Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistema Neurológico →Responsável pela iniciação e coordenação do movimento, a recepção e a percepção do estímulo sensorial, a organização dos processos de pensamentos, o controle da fala e o armazenamento de memória. Um exame completo das funções neurológicas requer muito tempo e atenção aos detalhes. →O nível de consciência do paciente influencia sua habilidade de seguir instruções. O estado físico geral influencia a tolerância à avaliação. A queixa do paciente determina a necessidade de uma avaliação minuciosa. ANAMNESE NEUROLÓGICA História da doença atual: deve incluir início, modo de instalação e evolução dos sintomas, alterações no ritmo de sono, perdas de consciência, possíveis acidentes e traumatismo, cirurgias, parasitoses, alergias e doenças venéreas (IST). História pessoal: Condições de habitação e alimentação. vícios, trabalho e condições emocionais. Histórico familiar: Patologias hereditárias. O QUE INVESTIGAR? • Uso de medicação • Cefaleias • Traumatismo craniano • Tonteiras/vertigens • Convulsões • Tremores • Fraqueza • Incoordenação • Dormência ou formigamento (parestesia) • Dificuldade de deglutição • Dificuldade de falar • História pregressa de AVE, lesão medular espinhal, meningite ou encefalite, alcoolismo - riscos ambientais ocupacionais (inseticidas, solventes, chumbo) PREPARAÇÃO – EXAME FÍSICO 1. Exame neurológico de triagem 2. Exame neurológico completo 3. Exame neurológico de revisão OBS: importante que o paciente urine e evacue antes! NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Fale com o paciente, fazendo perguntas sobre eventos que envolvem suas preocupações relacionadas a qualquer problema de saúde. Os pacientes completamente conscientes respondem as questões rapidamente e expressam suas ideias logicamente. >> O comportamento, humor, a higiene e a escolha da roupa revelam informações pertinentes sobre o estado mental. MINIEXAME DO ESTADO MENTAL ➢ Orientação do tempo “Que dia é hoje?” ➢ Registro “Ouça atentamente. Eu vou dizer 3 palavras. Repita-as logo após eu parar. Pronto? Aqui estão elas... CASA (pause), CARRO (pause), LAGO (pause). Agora repita estas palavras para mim.” ➢ Nomes “O que é isto?” (Apontar para um lápis ou caneta) ➢ Leitura “Por favor, leita isto e faça o que é dito” (mostrar ao examinando as palavras no formulário de estímulo): FECHE OS OLHOS. SEQUÊNCIA DE EXAME NEUROLÓGICO COMPLETO • ESTADO MENTAL Não pergunte questões relacionadas a conceitos ou ideias com as quais o paciente não esteja familiarizado! Memória: Avalie as recordações imediata e recente e a memória remota. Boa técnica de comunicação são essenciais durante todo o exame para garantir que o paciente entenda claramente todas as solicitações e testes. Conhecimento: Perguntar ao paciente o quanto ele conhece a respeito de sua doença ou a razão de ter procurado por cuidados médicos. Pensamento abstrato: Interpretar as ideias ou conceitos abstratos reflete a capacidade de pensamento abstrato. Associação: Encontrar similaridades ou associações entre conceitos: o cão está para um Beagle assim como um gato está para um Siamês. Nomeie conceitos relativos e peça para o paciente identificar suas associações. Julgamento: Requer avaliação e comparação dos fatos e ideias para entender suas relações e formar conclusões apropriadas. “Por que você procura auxílio médico?” • FUNÇÃO DO NERVO CRANIANO Necessário testar os 12 nervos cranianos, um único nervo ou um grupo de nervos relacionados. 1. Nervo olfatório: Durante o exame físico, devem- se observar possíveis obstruções das vias nasais, como desvio de septo, fratura e secreção. Hiposmia é a redução da olfação e anosmia é a ausência da olfação. → Peça para o paciente identificar aromas não irritantes, como baunilha e café. 2. II - Nervo Óptico: Para avaliar o campo visual, o paciente deve cobrir um dos olhos, fixando seu olhar no nariz do examinador. Este, deve mover seu dedo na frente do paciente, no campo temporal ao campo nasal. O paciente deverá informar quando estiver visualizando o dedo do examinador. →Aquele que não possui visão em metade do campo visual de cada olho apresenta uma hemianopsia (hemicegueira). Quando ocorre lesão do n. óptico, haverá perda dos campos nasal e temporal, levando a amaurose (perda total da visão). 3. (III, IV e VI) – Oculomotor, Troclear e Abducente: São responsáveis pelo movimento dos olhos. Os distúrbios desses nervos podem provocar dilatação pupilar, com perda do reflexo luminoso hemilateral, alteração do movimento ocular, diplopia, paralisia do olhar, ptose palpebral e nistagmo (abalo rítmico do globo ocular). A lesão dos n.n. oculomotor e abducente pode provocar estrabismo. → Para avaliar, pede-se ao paciente para seguir o dedo do examinador em movimento, para o lado, para cima e para baixo. Assim, examinam-se os movimentos do globo ocular, os movimentos conjugados e a presença de nistagmo. → Com o uso de uma lanterna, testam-se os reflexos pupilares. → Para testar o reflexo córneo-palpebral, deve-se encostar delicadamente uma gaze na superfície temporal de cada córnea, enquanto o paciente olha para cima. A resposta esperada é o piscar dos olhos e o lacrimejamento. 4. V – Nervo trigêmeo: Diminuição da força unilateral ouj bilateral, assimetria no movimento dos maxilares, dor ao cerrar os dentes ou pentear os cabelos. → Para verificar a sensibilidade, o examinador deve instruir o paciente a fechar os olhos. Com uma gaze, toca a fronte do indivíduo, seu queixo e a face lateral do rosto, comparando sempre as duas metades do rosto. O paciente deve descrever que tipo de toque lhe está sendo feito. → Para a realização do teste da função motora do n. trigêmeo, o examinador deve pedir ao paciente para que abra a boca amplamente e, usando as mãos, deve tentar fechá-la. 5. VII – Nervo facial: O examinador avalia a simetria dos movimentos faciais enquanto o paciente sorri, assobia, franze as sobrancelhas e cerra as pálpebras. Também, a diferenciação entre doce e salgado, examinando a sensibilidade gustativa da língua. → As lesões do nervo facial são caracterizadas por hemiparesia facial, desvio da comissura dos lábios para o lado contralateral e o não fechamento da pálpebra. 6. VIII – Nervo vestibulococlear: Responsável pela posição da cabeça, do movimento, equilíbrio e a sensibilidade auditiva. →No exame, deve-se cobrir um dos condutos auditivos e testar a audição por meio do som de um relógio, um sussurro ou estalar dos dedos. O paciente deve estar apto a ouvir o som e a fazer a sua diferenciação. → No equilíbrio, o paciente deve ficar de olhos fechados e em pé, com as pernas aproximadas, posicionando os braços e as mãos paralelamente ao corpo. A posição é mantida por 10 segundos, sem perder o equilíbrio. Depois, o paciente é orientado a assumir a posição normal para andar unindo o calcanhar de um pé com o dedo do outro, e dar 10 passos. 7. IX – Nervo glossofaríngeo: Na língua, é responsável pela sensibilidade gustativa e sensibilidade geral do terço posterior. →O paciente deve ser instruído para que abra a boca e diga “ah”. Observa-se a elevação e a contração do palato mole e da úvula. Avalia-se o reflexo de deglutição, percebendo sinais de disfagia. 8. X – Nervo vago: Participa do reflexo da deglutição. O examinador deve tocar a parte posterior da língua com um abaixador, ou estimular a faringe posterior para desencadear o reflexo de vômito. Deve também observar a presença de rouquidão e a simetria da úvula e do palato mole. 9. XI – Nervo acessório: Movimento das cordas vocais, das cabeças e ombros. → O examinador deve avaliar a capacidade do paciente de encolher os ombros e de fazer rotação com a cabeça contra uma resistênciaimposta. Um desvio do queixo para baixo, contra a resistência indica o lado paralisado. O exame deve ser feito em busca de atrofia muscular e queda de ombro. 10. XII – Nervo hipoglosso: Posição da língua. → A força da língua é testada pedindo para que o paciente empurre a ponta contra a bochecha, para ambos os lados, contra resistência do dedo do examinador. Deve-se observar a presença de desvio, atrofia ou tremores na protusão da língua. →Os distúrbios mais frequentes são movimentos anormais da língua, paralisia e debilidade dos músculos da língua, bem como falar, mastigar e deglutir. • SISTEMA MOTOR O exame da função motora inclui a avaliação feita durante o exame musculoesquelético. Também, avalia a função cerebelar. Tônus muscular: pode ser considerado o estado de tensão a que os músculos estão submetidos tanto em repouso quanto em movimento. Movimentos involuntários Marcha: solicitar ao paciente que caminhe normalmente e, depois, pé ante pé. A princípio em marcha normal, depois, nas pontas dos pés, e enfim, nos calcanhares, andar rapidamente, voltar rapidamente, ir para a frente e para trás. A todo e qualquer distúrbio de marcha dá-se o nome de disbasia. Teste de Romberg: Pés juntos, braços lateralizados, ambos os olhos abertos e olhos fechados. Projete o paciente, permanecendo ao seu lado, e observe se ele cambaleia. Uma perda de equilíbrio (Romberg positivo) faz com que o paciente caia para o lado. Movimentos alternados rápidos: bater com as palmas das mãos nos joelhos Teste dedo a dedo Teste dedo nariz Teste do calcanhar-canela • REFLEXOS Reflexo é uma resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza. - Reflexo Patelar - Reflexo Bicipital - Reflexo Tricipital - Sinal de Babinski FUNÇÃO SENSITIVA 1. Sensações táteis e de posição: sensibilidade tátil, hipoestesia, anestesia, hiperestesia 2. Sensações termorreceptoras: temperatura (somente quando a sensação de dor for anormal) 3. Sensação de dor: hipoalgesia, analgesia, hiperalgesia → Procedimentos: Teste de vibração – diapasão.
Compartilhar