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EPIDEMIOLOGIA E DEMOGRAFIA DO ENVELHECIMENTO Quem são os idosos? Mais de 80 anos = mais idosos Classificação inglesa de acordo com a idade cronológica: Velho Novo (Young Old) : 65 - 75 anos; Velho Velho (Old Old) : 75 - 85 anos; e Velho muito Velho (Oldest Old): > 85 Anos. No Brasil 1960 3 milhões/ 1975- 7 milhões/ 2002 14 milhões/ 2020 32 milhões População brasileira mais idosa - 1940 166 mil/ 2000 1, 9 milhão Envelhecimento populacional Países em desenvolvimento Envelhecimento prematuro Estado de saúde e incapacidade da população Redes familiares e sociais despreparadas Países desenvolvidos Envelhecimento após padrão de vida elevado Redução das desigualdades sociais e econômicas Estratégias institucionais Envelhecimento populacional no Brasil Mortalidade e Fecundidade TAXA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA Mudanças nas taxas de nascimento no passado Mudanças no passado na taxa de mortalidade de 0 a 60 anos Mudanças na mortalidade acima de 60 anos - REDUÇÃO Homens - 73,6 óbitos por mil habitantes em 1980 para 57,7 óbitos por mil habitantes em 1998 EXPECTATIVA DE VIDA Taxa de Fecundidade x Envelhecimento Envelhecimento da População Brasileira Perfil da população idosa Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014 A população brasileira é de 203,2 milhões de habitantes, sendo 98,419 milhões de homens (48,4% do total) e 104,772 milhões de mulheres (51,6%) O País tem 6,353 milhões de mulheres a mais do que homens. Sendo que dessas, somente no sudeste, há 4 milhões a mais de mulheres que homens. Hipóteses: Diferenças na exposição ao risco (acidentes) Diferenças no consumo de álcool e tabaco Diferenças na atitude em relação as doenças Atendimento médico - obstétrico Perfil da população idosa Mulheres maior tendência a viverem sozinhas Número de viúvas é superior ao de viúvos na maioria dos países Brasil, 2000 5,1 milhões de idosos analfabetos (34,6%) 64,8% ler e escrever bilhete simples Homens mais alfabetizados Envelhecimento dependência econômica Censo 2000 62,4% dos idosos responsáveis pelo domicílio Aposentadoria e pensão principais fontes de renda População masculina - 36% trabalho Transição Epidemiológica 1) Substituição, entre as primeiras causas de morte, das doenças transmissíveis e causas externas; 2) Deslocamento da maior carga de morbimortalidade dos grupos mais jovens aos grupos mais idosos; 3) Transformação de uma situação em que predomina a mortalidade para outra em que a morbidade é dominante. FATORES QUE INFLUENCIAM O RISCO DE MORTE Sexo masculino Idade Edentulismo Quedas Acidente vascular encefálico Sedentarismo Incontinência urinária Autoavaliação subjetiva de saúde negativa Hospitalização e visita ao médico nos últimos 6 meses Positividade para depressão Déficit cognitivo e dependência no dia a dia Fonte: Projeto Epidoso Doenças Crônicas Envelhecimento maior número de doenças crônicas Intervenções custosas e tecnologia complexa Crescimento de despesas com tratamento médico e hospitalar Desafio para a autoridades sanitárias implantação de estratégias de prestação de cuidados Alzheimer Depressão CONCEITOS GERONTOLOGIA X GERIATRIA SENESCÊNCIA X SENILIDADE ENVELHECIMENTO Conceitos em Gerontologia e Geriatria Evolução da Medicina: Cura de diversas doenças; Aumento progressivo da expectativa de vida; Menor atenção ao exame clínico; Menor atenção à relação médico-paciente (profissional - paciente). Componentes Fundamentais para: Formulação Diagnóstica; Tomada de decisões; Confiança, bem estar e recuperação do indivíduo enfermo Gerontologia Geriatria Diferentemente da gerontologia, a geriatria ocupa-se estritamente dos problemas médicos do paciente. Relacionado com os aspectos clínico, preventivo, terapêutico e social do paciente idoso. A geriatria ou medicina geriátrica, tem como um dos seus objetivos fundamentais a busca e a manutenção da independência funcional do paciente idoso. Conceito de Envelhecimento Envelhecer é um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade SENILIDADE SENESCÊNCIA Senescência x Senilidade Senescência: considerada parte do processo normal de envelhecimento e definida pela perda progressiva da capacidade de homeostase, onde ocorre resposta de forma ineficaz e lenta aos estímulos ambientais, tornando os idosos mais vulneráveis. Senilidade: Caracterizada pela presença de doenças associadas ao envelhecer (Farinatti, 2002; Bellamy, 1991). Patologias mais frequentes nos Idosos Osteoporose - fraturas DM + HAS Demências Transtornos Motores do Esôfago Pneumonias Catarata CA Efeito da morbidade de doenças crônicas Diabetes mellitus não controlada + 30 anos de doença = IRC, Cegueira, Amputações. controlada + 30 anos de doença = ICC, IRC, AVC. Pesquisas Nacionais Belo Horizonte (amostra aleatória de 625 indivíduos) (1993) * Grande frequência de queixas relacionadas às doenças crônico-degenerativas; * Proporção impressionante de transtornos afetivos, ambos provavelmente; * Deterioração da qualidade de vida. * Quando indagados sobre seu estado de saúde 47,2% destes indivíduos afirmavam não se sentir bem. Fundaçäo Joäo Pinheiro Pesquisas Nacionais São Paulo (amostra aleatória de 1602 indivíduos com 60 anos 1989) * Somente 14% se consideravam livres de doenças; * Dentre aqueles com menor poder aquisitivo, 17% se referiram à presença de 5 ou mais condições simultâneas e um terço foi considerado possível "caso" no screening de saúde mental. * Um terço dos indivíduos referiram "dificuldade na conversação por problemas auditivos"; * 63% apresentavam deficiência auditiva ao exame audiológico; * Os idosos possuíam em média apenas dois dentes sadios; e, * Elevada frequência de problemas relacionados ao uso de próteses sem manutenção adequada (especialmente dentre os de baixa renda). SUPORTE AO IDOSO Utilização dos serviços de saúde "Se os anos de vida ganhos não forem vividos em condições de independência e saúde, o envelhecimento populacional pode passar a representar mais um problema do que uma conquista da sociedade". Suporte formal e informal No Brasil, como na maioria dos países em desenvolvimento, o suporte informal provido pela família base principal do apoio oferecido ao idoso pelo tripé família-comunidade- Estado, deverá enfrentar dificuldades crescentes. Dificuldades no Suporte Não existem políticas sociais de suporte aos cuidadores em setores como a alimentação, auxílio domiciliar, assistência médica e serviços de orientação, entre outros; mesmo em países desenvolvidos, os cuidadores tem encontrado dificuldades para manter no próprio domicílio, os idosos mais dependentes Cuidadores está diminuindo devido à queda da fecundidade; O tamanho das famílias no Brasil Dificuldades no Suporte Está aumentando e, consequentemente, diminui a disponibilidade para cuidados integrais aos idosos mais dependentes; Mulheres no mercado de trabalho idosos residindo sozinhos casais que optam por não terem filhos mães que criam sozinhas seus filhos Aumento de separações conjugais reduz-se a possibilidade de continuar residindo no próprio domicílio em caso de dependência; Idosos Dificuldades no Suporte Mais da metade dos idosos que residem com a família no Brasil pertencem a domicílios cuja renda total não ultrapassa três salários mínimos emBelo Horizonte, por exemplo, mais de 80% dos idosos não contavam com empregados para o auxílio na realização de suas atividades pessoais ou domésticas. Condição financeira não tem sido capaz de substituir o papel da família Suporte formal
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