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Resumo principais aspectos de uroperitôneo em potros

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O uroperitôneo resulta do extravasamento de urina do 
trato urinário dentro do espaço peritoneal. Sendo que a 
origem da urina pode ser de qualquer parte do trato 
urinário. 
Geralmente o defeito já aparece ao nascimento, embora 
os potros acometidos, inicialmente parecem normais ao 
nascer. Alguns potros podem apresentar uroperitôneo 
decorrente de traumas. 
Dentre os quadros que podem levar a dor abdominal 
severa, o uroperitôneo pode ser uma das causas mais 
precoces. 
As principais causas de uroperitôneo são ruptura de 
bexiga (principalmente em região dorsal) e úraco. Mas 
pode ser também em consequência de laceração de 
uretra ou ureteres ectópicos. 
Ocorrência maior em potros machos (devido a 
característica da uretra ser maior em comprimento e 
menor em diâmetro de lúmen, quando comparado com 
fêmeas) de 24 – 36 horas após o parto. 
O surgimento do quadro precoce se deve há algumas 
possibilidades: potros submetidos a uma maior pressão 
local durante o parto apresentam maiores chances de 
ruptura vesical (ou seja, pressão exercida sobre a bexiga 
durante o parto) ou também por uma torsão parcial no 
cordão umbilical. 
Os principais sinais clínicos são 
➔ Alteração na micção normalmente são os 
primeiros sinais; lembrando que a presença de 
jato de urina não descarta a possibilidade de 
uroperitôneo em consequência de ruptura de 
vesícula urinária, isso porque mesmo lesionada e 
com extravasamento da urina, a bexiga ainda é 
capaz de acumular uma pequena quantidade que 
será evacuada parcialmente. 
• Distensão abdominal moderada – severa 
• Dispneia 
• Dor severa 
• Refluxo nasogástrico 
• Disúria, polaquiúria 
• Postura estendida 
• Taquicardia e taquipneia 
• Posição de lordose, com membros posteriores 
colocados em posição caudal no momento de 
esforço de micção 
• Acúmulo de urina em tecidos subcutâneo, quando 
úraco for a fonte de extravasamento de urina. 
• Pode apresentar dificuldade em se alimentar 
Principais achados laboratoriais 
• Hipercalcemia 
• Hipocloremia 
• Hiponatremia 
• Aumento das concentrações de creatinina 
• Pode ter aumento das concentrações de ureia e 
nitrogênio 
• Acidose metabólica 
• Hipoxemia 
Líquido peritoneal deve ser coletado (abdominocentese) e 
ser submetido à analises: dosagem de creatinina, cultivo 
e antibiograma. 
A análise de líquido peritoneal é a forma mais correta de 
diagnóstico de peritonite e diferenciar de algumas outras 
patologias do TGI. 
Pode ser realizado radiográfica contrastada (infusão de 
corante atóxico estéril na bexiga, como Novo azul de 
metileno), para localização do ponto de lesão/ ruptura. 
Pielografia intravenosa pode auxiliar no diagnóstico de 
ruptura de ureter. 
A ultrassonografia pode ser realizada, com visualização 
de região anecoica em torno das vísceras. Mas cuidado, 
por ultrassom não é possível diferenciar uroperitôneo de 
ascite. 
É considerado um quadro de EMERGÊNCIA. 
Tratamento pode ser dividido em algumas etapas 
• Estabilização ácido – básico, e correção 
eletrolítica. 
• Drenagem abdominal: abdômen distendido 
promove uma dispneia, e isso aumenta o risco 
anestésico. Ao fazer a drenagem no pré 
operatório, reduz o esforço respiratório. 
Atenção! Mesmo que a distensão abdominal seja 
por gás, deve fazer a retirada no pré operatório. 
• Procedimento cirúrgico: anestesia inalatória com 
isofluorano. Técnica: inicia com uma laparotomia 
para identificar estruturas lesionadas e 
posterior sutura com fio inabsorvível com bordos 
invertidos, e com pontos feitos em tecido sadio. 
Retirar os resquícios umbilicais. É recomendado 
fazer lavagem da cavidade abdominal, 
principalmente em situações que a citologia do 
líquido peritoneal (previamente coletado) indicou 
um quadro de infeção. 
Atenção! Uma desvantagem de utilizar fio 
inabsorvível é a possibilidade de formação de 
urólitos no futuro. 
O prognóstico está relacionado com o grau de septicemia. 
Em situações onde o atendimento é rápido e há uma 
ausência de septicemia o prognóstico é favorável.

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