Buscar

Câncer de colo uterino

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Câncer de colo uterino 
 É o terceiro câncer mais comum em mulheres. 
 
Histologia normal do colo uterino 
Ectocérvice 
 
 
 
Endocérvice 
 
 
 
 
Alterações fisiológicas da zona de 
transformação 
 
 
 
Patogenia 
 Os HPVs são vírus DNA cujos tipos são determinados 
com base nas sequências de DNA, e agrupados 
conforme possuam alto ou baixo risco oncogênico. 
 Há 15 HPVs de alto risco atualmente identificados, 
mas o HPV-16 sozinho representa quase 60% dos 
casos de câncer cervical, e o HPV-18, outros 10% dos 
casos; outros tipos de HPV contribuem 
individualmente para menos do que 5% dos casos. 
 Os HPVs infectam as células basais imaturas do 
epitélio escamoso em áreas de ruptura epitelial ou 
células escamosas metaplásicas imaturas presentes 
na junção escamocolunar. 
 A capacidade do HPV agir como um carcinógeno 
depende das proteínas virais E6 e E7, que interferem 
na atividade das proteínas supressoras de tumores, 
que regulam o crescimento e a sobrevivência das 
células. 
 Embora o HPV infecte as células escamosas 
imaturas, a replicação viral ocorre durante a 
maturação das células escamosas. 
 Normalmente, essas células mais maduras são 
detidas na fase G1 do ciclo celular, mas elas 
continuam a progredir ativamente através do ciclo 
celular ao serem infectadas com o HPV, que usa 
maquinaria de síntese de DNA da célula hospedeira 
para replicar seu próprio genoma. 
 A proteína viral E7 se liga à forma hipofosforiladas 
(ativa) do RB e promove sua degradação através da 
via do proteossomo, e também se liga e inibe o p21 e 
p27, dois inibidores de cinase dependentes de ciclina. 
 A remoção desses controles não somente aumenta 
a progressão do ciclo celular, mas também atrapalha 
a capacidade das células de reparar o dano ao DNA. 
 Esse defeito na reparação do DNA é exacerbado 
pelas proteínas virais E6 dos subtipos de alto risco ao 
HPV, que se ligam à proteína supressora de tumores 
p53 e promovem sua degradação pela proteossomo. 
 Além disso, a E6 aumenta a expressão da 
telomerase, que leva à imortalização celular. 
 Outro fator que contribui para a transformação 
maligna pelo HPV é o estado físico do vírus. 
 O DNA viral está integrado no genoma da célula 
hospedeira na maioria dos cânceres. 
 Essa configuração aumenta a expressão dos genes 
E6 e E7, e também pode desregular os oncogenes 
próximos aos locais de inserção viral, como o MYC. 
 
Neoplasia intraepitelial cervical (lesões 
intraepiteliais escamosas) 
Morfologia 
 O diagnóstico de SIL se baseia na identificação de 
atipia nuclear caracterizada por aumento nuclear, 
hipercromasia (coloração escura), presença de 
grânulos grosseiros de cromatina e variação dos 
tamanhos e formas nucleares. 
 As mudanças nucleares são frequentemente 
acompanhadas por halos citoplasmáticos. 
 No nível ultraestrutural, esses halos consistem em 
vacúolos perinucleares, uma mudança citopática 
criada em parte por uma proteína codificada no HPV 
chamada E5 que se concentra nas membranas do RE. 
 As alterações nucleares e o halo perinuclear 
associados são chamados de atipia coilocitótica. 
 LSIL: as células escamosas imaturas estão confinadas 
ao 1/3 inferior do epitélio. 
 HSIL: houve expansão para 2/3 da espessura 
epitelial. 
 
 
Carcinoma cervical 
Morfologia 
 O carcinoma cervical invasor pode se manifestar 
como massa vegetante (exofítico) ou infiltrativa. 
 O carcinoma de células escamosas é composto por 
ninhos e projeções de epitélio escamoso maligno, 
queratinizado ou não queratinizado, invadindo o 
estroma cervical subjacente. 
 Os adenocarcinomas são caracterizados 
pela proliferação de epitélio glandular 
composto por células endocervicais 
malignas com núcleo grandes, 
hipercromático, e citoplasma com relativa 
diminuição de mucina, resultando em um aspecto 
escuro das glândulas, em comparação ao epitélio 
endocervical normal. 
 Os carcinomas adenoescamosos são tumores 
compostos por uma mistura de epitélio maligno 
glandular e escamoso. 
 O carcinoma cervical neuroendócrino tem uma 
aparência similar à do carcinoma de pequenas 
células do pulmão, mas a diferença é que ele é 
positivo para HPVs de alto risco. 
 
 O câncer cervical é estadiado da seguinte forma: 
● Estádio 0: carcinoma in situ (NIC III, HSIL); 
● Estádio I: carcinoma confinado ao colo uterino. 
- Ia: carcinoma pré-clínico, ou seja, diagnosticado apenas por 
microscopia; 
- Ia1: invasão do estroma não mais profunda que 3mm e não 
mais larga que 7mm (carcinoma microinvasor); 
- Ia2: profundidade máxima de invasão do estroma 
>3mm e não mais profundo que 5mm, considerado a 
partir da base do epitélio; invasão horizontal de no 
máximo 7mm; 
- Ib: carcinoma histologicamente invasivo confinado 
ao colo uterino e >estágio Ia2. 
● Estádio II: o carcinoma se estende além do colo 
uterino, mas não até a parede pélvica. O carcinoma 
envolve a vagina, mas não o 1/3 inferior; 
● Estádio III: o carcinoma se estende para a parede 
pélvica. Ao exame retal não existe um espaço sem 
câncer entre o tumor e a parede pélvica. O tumor 
envolve o 1/3 inferior da vagina; 
● Estádio IV: o carcinoma se estende além da pelve 
verdadeira ou envolve a mucosa da bexiga ou do reto. 
Esse estádio também inclui câncer com disseminação 
metastática.

Continue navegando