Buscar

Transtornos do Humor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

GABRIELLA PACHECO - MED102 27/08/2021 Psiquiatria 
 
 
 
TRANSTORNOS DO HUMOR 
Transtorno Depressivo Maior 
Apresentação Clínica: Humor, cognição, psicomotricidade, biorritmicidade, volição. 
Humor → Polarizado para depressão, anedonia, choro fácil, apatia, ansiedade, irritabilidade. 
Pensamento → Preocupação excessiva, pessimismo, desesperança, delírio de ruína, niilismo, baixa auto estima, ideias 
de desvalia, culpa, hipocondria, delírios persecutório e de auto referência. 
Sensopercepção e alterações cognitivas → Alucinações, dificuldade de concentração, déficit de atenção, déficit de 
memória. 
Psicomotricidade → Lentificação e retardo dos pensamentos e movimentos, latência de resposta, laconismo, fadiga, 
falta de energia, inquietação. 
Sintomas neurovegetativos e volição → Alterações do apetite, alterações do sono, disfunção sexual, hipobulia, ideação 
suicida, auto agressão (mutilação). 
 
DIAGNÓSTICO: Sintomatologia depressiva, tendência do estado depressivo em persistir por semanas, meses ou anos, 
prejuízo funcional associado. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: Duas semanas com 4 ou mais dos seguintes, sendo um deles humor deprimido ou irritável 
ou anedonia. 
✓ Humor deprimido a maior parte do dia e quase todos os dias; 
✓ Perda ou ganho de peso; 
✓ Diminuição ou aumento do apetite; 
✓ Insônia ou hipersonia; 
✓ Agitação ou retardo psicomotor; 
✓ Fadiga ou perda de energia; 
✓ Menos valia ou culpa excessiva; 
✓ Diminuição da concentração ou indecisão; 
✓ Ideação suicida ou tentativa de suicídio. 
Especificadores de Gravidade: 
 Leve: Não prejudica muito o funcionamento ocupacional ou social, poucos sintomas ou em pouca intensidade; 
 Moderado; 
 Grave: Muitos sintomas ou em grande intensidade, marcada interferências nas esferas social e ocupacional. 
Presença de sintomas psicóticos ou ideação suicida ou homicida. 
 
AVALIAÇÃO: Investigação laboratorial (hemograma completo, eletrólitos e função renal, TGO e TGP, TSH e T4 livre, 
ácido fólico, vitamina D e B12, sorologias, toxicológico, beta HCG, glicemia, colesterol total e frações). 
 
Tratamento farmacológico: 
Fase aguda: 
1. Iniciar com Inibidor seletivo de recaptura de serotonina 
GABRIELLA PACHECO - MED102 27/08/2021 Psiquiatria 
 
 
 
2. Reavaliar a cada 4 semanas: 
– Sem resposta: aumentar dose 
– Resposta parcial: esperar mais 4 semanas 
– Repetir passo 2 até remissão completa ou dose máxima tolerada 
3. Se dose máxima tolerada sem remissão completa: 
– Com melhora parcial: associar outra medicação de classe diferente 
– Sem resposta: trocar por outro ISRS 
Se já utilizou dois ISRS, iniciar dual. 
 
Fase de continuação: 
Após remissão completa: Manter medicação por 12 meses 
 
Fase de manutenção: 
• 1 episódio: 1 ano após remissão 
• 2 episódios: 2 anos após remissão 
• 3 ou mais episódios: uso por toda a vida 
 
Opções de Associação : Lítio, Antidepressivos não-ISRS, Tricíclicos – Mirtazapina – Bupropiona – Trazodona, 
Antipsicóticos de segunda geração – Quetiapina, Olanzapina e Aripiprazol, Levotiroxina, IMAO (inibidores da 
Monoaminoxidase), Cetamina/Escetamina. 
Tratamento não-farmacológico: Eletroconvulsoterapia (ECT), Estimulação magnética transcraniana (EMT), 
Psicoterapia. 
Internação hospitalar: Risco de suicídio e homicídio, Depressão com sintomas psicóticos, Baixo suporte social ou 
econômico, Necessidade de procedimentos diagnósticos ou terapêuticos. 
 
Transtorno Afetivo Bipolar 
Em geral, o transtorno surge até os 25 anos, sendo comum que os primeiros sintomas se manifestem ainda na infância 
e na adolescência. Os primeiros episódios de TAB surgem como crises de depressão (em 60% dos casos), e somente 
quando há um episódio de mania é que se faz o diagnóstico. 
Sintomas na depressão: Alteração do apetite, mau humor, alteração do sono (hipersonia), diminuição da 
produtividade, pessimismo, tristeza, pensamentos suicidas. 
Sintomas na euforia (mania): Agitação, agressividade, aumento da libido, aceleração do pensamento, autoconfiança 
elevada e ideias de grandeza, comportamentos compulsivos, diminuição do sono. 
 
Classificação: 
Tipo I: Pelo menos 1 episódio de mania. 3x mais tempo em depressão em relação à mania. 
GABRIELLA PACHECO - MED102 27/08/2021 Psiquiatria 
 
 
 
Tipo II: Alternância de depressão e hipomania. 31x mais tempo em depressão. 
 
Diagnóstico: Os sintomas de depressão ou de mania devem estar presentes durante um período de pelo menos duas 
semanas e devem representar uma alteração para pior na vida do indivíduo. É necessário fazer uma investigação clínica 
para descartar a possibilidade de a depressão ser causada por outras doenças, medicações ou por abuso de álcool ou 
drogas. Quando a doença se manifesta como mania, podem ocorrer sintomas psicóticos, alucinações auditivas e 
discurso incoerente. Nesses casos é necessário diferenciá-los dos quadros de esquizofrenia. 
 
Tratamento farmacológico: 
→ 1a Linha: Lítio, Divalproato, Antipsicóticos de segunda geração (Olanzapina, risperidona, quetiapina) 
→ 2a Linha: Carbamazepina, Haloperidol 
→ 3a Linha: Oxcarbazepina, Clorpromazina, Clozapina, ECT

Continue navegando