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SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. Cap. 7 TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. cap. 18 Hormônio Substância química (mensageiro químico) não nutriente capaz de conduzir determinada informação para um ou mais células alvo. É produzida por uma célula ou por um grupo de células especializadas e é liberada no sangue, ou dependendo não precisa passar pela corrente sanguínea (vide autócrino por exemplo). É liberado por: glândulas endócrinas clássicas, células endócrinas isoladas, neuro-hormônios e por células do sistema imune, por meio de citocinas. Uma molécula pode atuar como hormônio quando secretada a partir de um local, ou como uma substância parácrina ou autócrina quando secretada a partir de um local diferente. Um único hormônio pode atuar em múltiplos órgãos Mecanismo de ação celular Os hormônios conseguem fazer sua função quando se ligam aos seus receptores nas suas respectivas células – alvo Ao ligarem-se nos receptores, desencadeiam uma resposta intracelular que desencadeia uma resposta sistêmica Estrutura com forma semelhante a uma ervilha com 1 cm a 1,5 cm de diâmetro Localização fossa hipofisial da sela turca do osso esfenoide. O osso esfenoide constitui o neurocrânio. Sua produção e secreção são controladas pelo hipotálamo (principal região de conexão entre o sistema nervoso e endócrino). Fixada nele por um pedículo: infundíbulo Apresenta duas partes/ lobos: MEDICINA – NOVE DE JULHO Adeno-hipófise (lobo anterior) Constitui 75% do peso total da glândula Composição de tecido epitelial Secreção de vários hormônios, entre eles: - ACTH - FSH - PRL - GH - TSH - LH É composto por neurônios parvocelulares: pequenos corpos celulares e axônios para sistema porta. A liberação de hormônios da adeno-hipófise é estimulada por hormônios liberadores. Assim como, os hormônios inibitórios hipotalâmicos agem também na adeno-hipófise. Assim, há um controle hormonal sobre a adeno- hipófise. Sistema porta – hipotalâmico – hipofisário O sistema porta consiste em dois grupos de capilares ligados em série. O sangue flui de capilares no hipotálamo para veias porta que carreiam sangue para capilares da adeno-hipófise Importante: acima do quiasma óptico, há um grupo de neurônios especializados – células neurossecretoras (neurônios produtores de hormônios) – que sintetizam hormônios hipotalâmicos liberadores e inibidores em seus corpos celulares e envolvem os hormônios em vesículas, alcançando os terminais axônicos por transporte axônico. Os impulsos nervosos promovem a exocitose das vesículas, tendo os hormônios se difundindo ao plexo primário do sistema porta hipofisário. Existem hormônios da adeno- hipófise que são chamados de hormônios tróficos (induz uma glândula a produzir outro hormônio) Entretando, esses hormônios tróficos também são produzidos no hipotálamo, ou seja, a secreção de todos os hormônios da adeno- hipófise é controlada pelos neuro- hormônios hipotalâmicos. Assim, conclui-se que a adeno-hipófise tem controle por via hormonal. Mecanismo de produção de hormônios 1. Os neurônios sintetizam neuro- hormônios tróficos, que são liberados nos capilares do sistema porta 2. As veias porta carregam os neuro – hormônios tróficos diretamente à adeno-hipófise, onde atuam sobre as células endócrinas 3. Essas células, por sua vez, liberam seus hormônios em um segundo grupo de capilares que sejam distribuídos ao resto do corpo. Em suma: Os neuro-hormônios hipotalâmicos entram no sangue no primeiro grupo de capilares e vão diretamente através das veias porta até o segundo grupo de capilares na adeno-hipófise, onde se difundem para alcançarem as células-alvo. Neuro-hipófise (lobo posterior) NÃO produz hormônio; apenas armazena e libera dois hormônios: ADH e ocitocina. Composto por neurônios magnocelulares: grandes corpos celulares (no hipotálamo) e seus axônios se estendem até a neuro- hipófise. Portanto, conclui- se que a neuro-hipófise é um prolongamento do SN. Núcleo paraventricular e o Núcleo supraóptico: locais dos neurônios (corpos celulares) produtores de ADH e Ocitocina Os axônios desses núcleos formam o trato hipotálamo – hipofisial que começa no hipotálamo e termina perto dos capilares sanguíneos na neuro-hipófise. Mecanismo de produção 1. Com os neuro- hormônios (ADH e ocitocina) produzidos nos núcleos, eles são envolvidos em vesículas secretoras. 2. Empacotados, se dirigem aos axônios e são transportados até a neuro-hipófise 3. Quando chegam nos terminais axônicos na neuro-hipófise se estocam 4. Quando chega um estímulo no hipotálamo (detectado pelos osmorreceptores), um sinal elétrico passa do corpo celular do neurônio no hipotálamo para a extremidade distal (distante) da célula na neuro-hipófise. 5. Ocorre, portanto, a despolarização dos terminais axônicos, havendo abertura dos canais de Ca+ dependentes de voltagem, entrando esse íon na célula. 6. Com o cálcio dentro da célula, se inicia a exocitose e o ADH e ocitocina são liberados das vesículas e caem na corrente sanguínea, seguindo para suas células alvo. As artérias hipofisárias inferiores (ramos da carótida interna) levam o sangue para a neuro-hipófise, drenando ao plexo capilar do infundíbulo que receber tanto a ocitocina quanto o ADH. Assim, desse plexo, os hormônios passam às veias porta- hipofisárias posteriores para aí sim seguirem às suas células – alvo. Mecanismo de ação ADH RIM: Uma das células alvo do ADH é o rim. Com a alta osmolalidade do organismo, a neuro- hipófise secreta o ADH. Esse irá dirigir-se ao ducto coletor em sua membrana basolateral, onde está localizado seu receptor V2. Ao ligarem-se, ocorre a ativação da proteína G, assim como o sistema de segundo mensageiro AMPc. Isso leva a fosforilação proteica que faz as vesículas de AQP2 (aquaporinas) se moverem para a membrana apical e fundirem-se com ela, voltando-se para o lúmen renal. A exocitose insere os poros de água AQP2 na membrana apical, tornando a células permeáveis à água. MÚSCULO LISO A musculatura lisa da parede dos vasos sanguíneos, em especial as arteríolas, também são alvos do ADH. Elevados níveis de ADH causa constrição das arteríolas, preservando o volume sanguíneo e, assim, aumentando a PA. O ADH se liga ao receptor V1 presente na musculatura lisa, ativando a proteína G e, portanto, ativando as fosfolipases C. Essas, por sua vez, ativam e unem o IP3 com DAG que fazem a liberação de Ca+ e, por fim, causar a contração muscular. Mecanismo de ação da ocitocina Primeiramente, esse hormônio é responsável por causar a contração do útero gravídico durante o parto e a ejeção do leite pela mama durante a amamentação. Seu mecanismo é semelhante ao do ADH na musculatura lisa. Há 5 tipos de células na adeno-hipófise: Somatotrofo GH (somatotrofina): estimula vários tecidos a secretarem fatores de crescimento que estimulam o crescimento corporal. Estimula produção hormonal pelo fígado Tireotrofo TSH (tireotrofina): controla as secreções e atividades da tireoide (secreção de T3 e T4) Gonadotrofo FSH e LH (gonadotrofinas): atuam nas gônadas (ovários; testículos) Corticotrofo ACTH (corticotrofina): estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar glicocorticoides como cortisol. Lactotrofo/ Mamotrofo prolactina (PRL): inicia produção de leite nas glândulas mamárias. Para que haja produçãoe liberação desses hormônios pela adeno-hipófise, o hipotálamo produz e libera, ao capilares que irrigam à adeno-hipófise, hormônios liberadores para cada tipo de hormônio: TRH Tireotrofo TSH CRH Corticotrofo ACTH GHRH Somatotrofo GH GnRH Gonadotrofo FSH e LH Quando a mulher está no período gravídico Lactotrofo prolactina Há também dois hormônios inibitórios que suprimem a liberação de alguns hormônios da adeno-hipófise: PIH (dopamina) prolactina Somatostatina (SS) GH
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