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Júlia Figueirêdo – PERDA DE SANGUE DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA (DAOP): A Doença Arterial Obstrutiva Periférica é resultado de quadros ateroscleróticos sistêmicos, e, graças à oclusão de vasos, eleva o risco de morbimortalidade cardiovascular. Alguns aspectos estão associados a uma maior incidência de DAOP, como: Hipertensão; Diabetes; Tabagismo; Hipercolesterolemia; Idade avançada. O principal sintoma associado a esse quadro é a claudicação intermitente, que tem como característica a dor ou desconforto em membros inferiores associada à caminhada, desaparecendo com o repouso. A origem dessa manifestação é a redução do fluxo sanguíneo para os tecidos. A oclusão vascular promove restrição do suprimento sanguíneo e isquemia tecidual, gerando dor em situações de estresse metabólico (claudicação intermitente) De acordo com evolução e a intensidade das manifestações clínicas de cada paciente, é possível estratificar diversos estágios para a DAOP. As classificações mais usadas são a de Fontaine e a de Rutherford. Equivalência entre estágios das diferentes classificações clínicas da DAOP No que se refere aos aspectos anatômicos, a doença arterial oclusiva periférica pode ter sua gravidade estabelecida pela complexidade e extensão das lesões arteriais. O método mais utilizado para esse objetivo é a classificação TASC II, que pode ser empregada como critério para condutas terapêuticas diversas. Tal sistema divide-se em segmentos aortoilíaco e femoropoplíteo. Classificação das lesões vasculares aortoilíacas Júlia Figueirêdo – PERDA DE SANGUE Avaliação do segmento femoropoplíteo quanto a lesões por estenose ou obstrução DIAGNÓSTICO: A avaliação de um paciente com suspeita de DAOP deve ser iniciada por um exame físico detalhado, tendo como ponto de partida a investigação da claudicação intermitente. A partir dessa etapa, as avaliações podem diferir, a saber: Pacientes sintomáticos: deve ser realizada ausculta das artérias femorais e a palpação dos pulsos das extremidades inferiores, bem como do abdome. A coloração, bem como a temperatura e a integridade da pele dos pés devem ser avaliadas; Pacientes assintomáticos: realizam apenas a ausculta e a palpação do abdome e dos membros inferiores. O índice tornozelo-braquial (ITB), obtido a partir da divisão entre a maior pressão sistólica aferida nessas duas áreas, também pode ser útil na detecção de distúrbios vasculares. Sua realização é recomendada principalmente em pacientes hospitalizados com alto risco para DCV. Resultados entre 1,0 e 1,4 são normais (área limítrofe entre 0,9 e 0,99), sendo que valores < 0,9 indicam obstrução e > 1,4 sugerem calcificação. Indivíduos diabéticos ou com insuficiência renal se beneficiam com o índice hálux-braquial, que poupa vasos frequentemente calcificados. O teste de esteira permite avaliar o grau de limitação funcional da claudicação intermitente, assim como determinar a resposta terapêutica de cada paciente. Dentre os exames de imagem, os mais utilizados para diagnosticar a DAOP são: Ecografia vascular com Doppler colorido: permite identificar e classificar a oclusão, diferenciando-os de possíveis estenoses. Sua acurácia depende do operador, é há dificuldade de realização em pacientes obesos mórbidos. Angiotomografia e angiorresonância: há boa acurácia diagnóstica, com especificidade e sensibilidade superiores a 90%; Angiorresonância da artéria femoral comum A detecção de pele fria OU ao menos um sopro arterial OU anormalidades palpáveis no pulso podem indicar DAOP. O teste do tempo de enchimento capilar apresenta baixa acurácia diagnóstica Se há claudicação intermitente, o ITB deve ser medido após o exercício Júlia Figueirêdo – PERDA DE SANGUE Angiografia por subtração digital: é o padrão-ouro para diagnóstico da DAOP (identifica diferenças mínimas entre imagens), porém, por ser mais invasiva que os demais métodos, tem aplicabilidade limitada na rotina. Análise das artérias femorais superficial e profunda por angiografia (também chamada de arteriografia) COMPLICAÇÕES: A Síndrome Isquêmica Crônica de Membros Inferiores pode se desenvolver como uma complicação da DAOP. Seu sintoma mais marcante segue sendo a claudicação intermitente, porém agora acompanhada por necessidade de analgesia regular > 2 semanas OU úlceras ou gangrena nos pés. Alteração da coloração da pele do pé acompanhada por ulcerações em quadro de síndrome isquêmica crônica de membros inferiores Ao ser executada a aferição do pulso do tornozelo e pododáctilos, nota-se pressão sistólica < 50 mmHg e < 30 mmHg, respectivamente. Quando em estado crítico, o paciente apresenta dor persistente em repouso, principalmente à noite. O acometimento se irradia para pés e pododáctilos.
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