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Illana Lages- Medicina A dor aguda proveniente do trato urinário superior, chamada de cólica ureteral, cólica renal ou cólica nefrética, é um dos quadros álgicos mais intensos observados na medicina. Também chamada de litíase renal, é uma afecção frequente na prática clínica, com um elevado impacto social e de alto custo, tendo em vista que assalta 5 a 15% das pessoas, em algum momento da vida, apresentando elevadas taxas de recorrência. Afeta sobretudo pessoas de raça branca (são incomuns em povos afro-americanos e asiáticos) e homens (são duas a três vezes mais comuns em homens do que em mulheres) entre os 35 e os 45 anos e pode conduzir a complicações graves, como a doença renal crónica. A história familiar de “pedras nos rins” aumenta em cerca de duas vezes a probabilidade de uma pessoa apresentar a doença • Por que ocorre essa dor? As pedras nos rins são formadas quando a urina apresenta quantidades maiores que o normal de determinadas substâncias, como cálcio, oxalato e ácido úrico ou que têm uma diminuição na quantidade de alguns fatores que impediriam a aglomeração desses cristais como por exemplo o citrato. Essas substâncias podem se precipitar e formar pequenos cristais que, depois, vão se aglutinar e se transformarão em pedras. Um cálculo renal pode passar do rim para a pelve renal e, depois, para o ureter. Se o cálculo for cortante ou maior do que o lúmen normal do ureter (aproximadamente 3 mm), poderá causar distensão excessiva desse tubo muscular fino; o cálculo ureteral causará forte dor intermitente (cólica ureteral) enquanto é gradualmente deslocado em direção inferior no ureter por ondas de contração. O cálculo pode causar obstrução completa ou intermitente do fluxo urinário. Dependendo do nível de obstrução, que se modifica, a dor pode ser referida para a região lombar ou inguinal, ou para os órgãos genitais externos e/ou testículo. • Qual o nome mais adequado? Cólica ureteral ou uretérica • Qual o tipo da dor (como o paciente habitualmente refere) 2 É caracterizada por dor súbita, referida nas áreas cutâneas inervadas por segmentos e gânglios sensitivos espinais, que também recebem fibras aferentes viscerais do ureter, principalmente T11–L2, tem localização predominantemente lombar e segue em sentido anteroinferior “da região lombar para a região inguinal” enquanto o cálculo atravessa o ureter. A dor pode se estender até a face anterior proximal da coxa por projeção através do nervo genitofemoral (L1, L2), o escroto em homens e os lábios maiores do pudendo em mulheres. Náuseas e vômitos estão frequentemente associados aos episódios mais intensos de cólica e num grande número de pacientes também são observadas palidez, sudorese e taquicardia Cálculos localizados dentro do rim habitualmente não causam sintomas. Estes somente incomodarão quando se movimentarem para sair do rim e obstruírem o ureter (conduto que ecoa a urina do rim para a bexiga). Nesta situação pode se manifestar dor intensa e outros sintomas associados, citados acima. REFERÊNCIAS: L., M.K.; F., D.A.; R., A.A.M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. DAMIÃO, Ronaldo et al,. UROLOGIA GERAL: Diagnóstico e Tratamento. Formato digital. Rio de Janeiro: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO, 2019. COSTA, Baruc Bandeira; NOVO, Benigno Núñez. LITÍASE RENAL. Revista Científica Semana Acadêmica, 2017. SEBBEN, Silvane; BRUM, S. P. Urolitíase e fatores associados. Arq Catarinenses Med, v. 36, n. 2, p. 99-106, 2007.
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