil definiu algumas políticas públicas na área educacional direcionadas para a referida temática (BRASIL, 1995). 
Ao discutir a Educação Especial e o seu público alvo, pouco se pronúncia a respeito dos estudantes com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD). Porém, o atendimento a esses estudantes já está previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996) quando é mencionado em seu artigo 59º que as escolas devem assegurar aos alunos com necessidades especiais:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular (GRIFO NOSSO) (BRASIL, 1996, p.155).
É notório na citação acima, o início do movimento buscando a flexibilização curricular para contemplar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes com indicadores de AH/SD, onde surge então estratégias pedagógicas adequada às suas necessidades. 
Porém, a escassez de informações acerca das AH/SD, bem como, do direito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) ainda na atualidade é muito comum no cenário educacional, o que acarreta na dificuldade de professores e gestores em visualizar os indicadores de AH/SD e as potencialidades que estes estudantes apresentam.
 Esse trabalho tem o objetivo de enfatizar a necessidade de uma maior atenção por parte dos educadores em sala de aula, para que haja a identificação desses alunos com Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD), e em saber como agir pedagogicamente com os mesmos, para que ocorra de fato um desenvolvimento escolar adequado e eficaz.
Partindo desse pressuposto o presente estudo apresenta-se como de grande relevância, devido o mesmo trazer a discussão teórica de um assunto que reflete tanto no meio pedagógico como o social, cujo relata a importância do papel dos professores na identificação dos alunos com altas habilidades/superdotação (AH/SD), valorizando as diferenças, possibilitando uma educação inclusiva, aplicando as práticas pedagógicas e as políticas públicas necessárias para a participação efetiva desses alunos.
2. ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO (AH/SD): IDENTIFICAÇÃO E ENCAMINHAMENTOS NO ÂMBITO ESCOLAR
Como descrito pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96, Educação Especial é um modelo de educação escolar disponibilizada aos alunos com deficiências, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades. Estes alunos, muitas vezes, possuem dificuldades motoras, cognitivas, visuais, intelectuais e até mesmo altas habilidades em alguma área do conhecimento e que necessitam de um atendimento especializado e materiais que sejam condizentes com suas características.
Como já dito anteriormente, os alunos com AH/SD também são público-alvo da Educação Especial e como é seu direito também precisam das Políticas Públicas que amparem e garantam a sua real inclusão no ensino regular, pois nota-se que eles não têm suas necessidades realmente atendidas em razão das dificuldades em seu processo de identificação. Diante disso, a inclusão busca aceitar a diferença e trabalhar ela no contexto escolar, para assim, possibilitar o acesso ao conhecimento, de modo que: 
[...] a escola que pretende seguir uma política de Educação Inclusiva (EI) desenvolve políticas, culturas e práticas que valorizam a contribuição ativa de cada aluno para a formação de um conhecimento construído e partilhado – e, desta forma, atinge a qualidade acadêmica e sociocultural sem discriminação (RODRIGUES, 2006, p. 302). 
Quando a educação é democrática ela precisa atender as diferenças de cada aluno e então disponibilizar atividades para eles de acordo com o seu potencial. Portanto, os alunos com altas habilidades/superdotados necessitam de ter acesso às práticas educacionais possibilitando um bom desenvolvimento de suas habilidades. (MEC, 2006).
Para Guenther (2006), estudos indicam que de 3 a 5% da população mundial apresentam um potencial considerado acima da média. Já no Brasil, mais que 2,5 milhões de alunos com desempenho acima da média estão matriculados na Educação Básica, segundo Freitas e Pérez (2012).
Há diversas potencialidades nos alunos com altas habilidades/superdotação e o BRASIL (2006) aponta que esses alunos são aqueles com:
Alto grau de curiosidade; boa memória; atenção concentrada; persistência; independência e autonomia; interesse por áreas e tópicos diversos; facilidade de aprendizagem; criatividade e imaginação; iniciativa; liderança; vocabulário avançado para a sua idade cronológica; riqueza de expressão verbal (elaboração e fluência de ideias); facilidade para interagir com crianças mais velhas ou com adultos; habilidade para lidar com ideias abstratas; habilidade para perceber discrepâncias entre ideias e pontos de vista; interesse por livros e outras fontes de conhecimentos; alto nível de energia; preferências por situações/objetos novos; senso de humor; e originalidade para resolver problemas. (BRASIL, 2006, p.125).
Sendo que nem todos os alunos vão apresentar as características listadas acima. 
A dificuldade da identificação e avaliação desses alunos pelos professores se dá pelos motivos apresentados segundo SOUZA et al. (2015):
· Falta de uma cultura de identificação;
· Falta de conhecimento suficiente por parte dos profissionais da escola para identificação;
· Falta de avaliação/identificação de interesses;
· Falta de buscar parcerias com entidades especializadase voluntariado.
Há dificuldades também em oportunizar aos alunos com altas habilidades o desenvolvimento e o incentivo ao aperfeiçoamento de suas potencialidades.
Mesmo diante da importância na criação de condições que estejam a favor da potencialização das altas habilidades/superdotação, é notório que em muitas escolas, são pouco os docentes que sabem identificar esses alunos com AH/SD e em sobre como deve ocorrer o atendimento diferenciado que os mesmos precisam de fato, o que dificulta a execução da realização do atendimento educacional especializado.
Para SOUZA et al. (2015) já são vários os instrumentos capazes de identificar alunos com altas habilidades/superdotação, como por exemplo testes psicométricos, questionários, avaliação de desempenho, escalas de características, entrevistas com familiares e professores, observação direta de comportamento, entre outros.
É necessária uma junção desses instrumentos de avaliação para que haja uma identificação mais segura em crianças ainda em idade pré-escolar dessas altas habilidades, não havendo prejuízo ao ensino adequado a esses alunos.
2.1. TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DE GARDNER
Partindo desse pressuposto, é imprescindível frisar sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner, cujo trata a inteligência como habilidade que um indivíduo usa para a resolução de problemas.
A Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner (1995) traz um significado abrangente e com diversas ramificações para a inteligência, cujo foi um dos únicos autores que buscou trazer valores culturais inerentes para o conceito de inteligência e que não se limita apenas a testes lógicos estruturados por folhas e lápis, com perguntas e respostas fechadas, mas sim que deve ser observada em cada área específica onde se desenvolve.
As inteligências múltiplas são essenciais para o desenvolvimento do ser humano, cujo deve haver uma estimulação apropriada das mesmas, para o processo de ensino aprendizagem ser significativo. Portanto, o docente deve buscar estimular as inteligências múltiplas buscando facilitar o desenvolvimento desses alunos. Neste sentido, de acordo com Antunes (2005:104) as inteligências múltiplas podem ser estimuladas em sala de aula da seguinte forma:
 -Inteligência Linguística- “Descrição progressiva de imagens físicas. Jogos verbais de palavras. Ensino de uma língua estrangeira quando possível. Jogos linguísticos;” 
 -Inteligência Lógico-Matemática- “Substituição da contagem mecânica pela contagem significativa. Percepção dos conjuntos. Noções de escala. Jogos matemáticos;” 
-Inteligência Espacial- “Leituras com participação interativa. Início da alfabetização dos signos cartográficos ou não. Início de aulas de natação, quando possível. Exame analítico e descritivo de fotos antigas. Jogos espaciais;” 
-Inteligência Musical- “Experiências de descrição de factos e paisagens pela linguagem sonora. Jogos musicais;”
-Inteligência Cinestésica/Corporal- “Jogos lúdicos. Jogos corporais;” 
-Inteligência Interpessoal e Intrapessoal- “Iniciativas de envolvimento dos pais num programa de legitimação dos sentimentos pessoais. Ajuda para que a criança perceba e identifique as suas emoções;” 
-Inteligência Naturalista- “Jogos que envolvam aventuras interativas entre a criança e a descoberta da natureza. Jogos naturalistas;”
Investigar os alunos que possuem Altas Habilidades/Superdotação na visão das Inteligências Múltiplas, é fundamental, pois potencializa as diversas áreas cognitivas e criativas em um contexto escolar e extraescolar do aluno com Altas Habilidades/Superdotação. Gardner (1994) considera ainda que estas competências são independentes, onde todos os indivíduos as possuem, só que algumas podem estar mais desenvolvidas do que outras, depende muito dos estímulos que as que esses alunos recebem do ambiente cultural onde se inserem.
Vanessa apresenta altas habilidades na área linguística, exemplo ela realiza atividades como: excelentes produções textuais e em leituras, tira notas altas, tanto em português quanto em redação e possui a escrita bem desenvolvida. 
Portanto, Vanessa tem capacidade de usar as palavras de forma efetiva, quer oralmente, quer escrevendo, porém ela também possui dificuldades como por exemplo: dificuldades ou falta de interesse para se comunicar com os demais colegas, fazer trabalho em grupos etc. O que mostra o quanto é falsa a ideia de que um aluno com altas habilidades/superdotação não teria problemas na escola, pois já responde as exigências curriculares, e também deixa bem claro, a importância da educação inclusiva, cujo enfatiza que a atenção com o trabalho pedagógico com o aluno deve ser a garantia de aprendizagem e remoção de barreiras. 
SOUZA (2015) ressalta que muitos estudos que focalizam no desenvolvimento social, emocional e cognitivo dos estudantes de Altas Habilidades/Superdotação, apresentam um pequeno período de coleta e análise dos dados. No entanto, o autor sugere como perspectiva de estudos nesta área, o planejamento de estudos transversais e longitudinais que avaliem fatores protetivos e resilientes e características positivas que possam demonstrar os padrões de mudança e continuidade desses fatores ao longo do tempo. 
Gardner (1995) afirma que todas essas inteligências apresentadas têm igual importância, necessitando de estímulos no contexto escolar para que tais habilidades possam ser desenvolvidas. Assim é possível identificar quais alunos se destacam em determinada área.
2.2. ENCAMINHAMENTOS NO ÂMBITO ESCOLAR
A identificação é de grande importância para os alunos com AH/SD tenham suas dificuldades preenchidas na escola, assim, se torna essencial o olhar mais atento para esses alunos, para que seja possível identificar quais são as suas principais necessidades e qual a forma mais eficaz de suprir essas carências. No entanto, se necessário conhecer a realidade do aluno, tal como seu histórico familiar e sua desenvoltura em sala de aula.
Após o aluno ser identificado como superdotado, é preciso definir como será feito para o correto desenvolvimento de suas habilidades.
Delpretto (2010) diz ser importante o trabalho em equipe da educação comum com a educação especial para o ocorrer de um desenvolvimento significativo do aluno. Além de ser necessário que o Projeto Político-Pedagógico da escola preveja o acolhimento e a valorização das habilidades em diversas áreas dos alunos.
O caminho abaixo é a junção de diversos métodos de alternativas possíveis que contribuem para o desenvolvimento das diferentes habilidades, no qual deve haver a união de programas extracurriculares para o enriquecimento das atividades. Cupertino (2008) lista atividades que devem ser desenvolvidos por meio de oficinas especialidades:
- Programas de desenvolvimento pessoal; Programa com mentores;
- Ensino com professor itinerante;
- Parcerias com família;
- Parcerias com entidades especializadas, voluntários e universidades.
Segundo o Virgolim (2007), vários serviços podem ser oferecidos aos alunos, como a compactação do currículo, aceleração e enriquecimento:
- Compactação do currículo: Possibilita ao aluno avançar mais rápido os conteúdos que já foram dominados por ele. Sendo o responsável por identificar as áreas que o aluno já dominou, por aplicar os testes para assegurar esse avanço e por fim, definir as atividades que podem ser eliminadas do currículo.
- Aceleração: A escola pode permitir que alunos academicamente adiantados possam avançar séries, sendo a competência e não a idade o critério determinante para tal decisão.
- Enriquecimento: Dá ao aluno atividades com maior profundidade sobre os assuntos tratados em sala de aula para estímulo de desenvolvimento das habilidades gerando conhecimento.
Os professores de Vanessa poderiam fazer a identificação com atenção se ela possui ou não Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) na área de linguística e/ou em outras áreas também, e então fazer a análise de que se é realmente necessário e viável Vanessa passar pela a aceleração no ensino fundamental, possibilitando a elao cumprimento da grade escolar em menor tempo, e juntamente com uma turma com o nível de conhecimento mais próximo ao dela.
Seria viável também, a elaboração de metodologias com: atividades adequadas ao seu nível de conhecimento, e que almeje uma interação maior por parte da Vanessa com os demais colegas, como por exemplo, a divisão de trabalhos em grupo de acordo com níveis avançados de interesses e a sua participação em trabalhos e discussões coletivas, buscando assim desenvolver o interesse e a motivação de Vanessa. 
Logo, uma vez que as inteligências se manifestam de maneiras e em níveis de desenvolvimentos distintos, e tanto a avaliação quanto a estimulação precisam ocorrer de forma adequada (GARDNER; WALTERS, 1995). 
Os alunos são diferentes e possui suas individualidades e assim consequentemente, aprendem de formas diferentes, é preciso que o processo avaliativo e o currículo escolar também sejam diferentes, centrados nos alunos e em suas individualidades. 
Portanto, dependendo da habilidade a ser desenvolvida, é importante também que o profissional do atendimento educacional especializado – AEE busque apoio e parceria junto a possíveis facilitadores: como psicólogos, professores do ensino regular de áreas específicas, pais, alunos, comunidade em geral, dentre outros. Estes profissionais, após analisar o perfil de interesses dos grupos, poderão contribuir na organização de um cronograma de funcionamento dos grupos de enriquecimento:
[...] podem ser implementadas em salas de aula regular ou em salas especiais. Geralmente, estas atividades são implementadas individualmente, com cada aluno por meio do estudo independente, ou são organizadas investigações em pequenos grupos de interesse nos quais são oportunizados minicursos e desenvolvimento de centros de interesses (MAIA-PINTO; FLEITH, 2004, p. 56-57).
3. CONCLUSÃO
De acordo com o que foi relatado no texto, os alunos com altas habilidades/superdotação são sujeitos que, assim como todos os alunos que participam do atendimento educacional especializado (AEE), precisam de estratégias diferenciadas para que ocorra a suplementação curricular de acordo com suas necessidades individuais. Nota-se que, apesar de muitas discussões já estarem postas nas políticas públicas da educação brasileira, ainda existem diversos desafios que necessitam ser discutidos, para o ocorrer da promoção de um ambiente educacional inclusivo de fato.
Diante do exposto, conclui-se que a identificação de alunos com Altas Habilidades/Superdotação - AH/SD, requer a realização de uma sequência de procedimentos, que incluem etapas bem definidas com a utilização de instrumentos apropriados.
 É imprescindível relatar existência da aliança entre professores e pais é extremamente importante e produtiva. Cujo devem agir em conjunto. A escola necessita mostrar transparência e coesão, buscando sempre por um trabalho em equipe, entre si, e em relação à família de seus alunos.
Partindo desse pressuposto, é necessário que haja no ambiente escolar o planejamento das práticas pedagógicas, procurando sempre a inovação para que esses alunos sejam motivados e desafiados. Por esse fato, o professor precisa ter uma boa formação, podendo fornecer aos alunos uma educação de qualidade, atendendo e conhecendo as necessidades, as facilidades e as dificuldades de todos, não só potencializando o seu aprendizado, mas, principalmente, evitando a sua exclusão e segregação escolar.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, C. As Inteligências Múltiplas e os seus estímulos. Porto: Asa Editores, 2005.
BRASIL. Diretrizes gerais para o atendimento educacional aos alunos portadores de altas habilidades/superdotação e talentos. Brasília, DF: Mec/Seesp. Série Diretrizes, n.10, 1995.   
BRASIL. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com altas habilidades/superdotação. 2. ed. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, (Série Saberes e práticas da inclusão). 2006.
CUPERTINO, C. M. B. (org.). Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos/Secretaria da Educação. São Paulo: FDE, 2008.
DELPRETTO, B. M. L. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: altas habilidades/superdotação. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar). Brasília: MEC/SEESP; Fortaleza: UFC, 2010.
Ed MAIA-PINTO, R. R.; FLEITH, D. de S. Avaliação das práticas educacionais de um programa de atendimento a alunos superdotados e talentosos. Revista de Psicologia Escolar e Educacional, v. 8, 2004.
FREITAS, S. P.; PÉREZ, S. G. P. B. Altas habilidades/superdotação: atendimento especializado. Marília: ABPEE, 2012.
GARDNER, H. Estruturas da Mente: a Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
GARDNER, H.; WALTERS, J. Uma versão aperfeiçoada. In: GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 1995.
RODRIGUES, D. (Org.). Dez ideias (mal) feitas sobre a educação inclusiva. In: RODRIGUES, D. Inclusão e educação: doze olhares sobre a Educação Inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. 
Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> Acesso em: 05 abril. 2020.
SOUZA, Amanda Rodrigues de et al. Conhecendo as altas habilidades/ superdotação: definições e caracterizações. Educação, Batatais, 2015.
VIEGAS, L. T. Educação especial no rio grande do sul: uma análise da oferta e das políticas educacionais no período de 1988 à 2002. 2005. 132 f. Dissertação (mestrado em educação) - Programa de Pós-Graduação Em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2005.

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