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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 1 ENGENHARIA DE TRÁFEGO 4) DENSIDADE Os estudos de capacidade de interseções, rampas e outras análises das características das vias requerem dados quanto ao espaçamento e o intervalo entre os veículos. O espaçamento dos veículos também tem aplicação na estimativa da frequência de chegada num determinado ponto, no projeto das faixas de acumulação, estimativa dos retardamentos no fluxo, nos estudos de cruzamento de pedestres, nos estudos de sincronização de semáforos etc. 4.1) Definição Densidade - número de veículos por unidade de comprimento da via. A equação acima é usada para fluxos não saturados. A densidade é um parâmetro crítico dos fluxos contínuos, porque caracteriza a proximidade dos veículos, refletindo o grau deliberdade de manobra do tráfego. 4.2) Espaçamento e Intervalo Denomina-se Espaçamento a distância entre dois veículos sucessivos, medida entrepontos de referência comuns (por exemplo para-choque dianteiro). Denomina-se Intervalo de Tempo ou “Headway” o tempo transcorrido entre a passagem de dois veículos sucessivos por um determinado ponto. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 2 Embora o volume seja a característica mais significativa do tráfego e forneça uma medida clara do nível de congestionamento de uma via, o espaçamento e o headway afetam os motoristas individualmente, porque indicam a liberdade de movimento e segurança relativa, influenciando a escolha das velocidades e distâncias entre veículos. Existem as seguintes relações envolvendo os valores mencionados: Cabe observar que em caso de tráfego misto pode haver necessidade de considerar separadamente os diferentes tipos de veículos na determinação dos seus espaçamentose headways. 4.3) RELAÇÃO ENTRE VOLUME, VELOCIDADE E DENSIDADE Para condições de fluxo contínuo o comportamento do tráfego permite a construção de gráficos “típicos”, razoavelmente fiéis aos comportamentos observados. No caso de fluxo interrompido ou descontínuo, aatuação dos semáforos e de outras interrupções impossibilita a construção de gráficos“típicos”. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 3 4.3.1) RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE E VOLUME (Fluxo) Partindo da velocidade de fluxo livre (Vf), aumentando o valor do fluxo, reduz-se a velocidade média até chegar a um ponto de densidade ótima (Do), que corresponde ao fluxo máximo que a via pode carregar, chamado Capacidade. A partir deste ponto, a entrada de mais veículos na corrente provoca turbulência, e tanto a velocidade como o volume diminuem. (Figura1). Os diversos estudos já realizados indicaram que a curva em questão varia de seção para seção de uma via, pois mostrou ser sensível a inúmeros fatores, tais como: atritos laterais, frequências de entradas e saídas, condições do tempo, número de acidentes, etc. Aumentando o fluxo de tráfego, a velocidade diminui, desde condições de tráfego com fluxo livre (densidade zero), até a iminência do congestionamento (densidade crítica = fluxo máximo). Entretanto, quando este ocorre, a densidade aumenta bruscamente e tanto a velocidade como o fluxo diminuem, ou tornam-se iguais a zero. Para vias diferentes obterão curvas distintas. Figura 1 FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 4 4.3.2) RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE E DENSIDADE A densidade de uma via aumenta com a diminuição da velocidade. Uma vez atingida a densidade ótima (Do), a densidade continua aumentando, enquanto a velocidade decresce (Figura 2). A relação velocidade x densidade pode ser representada na forma linear com um grau de correlação aceitável para vias com acessos controlados; em vias sem controles de acessos se ajusta melhor uma curva com alguma concavidade. Se fosse possível aumentar indefinidamente a velocidade e densidade, então seria possível escoar fluxos muito grandes por uma via. Ocorre, porém, que: • Aumento da densidade significa a diminuição dos espaçamentos, e estes têm um limite inferior, que é quando os veículos estão praticamente encostados para-choque a para-choque; • Quando os espaçamentos diminuem, a velocidade precisa diminuir; • De fato, é preciso que o intervalo entre veículos seja pelo menos igual ao tempo de percepção-reação, caso contrário a freada do veículo da frente causará a colisão daquele que vem atrás. Quanto maior a velocidade, esse intervalo mínimo (de 1,0 a 2,0 segundos) significa maior espaço percorrido. A velocidade varia, portanto, diretamente com o espaçamento, e inversamente com a densidade. Figura 2 DENSIDADE (veic/Km/faixa) FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 5 4.3.3) RELAÇÃO ENTRE VOLUME (Fluxo) E DENSIDADE A relação entre o volume de circulação e a densidade tem forma aproximada de parábola de eixo vertical, com a densidade representada no eixo das abscissas, com o vértice na parte superior (Figura 3). Um aumento na densidade acarreta um aumento no volume, até atingir a densidade ótima, a partir da qual o fluxo diminui com o aumento da densidade. A densidade ótima varia com o tipo de via. Quando a densidade é mínima (e a velocidade é máxima), o fluxo é zero, pois não há presença de veículos na pista. Aumentando-se a densidade, o fluxo aumenta. No outro extremo, quando a densidade é máxima (para-choque a para-choque), o fluxo é zero, pois a velocidade é zero. Portanto, o fluxo aumenta a partir da densidade zero, passa por um máximo, e vai caindo na medida em que a densidade segue aumentando. Esse ponto de máximo fluxo corresponde a uma densidade crítica, em que os veículos estão tão próximos que não é possível o fluxo uniforme: qualquer perturbação (uma freada, por exemplo) faz com que o veículo seguinte tenha que parar, fenômeno que se propaga para trás numa onda de choque. Em seguida, os veículos começam a andar de novo, até nova perturbação e nova parada. Acima dessa densidade crítica, portanto, esse movimento intermitente faz com que o fluxo caia. Assim, a densidade crítica corresponde ao fluxo máximo, ou seja, a capacidade da via (considerando uma faixa de tráfego). Figura 3 FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 6 4.4) DIAGRAMA ESPAÇO TEMPO O diagrama espaço tempo é um recurso muito utilizado na engenharia de tráfego para representar em detalhes o espaço e o tempo durante o deslocamento de veículos. Ele serve para localizar pontos aonde há algum tipo de retenção no fluxo dos veículos, para calcular o tempo médio em que os veículos se encontram parados, para a determinação de valores de velocidades, entre outros. Abaixo, as curvas no gráfico mostram as variações da velocidade ao longo do percurso de 4 veículos. Assim, neste gráfico, quanto mais a tangente da curva for próxima da horizontal, menor é a velocidade. Quando a tangente da curva for perfeitamente horizontal a velocidade é zero. Diagrama espaço tempo FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 7 4.5) FORMAÇÃO DE FILAS Nos casos aonde o fluxo de demanda para umarodovia é maior do que a sua capacidade, ocorre a formação de filas. A figura abaixo mostra um gráfico com três eixos. Nas abcissas o tempo t, nas ordenadas o fluxo F, e no eixo vertical para baixo o número de veículos na fila. O tempo está dividido em períodos iguais. Para cada período o valor do fluxo de demanda d está representado por uma linha horizontal pontilhada, sendo assumido constante dentro do intervalo. A capacidade da via é representada por uma linha horizontal no respectivo valor do fluxo máximo suportado, atravessando todo o gráfico. O fluxo de demanda dentro de um período pré-determinado, como vimos, é o volume de veículos. Para cada período aonde o volume de demanda é maior do que a capacidade, o número de veículos que não conseguem atravessar o local observado é acumulado no valor da fila, como ocorre do segundo ao quarto período da figura. Nos períodos aonde o volume de demanda é menor que a capacidade, o número de veículos na fila diminui em quantidade igual à diferença entre eles, como ocorre do quinto ao último período da figura. Neste gráfico de exemplo, a fila formada não chega a escoar completamente. Representação gráfica da formação e do escoamento de filas O fluxo de demanda, que é um dado tão importante para o planejamento de transportes, não é fácil de ser diretamente medido em campo. O monitoramento da formação de filas pode ser utilizado para determiná-lo indiretamente. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 8 5) CAPACIDADE E NÍVEIS DE SERVIÇO PARA FLUXO ININTERRUPTO 5.1) INTRODUÇÃO Um dos problemas básicos do planejamento de um sistema viário reside em determinar qual o tipode via a ser construída para acomodar a uma demanda futura prevista. Essa determinação requer o conhecimento das capacidades de carregamento de tráfego, dos níveis de serviço em vias de todos os tipos. Isso significa não só o conhecimento do máximo fluxo que uma via pode suportar, mas dentro dos vários fluxos e condições de operação, qual deve ser considerado o melhor. A partir desses conceitos é que se desenvolve toda uma teoria para o cálculo e dimensionamento das vias, dentro dos padrões de operação desejados. O Highway Capacity Manual – HCM 2000 – define a capacidade de uma facilidade de transporte como a “taxa horária máxima de pessoas ou veículos que pode ser razoavelmente esperada atravessar um ponto ou segmento uniforme de uma faixa ou via durante um determinado período de tempo sob condições prevalecentes referentes ao tráfego, à via e ao controle”. 5.2) CAPACIDADE Capacidade é o máximo número de veículos que pode passar sobre uma dada seção de uma dada faixa ou via com uma direção (ou em ambas para vias de duas ou três faixas) – durante a unidade de tempo nas condições normais de tráfego e da via. De modo geral capacidade é um fluxo horário. A capacidade nunca poderá ser excedida sem que as condições da via considerada sejam modificadas. O cálculo da capacidade de uma seção específica de uma via é feito em função da sua capacidade teórica que ocorreria em certas “condições ideais”. Para efeito de análise, define-se como condições ideais: a) fluxo contínuo, livre de interferências laterais de veículos e pedestres; b) somente veículos de passageiros na corrente de tráfego; c) 3.6m para as faixas de tráfego, com acostamento adequado, e sem obstruções laterais, a menos de 1.80m do limite do pavimento; e FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 9 d) para rodovias rurais, alinhamentos verticais e horizontais satisfatórios, para uma velocidade média maior ou igual a 112km/h (70mph), com distâncias de visibilidade iguais ou maiores a 450m, nas vias de duas ou três faixas de tráfego. Poucas vias possuem essas condições, com exceção apenas de vias de alta qualidade de projeto, as Parkways, que são vias expressas exclusivas para automóveis. Desta forma a capacidade de uma via depende de quanto as condições de plataforma e tráfego se distanciam das condições ideais. A capacidade será tanto menor quanto maior distância houver entre essas condições. Em certas vias expressas, são atualmente observados valores acima de 2.400 veículos/hora, em uma ou mais faixas. É o caso, por exemplo, de estudos nas Marginais do Rio Pinheiros e no Elevado Costa e Silva, em São Paulo. Entretanto, trata-se de casos isolados, recomendando-se para uso geral a média de 2.000 veículos/hora por faixa, na direção do movimento mais intenso. Deve ficar bem claro que a capacidade de uma seção de uma via dificilmente será atingida. Obviamente para o engenheiro de tráfego a capacidade é um valor muito importante, pois ela dá o valor limite do número de veículos que poderão passar por uma dada seção, mas também não deve ser um número absoluto porque nada diz a respeito das condições de operação da via. Geralmente, condições próximas à capacidade são inaceitáveis pela maioria dos motoristas, devido à existência de congestionamento e de baixas velocidades. 5.2.1) FÓRMULA DA CAPACIDADE C = Cj x f1 x f2 x f3 x..............fn (veic/h) Onde: Cj - Capacidade básica para as condições ideais (veic/h); f1, f2, f3 ... fn – fatores de ajustamento para condições existentes da via, tráfego etc. 5.3) NÍVEIS DE SERVIÇO Quando o engenheiro de tráfego enfrenta problemas de dimensionamento, muitas vezes é forçado aassumir um nível de serviço pobre para não envolver orçamento por demais elevado. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 10 No entanto os motoristas e administradores desejam que as vias operem nas melhores condições possíveis. Para medir as diversas condições de operação, desenvolve-se o conceito de “níveis de serviço”. Nível de Serviço é uma medida qualitativa do efeito de numerosos fatores, incluindo velocidade e tempo de viagem, interrupções no tráfego, liberdade de movimentos, conforto e conveniência do motorista e, indiretamente, segurança e custos operacionais. De acordo com os manuais norte americanos, definem-se seis níveis de serviço, designados por A, B, C, D, E e F. Qualquer seção de uma via pode operar em diversos níveis de serviço, dependendo do instante considerado, visto que os fluxos de tráfego sofrem variações temporais (horárias, semanais, sazonais, etc.). Os seis níveis de serviço representam, cada um, uma variação em que os extremos são definidos superiormente pela velocidade. São determinados separadamente para cada seção da via considerada, dependendo das condições de uniformidades. Os diversos níveis de serviço são assim definidos: Nível A: Condição de escoamento livre, caracterizada por baixos fluxos e altas velocidades de tráfego. A densidade do tráfego é baixa, com velocidades de escoamento controladas pelo desejo do motorista, pelo limite legal de velocidade, ou pelas condições físicas da via. Não há restrições devido à presença de outros veículos. Nível B: Fluxo estável, com velocidades de operação começando a ser restringidas pelas condições de tráfego. Os motoristas possuem razoáveis condições de liberdade para escolher a velocidade e a faixa para circulação. A probabilidade de reduções de velocidade é muito baixa. Nível C: Fluxo ainda estável, mas a velocidade e a liberdade de movimento são controladas pelas condições de tráfego. Muitos motoristas não têm liberdade de escolher faixa ou velocidade, havendo restrições quanto à ultrapassagem. A velocidade de operação é satisfatória. Nível D: Próxima à zona de fluxo instável, comvelocidade de operação toleráveis, mas consideravelmente afetadas pelas condições de tráfego. As flutuações no fluxo FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 11 e as restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação. Os motoristas sentem-se tolhidos, perdendo a liberdade de movimento e são prejudicados. Essas condições são toleradas por curtos períodos de tempo. Nível E: Não pode ser descrito apenas pela velocidade, mas apresenta a velocidade de operação nas vizinhanças de 50km/h, com os fluxos próximos à capacidade da via. O fluxo é instável e com paradas de duração momentânea. Nível F: Descreve o escoamento forçado, a baixas velocidades e com fluxos abaixo da capacidade. No extremo, fluxo e velocidade caem para zero. Estas condições normalmente são resultantes de bloqueios à corrente, ocasionando a formação de filas. As paradas tanto podem ser momentâneas como demoradas, havendo formação de congestionamento. Como exemplo de critérios para dimensionamento de vias, pode-se mencionar aqueles geralmente adotados pelo DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), que administra importantes vias expressas como os Sistemas Anchieta-Imigrantes e Anhanguera-Bandeirantes. Esses critérios são: a) A via deve ter suficiente número de faixas para operar, na hora crítica de projeto, ao Nível de Serviço “C” no décimo ano a partir de sua inauguração; b) Deve-se garantir a operação ao Nível de Serviço “D” no vigésimo ano. Caso o número de faixas determinado pelo primeiro critério não seja suficiente para garantir este segundo critério, deverão ser executadas terraplanagem e obras de arte para a futura construção de faixas adicionais que garantam o Nível de Serviço especificado. Foto 1 - Nível de serviço A Foto 2 - Nível de serviço B FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 12 Foto 3 - Nível de serviço C Foto 4 - Nível de serviço D Foto 3 - Nível de serviço E Foto 6 - Nível de serviço F 5.4) CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS DE PISTA SIMPLES A capacidade de uma rodovia com duas faixas e dois sentidos de tráfego é de 1.700 carros de passeio por hora (ucp/h), para cada sentido de tráfego, não excedendo 3.200 ucp/h para o conjunto dos dois sentidos, exceto em trechos curtos, como túneis e pontes, onde pode atingir 3.400 ucp/h. Para efeito de análise de capacidade, as rodovias pavimentadas com duas faixas e dois sentidos de tráfego são divididas em duas classes: •Classe I: Rodovias nas quais os motoristas esperam poder trafegar com velocidades relativamente elevadas. Compreende: – ligações de maior importância entre cidades e rodovias arteriais principais conectando importantes vias geradoras de tráfego; – rotas de trabalho diário; – ligações estaduais e federais de grande relevância. Geralmente atendem o tráfego de longa distância ou possuem conexões entre vias que servem o tráfego de longa distância. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 13 •Classe II: Rodovias nas quais os motoristas não esperam trafegar com velocidades elevadas. Compreende: – vias que funcionam como rotas de acesso às rodovias de Classe I ou servem como rodovias turísticas e recreacionais, não atuando como arteriais principais; – passam por terreno de topografia acidentada. Geralmente atendem às viagens curtas, inícios e fins de viagens longas ou viagens em que a contemplação cênica exerce um papel significante. 5.4.) NÍVEIS DE SERVIÇO As medidas que definem o nível de serviço para rodovias de pista simples são: •Classe I: tempo gasto seguindo e velocidade média de viagem. •Classe II: tempo gasto seguindo Os critérios de níveis de serviço são aplicados para o pico de 15 minutos e para segmentos de extensão significativa. São definidos seis Níveis de Serviço, de A a F. 5.5) RODOVIAS DE QUATRO OU MAIS FAIXAS Nos procedimentos metodológicos para determinação da capacidade e nível de serviço a seguir das Rodovias de Quatro ou mais faixas, não são considerados os efeitos que possam ser provocados por: •Problemas causados por construção na rodovia, acidentes ou travessias de ferrovias; •Estacionamento eventual nos acostamentos; •Efeitos de reduções ou acréscimos de faixas de tráfego nos extremos do trecho; •Perdas de tempo provocadas por transições na passagem para trechos com pista simples; •Diferenças entre barreiras rígidas e faixas de giro à esquerda com duas faixas; •Velocidades de Fluxo Livre abaixo de 70 km/h ou acima de 100 km/h. 5.5.1) NÍVEIS DE SERVIÇO Embora o conceito de nível de serviço seja em essência o mesmo do caso de rodovia de pista simples, algumas particularidades tornam conveniente sua redefinição para o caso de rodovias de faixas múltiplas. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 21 E 22 Página 14 São definidos seis Níveis de Serviço, de A a F. Fonte: Manual de Estudos de Tráfego DNIT 2006
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