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5 - SUJEITOS DA RELAÇAO DE EMPREGO

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DIREITO DO TRABALHO
MÓDULO II 
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE 
EMPREGO.
Prof. Antero Arantes Martins
AULAS “5” a “9”
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
DIREITO DO TRABALHO
TRABALHADOR EMPREGADO.
Prof. Antero Arantes Martins
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhadores. Quadro Geral
TRABALHADOR
EMPREGADO NÃO EMPREGADO
CLT. (Art. 3º)
LEIS ESPECIAIS
Teletrabalho
Trabalho intermitente
Doméstico (Lei 5.589/72)
Rural (Lei 5.889/73)
Temporário (Lei 6.019/74)
Autônomo
Eventual
Cooperado
Estagiário
Voluntário
Funcionário Público
AVULSO
Tempo Parcial
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
PRIMEIRA PARTE
EMPREGADOS.
CLT
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Introdução.
• Não obstante este ramo do direito seja
denominado de “Direito do Trabalho”, este é
voltado para apenas um tipo específico de
trabalhador, que é o trabalhador empregado.
• Este trabalhador distingue-se dos demais
exatamente por ser subordinado, o que o torna
hipossuficiente e atrai a aplicação do Princípio
Protetor, basilar do Direito do Trabalho.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Introdução.
• O trabalhador empregado deve ter o seu contrato
de trabalho registrado na sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), como
determina o art. 29 da CLT.
• Grande, entretanto, é a incidência do chamado
trabalho informal, ou seja, aquele prestado sem o
registro em CTPS.
• Daí porque é de fundamental importância
aprender a distinguir a figura do empregado dos
demais tipos de trabalhadores.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Características Legais
• Estabelece o art. 3º da CLT:
– Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
• Estabelece, ainda, o art. 2º da CLT.
– Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria
e dirige a prestação pessoal de serviço.
• A prestação de serviços é do empregado e
não do empregador. Logo, a característica
“pessoal” refere-se ao empregado e não ao
empregador.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Características Doutrinárias.
• As expressões legais foram substituídas pela
doutrina, da seguinte forma:
Dependência Subordinação jurídica
Não eventualidade Habitualidade
Salário Onerosidade
Pessoalidade Pessoalidade
Pessoa Física Pessoa Física
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Subordinação jurídica.
• Quando o art. 3º da CLT se refere à “dependência” do
empregado para com o empregador, a primeira idéia que
se tem é que esta dependência seria econômica.
• Isto não é correto. Não se ignora que, no mais das vezes,
o empregado é, de fato, dependente economicamente do
empregador, mas, não necessariamente.
• A questão é que, por força do contrato, o empregado
transfere ao empregador o modus operandi do seu
trabalho e, por conseqüência, submete-se à direção do
empregador.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Subordinação jurídica.
• O poder diretivo do empregador previsto no art. 2º da
CLT coloca o empregado numa condição de
subordinado.
• Esta condição de subordinado é prevista na Lei (art. 2º,
CLT) e se materializa por força do contrato de trabalho,
que é um instrumento jurídico.
• Decorre daí a expressão cunhada pela doutrina:
“Subordinação jurídica”.
• A dependência econômica é irrelevante para caracterizar
a figura do empregado. O empregado deve obedecer
ordens do empregador, sendo ou não dependente
econômico deste.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Subordinação jurídica.
• É a condição de subordinado que faz do
empregado hipossuficiente e, por conseqüência,
atrai a incidência do Princípio Protetor.
• Daí porque esta é a característica mais marcante
do empregado.
• Implica, no caso concreto discutido
judicialmente, em verificar se o empregador
estabelecia o modus operandi da prestação de
serviços.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Habitualidade
• Trabalho “não eventual” ou trabalho “habitual” é
aquele que reitera no tempo com uma certa
previsibilidade.
• Não é trabalho necessariamente diário.
• Normalmente não se admite trabalho eventual
quando inserido na atividade-fim do
empreendimento, porque aquele trabalho não é
um evento para a empresa, embora possa ser para
o cliente.
• Mas, excepcionalmente tal pode ocorrer se o fato
causador da contratação for, mesmo, um evento.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Onerosidade
• A expressão legal “salário” induz em erro.
• Para haver contrato é preciso que o serviço
prestado seja em função de uma contraprestação
prometida, ou seja, que exista intencionalidade de
pagamento.
• Salário por ser:
– Por unidade de tempo (hora, dia, semana, quinzena, mês).
– Por unidade de produção (comissão, peças produzidas, etc).
• Logo, não precisa ser, necessariamente, uma
importância fixa mensal.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Pessoalidade
• O contrato de trabalho é personalíssimo na figura
do empregado, ou seja, é “intuitu personae”.
• Quando o empregador contrata um empregado,
não visa apenas a prestação de um trabalho
qualquer, mas, sim, daquele trabalho específico
que o empregado pode oferecer dadas as suas
características pessoais (capacidade,
conhecimento, diligência, etc).
• O empregado não pode se fazer substituir por
outro, salvo se houver autorização expressa do
empregador.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Pessoa Física
• Somente a pessoa natural tem o bem da vida que o
Direito do Trabalho quer proteger (dignidade humana).
• Trabalhador (gênero). é, necessariamente, a pessoa
humana. Assim, empregado (espécie) também o será.
• Há muitas contratações fraudulentas de pessoas jurídicas
constituídas para mascarar a relação de emprego
(“Pejotização”).
• Há que se observar o Princípio da Verdade Real. Se a
prestação de serviços for por pessoa física, irrelevante
que esta tenha, formalmente, constituído uma pessoa
jurídica.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Típico. Exclusividade
• Exclusividade não é requisito para caracterização do
vínculo de emprego.
• É absolutamente possível que um trabalhador tenha dois
ou mais empregos simultaneamente, desde que exista
compatibilidade de horários. Logo, a falta de
exclusividade não descaracteriza o vínculo de emprego.
• De igual forma, é possível que determinado trabalhador
autônomo, por exemplo, tenha um único cliente (e,
portanto, trabalhe exclusivamente para este), sem que
isto o transforme em empregado.
• Em outras palavras, exclusividade é um requisito
absolutamente irrelevante para o tema.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Teletrabalho.
Redação 
anterior
Nova redação
NIHIL X Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em
regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.
NIHIL X Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador,
com a utilização de tecnologias de informação e de
comunicação que, por sua natureza, não se constituam como
trabalho externo.
NIHIL X Parágrafo único. O comparecimento às dependências do
empregador para a realização de atividades específicas que
exijam a presença do empregado no estabelecimento não
descaracteriza o regime de teletrabalho.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Teletrabalho.
• Regulamenta uma situação que já acontecia na
prática por conta da evolução tecnológica e que
era tratada, na Justiça do Trabalho, com base em
dispositivos antigos, voltados para o trabalho em
domicílio.
• O Trabalho deve ser preponderantemente fora das
dependências do empregador, embora algumas
atividades internas sejam aceitas, desde que para
atividades específicas, ou seja, não pode sergeneralizado;
• Com a utilização de tecnologias de informação e
comunicação;
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Teletrabalho.
Redaçã
o 
anterior
Nova redação
NIHIL X Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de
teletrabalho deverá constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades que serão
realizadas pelo empregado.
NIHIL X § 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial
e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes,
registrado em aditivo contratual.
NIHIL X § 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho
para o presencial por determinação do empregador, garantido
prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente
registro em aditivo contratual.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Teletrabalho.
• Exige:
– contrato escrito.
– Especificar as atividades a serem desenvolvidas.
• Os atuais empregados que trabalhem no regime
convencional (internos) podem passar para o regime de
teletrabalho por acordo escrito, que constará em aditivo
contratual (aqui tem sentido porque é por mútuo
acordo).
• O empregado que trabalhar em regime de teletrabalho
pode retornar ao regime presencial por determinação
(unilateral) do empregador, o que também deverá
constar em aditivo contratual (o que não tem sentido,
porque aqui não há contrato, ou seja, é unilateral).
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Teletrabalho.
Redação 
anterior
Nova redação
NIHIL X Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela
aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos
tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à
prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de
despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato
escrito.
NIHIL X Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo
não integram a remuneração do empregado.
NIHIL X Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de
maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim
de evitar doenças e acidentes de trabalho.
NIHIL X Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de
responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções
fornecidas pelo empregador.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Teletrabalho.
• Contrato deve tratar de:
– Aquisição, manutenção e fornecimento de equipamentos;
– Criação e manutenção de infraestrutura;
– Reembolso de despesas (luz, internet, etc).
• Entretanto, por óbvio que a responsabilidade deve ser do
empregador, que assume o risco do negócio, na sua definição (art.
2º, CLT).
• Logo, o contrato vai tratar apenas da forma de cálculo destas
parcelas, de sorte que o empregado seja integralmente restituído
pelo que gastar.
• Como são mesmo fornecidos para o trabalho e não pelo trabalho,
não constitui salário ao empregado.
• O Empregado deve seguir as instruções de segurança fornecidas
pelo seu empregador (correto uso de equipamentos, pausas, etc).
Constitui, aqui, exceção ao dever de fiscalizar. Permanece o dever
de instruir.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
TELETRABALHO.
Redação anterior Nova redação
Art. 62 – Não são
abrangidos pelo regime
previsto neste capítulo:
X Art. 62. .....................
Nihil
OBS: Como os gerentes e
trabalhadores externos, o
empregado neste regime está
excluído do Capítulo II da
CLT que trata da jornada de
trabalho.
X III – os empregados em regime
de teletrabalho.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação anterior Nova redação
Art. 443 - O contrato individual de
trabalho poderá ser acordado tácita
ou expressamente, verbalmente ou
por escrito e por prazo determinado
ou indeterminado.
X Art. 443. O contrato individual de
trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por
escrito, por prazo determinado ou
indeterminado, ou para prestação de
trabalho intermitente.
Nihil X §3º Considera-se como intermitente o
contrato de trabalho no qual a prestação
de serviços, com subordinação, não é
contínua, ocorrendo com alternância de
períodos de prestação de serviços e de
inatividade, determinados em horas, dias
ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do
empregador, exceto para os aeronautas,
regidos por legislação própria.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• Trabalho não contínuo = com alternância entre
períodos de atividade e inatividade;
• Designação de trabalho por horas, dias ou meses;
• Independentemente da atividade do empregado e
do empregador (pode ser em atividade fim);
• Exceção feita aos aeronautas que têm lei própria
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redaçã
o 
anterior
Nova redação
NIHIL X Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado
por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de
trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário
mínimo ou àquele devido aos demais empregados do
estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato
intermitente ou não.
NIHIL X § 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação
eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada,
com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
NIHIL X § 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia
útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a
recusa.
NIHIL X § 3o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins
do contrato de trabalho intermitente.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• Contrato de trabalho escrito;
– Garantia do valor/hora equivalente ao salário mínimo
ou àquele pago na empresa por trabalhador que
exerça função equivalente.
• Convocação com antecedência (3 dias corridos);
• Resposta com antecedência (1 dia útil). Silêncio
= recusa. Recusa não implica insubordinação;
• O trabalhador terá uma multiplicidade de
tomadores. Logo, nem sempre estará à disposição
de um ou de outro.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação 
anterior
Nova redação
Nihil X § 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que
descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de
trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que
seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
Nihil X § 5o O período de inatividade não será considerado tempo à
disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a
outros contratantes.
Nihil X § 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado
receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas:
I - remuneração;
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III - décimo terceiro salário proporcional;
IV - repouso semanal remunerado; e
V - adicionais legais.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• § 4º - Auto-explicativo. Multa em caso de
descumprimento após firmado o pacto.
• § 5º - Reforça a noção de intermitência. Se
ficasse à disposição, então não seria intermitente.
Possibilita a multiplicidade de tomadores.
• § 6º - Reforça a precariedade do vínculo, com o
pagamento das verbas contratuais ao término de
cada prestação de serviços. Dúvida fica quanto às
verbas rescisórias:
– Não há direito? Ou;
– Há direito após “XXX” tempo sem convocação?
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação 
anterior
Nova redação
Nihil X § 7o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação
dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas
no § 6o deste artigo.
Nihil X § 8o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição
previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço, na forma da lei, com basenos valores pagos no
período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do
cumprimento dessas obrigações.
Nihil X § 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a
usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias,
período no qual não poderá ser convocado para prestar
serviços pelo mesmo empregador.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• § 7º - Reforça o entendimento de que o Direito
do Trabalho não admite pagamento complessivo.
• § 8º - Auto-explicativo.
• § 9 – Parece ser um pouco demagógico, pois as
férias já foram remuneradas, com o abono
constitucional de 1/3, ao final de cada trabalho.
– Seria férias um “direito” de não trabalhar sem
receber?
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contrato a tempo parcial
Redação anterior Nova redação
Art. 58-A - Considera-se trabalho em
regime de tempo parcial aquele cuja
duração não exceda a vinte e cinco
horas semanais.
X Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime
de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a trinta horas semanais, sem a
possibilidade de horas suplementares
semanais, ou, ainda, aquele cuja duração
não exceda a vinte e seis horas semanais,
com a possibilidade de acréscimo de até seis
horas suplementares semanais
§ 1º - O salário a ser pago aos
empregados sob o regime de tempo
parcial será proporcional à sua jornada,
em relação aos empregados que
cumprem, nas mesmas funções, tempo
integral.
X IDEM
§ 2º - Para os atuais empregados, a adoção
do regime de tempo parcial será feita
mediante opção manifestada perante a
empresa, na forma prevista em
instrumento decorrente de negociação
coletiva.
X IDEM
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contrato a tempo parcial
• Não é novidade no Brasil.
• O limite era de 25 horas semanais.
• A reforma altera o limite para 30 horas semanais, sem
possibilidade de prorrogação de jorada ou 26 horas
normais com possibilidade de 06 horas extras.
• O salário é proporcional ao número de horas
trabalhadas, mas, deve ser equiparado ao empregado que
cumpre a mesma função em tempo integral. (Mantido)
• A modificação do regime de trabalho integral para
trabalho em tempo parcial deve ser feita por norma
coletiva (Mantido)
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contrato a tempo parcial
Redação 
anterior
Nova redação
Nihil X § 3o As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão
pagas com o acréscimo de 50% (inqüenta por cento) sobre o salário-hora
normal.
Nihil X § 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial
ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as
horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras
para fins do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a
seis horas suplementares semanais.
Nihil X § 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser
compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua
execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês
subsequente, caso não sejam compensadas.
Nihil X § 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial
converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono
pecuniário.
Nihil X § 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no
art. 130 desta Consolidação.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Contrato a tempo parcial
• § 3º - A novidade é poder fazer horas extras. O adicional
de 50% é uma decorrência lógica da própria
Constituição Federal;
• § 4º - É óbvio que o limite normal é o contratual. Se o
contrato for por tempo inferior a 26 horas, este será o
limite normal e o excedente continua sendo 06 horas
extras por semana. Em outras palavras, o limite não será,
sempre, 32 horas semanais (26 normais + 06 extras);
• § 5º - Sistema de compensação semanal. Pelo visto,
dispensado acordo (já está autorizado). Novidade. Na
semana seguinte ao labor e não na própria semana.
• § 6º e 7º - Igualou o regime geral de férias para o
trabalhador a tempo parcial.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
SEGUNDA PARTE
EMPREGADOS.
LEIS ESPECIAIS
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Atípicos. Considerações iniciais.
• Como vimos, empregados atípicos são protegidos
pelo Direito do Trabalho, seus Princípios, suas
fontes e todo o seu arcabouço teórico.
• Apenas não são a eles aplicáveis os dispositivos
da CLT e, mesmo assim, esta inaplicabilidade
está restrita aos preceitos de ordem material.
• O regramento processual contido na CLT é
aplicável aos empregados atípicos.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado Atípicos. Considerações iniciais.
• Estabelece o art. 7º da CLT:
• Art. 7º - Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo
quando for, em cada caso, expressamente determinado em
contrário, não se aplicam:
• a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que
prestam serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito
residencial destas;
• b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que, exercendo funções
diretamente ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em
atividades que, pelos métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pela
finalidade de suas operações, se classifiquem como industriais ou comerciais;
• c) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios e aos
respectivos extranumerários em serviço nas próprias repartições;
• d) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime próprio
de proteção ao trabalho que lhes assegure situação análoga à dos funcionários
públicos.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregados domésticos.
• Estabelece o art. 1º da Lei Complementar 150/2015:
– Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta
serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade
não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais
de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. .
• Daí podemos extrair os requisitos para caracterização do
empregado doméstico:
1. Pessoa física que presta serviços:
2. Subordinado;
3. Oneroso;
4. Pessoal;
5. A pessoa ou família
6. No âmbito residencial;
7. Desvinculado de atividade econômica.
8. Natureza continua (é diferente de habitual. No caso, mais de
2x na semana).
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregados domésticos.
• Não há restrição quanto à atividade a ser exercida. Logo,
o trabalho doméstico não se restringe àqueles mais
conhecidos (limpar, lavar, passar, cozinhar, etc).
• Residência não é necessariamente domicílio. Uma
pessoa ou família pode ter várias residências. (Casa de
campo, casa de praia, etc).
• Portanto, são exemplos de empregados domésticos:
– O motorista particular;
– O caseiro de chácara de lazer;
– O caseiro da casa de praia;
– A auxiliar de enfermagem contratada para cuidar de pessoa da
família enferma;
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Em relação à contratação:
– Vedada a contratação de menor de 18 anos.
Convenção sobre as piores formas de trabalho
(Convenção 182, OIT).
– Apresentar CTPS mediante contra recido e devolver
48 horas depois.
– É permitido o regime parcial até 25 horas (não
afetado pela reforma)
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Contrato à prazo:
– Experiência de até 90 dias, podendo prorrogar uma
única vez desde que a soma dos dois períodos não
ultrapasse noventa dias.
– Para atender necessidades familiares de natureza
transitória e para substituição temporária de
empregado doméstico com contrato de trabalho
interrompido ou suspenso pelo prazo em que perdurar
a motivação da contratação, até no máximo de dois
anos.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Salário:
– Pode deduzir adiantamentosalarial.
– Pode deduzir, até 20% do salário, pela inclusão em
plano de assistência médica, odontológica e
previdência privada.
– Não são salário “in natura” os itens mencionados
acima, assim como o fornecimento da residência.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Jornada de Trabalho
– Jornada de 08 horas diárias e 44 semanais, com
adicional de no mínimo 50%.
– Intervalo de 01 a 02 horas, podendo ser reduzido
mediante acordo individual para 30 minutos.
– Divisor 220 horas/mês, salvo se houver contratação
de jornada menor. (Na realidade o divisor é obtido
com a seguinte formula: jornada semanal/6x30)
– Quando em viagem, considera-se apenas as horas
efetivamente trabalhadas, mas só pode ser exigido
mediate prévia pactuação.
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Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Ainda quanto à Jornada:
– É obrigatório o registro de ponto (manual, mecânico ou
eletrônico, desde que idôneo).
– Adicional noturno idêntico ao da CLT: das 22:00 às 5:00, com
redução da hora noturma e acréscimo de 20%, inclusive para
horários mistos.
– Intervalo interjornada de 11 horas.
– DSR de 24 horas seguidas, preferencialmente aos domingos.
– As horas normais trabalhadas em viagem devem sofrer um
acréscimo de 25% em relação à hora normal.
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Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Jornada de Trabalho. Compensação:
– Permitida a compensação por acordo escrito
– As primeiras 40 horas extras serão remuneradas ou
compensadas pela redução da jornada ou folgas
dentro do mês.
– As que superarem as primeiras 40 horas extras
poderão ser compensadas em até um ano.
– Domingos e feriados trabalhados, quando não
compensados, serão pagos em dobro.
– Permitida a contratação direta do regime 12 x 36.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Férias:
– Férias de 30 dias, com abono de 1/3. Pode ser
dividida a concessão, a critério exclusivo do
empregador, em dois períodos, sendo um deles de no
mínimo 14 dias. O empregado que reside no local de
trablaho pode ali permanecer nas férias.
– Serão proporcionais em caso de contrato a tempo
parcial.
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Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Rescisão do contrato de trabalho:
– Aviso prévio proporcional 30 + 3 dias para cada ano completo de trabalho.
– A confirmação da gravidez, ainda que no curso do aviso prévio trabalhado
ou indenizado, garante emprego.
– Seguro desemprego de um salário mínimo por no máximo 3 meses.
– Justa causa como na CLT + submissão a maus tratos de idoso, de enfermo,
de pessoa com deficiência ou de criança sob cuidado direto ou indireto do
empregado e sem violação a segredo da empresa.
– Rescisão indireta como na CLT + o empregador praticar qualquer das
formas de violência doméstica ou familiar contra mulheres de que trata o
art. 5o da Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006. e – redução de trabalho
quando a remuneração for variável.
– FGTS já com 3,2% recativos à indenização compensatória pela dispensa
sem justa causa do empregado ou rescisão indireta. Em outras hipóteses o
valor relativo a este recolhimento será movimentado peloempregador.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregados domésticos.
• REGULAMENTAÇÃO -Comentários
• Outras considerações:
– Aplica-se a CLT subsidiariamente, observadas as peculiaridades do trabalho doméstico.
– Instituído o “simples doméstico” que, em um único documento propiciará o recolhimento de:
• I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, a cargo do
segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991;
• II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social,
a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24 de julho
de 1991;
• III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do seguro
contra acidentes do trabalho;
• IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS;
• V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 desta Lei; e
• VI - imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7o da Lei no
7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente.
– Sendo que I e VI são descontados pelo empregado. Deve fornecer mensalmente cópia dos
recolhimentos efetuados.
• O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho
prescreve em 5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos após a extinção do
contrato de trabalho.
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Empregados domésticos.
• A primeira fonte legislativa do empregado
doméstico é o art. 7º, parágrafo único da CF;
• Caso a hipótese discutida não esteja presente no
dispositivo constitucional, deve ser consultada a
Lei Complementar 150/2015;
• O fundamento para o tratamento diferenciado
deste empregado sempre foi o fato de não estar
inserido em atividade econômica do empregador.
• Por tal razão, alguns direitos não foram
considerados auto-aplicáveis aos empregados
domésticos.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregado rural.
• Estabelece o art. 2º da Lei 5.889/73:
– Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou
prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural,
sob a dependência deste e mediante salário.
– Daí podemos extrair os requisitos para caracterização
do empregado Rural:
1.Os mesmos da CLT (Pessoa física, não eventualidade,
dependência e salário);
2.No âmbito Rural;
3.Atividade econômica que não altera a matéria prima.
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Empregado rural.
• A primeira fonte legislativa do empregado Rural
é o art. 7º da CF:
– Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
• Caso a hipótese discutida não esteja presente no
dispositivo constitucional, deve ser consultada a
Lei 5.889/72.
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Empregado temporário.
• O Trabalho temporário é regido pela Lei 6.019/74.
• O empregado temporário é empregado e, portanto, não
se confunde com a figura do trabalhador eventual e nem
do trabalhador avulso (que serão vistas mais adiante).
• Requisitos:
– Intermediação da mão-de-obra por interposta pessoa;
– Prazo determinado (180 dias, consecutivos ou não, prorrogável
por mais 90 dias, consecutivos ou não);
– Carência de 90 dias para voltar ao mesmo tomador.
– Contrato escrito com o motivo que deu causa à contratação.
– Motivos específicos:
• Substituição temporária de mão-de-obra permanente;
• Demanda complementar de serviços
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Empregado temporário.
• Por demanda complementar de serviços pode-se
entender:
– Fatores imprevisíveis;
– Fatores previsíveis de natureza intermitente, periódica
ou sazonal.
• Sendo contrato por prazo determinado, há que se
fixar o termo (certo ou incerto), não sendo válida
a cláusula que fixa o prazo “até 180 dias” posto
que, neste caso, há indeterminação do prazo.
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Empregado temporário.
• Principais direitos:
– Registro em CTPS;
– Inclusão na Previdência Social;
– Remuneração equivalente aos empregados da tomadora;
– Férias proporcionais, com 1/3;
– 13º salário proporcional;
– FGTS;
– Indenização por dispensa sem justa causa (antes do término do
prazo, portanto) de 1/12 por mês trabalhado;
– DSR’s, jornada de trabalho e adicional noturno.
– Responsabilidade subsidiária da contratante em qualquer caso
(antes era solidária em caso de falência da fornecedora).
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Empregado temporário.
• Primeira situação jurídica de contratação por
interposta pessoa, que, futuramente, veio a
ensejar o modelo de terceirização.
Empresa fornecedora de mão de obra
EMPREGADO
TOMADOR 
DE
SERVIÇOSMichel Sampar Ceribelli - 22185679899
DIREITO DO TRABALHO
TRABALHADOR NÃO EMPREGADO.
Prof. Antero Arantes Martins
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Trabalhador não empregado. Introdução.
• Trabalhadores não empregados devem ser estudados,
principalmente, sob o aspecto de suas características e
diferenças em relação aos empregados.
• Como vimos anteriormente, são trabalhadores não
empregados:
• Autônomos;
• Eventuais;
• Avulsos;
• Cooperados;
• Estagiários;
• Voluntário;
• Funcionários públicos
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Trabalhador não empregado. Autônomo.
• O trabalhador autônomo é pessoa física, pode ser
habitual e até pessoal, normalmente é oneroso.
• O que o autônomo não pode ter é subordinação
jurídica.
• A presença da subordinação jurídica é o traço
diferenciador entre um trabalhador autônomo e
um trabalhador empregado.
• Subordinação jurídica é a transferência do modus
operandi do trabalho para o tomador de serviços.
O autônomo não a transfere. O empregado
transfere.
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Autônomo exclusivo e Permanente.
Redação anterior Nova redação
INEXISTENTE X Art. 442-B. A contratação do
autônomo, cumpridas por este
todas as formalidades legais,
com ou sem exclusividade, de
forma contínua ou não, afasta a
qualidade de empregado prevista
no art. 3o desta Consolidação.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Autônomo exclusivo e Permanente.
• Este artigo não diz que um empregado,
contratado com o nome de autônomo, passa a
ser autônomo.
• Se a interpretação for esta, sequer precisaria de
outros itens para reforma. Bastaria este artigo
para acabar com o direito do trabalho no Brasil
porque, qualquer um sabe fazer um contrato
formal e cumprir todas as formalidades legais
para que, na aparência, todos os trabalhadores
fossem autônomos, ou seja, não empregados, e
assim, não tivessem direitos trabalhistas.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Autônomo exclusivo e Permanente.
• Na correta interpretação, conforme com a Constituição
Federal e Princípios Gerais do Direito, é de se concluir
que:
– a) Se não cumprir as formalidades legais não é autônomo,
logo, é empregado;
– b) Se cumprir as formalidades legais, então vamos analisar
se havia subordinação jurídica, já que esta condição, afasta a
qualidade de autônomo e, portanto, o movimento é de
fraude e, assim, rechaçado pelo art. 9º da CLT que ainda
está em vigor.
• Isto porque é princípio da ciência jurídica que o direito
não agasalha a fraude e não festeja a malícia.
• Ex: Representante comercial: Deve ter contrato escrito e deve
estar registrado no respectivo Conselho Regional, nos termos da
Lei 4.886/65 .
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Transportador Autônomo de Cargas - TAC
• Motorista Autônomo.
• Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou procedente o pedido formulado na
ação declaratória de constitucionalidade, a fim de reconhecer a
constitucionalidade da Lei nº 11.442/2007 e firmou a seguinte tese: "1 - A Lei
nº 11.442/2007 é constitucional, uma vez que a Constituição não veda a
terceirização, de atividade-meio ou fim. 2 - O prazo prescricional estabelecido
no art. 18 da Lei nº 11.442/2007 é válido porque não se trata de créditos
resultantes de relação de trabalho, mas de relação comercial, não incidindo na
hipótese o art. 7º, XXIX, CF. 3 - Uma vez preenchidos os requisitos dispostos
na Lei nº 11.442/2007, estará configurada a relação comercial de natureza civil
e afastada a configuração de vínculo trabalhista", nos termos do voto do
Relator, vencidos os Ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Rosa
Weber. Não participou deste julgamento, por motivo de licença médica no
início da sessão, o Ministro Celso de Mello (art. 2º, § 5º, da Res. 642/2019).
Plenário, Sessão Virtual de 3.4.2020 a 14.4.2020
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Transportador Autônomo de Cargas - TAC
• E quais são os requisitos da Lei nº 11.442/2007?
• Art. 2º - ...
• § 1o O TAC deverá:
• I - comprovar ser proprietário, co-proprietário ou 
arrendatário de, pelo menos, 1 (um) veículo automotor 
de carga, registrado em seu nome no órgão de trânsito, 
como veículo de aluguel;
• § 4o Deverá constar no veículo automotor de carga, na 
forma a ser regulamentada pela ANTT, o número de 
registro no RNTR-C de seu proprietário ou arrendatário.
• Contrato escrito (arts. 4° e 6° da Lei)
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Transportador Autônomo de Cargas - TAC
• E quem verificará a presença destes requisitos?
• A questão da competência foi debatida nos votos dos Srs. Ministros mas
não foi decidita. A referida Lei diz que é da competência da Justiça
Comum, mas afirma:
– Art. 5o As relações decorrentes do contrato de transporte de cargas de que trata o
art. 4o desta Lei são sempre de natureza comercial, não ensejando, em nenhuma
hipótese, a caracterização de vínculo de emprego.
– Parágrafo único. Compete à Justiça Comum o julgamento de ações oriundas dos
contratos de transporte de cargas.
• Logo, é preciso estar caracterizada a condição de relação comercial para
que a competência seja da Justiça Comum.
• Se a discussão é a ausência destes requisitos e a condição de empregado,
então a competência é da Justiça do Trabalho (art. 114, I, CF), única que
pode afirmar a existência de vínculo de emprego.
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Trabalhador não empregado. Eventual.
• O trabalhador eventual é pessoa física, pode ser
subordinado e até pessoal, normalmente é
oneroso.
• O que o eventual não pode ter é habitualidade.
• A presença da habitualidade é o traço
diferenciador entre um trabalhador eventual e um
trabalhador empregado.
• Habitualidade é a reiteração do trabalho no
tempo com certa previsibilidade. O trabalho
habitual não está relacionado com um evento.
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Trabalhador não empregado. Avulso.
• Portaria 3.107/71 do Ministério do Trabalho e
Previdência social define:
• Entende-se como trabalhador avulso, no âmbito do sistema geral da
previdência social, todo trabalhador sem vínculo empregatício que,
sindicalizado ou não, tenha a concessão de direitos de natureza
trabalhista executada por intermédio da respectiva entidade de classe”
• O trabalhador Avulso tem como características:
– Interposição de mão-de-obra pelo sindicato ou associação de
classe;
– Remuneração por rateio
• O art. 7º, inciso XXXIV estabelece:
• XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Avulso.
• No Brasil, apenas os portuários estão organizados sob
esta modalidade de trabalho. Os direitos trabalhistas
garantidos aos avulsos devem ser satisfeitos pelo
sindicato.
• A Lei do Trabalho Portuário (Lei nº 8.630/93) criou o
OGMO – Órgão Gestor de Mão-de-obra que faz a gestão
da mão-de-obra portuária.
• Tem todos os direitos trabalhistas, inclusive o
reconhecimento das convenções e acordos coletivos.
• Mesmo antes da Constituição Federal, o STF já havia
fixado jurisprudência no sentido de que os conflitos
envolvendo o trabalhador avulso deveriam ser dirimidos
pela Justiça do Trabalho.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Cooperados.
• As cooperativas são regidas pela Lei 5.764/70.
• A condição de cooperado exige:
– A dupla qualidade: de prestador de serviços e
destinatário dos serviços. Em outras palavras, a
cooperativa presta serviços ao cooperado e também
pelo cooperado;
– Autonomia na prestação de serviços;
– Retribuição equivalente ao trabalho prestado
(remuneração por unidade de produção);
– Rateio de sobras e lucros entre os cooperados;
– Participação efetiva na destinação da sociedade, com
a plena capacidade de votar e ser votado.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Cooperados.
• As cooperativas nunca foram objeto de grande
aplicabilidade prática até o advento da Lei 8.949/94 que
acrescentouo parágrafo único ao art. 442 da CLT:
• Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus
associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.
• Este dispositivo, entretanto, não pode ser analisado
isoladamente. Há que ser interpretado em consonância
com os requisitos da cooperativa válida (já vistos), o art.
3º da CLT (características do empregado) e, em especial,
com o art. 9º da CLT.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Cooperados.
• Estabelece o art. 9º da CLT:
• Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados
com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a
aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
• O Direito não festeja a malícia e não dá asas à
fraude.
• A adesão a uma cooperativa é uma verdade
formal. A verdade material (ou real, como
preferem os doutos) é que deve ser investigada, a
fim de verificar que este ato não foi praticado
apenas com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação da CLT.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Estagiário.
• Contrato de Estágio estabelece uma relação de trabalho atípica,
posto que o objeto principal da relação não é o trabalho e nem a
remuneração, mas, sim, o aprendizado.
• Esta situação já estava bastante caracterizada na Lei nº 6.494/77:
– “Art. 1º - ...
– § 1º - ...
– § 2º - O estágio somente poderá verificar-se em unidades que tenham
condições de proporcionar experiência prática na linha de formação do
estagiário, devendo o aluno estar em condições de realizar o estágio,
segundo o disposto na regulamentação da presente Lei.
– § 3º - Os estágios devem propiciar a complementação do ensino e da
aprendizagem e ser planejados, executados, acompanhados e avaliados em
conformidade com os currículos, programas e calendários escolares.”.
– (Sem destaques no original)
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Trabalhador não empregado. Estagiário.
• E assim continuou na nova Lei:
– Art. 1o Estágio é ato educativo escolar
supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho,
• Daí porque o foco inicial nesta relação é o
aprendizado e não a mão-de-obra “barata” que se
obtém em decorrência do estágio.
• O Trabalho, assim, é o meio, o instrumento, para
alcançar o fim, que é o aprendizado.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Estagiário.
• A “vantagem” que a parte concedente (empresas, órgãos
públicos, etc) obtém ao conceder o estágio é a
possibilidade de formatar a mão-de-obra do modo que
lhe melhor pareça para aproveitamento futuro deste
material humano e este o foco que deve ser emprestado.
• A “vantagem” do estagiário, por sua vez, não é a bolsa
auxílio e, sim, o aprendizado complementar que lhe
tornará um profissional melhor.
• Um contrato de estágio válido não cria vínculo de
emprego. Entretanto, para que seja válido é necessário
que (Art. 3º):
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Trabalhador não empregado. Estagiário.
– I – matrícula e freqüência regular do educando em
curso de educação superior, de educação profissional,
de ensino médio, da educação especial e nos anos
finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos e
atestados pela instituição de ensino;
– II – celebração de termo de compromisso entre o
educando, a parte concedente do estágio e a
instituição de ensino;
– III – compatibilidade entre as atividades
desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo
de compromisso.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Estagiário.
• O primeiro requisito é óbvio e não merece maiores
comentários. Quem não é aluno não pode ser estagiário.
• O segundo requisito estabelece que esta é uma relação
formal. O contrato é escrito e trilateral, com intervenção
obrigatória da instituição de ensino. Trata-se de forma
prevista em Lei sem a qual o ato jurídico não se
aperfeiçoa (art. 104, III do Código Civil) e por
conseqüência é nulo (art. 166, IV do Código Civil).
• O terceiro requisito é de natureza material e retrata o que
até aqui foi exposto. É a compatibilidade entre o que se
estuda e o que se faz no estágio que asseguro que este
“trabalho” é, na verdade, o meio e não a finalidade do
contrato de estágio
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Estagiário.
• A novidade, entretanto, está no § 1º do art. 3º da Lei: É a criação
das figuras do “supervisor” da parte concedente e do “professor
orientador” na instituição de ensino tudo comprovado por vistos
nos relatórios periódicos de atividades do estagiário e por menção
de aprovação final.
• Não obstante, como visto, o objetivo do contrato de estágio não
seja o trabalho e a remuneração, verifica-se uma excessiva
utilização desvirtuada do contrato de estágio, houve necessidade
de alteração da legislação anterior, estabelecendo novos
parâmetros que, de certa forma, procuram aproximar a relação de
estágio da relação de emprego. Estas modificações, entretanto,
não tem o condão de alterar a natureza jurídica da relação.
• Não se trata de contrato afeto ao Direito do Trabalho e, por
conseqüência, a ele são inaplicáveis os Princípios e diretrizes de
interpretação
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Estagiário.
• Apenas o desvirtuamento do contrato de estágio é
que acarreta no reconhecimento do vínculo de
emprego, à luz do § 2º do art. 3º da Lei.
• No que tange às principais novidades vale
destacar:
– Direitos do estagiário:
– Bolsa obrigatória para estágios não obrigatórios;
– Limitação da jornada de trabalho;
– Redução da jornada de trabalho quando em época de
provas e exames;
– Recesso anual remunerado integral ou proporcional
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Estagiário.
• Limites do contrato
– Tempo não superior a dois anos, salvo ao deficiente;
– Cota de estagiários em relação ao número de
empregados, segundo tabela contida na Lei
• O descumprimento de quaisquer das condições
tem previsão legal específica:
– Art. 15. A manutenção de estagiários em
desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de
emprego do educando com a parte concedente do
estágio para todos os fins da legislação trabalhista e
previdenciária.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Estagiário.
• Este artigo não se refere apenas aos requisitos do artigo
3º da Lei, posto que, para aqueles requisitos, há previsão
específica contida no § 2º do mesmo artigo de
caracterização do vínculo de emprego. Se assim fosse, o
art. 15 seria inútil e, a regra de hermenêutica estabelece
que a lei não contém dispositivos inúteis.
• Assim, por óbvio, a penalidade do art. 15 refere-se ao
descumprimento de outros requisitos que não aqueles
relacionados no art. 3º.
• Questão interessante está relacionada à redução da carga
horária no período de provas e exames de que trata o art.
10, § 2º: Poderá ser acompanhada da redução da bolsa?
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Estagiário.
• Crítica: O limite de dois anos vai impedir a
contratação de quem está há mais de dois anos da
formatura pelas partes concedentes que realmente
atendem ao objetivo do contrato que é o
direcionamento da mão-de-obra para o formato
de profissional que desejam. Não tem sentido
algum
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Voluntário.
• O trabalho voluntário é regido pela Lei 9.608/98.
• É o trabalho com ânimo e causa benevolentes.
• O objetivo buscado, neste caso, não é o
pagamento e sim a prática da benemerência.
• O traço diferenciador, aqui, é a intencionalidade.
• A contratação de trabalhador com animus de
remuneração afasta o trabalho voluntário, ainda
que nenhum salário tenha sido pago ao mesmo.
Neste caso, o vínculo de emprego deve ser
reconhecido e deve haver condenação no
pagamento dos salários atrasados.
MichelSampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Funcionário Público.
• Servidor Público é gênero que tem como espécies
o funcionário público e o empregado público.
• O funcionário público é aquele que se vincula à
administração pública por meio do regime
estatutário, regido pelo Direito Administrativo.
Não é empregado e não tem Justiça do Trabalho,
segundo liminar concedida pelo STF em ADIN
proposta contra o art. 114, I da CF.
• O empregado público vincula-se à administração
pública por mio do regime da CLT, regido pelo
Direito do Trabalho.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Trabalhador não empregado. Funcionário Público.
• Ambos devem prestar concurso público (art. 37, II, CF).
• Todo cargo público é criado por Lei. A lei que cria o
cargo público é que estabelece o regime que o regerá (D.
Público, estatutário ou D. Privado, “celetista”).
• O Estatuto do Regime Único do servidor Público
Federal (Lei 8.112/90) estabelece que, para a União
Federal, o regime deve ser o estatutário. Exceção feita às
empresas públicas e sociedades de economia mista que,
por força do art. 173, § 1º, II da CF devem ser
submetidas ao regime das empresas privadas.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
DIREITO DO TRABALHO
EMPREGADOR
GRUPO ECONÔMICO
TERCEIRIZAÇÃO
Prof. Antero Arantes Martins
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
PRIMEIRA PARTE
EMPREGADOR.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregador. Conceito.
• “Art. 2º - Considera-se empregador a empresa,
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos
da atividade econômica, admite, assalaria e dirige
a prestação pessoal de serviço”
• Características:
– Pessoa Jurídica (empresa);
– Assume o risco da atividade econômica;
– Admite e assalaria o empregado;
– Dirige a prestação de serviços (subordinante)
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
Empregador. Conceito.
• “§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os
efeitos exclusivos da relação de emprego, os
profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos, que admitirem
trabalhadores como empregados ”
• Características:
– Pessoa Jurídica que não explora atividade econômica;
– Pessoa Física que explora atividade econômica;
– Mantidas as demais características do caput. (admite, assalaria
e dirige a prestação de serviços).
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
SEGUNDA PARTE
GRUPO ECONÔMICO.
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
GRUPO ECONÔMICO
Redação anterior Nova redação
Art. 2º, § 2º - Sempre que uma ou mais
empresas, tendo, embora, cada uma
delas, personalidade jurídica própria,
estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo
grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica,
serão, para os efeitos da relação de
emprego, solidariamente responsáveis a
empresa principal e cada uma das
subordinadas.
X Art. 2º, § 2o Sempre que uma ou mais
empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob
a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando
cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego.
X § 3o Não caracteriza grupo econômico a
mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a
demonstração do interesse integrado, a
efetiva comunhão de interesses e a atuação
conjunta das empresas dele integrantes.”
(NR)
Michel Sampar Ceribelli - 22185679899
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• Tradicionalmente eram elementos de
caracterização do grupo econômico:
– Direção comum e/ou;
– Controle comum e/ou;
– Administração comum.
• Entretanto, o parágrafo 2º introduziu a expressão
“... ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua
autonomia, integrem grupo econômico, ...”.
• Parece consagrar a teoria do grupo econômico
por coordenação.
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• Direção:
– Atos de gestão cotidiana do empreendimentos e
deliberações sobre os rumos do negócio.
• Controle:
– “O controle pode existir em estado latente, sem ser
exercido.Dai dever-se afirmar que o controle é a
dominação em potencia, mas não em ato quando o
controle se exercita já não se configura mais como
dominação e sim como direção (...) se trata de dois
momentos de uma mesma realidade: o controle se
apresenta como a dominação virtual, ou em potencia,
ao passo que a direção é a dominação exercida ou em
ato” (Octavio Bueno Magano)
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• Administração:
– Quando há a formação de grupo econômico pela
administração, a empresa administrada não cede o
controle dos negócios societários, mas, apenas, a
gerência da atividade econômica no todo ou em parte
(setores, departamentos, etc). Diferenciando-se da
formação de grupo econômico por direção ou
controle, pois nessa forma a empresa deve obedecer
as suas orientações diretivas, não mantendo em
momento algum sua autonomia social, já na formação
de grupo por administração, a empresa administrada
apenas tem suas atividades econômicas geridas,
mantendo-se sua autonomia social.
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• Coordenação:
– “As empresas integrantes de um mesmo grupo devem
manter uma relação entre si, para alguns, uma
relação de dominação entre a empresa principal e as
empresas subordinadas; para outros não há a
necessidade dessa configuração; basta uma relação
de coordenação entre as diversas empresas sem
exista uma em posição predominante, critério que nos
parece melhor, tendo em vista a finalidade do
instituto que estamos estudando, que é a garantia da
solvabilidade dos créditos trabalhistas.” (AMAURI
MASCARO NASCIMENTO)
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• Para caracterizar grupo econômico não é preciso que as
várias empresas componentes exerçam a mesma atividade
econômica. É preciso, entretanto, que exerçam uma atividade
econômica:
– “O que quer a lei é que o sujeito jurídico componente do grupo econômico
para fins justrabalhistas consubstancie essencialmente um ser econômico,
uma empresa ( expressão sugestivamente enfatizadas pelos dois preceitos
legais enfocados) .O caráter e os fins econômicos dos componentes dos
grupos surgem, assim, como elementos qualificadores indispensáveis a
emergência da figura aventada pela ordem jurídico trabalhista (...).não tem
aptidão para comporá figura do grupo econômico entes que não se
caracterizam por atuações econômica, que não sejam essencialmente seres
econômicos, que não consubstanciam empresas.É o que ocorre,
ilustrativamente, com o Estado e demais entes estatais, com o empregador
domestico, comos entes sem fins lucrativos nominados no §1º do artigo 2º
da CLT, e ali chamadas empregadores por equiparação(profissionais
liberais, instituições de beneficência, associações recreativas, etc).”.
(MAURÍCIO GODINHO DELGADO)
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GRUPO ECONÔMICO.
• O parágrafo 3º traz algo que era óbvio, mas, não
observado na praxe trabalhista, ou seja, “MERA”
a existência de identidade de sócios não
caracteriza o grupo econômico.
• Tal circunstância pode caracterizar grupo
econômico se houver dominação em potência
(controle) do(s) sócio(s) comum (ns).
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GRUPO ECONÔMICO. Responsabilidade
• Substituiu a expressão “para os efeitos da relação de
emprego” por “pelas obrigações”.
• No meu entender acabou com a chamada solidariedade
ativa e fixou apenas a solidariedade passiva.
• Logo, o entendimento da Sumula 129 do C. TST não
pode mais prevalecer. A prestação de serviços a várias
empresas do grupo deve caracterizar vários contratos de
trabalho.
• Por outro lado, NÃO será mais possível incluir a
empresa do grupo econômico apenas na fase executiva
da ação, já que a justificativa para tanto é que, embora
cada qual com personalidade jurídica própria, todas
constituiam um único empregador.
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TERCEIRA PARTE
TERCEIRIZAÇÃO
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Terceirização
• Terceirização é um neologismo da palavra “terceiro”, aqui
compreendido como intermediário.
• Segundo Godinho: “é o fenômeno pelo qual se dissocia a relação
econômica de trabalho da relação justrabalhista que lhe seria
correspondente”.
• Em outras palavras, a relação de emprego não está diretamente
relacionada com a relação econômica onde o trabalho está
inserido.
• É um fenômeno típico do final do século XX, com a alteração da
economia e da forma de atuação do Estado nas relações privadas.
• Passou a ser regulamentada por Lei no Brasil pela Lei
13.429/2017 e já sofreu alteração pela reforma.
• A lei não utiliza esta expressão. A Lei trata de empresa prestadora
de serviços a terceiros (também a denomina de contratada) e
empresa contratante.
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Terceirização
Empresa prestadora de serviços ou contratada
Empregado Empresa Contratante
Relação de
emprego
Relação comercial
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Terceirização
• O legislador optou por inserir a terceirização na Lei de
Trabalho temporário (Lei 6.019/74) ao invés de fazer
uma Lei própria.
• A Lei 13.429/2017 tinha mantido o pudor de dizer que a
empresa contratada prestaria serviços determinados e
específicos e não explicitou a possibilidade de
terceirização da atividade principal. Havia aqui algum
espaço para interpretação.
• Isto porque a Súmula 331, III do C. TST, ao permitir a
terceirização em atividade-meio, tratava claramente de
serviços específicos. Poderíamos então entender que se a
Lei tratava de serviços específicos, não caberia a
terceirização na atividade-fim.
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Terceirização
• Verificando este risco, a Lei 13.467 declarou
expressamente a possibilidade de transferência da
atividade principal e eliminou a expressão relativa aos
serviços determinados e específicos.
• Deixou, entretanto, claro que a empresa contratada deve
ter idoneidade financeira compatível com a execução do
contrato.
– L. 6019/74: Art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a
terceiros a transferência feita pela contratante da execução de
quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal,
à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que
possua capacidade econômica compatível com a sua execução.
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Terceirização
• A terceirização de atividade-fim é lícita mesmo para os
contratos anteriores à Lei 13.467/2017.
• No caso dos contratos anteriores à vigência das Leis
13.429/17 e 13.467/17, o E. STF firmou entendimentos,
na ADPF 324 e em Tese de Repercussão Geral – Tema
725, publicados em 30/8/2018.
• Tema 725 – Terceirização de serviços para a consecução
de atividade-fim da empresa. "É lícita a terceirização ou
qualquer outra forma de divisão do trabalho entre
pessoas jurídicas distintas, independentemente do objeto
social das empresas envolvidas, mantida a
responsabilidade subsidiária da empresa contratante".
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Terceirização
• O malefício da terceirização é pulverizar a atuação sindical.
Sindicatos diferentes, direitos diferentes.
• Cria o emprego precário, pois conviverão na mesma bancada
trabalhadores diretos e terceirizados, com salários e direitos
diferentes.
• Retira a razão existencial da empresa contratante, cuja única
justificativa é a obtenção do lucro, eliminando o sentido dos
dispositivos constitucionais que se referem ao valor social da livre
iniciativa. (Possibilidade de empresa “casca de ovo”).
• Coloca em risco os trabalhadores e demais usuários e
consumidores. Ex: Motorista de ônibus terceirizado.
• Para o empresário também é ruim. Não há vínculo do trabalhador
com a empresa contratante, afastando a noção de dever de
fidelidade e colaboração com o empreendimento (“vestir a
camisa”) que é inerente ao contrato de emprego.
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Terceirização
• A empresa contratada é a responsável pela subordinação ou,
ainda, pode “quarteirizar” o contrato para outras empresas.
– L. 6019/74. Art. 4º-A - ... § 1o A empresa prestadora de serviços
contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus
trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses
serviços.
• Requisitos para terceirizar ou quarteirizar:
– A subordinação jurídica é de quem contrata o trabalhador;
– A empresa contratada (terceirizada ou quarteirizada) deve
ter idoneidade econômica compatível com o contrato a ser
executado.
• Conclusões: É possível o vínculo direto se ausente uma
destas condições.
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Terceirização
• Questão relevante a destacar, num rol claro de
direitos assegurados, é a questão relativa à
proteção de saúde do trabalhador e meio
ambiente de trabalho, na medida em que o país
tem elevado número de acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais.
• Atualmente, 80% (oitenta por cento) das mortes
em acidente de trabalho ocorre com trabalhadores
terceirizados.
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Terceirização
• Art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de
serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os
serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante,
forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas
condições:
• I - relativas a:
• ...
• c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da
contratante ou local por ela designado;
• d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade
o exigir.
• II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no
trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.
• Art. 5º-A. ...
• § 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de
segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho
for realizado em suas dependências ou local previamente
convencionado em contrato.
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Terceirização
• Vedou-se a designação de trabalhador para a
atividade diversa daquela para a qual foi
contratada.
– Art. 5º-A. ...
– § 1o É vedada à contratante a utilização dos
trabalhadores em atividades distintas daquelas que
foram objeto do contrato com a empresa prestadora
de serviços.
• Possibilidade de reconhecer vínculo de emprego
diretamente com a contratante na sua
inobservância?
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Terceirização
• O parágrafo 5º consagra a responsabilidade subsidiária do
tomador.
– Art. 5º-A. ...
– § 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas
obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a
prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições
previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de
24 de julho de 1991.
• Consagra a teoria da responsabilidade contratual, ou seja,
não há necessidade de culpa, mas, sim, do mero
inadimplemento.
• Entretanto, não é aplicável à administração pública, que tem
lei específica (art. 71, L. 8666/93) e, para a qual, é necessária
a prova (ADC 16) da culpa e, ao que parece, esta prova deve
estar robustamente provada pelo trabalhador, segundo se
extrai de notícia de julgamento recentemente proferido pelo
E. STF, cujo teor, infelizmente, ainda não foi publicado.
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Tomador de Serviços. Terceirização.
• Não é preciso esgotar o patrimônio do devedor
principal. Basta que ocorra o inadimplemento, ou
seja, o não pagamento deste para que a execução
possa ser direcionada ao devedor subsidiário.
• Isto porque o art. 455 da CLT que embasou a
criação, por analogia, do item IV da Súmula 331
do C. TST trata de mero inadimplemento (assim
como a própria Súmula) e prevê também o direito
do empreiteiro principal para manejar ação
regressiva.
• Qual o sentido de garantir ação regressiva se o
devedor principal já estivesse insolvente?
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Tomador deServiços. Terceirização.
• Ademais, o art. 794, 2° do CPC também garante
do direito de prosseguir executando o devedor
principal pelo subsidiário, quando este último
paga a dívida.
• Novamente: Não há sentido em garantir que o
devedor subsidiário execute ou acione o devedor
principal se o pagamento somente ocorresse na
insolvência deste último ...
• Claro está que o ordenamento jurídico não está a
prever o pagamento na insolvência, mas, no mero
inadimplemento, já que a responsabilidade
subsidiária é uma responsabilidade de garantia.
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Tomador de Serviços. Terceirização.
• É bem verdade que o responsável subsidiário
pode exigir que sejam excutidos os bens do
devedor principal sitos na mesma Comarca (Art.
794, CPC).
• Entretanto, para isso, deve fazer a indicação
pormenorizada destes bens e de sua localização.
• Os bens indicados devem estar livres e
desembargados.
• Tudo nos termos do art. 794 do CPC.
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Tomador de Serviços. Terceirização.
• CPC: Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que
primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca,
livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
• ...
• § 2º O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do
mesmo processo.
• CLT: Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro
pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo,
todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal
pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.
• Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei
civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a
este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo
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Terceirização
• O contrato entre as empresas é formal.
• Institui a quarentena com o objetivo de evitar a
fraude de dispensar empregados para que estes
formem empresa para prestar serviços como
contratada.
• Institui a quarentena com o objetivo de evitar a
fraude de dispensar empregados para que estes
sejam contratados pelas empresas prestadoras de
serviço
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Terceirização
• Art. 5o-B. O contrato de prestação de serviços
conterá:
– I - qualificação das partes;
– II - especificação do serviço a ser prestado;
– III - prazo para realização do serviço, quando for o caso;
– IV - valor.
• Art. 5o-C. Não pode figurar como contratada, nos termos
do art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou
sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços
à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem
vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou
sócios forem aposentados.
• Art. 5o-D. O empregado que for demitido não poderá
prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de
empregado de empresa prestadora de serviços antes do
decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da
demissão do empregado.
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DIREITO DO TRABALHO
ALTERAÇÃO SUBJETIVA DO 
CONTRATO DE TRABALHO
(SUCESSÃO DE EMPRESAS)
Prof. Antero Arantes Martins
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Sucessão de empresas. Introdução.
• O contrato de trabalho é um contrato de trato
sucessivo, ou seja, não se extingue com o
cumprimento da obrigação, renovando-se no
tempo.
• Dada esta circunstância, é possível que o
contrato de trabalho esteja sujeito a
modificações que ocorrem com o passar do
tempo.
• Estas modificações podem alcançar os sujeitos
do contrato (subjetivas) ou seu objeto
(objetivas).
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Sucessão de empresas. Introdução.
• Sabe-se que o contrato de trabalho é personalíssimo na
figura do empregado, já que o art. 2º da CLT estabelece
a necessidade de prestação pessoal de serviços. Portanto
é impossível que o contrato de trabalho sofra alteração
subjetiva na pessoa do empregado, ou seja, não pode
haver substituição do empregado com continuidade do
contrato de trabalho.
• Sendo assim, tratar de alteração subjetiva do contrato de
trabalho implica em estudar a substituição da figura do
empregador. Daí porque este tema também é estudado
sob o título de sucessão de empresas.
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Sucessão de empresas. Introdução.
• A matéria é regida pelos artigos 10 e 448, ambos
da CLT, e que estão assim redigidos:
– Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa
não afetará os direitos adquiridos por seus
empregados. (Sucessão empresarial)
– Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica
da empresa não afetará os contratos de trabalho dos
respectivos empregados. (Sucessão de empregador)
• Diante de tais dispositivos, passamos a analisar
as possíveis situações daí decorrentes:
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Sucessão de empresas. Alteração de propriedade.
• A alteração na propriedade da empresa não caracteriza a sucessão
trabalhista, ou seja, não ocorre alteração subjetiva do contrato de
trabalho.
• Isto porque o contrato de trabalho é mantido entre o empregado e
a pessoa jurídica empregadora, que é a responsável e não com
seus sócios.
• Revela-se importante anotar, neste tópico, que as cláusulas
contratuais firmadas entre os vendedores e os compradores da
pessoa jurídica não são oponíveis a terceiros.
• Tal cláusula, que tem validade apenas entre os contratantes. Pode
autorizar a propositura da ação regressiva. Não autoriza a
modificação do pólo passivo na reclamação trabalhista e nem
mesmo intervenção de terceiros.
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Sucessão de empresas. Alteração de estrutura jurídica
• A alteração na estrutura jurídica da empresa pode
ser formal ou informal. Sendo formal, ocorrerá
através da transformação, incorporação, fusão e
cisão (total ou parcial).
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Sucessão informal de empresas.
• Acontece que nem sempre a sucessão de empresas acontece
de maneira formal. É comum que empresários, intentando
livrar-se de suas dívidas trabalhistas, encerram a pessoa
jurídica (formal ou informalmente) e constituem outra, ou
ainda, transferem a unidade produtiva a terceiros que passam
a explorar a atividade econômica sob a denominação de
outra personalidade jurídica.
• Estes procedimentos fraudulentos, visando prejudicar o
crédito dos trabalhadores, foram reconhecidos pela doutrina
e pela jurisprudência como sucessão informal. Haverá
sucessão informal sempre que uma pessoa jurídica:
– (i) continuar a exploração da atividade econômica de uma anterior,
– (ii) com identidade total ou parcial de patrimônio.
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Sucessão informal de empresas.
• A continuidade da exploração de atividade
econômica com identidade patrimonial é
denominada como transferência da unidade
produtiva, que é o elemento objetivo para
caracterização da transferência.
• Diz-se objetivo porque não é preciso que exista
uma relação de vontade entre o sucedido e o
sucessor cujo objeto seja a sucessão.
• A sucessão opera-se de per se, ou seja, basta que
ocorra a transferência da unidade produtiva.
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Sucessão informal de empresas.
• Qual é a explicação jurídica para a
obrigatoriedade do sucessor arcar com os direitos
adquiridos dos empregados do antecessor?
• Explica-se pela aplicação da teoria do aviamento
(Direito de Empresa): é o fato de o contrato de
trabalho ser elemento da organização
empresarial, compondo seu acervo patrimonial
(assim entendido como a ativo e o passivo) e com
ela se transferindo, seja qual for a forma em que
houver alteração da titularidade do negócio.
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Sucessão informal de empresas.
• Transferência patrimonial não pode ser
originária, ou seja, deve ser derivada.
• A aquisição originária é aquela definida em Leicomo sendo a primeira, ou seja, não pode haver
um antecessor e, assim, não pode haver sucessão:
• Desapropriação;
• Concessão de serviço público;
• Aquisição da unidade produtiva em leilão judicial
(Lei 11.101/2011): (segue)
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Sucessão informal de empresas.
• Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou
de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este
artigo:
• I – todos os credores, observada a ordem de preferência definida no art. 83
desta Lei, sub-rogam-se no produto da realização do ativo;
• II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão
do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária,
as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho.
• § 1o O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica quando o
arrematante for:
• I – sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido;
• II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou
afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou
• III – identificado como agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão.
• § 2o Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão admitidos
mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por
obrigações decorrentes do contrato anterior.
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Sucessão de empresas. Responsabilidade.
Redação 
anterior
Nova redação
INEXISTENTE X Art. 448-A. Caracterizada a sucessão
empresarial ou de empregadores prevista nos
arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações
trabalhistas, inclusive as contraídas à época em
que os empregados trabalhavam para a empresa
sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
INEXISTENTE X Parágrafo único. A empresa sucedida
responderá solidariamente com a sucessora
quando ficar comprovada fraude na
transferência.
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Sucessão de empresas. Responsabilidade.
• Acaba com antiga discussão doutrinária fixando a
exclusiva responsabilidade do sucessor pelas dívidas
trabalhistas decorrentes da sucessão de empresas (art.
10) e da sucessão de contratos (art. 448).
• Pela previsão a empresa sucedida passa a não ter
qualquer responsabilidade, mesmo pelas dívidas
contraídas ao tempo em que o trabalhador lhe prestou
serviços.
• Cria assim, uma espécie de imunidade ou
irresponsabilidade pelo descumprimento da Lei e/ou do
contrato.
• Entretanto, o parágrafo trata de fraude e, na fraude,
todos são solidariamente responsáveis pela reparação,
nos termos do mesmo artigo consolidado.
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