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PR OV A A PL IC AD A Tipo “D” GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 PROGRAMA 2 5 1 Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso Enfermagem Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: Tudo o que você precisa é amor. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 251 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO ENFERMAGEM – TIPO “D” PÁGINA 2/9 Enfermagem Itens de 1 a 120 A gerência do cuidado é um dos principais eixos da atuação profissional dos enfermeiros nos serviços de saúde, pois compreende a articulação entre as dimensões assistencial e gerencial na execução do seu trabalho. Com relação à Gerência do Cuidado em Enfermagem, julgue os itens a seguir. 1. O foco da dimensão gerencial do cuidado é o atendimento integral das necessidades de cuidado de enfermagem do paciente. 2. Na maternidade, o enfermeiro gerencia o cuidado de modo a facilitar a assistência de enfermagem oferecida à parturiente, ao bebê e aos familiares. 3. Governança é um novo modelo de organização dos serviços de saúde e enfermagem, relacionada aos processos que conferem aos enfermeiros autonomia, controle e autoridade sobre a prática de enfermagem em uma organização ou serviço de saúde. 4. A governança compartilhada de enfermagem é pautada pelo compartilhamento das decisões, que leva em consideração planejamento, eficiência, eficácia, supervisão e coordenação das ações. Os serviços públicos de saúde estão, cada vez mais, sendo alvo de discussões no que diz respeito a qualidade do atendimento prestado, acesso e escuta qualificada, solução dos problemas identificados e encaminhamentos resolutivos. O processo de municipalização da saúde faz parte do movimento de reforma administrativa brasileira e deve contar com uma gestão capaz de atender a uma perspectiva democrática, participativa, tecnicamente competente e eficiente. O conhecimento das tecnologias de gerenciamento em saúde para os municípios torna-se essencial, visto que historicamente a gerência era apenas executora das ações planejadas no âmbito federal, não acumulando experiências em planejar, desenvolver e avaliar políticas de saúde. No que tange ao gerenciamento dos serviços de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens a seguir. 5. O processo de hierarquização do SUS coloca a competência gerencial como um fator preocupante para a implementação de um sistema centralizado e municipalizado. 6. A Atenção Básica é coordenada pelos demais níveis do sistema de saúde, abordando problemas comuns da comunidade, priorizando os serviços de prevenção, promoção, cura, reabilitação, visando à saúde e ao bem-estar da população. 7. A gerência em saúde não deve ter caráter articulador e integrativo. 8. A capacidade de gerenciar uma equipe de saúde e atender às perspectivas dos usuários requer um profissional equilibrado, que consiga superar as limitações que o serviço apresenta, além de prestar assistência com base nos princípios do SUS. 9. A capacidade de gerenciar uma equipe de saúde e atender às perspectivas dos usuários requer um profissional que consiga lidar com o deficit de pessoal, de materiais, de recursos, bem como com a demanda cada vez maior de usuários. A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação e uso de tabaco. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como uma porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). No tocante à ESF, julgue os itens a seguir. 10. O agente comunitário de saúde tem um papel muito importante no acolhimento, pois é membro da equipe de saúde e faz parte da comunidade, o que permite a criação de vínculos mais facilmente, propiciando o contato direto com a equipe. 11. Os núcleos de apoio à saúde da família (NASF) foram criados pelo Ministério da Saúde, em 2008, com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Primária no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações. O Ministério da Saúde aponta quatro modalidades de NASF. 12. Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 3.000 pessoas, sendo a média recomendada de 1.500 pessoas, respeitando-se critérios de equidade para essa definição. 13. A Territorialização e Adstrição são tidas como princípios da Política Nacional de Atenção Básica, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com foco em um território específico. A Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP) abriu novos horizontes no mundo das classificações quando da sua publicação, em 1987, pela WONCA (The World Organization of Colleges, Academies, and Academic Associations of General Practitioners/Family Physicians), hoje mais conhecida por Organização Mundial dos Médicos de Família. Pela primeira vez, os profissionais de saúde tinham meios de classificar, usando apenas uma classificação, três elementos importantes de uma consulta: os motivos que levaram à marcação da consulta (MC), os diagnósticos ou problemas, e os procedimentos. A ligação entre esses elementos permite a categorização desde o inícioda consulta (com os MC) até sua conclusão. Com relação à CIAP, julgue os itens a seguir. 14. A CIAP constitui uma classificação que reflete distribuição e conteúdo típicos de atenção primária; trata-se de uma nomenclatura, como o CID. 15. A CIAP é suficientemente vasta para permitir a classificação dos principais aspectos da atenção primária; por seu modelo prático, observa-se que não possui limitações. 16. Com a CIAP, é possível registrar informações acerca da gravidade do problema e da avaliação do estado funcional do paciente, e ainda classificar essas informações com a ajuda de meios fornecidos por ela. 17. O prestador de cuidados primários deverá identificar e clarificar o motivo da consulta, tal como foi expresso pelo paciente, sem fazer quaisquer juízos de valor relativos à veracidade e à exatidão dele. PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 251 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO ENFERMAGEM – TIPO “D” PÁGINA 3/9 A proposta do trabalho em equipe tem sido veiculada como estratégia para enfrentar o intenso processo de especialização na área da saúde. Esse processo tende a aprofundar verticalmente o conhecimento e a intervenção em aspectos individualizados das necessidades de saúde, sem contemplar simultaneamente a articulação das ações e dos saberes. Quanto ao trabalho multiprofissional em saúde, julgue os itens a seguir. 18. A perspectiva habermasiana, que distingue agir-instrumental e agir-comunicativo, articulada às concepções acerca do processo de trabalho em saúde, permite abarcar a complexa dinâmica da ação multiprofissional, contemplando dialeticamente a dimensão estrutural dos arranjos persistentes e cristalizados do trabalho e da racionalidade assistencial, bem como a dimensão dos sujeitos partícipes, expressa na intersubjetividade. 19. Como sujeitos do processo de trabalho, os profissionais exercem autonomia técnica. Esta é concebida como a esfera de liberdade de julgamento e de tomada de decisão frente às necessidades de saúde dos usuários. 20. Considerando a articulação das ações de trabalho em equipe, define-se equipe integração aquela em que ocorre a justaposição das ações e o agrupamento dos agentes. 21. No trabalho em equipe, a flexibilidade da divisão do trabalho não convive com as especificidades de cada área profissional. O Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde (PNASS) originou-se do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares (PNASH), desenvolvido a partir de 1998. Em 2004, o Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas (DRAC/SAS/MS), em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DENASUS), ampliou o escopo do PNASH, possibilitando a avaliação da totalidade dos estabelecimentos de atenção especializada e dando origem ao PNASS. A respeito do PNASS, julgue os itens a seguir. 22. É objetivo geral do PNASS aferir a satisfação dos usuários do SUS nos estabelecimentos avaliados. 23. É um dos objetivos específicos do PNASS incentivar a cultura avaliativa em estabelecimentos de saúde do SUS. 24. Quanto ao roteiro dos itens de verificação descritos pelo PNASS, o bloco I – gestão organizacional – inclui os seguintes itens: gestão de contratos, planejamento e organização, gestão da informação, gestão das pessoas e modelo organizacional. 25. As ações para identificação do paciente descritas pelo PNASS são: identificação visual de pacientes com risco de quedas; camas/macas com grades laterais; orientação aos pais que mantenham crianças internadas constantemente acompanhadas. Área livre Com base na imagem e nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 26. De acordo com a imagem, 14 representa a veia cava inferior, 15 representa a veia torácica interna e 16 representa a veia braquiocefálica esquerda. 27. A veia (12) é um vaso curto, com cerca de 2,5 cm de comprimento, que começa atrás da extremidade esternal da clavícula e, passando quase verticalmente para baixo, une-se à veia inominada esquerda logo abaixo da cartilagem da primeira costela, perto da borda direita do esterno, para formar a veia (10). 28. Observa-se na imagem a veia jugular externa em 6 e a veia jugular anterior em 9. 29. A imagem apresenta, no número 1, o osso hióideo. Pode-se confirmar isso porque, abaixo dele, tem-se a cartilagem cricoide (5) medial à artéria tireóidea superior (4). 30. É possível observar a veia occipital em 3, a veia retromandibular em 2, e a veia tireóidea inferior em 13. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 251 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO ENFERMAGEM – TIPO “D” PÁGINA 4/9 Embora presente nas crianças pequenas, é na adolescência que a orientação sexual de uma pessoa geralmente se torna uma questão premente: se essa pessoa se tornará consistentemente atraída por pessoas do outro sexo (heterossexual), do mesmo sexo (homossexual) ou de ambos os sexos (bissexual). A prevalência da orientação homossexual varia amplamente, dependendo de se ela é medida por atração ou excitação sexual ou romântica (como na definição apresentada) ou por comportamento sexual ou identidade sexual. Com relação à sexualidade e a todos os aspectos biopsicossociais que envolvem esse tema, julgue os itens a seguir. 31. Grande parte das pesquisas acerca de orientação sexual tem se concentrado em esforços para explicar a homossexualidade. Não obstante ela já ter sido considerada uma doença mental, diversas décadas de pesquisa não revelaram nenhuma associação entre a orientação homossexual e problemas emocionais ou sexuais – além daqueles aparentemente causados pelo tratamento que a sociedade dispensa aos homossexuais, como à depressão. 32. Adolescentes homossexuais têm risco para depressão e suicídio basicamente por causa de variáveis contextuais como bullying e falta de aceitação. Em 2010, o cronista e escritor Dan Savage criou um vídeo, no Youtube, que se tornou viral e resultou agora na campanha “Vai Ficar Melhor” (“It Gets Better”). Nesse vídeo, os adolescentes são assegurados de que felicidade e esperança são uma nítida possibilidade para o futuro – e que, na verdade, vai ficar melhor. 33. Duas preocupações importantes relativas à atividade sexual na adolescência são os riscos de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e, para os heterossexuais, de gravidez. 34. O uso de anticoncepcionais entre adolescentes diminuiu desde a década de 1990. Adolescentes que, no primeiro relacionamento, retardam a prática sexual, discutem métodos de contracepção antes da relação ou usam mais de um método contraceptivo têm maior probabilidade de utilizar anticoncepcionais consistentemente ao longo desse relacionamento. 35. As ISTs em meninos adolescentes têm maior probabilidade de não serem detectadas. Em uma única relação sexual sem proteção com uma parceira infectada, um menino apresente aproximadamente 1% de risco de contrair o HIV, 30% risco de contrair herpes genital e 50% de risco de contrair gonorreia. O estudo da história é importante por possibilitar o conhecimento do passado dos diferentes grupos sociais e o melhor entendimento da evolução do ser humano ao longo dos tempos e no presente. A respeito das enfermeiras que tiveram destaque na história, julgue os itens a seguir. 36. Dorothea Orem desenvolveu a Teoria do Autocuidado durante seu trabalho e estudos de enfermagem nos Estados Unidos. De acordo com os resultados de suas pesquisas, Orem provou que os pacientes podem cuidar de si próprios quando aptos a tal. Essa teoria é usada em reabilitação e cuidados primários no intuito de incentivar o paciente a ser independente o máximo possível. 37. Callista Roy publicou a Teoria de Sistemas de Interação deEnfermagem e a Teoria de Realização de Metas. Esses são conceitos tão importantes que até hoje estão incluídos em todos os principais textos de Teoria de Enfermagem. 38. Ivone Lara, apesar de famosa por sua carreira musical, atuou junto à Nise da Silveira, psiquiatra, que revolucionou o atendimento nos manicômios do Brasil. Ivone Lara dedicou 37 anos ao cuidado de pacientes com distúrbios mentais. Juntas, elas deram um grande passo para a saúde brasileira, aplicando o atendimento humanizado entre aqueles que eram considerados loucos pela sociedade da época. 39. Uma das maiores líderes da enfermagem no Brasil foi Maria Rosa Sousa Pinheiro. Ela foi eleita presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), onde contribuiu para a reestruturação desta e organização de importantes atividades para os enfermeiros; como por exemplo, a realização do 1o Congresso Brasileiro de Enfermagem, que foi sediado em São Paulo. O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) é norteado por princípios fundamentais, que representam imperativos para a conduta profissional e consideram que a enfermagem é uma ciência, uma arte e uma prática social indispensável à organização e ao funcionamento dos serviços de saúde. Em relação ao Código de Ética, julgue os itens a seguir. 40. É dever dos profissionais de enfermagem, de acordo com o CEPE, se comprometer com a produção e a gestão do cuidado prestado nos diferentes contextos socioambientais e culturais em resposta às necessidades da pessoa, da família e da coletividade. 41. É dever profissional formar e participar da Comissão de Ética de Enfermagem, bem como de comissões interdisciplinares da instituição em que trabalha. 42. O CEPE aponta que são consideradas infrações graves as que provoquem morte, debilidade permanente de membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa. O processo de territorialização constitui-se na definição dos diferentes espaços de vida das populações e que dão a base territorial para a constituição das redes de atenção à saúde. No que se refere ao processo de territorialização e ao diagnóstico situacional em saúde, julgue os itens a seguir. 43. Uma das concepções de território sanitário toma-o de forma naturalizada como um espaço físico que está dado e pronto; nessa concepção, prevalecem os critérios geofísicos na construção de um território-solo. 44. O conjunto dos processos finalísticos, de apoio e gerenciais do território constitui o microprocesso da organização e é estabelecido de acordo com o perfil, a missão e as diretrizes organizacionais. São microprocessos a educação permanente, a gestão de suprimentos e a regulação. 45. Na Atenção Primária, os processos de apoio são aqueles que dão suporte aos processos finalísticos, gerenciando todos os recursos requeridos por eles. São eles o cadastramento, a imunização, a farmácia clínica, a estratificação de risco e atenção às condições crônicas e as ações de vigilância em saúde. PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 251 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO ENFERMAGEM – TIPO “D” PÁGINA 5/9 46. O foco da territorialização na ESF, está em estabelecer dois territórios sanitários fundamentais: o território área de abrangência, que é o espaço de responsabilidade de uma equipe da ESF e o território microárea, que é o território de responsabilidade de um agente comunitário de saúde (ACS). 47. O processo de territorialização desenvolve-se seguindo algumas fases. A primeira delas é a fase de delimitação, que considera determinados critérios de delimitação ou revisão do território. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia ordenada e deliberada que possibilita ao enfermeiro e a sua equipe desenvolverem o processo de enfermagem por meio do conhecimento técnico, científico e humano, conferindo-lhe autonomia, respaldo científico, legal e satisfação profissional em suas ações. Com relação ao exame físico, fundamental para SAE, julgue os itens a seguir. 48. Durante a inspeção da cavidade oral, o enfermeiro deve observar alterações e atentar para o uso de sondas, próteses e outros. Deve observar: ausência de mucosite, gengivas normais, rosadas, rugosas e firmes, sem alterações clínicas visuais; mucosa normocorada, úmida, sem lesões ou crostas. 49. A escala de Ramsey é adotada para avaliação de pacientes adultos quanto ao risco para desenvolvimento de lesão por pressão (LPP). 50. O enfermeiro investiga massas, regiões dolorosas, deformidades e herniações durante o exame abdominal por meio da percussão. 51. O exame abdominal deve seguir a seguinte ordem de avaliação propedêutica: inspeção, ausculta, palpação e percussão. 52. Acerca das alterações do aspecto da urina, a colúria é caracterizada por diurese de aspecto de chá ou coca-cola em virtude da presença de bilirrubina na urina. Biossegurança é um conjunto de medidas voltadas para ações de prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. A respeito desse tema, julgue os itens a seguir. 53. Em biossegurança, classificação de risco é o termo que descreve os métodos de segurança que devem ser utilizados na manipulação de agentes de risco no local onde estão sendo manejados ou mantidos. 54. Risco físico é qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando a saúde dele, como por exemplo, postura inadequada, ritmo excessivo de trabalho, levantamento e transporte manual de peso, estresse etc. 55. As máscaras ou respiradores “bicos de pato” N95 ou PFF2 (95% e 94% de eficiência de filtração, respectivamente) possuem filtro eficiente para retenção de partículas menores que 0,3 μm, vapores tóxicos e contaminantes presentes na atmosfera sob a forma de aerossóis, tais como o bacilo da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) e outras doenças de transmissão aérea. 56. O enfermeiro deve ter os seguintes cuidados com máscaras do tipo N95/PFF2: não guardar em bolsos de jalecos, não dobrar, nem amassar. Guardá-las sempre em local seco, entre folhas de papel absorvente. 57. As substâncias ou materiais demarcados com o pictograma apresentado devem ser manipuladas com cuidado, pois ele indica tipo de material inflamável. A auditoria é um instrumento de gestão para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para a alocação e a utilização adequada dos recursos, a garantia do acesso e a qualidade da atenção à saúde oferecida aos cidadãos, e conceitualmente é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, de forma preventiva e operacional, sob os aspectos da aplicação dos recursos, dos processos, das atividades, do desempenho e dos resultados mediante a confrontação entre uma situação encontrada e determinado critério técnico, operacional ou legal. No que tange ao Sistema Nacional de Auditoria (SNA), julgue os itens a seguir. 58. O SNA tem como competência precípua a avaliação técnico-científica, contábil, financeira e patrimonial do SUS. As ações de auditoria estão voltadas para o diagnóstico e a transparência, com estímulo ao controle social. 59. A concretização do SNA se dá de forma hierarquizada, por meio dos órgãos estaduais, municipais e da representação do Ministério da Saúde em cada estado da Federação, expressando assim a sua dimensão técnica e política. 60. A atividade de auditoria visa subsidiar os órgãos de governança do SUS, aí incluídas as instâncias colegiadas e bipartites, como o Conselho Nacional de Saúde. 61. A estrutura do componente de auditoria deve variar conforme a complexidade da rede de serviços de saúde.Recomenda-se a adoção do Sistema Informatizado de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SISAUD/SUS) para garantir a padronização de procedimentos, rotinas, fluxos e geração de relatórios. Isso possibilita a atuação uniforme das equipes e a sistematização e o acompanhamento das atividades de auditoria no SNA. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 251 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO ENFERMAGEM – TIPO “D” PÁGINA 6/9 Para o entendimento dos condicionantes e determinantes do modelo de organização do sistema de saúde brasileiro vigente, é relevante destacar alguns aspectos de sua evolução histórica. Em relação aos aspectos históricos do Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens a seguir. 62. Em 1923, a Lei Elói Chaves criou a previdência social, atuando por meio dos institutos de aposentadoria e pensão (IAPs) das diversas categorias profissionais, como, por exemplo: Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (Iapi), Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (Iapetec) e Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC). 63. Em 1977, foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas), vinculando-se a ele o Inamps. As mudanças políticas e econômicas que ocorreram nos anos de 1970 e 1980 do século 20 determinaram o esgotamento desse modelo sanitário. 64. Em março de 1986, ocorreu o evento político-sanitário mais importante da segunda metade do século, a VIII Conferência Nacional de Saúde. Essa conferência foi convocada pelo ministro Carlos Sant’ana, promovida sob a gestão do ministro Roberto Santos, e nela foram lançadas as bases doutrinárias de um novo sistema público de saúde, que tinha como temas oficiais: 1) Saúde como Dever do Estado e Direito do Cidadão; 2) Reformulação do Sistema Nacional de Saúde; e 3) Financiamento Setorial (presidente José Sarney, 1985-1990). 65. O SUS rompeu com a trajetória de formação do Estado brasileiro assentada na descentralização e com uma concepção de cidadania que vinculava os direitos sociais à inserção no mercado de trabalho, a cidadania regulada. A Portaria no 1.823/2012 institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase na vigilância, visando à promoção e à proteção da saúde dos trabalhadores e à redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. Quanto a essa política, julgue os itens a seguir. 66. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora observa, entre seus princípios e diretrizes, a participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social. 67. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora deverá contemplar todos os trabalhadores, sem prioridades. 68. Um dos objetivos dessa política é fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) e a integração com os demais componentes da Vigilância Sanitária. 69. Um dos objetivos dessa política é garantir a equidade na atenção à saúde do trabalhador, que pressupõe a inserção de ações de saúde do trabalhador em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS. A Portaria no 2.528/2006 aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade. No que se refere a essa política, julgue os itens a seguir. 70. O sistema de saúde brasileiro tradicionalmente está organizado para atender a pessoa idosa, sendo o envelhecimento uma das suas maiores prioridades. 71. O envelhecimento é também uma questão de gênero. Cinquenta e cinco por cento da população idosa são formados por mulheres. A proporção do contingente feminino é tanto mais expressiva quanto mais idoso for o segmento. Essa predominância feminina se dá em zonas urbanas. 72. Essa política tem como uma de suas diretrizes o provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa. 73. A promoção do envelhecimento ativo, isto é, envelhecer mantendo a capacidade funcional e a autonomia, é reconhecidamente a meta de toda ação de saúde. Ela permeia todas as ações desde o pré-natal até a fase da velhice. A abordagem do envelhecimento ativo baseia-se no reconhecimento dos direitos das pessoas idosas e nos princípios de independência, participação, dignidade, assistência e autorrealização determinados pela Organização das Nações Unidas. Ao analisar o sistema de saúde no Brasil, percebe-se que um dos grandes desafios tem sido a redefinição, ao longo do tempo, das atribuições e das competências dos gestores das três esferas de governo. Para enfrentá-lo, têm sido elaborados muitos dispositivos normativos demarcando os limites da tomada de decisão de cada gestor no seu âmbito de atuação, resultando na conformação de um modelo de gestão que tem como ponto de partida uma unidade de princípios, mas que tem de atuar de forma coerente com a diversidade operativa nos territórios em que está localizada a população com suas necessidades de saúde. A respeito da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens a seguir. 74. O Território de Saúde configura-se como a região na qual é exercida a governança do sistema de saúde, nos vários fóruns de discussão, inclusive no âmbito da Comissão Intergestores Regional (CIR), em que se reúnem gestores do SUS para a tomada de decisão. 75. A Lei Complementar no 141/2012 acrescenta que aos Conselhos de Saúde cabe deliberar acerca das diretrizes para o estabelecimento de prioridades, isto é, somente ao Conselho Nacional de Saúde. 76. Os fundamentos do SUS estão expressos na seção II, do capítulo II, do título VIII, da Constituição Federal de 1988, que trata da seguridade social. Essa seção estabelece: os direitos dos usuários, os deveres do estado e as diretrizes da organização do sistema; como será financiado esse sistema; a participação da iniciativa privada e de empresas de capital estrangeiro na assistência à saúde; as atribuições do sistema; e a admissão de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 251 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO ENFERMAGEM – TIPO “D” PÁGINA 7/9 77. O Decreto no 7.508/2011 regulamenta alguns aspectos da Lei no 8.080/1990, entre eles: a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa. É o dispositivo legal que está sendo observado pelos gestores na organização do SUS, em um processo que dá continuidade ao que foi conquistado em termos de organização, com a implantação do Pacto pela Saúde, editado em 2006. 78. As Regiões de Saúde são instituídas pelo estado, em articulação com os municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Segundo o Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC), atualmente, o movimento para a segurança do paciente substitui “a culpa e a vergonha” por uma nova abordagem, a de “repensar os processos assistenciais”, com o intuito de antecipar a ocorrência dos erros antes que causem danos aos pacientes em serviços de saúde. Acerca do tema segurança do paciente, julgue os itens a seguir. 79. Cuidados centrados nos pacientes visam proporcionar cuidadosque respeitem e correspondam às preferências, às necessidades e aos valores dos pacientes individualmente e assegurar que os valores dos pacientes orientem as decisões clínicas. 80. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou formalmente a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente por meio de resolução na 57a Assembleia Mundial da Saúde, recomendando aos países maior atenção ao tema segurança do paciente. Essa aliança tem como objetivo impor mais regras e punições duras sobre as instituições que não prezam pela segurança do paciente como prioridade máxima. 81. Quanto aos Desafios Globais para a Segurança do Paciente, o primeiro posposto, em 2005, foi “Uma assistência limpa é uma assistência mais segura”. 82. O Segundo Desafio Global para a Segurança do Paciente, proposto em 2007, foi “Prevenção da resistência microbiana aos antimicrobianos”. 83. O Terceiro Desafio Global para a Segurança do Paciente, proposto em 2011, foi “Cirurgias seguras salvam vidas”. 84. A respeito do diagnóstico no Brasil em relação ao tema segurança do paciente, estudos apontam que, de cada dez pacientes atendidos em um hospital, um sofre pelo menos um evento adverso como: queda; administração incorreta de medicamentos; falhas na identificação do paciente; erros em procedimentos cirúrgicos; infecções; mau uso de dispositivos e equipamentos médicos. 85. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 36/2013 da Anvisa estabelece a obrigatoriedade de criação de núcleos de segurança do paciente nos serviços de saúde e da notificação obrigatória de eventos adversos associados à assistência do paciente. 86. A Política Nacional de Segurança do Paciente tem como um dos seus objetivos gerais fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico, na graduação e na pós-graduação, na área da saúde. De acordo com o texto da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007, aprovado pelo Decreto Legislativo no 186/2008, e promulgado pelo Decreto Federal no 6.949/2009, os Estados deverão “possibilitar às pessoas com deficiência viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida” e “tomarão as medidas apropriadas para assegurar às pessoas com deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive, aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na zona urbana como na rural”. Isso implica adoção de medidas que incluirão a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras à acessibilidade, bem como incentivos fiscais para aquisição de equipamentos adaptados. No que concerne às Políticas Públicas de Acessibilidade, julgue os itens a seguir. 87. A Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência considera elementos técnicos aqueles que permitem compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa com deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão social. 88. São denominadas ajudas técnicas de mobilidade elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para a pessoa com deficiência, adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e a autonomia pessoal. 89. Para garantir a acessibilidade, é previsto que, quando da construção e reforma de estabelecimentos de ensino, deverá ser observado o atendimento às normas técnicas do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (CREA), relativas à acessibilidade. 90. No campo do acesso ao trabalho, são previstos procedimentos especiais para a contratação de pessoa que, em razão do seu grau de deficiência, transitória ou permanente, exija condições especiais, tais como ambiente de trabalho adequado às suas especificidades, entre outros. 91. A acessibilidade deve ser garantida prioritariamente pelos setores do trabalho, da educação e da saúde ligados ao governo federal. 92. Promover o acesso da pessoa com deficiência aos meios de comunicação social é medida de viabilização da acessibilidade. 93. As empresas prestadoras de serviços de telecomunicações deverão garantir telefones de uso público adaptados para utilização por pessoas portadoras de deficiência. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 251 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO ENFERMAGEM – TIPO “D” PÁGINA 8/9 Humanização é uma expressão de difícil conceituação, tendo em vista seu caráter subjetivo, complexo e multidimensional. Inserida no contexto da saúde, a humanização, muito mais que qualidade clínica dos profissionais, exige qualidade de comportamento. Considerando a humanização em saúde e a Política Nacional de Humanização (PNH), julgue os itens a seguir. 94. Humanizar significa reconhecer as pessoas que buscam, nos serviços de saúde, a resolução de suas necessidades de saúde, como sujeitos de direitos [...] é observar cada pessoa em sua individualidade, em suas necessidades específicas, ampliando as possibilidades para que possa exercer sua autonomia. 95. A noção de competência humana é fundamental na área da saúde, uma vez que a nova visão da qualidade em saúde considera somente os aspectos técnico-instrumentais envolvidos na prática profissional. 96. A temática humanização do atendimento em saúde mostra-se relevante no contexto atual, já que a constituição de um atendimento calcado em princípios como a integralidade da assistência, a equidade, a participação social do usuário, entre outros, demanda a revisão das práticas cotidianas, com ênfase na promoção à saúde e à qualidade de vida. 97. No que diz respeito à desumanização, vê-se que ela se faz presente nos momentos em que são vivenciadas violências por parte do profissional e do usuário, pois os maus-tratos físicos e psicológicos representam a completa e radical negação dos direitos dos clientes. 98. De acordo com a PNH, humanizar se traduz como inclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado. Tais mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de forma coletiva e compartilhada. 99. Humanizar no Sistema Único de Saúde (SUS) requer estratégias que são construídas entre usuários e gestores dos serviços de saúde. 100. A transversalidade, como diretriz da PNH, expressa tanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto a ampliação das tarefas da gestão. Área livre Uma paciente de 55 anos de idade foi hospitalizada em determinado hospital regional em razão de um quadro de pneumonia. Durante a passagem de plantão na clínica médica, a enfermeira inspeciona que o local do acesso venoso periférico localizado no membro superior direito encontra-se com os seguintes sinais: edema, dor, desconforto, eritema ao redor da punção e um cordão palpável ao longo do trajeto, evidenciando uma flebite. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 101. Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo ajuda na distribuição dos medicamentos administrados e reduz o risco de flebite química (irritação da parede da veia por produtos químicos). 102. Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser utilizadas, a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites. 103. Não se deve utilizar um novo cateter periférico acada tentativa de punção no mesmo paciente. 104. Deve-se limitar, no máximo, a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, a quatro no total. Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o início do tratamento, comprometem o vaso e aumentam os custos e os riscos de complicações. Pacientes com dificuldade de acesso requerem avaliação minuciosa multidisciplinar para discussão das opções apropriadas. 105. Em caso de sujidade visível no local da futura punção, deve-se removê-la com água e sabão antes da aplicação do antisséptico. 106. O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico (técnica do no touch). Nas situações em que se preveja a necessidade de palpação do sítio, deve-se calçar luvas estéreis. 107. Deve-se avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e as áreas adjacentes quanto à presença de rubor, edema e drenagem de secreções, por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto, e valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e parestesia. A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do paciente. Pacientes em unidades de internação devem ser avaliados uma vez por turno. 108. Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 72 horas. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 251 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO ENFERMAGEM – TIPO “D” PÁGINA 9/9 Uma paciente de 44 anos de idade, acamada por causa de trauma raquimedular, foi admitida em um hospital regional e diagnosticada com sepse de foco cutâneo em razão de lesão por pressão (LPP) estágio 4, em região sacral. Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 109. A LPP estágio 4 é caracterizada pela perda da pele na espessura total desta, na qual o tecido adiposo é visível sem exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem e (ou) osso. 110. LPP estágio 3 e LPP estágio 4 são considerados never events e devem ser notificados em até 72 horas após a ocorrência. 111. O uso de barreiras protetoras da umidade excessiva é considerado medida de prevenção de LPP. São exemplos dessas barreiras: creme barreira, película semipermeável, espuma de poliuretano, sacos retais e (ou) substâncias oleosas. 112. De acordo com as práticas seguras para a prevenção de LPP, deve-se realizar avaliação criteriosa da pele uma vez por dia, pelo menos, especialmente nas áreas de proeminências ósseas (joelhos, cotovelos e calcanhares), e pelo menos duas vezes por dia nas regiões submetidas a pressão por dispositivos, como cateteres, tubos e drenos. 113. Estão indicados os cuidados de enfermagem relacionados à manutenção da higiene corporal, mantendo a pele limpa e seca, e à manutenção de ingestão nutricional (calórica e proteica) e hídrica adequadas. Um paciente de 78 anos de idade, divorciado e aposentado, chega à emergência apresentando síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica que, após estabilização, evoluiu posteriormente para quadro de hipoglicemia. A respeito desse caso clínico e considerando os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 114. A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave (superior a 600 mg/dL a 800 mg/dL), acompanhada de desidratação e alteração do estado mental, na ausência de cetose. 115. Em pacientes com hiperglicemia, é comum existir uma maior predisposição para o desenvolvimento de infecções. Isso se deve à alteração na função dos neutrófilos, inibição da fagocitose mediada por complemento, alteração nas imunoglobulinas pela respectiva glicosilação não enzimática, maior aderência dos microrganismos por uma alteração na composição dos carboidratos dos receptores de membrana e maior desenvolvimento bacteriano associado à presença de edema. 116. A hiperglicemia está associada a um pior prognóstico em eventos isquêmicos, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. 117. A concentração ideal de glicemia deve ser de 140 mg/dL - 180 mg/dL. Está indicado iniciar com infusão de insulina quando a glicemia se apresentar maior que 180 mg/dL. 118. Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores abaixo de 70 mg/dL. Os sintomas clínicos, entretanto, usualmente ocorrem quando a glicose plasmática é menor, de 60 mg/dL a 50 mg/dL, podendo esse limiar ser mais alto para aqueles pacientes cujas médias de glicemias são elevadas, ou mais baixo para aqueles que fazem tratamento intensivo e estão acostumados a glicemias mais baixas. 119. Os riscos atribuíveis à hipoglicemia secundária ao tratamento com insulina podem ser evitados ou minimizados com a implementação de algoritmos terapêuticos adequados, minimizando os erros de monitorização e evitando a hipercorreção da hipoglicemia com a finalidade de prevenir o dano neuronal secundário à hipoglicemia e à hiperglicemia de reperfusão. 120. Os fatores mais importantes que determinam a hiperglicemia são: a resistência à ação insulínica com a consequente diminuição da incorporação de glicose à célula e o aumento da gliconeogênese e falta de “freio” desta pela insulina. Área livre
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