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Bárbara Lorena @queroresumo_ | 1 Metabolismo É a soma de todas as reações químicas do corpo (rede coordenada de reações). Ocorrem de acordo com as necessidades da célula. Também chamado de metabolismo intermediário. INTERMEDIÁRIOS = moléculas das rotas metabólicas. Os produtos de uma reação se tornam substrato para a próxima. A direção do metabolismo é controlada por diferentes enzimas (duplo controle/ sentido direto e inverso das reações). A maioria são moduladas por hormônios. Extração de energia das biomoléculas dos nutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios); Sintetização (vias anabólicas) ou degradação (vias catabólicas) das moléculas. É considerado o balanço final da reação dessa forma, durante o processo pode incluir etapas de síntese e degradação. Uso de energia para o trabalho; Armazenamento do excesso de energia VIA ANABÓLICA: vias que são capazes de sintetizar uma grande quantidade de moléculas a partir de muitas unidades menores VIA CATABÓLICA: vias que são capazes de quebrar grandes moléculas em partículas menores. DIVISÃO DO METABOLISMO NO CORPO HUMANO Estado alimentado ou absortivo: período que segue a uma refeição - os nutrientes da refeição estão disponíveis na corrente sanguínea e disponíveis para uso pelos tecidos. Assim, os produtos da digestão estão sendo absorvidos, utilizados e armazenados – ESTADO ANABÓLICO – a energia das biomoléculas dos nutrientes é transferida para os compostos de alta energia ou armazenada em ligação química de outras moléculas. Estado de jejum ou estado pós-absortivo: os nutrientes de uma refeição recente não estão mais na corrente sanguínea e disponíveis para uso pelos tecidos. A medida que o pool de nutrientes disponíveis no sangue diminui, o corpo extrai de suas reservas armazenadas – ESTADO CATABÓLICO – as células quebram grandes moléculas em moléculas menores. A energia liberada pela quebra das ligações químicas das moléculas maiores é utilizada para realizar trabalho (químico, mecânico ou de transporte). Ocorre a produção de ATP; as moléculas tendem a lei do caos/desordem – entropia, pois, ocorre a liberação de energia. Energia cinética: energia em movimento Energia potencial: energia armazenada. Para realizar trabalho a energia potencial precisa ser convertida em enérgica cinética. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 2 ANABÓLICAS Consomem energia (Endotérmica) Síntese de biomoléculas grandes RECONSTRUÇÃO CATABÓLICAS Liberam energia (Exotérmica) DEGRADAÇÃO de biomoléculas grandes Energia das biomoléculas Transferência para o ATP Tendem a lei do caos Entropia Produção aeróbia de ATP a partir da glicose Glicólise; Ciclo do Ácido Cítrico (Krebs) As reações catabólicas e anabólicas são reações que ocorrem simultaneamente. A perda do controle metabólico provoca o desarranjo no organismo e provável aparecimento de doenças devido às alterações dentro da célula. ENERGIA INGERIDA As biomoléculas que ingerimos podem atingir três destinos: 1. ENERGIA: são metabolizadas e a energia liberada na degradação das ligações químicas é armazenada no ATP, no fosfato de creatina e em outros compostos ricos em energia. Pode ser utilizada para realizar trabalho. 2. SÍNTESE: são utilizadas para sintetizar componentes básicos necessários para o crescimento e subsistência de células e tecidos. 3. ARMAZENAMENTO: quando a quantidade de alimento ingerido excede as necessidades do corpo de energia e síntese, o excesso de energia vai para o armazenamento nas ligações do glicogênio e da gordura. Torna energia disponível para os períodos de jejum. Seu destino depende do tipo de biomolécula (carboidrato, proteína ou gordura). Fonte: SILVERTHORN, 2017. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 3 REGULAÇÃO DO METABOLISMO 1. INTRÍNSECA: Dentro da célula; 2. AUTÓCRINA: Autorregulação; 3. PARÁCRINA: Próxima mas não na mesma célula; 4. ENDÓCRINA: Agir em locais distantes da célula através da liberação de hormônios. REGULAÇÃO DAS VIAS METABÓLICAS 1. Pelo controle das concentrações das enzimas; 2. Por produzirem moduladores que alteram as taxas de reação; 3. Pelo uso de duas enzimas diferentes para catalisar reações reversíveis; 4. Compartimentalizando enzimas dentro de organelas intracelulares; 5. Pela manutenção de uma proporção ideal entre ATP e ADP. ENZIMAS O aumento da concentração de enzimas; aumenta a taxa da reação; Enzimas reguladoras das vias (aceleração/desaceleração); Sempre visando suprir a necessidade energética (ATP). MODULAÇÃO ENZIMÁTICA Ocorre a partir de moduladores que alteram a atividade enzimática. Disponibilidade de substrato Presença de inibidores Inibição por retroalimentação: controle próprio de algumas vias metabólicas. Inibição por retroalimentação. O acúmulo do produto final Z inibe o primeiro passo da rota. Quando a célula consome Z em outra reação metabólica, a inibição é removida e a rota recomeça. Ou Inibição pelo produto final. Enzimas alostéricas: (existem locais nelas onde ocorrem regulação). As enzimas alostéricas possui locais além dos locais dos substratos que permitem essa conformação. As coenzimas são importantes para a atuação de algumas enzimas (exemplo: vitaminas e minerais) Modificações covalente (adição ou retirada de fosfato; clivagem proteolítica de pró-enzimas); fosforilação (proteínas quinases e fosfatases). REAÇÕES REVERSÍVEIS Fonte: SILVERTHORN, 2017. Utiliza-se duas enzimas, uma para a reação direta e uma para a reação inversa podendo assim ocorrer a regulação mais finamente tornando-a reversível. Na presença de apenas uma enzima é irreversível. COMPARTIMENTANDO AS ENZIMAS NA CÉULA Isolamento de enzimas dentro de organelas é exemplo de compartimentalização estrutural e funcional. Controle do metabolismo pela regulação do movimento de substrato de um compartimento para outro. Exemplo: mitocôndria, retículo endoplasmático, aparelho de golgi e lisossomos contém enzimas que não Bárbara Lorena @queroresumo_ | 4 são encontradas no citosol dessa forma, as vias controladas por elas também são separadas. RAZÃO ENTRE ATP E ADP Estado de energia da célula influenciando as vias metabólicas. Razão entre ATP e ADP Quando os níveis de ATP estão altos, a produção de ATP diminui. Quando os níveis de ATP estão baixos, a célula envia substratos por rotas que resultam em mais síntese de ATP. Glicose Fonte: LEHNINGER, 2014. Em animais e em vegetais vasculares, a glicose tem quatro destinos principais: 1. Síntese de polissacarídeos complexos direcionados ao espaço extracelular; 2. Armazenada nas células (como polissacarídeo ou como sacarose); 3. Oxidada a compostos de três átomos de carbonos (piruvato) por meio da glicólise, para fornecer ATP e intermediários metabólicos; Substrato primário para a síntese de ATP. 4. Oxidada pela via das pentoses-fosfato (fosfogliconato) produzindo ribose-5- fosfato para a síntese de ácidos nucleicos e NADPH para processos biossintéticos redutores. A glicose é o substrato primário para a síntese de ATP. É absorvida a partir do intestino entra pela via hepática (veia porta) sendo direcionada para o fígado. Aproximadamente 30% de toda a glicose ingerida é metabolizada no fígado. Os 70% restantes continuam na corrente sanguínea para serem distribuídos para o encéfalo, para os músculos e para outros órgãos e tecidos. A glicose, então, move-se do líquido intestinal para dentro das células através de transportadores de membrana GLUT. A maior parte da glicose absorvida de uma refeição vai imediatamente para a glicólise e para o ciclo do ácido cítrico para produzir ATP. Alguma glicose é utilizada pelo fígado para a síntese de lipoproteínas. A glicoseque não é utilizada para a produção de energia e para a síntese é armazenada como glicogênio ou gordura. A capacidade do corpo de armazenar glicogênio é limitada, assim a maior parte do excesso de glicose é convertida em triacilgliceróis e armazenada no tecido adiposo. Glicólise Degradação de uma molécula de glicose em uma série de reações catalisadas por enzimas gerando duas moléculas de piruvato (composto de três moléculas de carbono). UMA MOLÉCULA DE GLICOSE PODE PRODUZIR DE 30 A 32 ATP Bárbara Lorena @queroresumo_ | 5 Parte da energia é conservada na forma de ATP e NADH; Via central do catabolismo da glicose; Via com maior fluxo de carbono; É a única fonte de energia metabólica em alguns tecidos e células (exemplo: eritrócitos, medula renal, cérebro e esperma); CATABOLISMO Carboidratos Glicose Lipídios Degradados em Glicerol e Ácidos Graxos Glicerol Alimenta a glicólise Ácidos Graxos Metabolizados em acetil-CoA Proteínas Degradada em aminoácidos Carbono Torna o ciclo infindável; Adição de carbono a cada volta produzindo ATP; elétrons de alta energia e dióxido de carbono Produção de dióxido de carbono (deve ser removido do corpo) e água (utilizada pela célula). A glicólise e o ciclo do ácido cítrico produzem pequenas quantidades de ATP (DIRETAMENTE); MAIOR CONTRIBUIÇÃO: Armazenamento de energia nos elétrons - carreados pelo NADH e FADH2. Esses compostos transferem os elétrons para o sistema de transporte de elétrons (STE) na mitocôndria. A ENERGIA desse elétrons produzem a ligação de alta energia do ATP. 1. Metabolismo de UMA molécula de glicose C6H12O: Produz 2 moléculas de 3 carbonos de piruvato; 2 ATPs; 2 NADH (a partir de elétrons de alta energia). 2. Conversão do piruvato em acetil-CoA: produção de 1 NADH; 3. Armazenamento de energia em 3 NADH, 1 FADH2 e 1 ATP através dos carbonos de 1 acetil-CoA Ocorrem duas vezes para cada glicose; RESULTADO: 8 NADH, 2 FADH2 e 2 ATP para a fase do piruvato-ciclo do ácido cítrico do metabolismo da glicose. FINAL: elétrons de alta energia do NADH e FADH2 passa pelas proteínas do sistema de transporte de elétrons e utilizam sua energia para concentrar H+ no compartimento intermembrana da mitocôndria. DIMINUIÇÃO DE H+ através de um canal na ATP sintase; A ENERGIA liberada é transferida para a ligação fosfato do ATP. NADH e FADH2 de uma glicose produz de 26 a 28 ATPs O somatório do POTENCIAL MÁXIMO de energia do catabolismo de uma molécula de glicose através das vias aeróbias terá de 30 a 32 ATP. Importante: a mitocôndria normalmente não trabalha com toda a sua capacidade. Escapamento de íons H+ sem produzir ATP Algumas moléculas de NADH são incapazes de entrar na mitocôndria assim, transferem seus elétrons através de transportadores de membrana. Alguns vão para o FADH2 que tem uma média de Bárbara Lorena @queroresumo_ | 6 1,5 ATP em vez de 2,5 ATP obtido pelo NADH mitocondrial e 2 ATP no citosol. METABOLISMO AERÓBIO DA GLÍCOSE Fonte: SILVERTHORN, 2017. Não requer oxigênio, dessa forma, pode ser metabolizada pela via aeróbica e anaeróbica. O piruvato é o ponto de interseção. Diferente do metabolismo dos ácidos graxos que exige oxigênio. A glicose é fosforilada a glicose-6- fosfato. (O “6” mostra que o grupamento fosfato foi introduzido no carbono 6 da molécula de glicose.). ATP O ATP é um nucleotídeo contendo três grupamentos fosfato. Um dos três grupos fosfato é ligado ao ADP por uma ligação covalente em uma reação que requer energia. A energia é armazenada nesta ligação fosfato rica em energia e, após, liberada quando a ligação é rompida durante a remoção do grupo fosfato. A estimativa da quantidade de energia livre liberada quando uma ligação fosfato de alta energia é rompida varia entre 7 e 12 kcal por mol de ATP. O ATP é mais importante como carreador de energia do que como molécula armazenadora de energia, uma vez que as células podem conter apenas uma quantidade limitada de ATP. As reações metabólicas transferem a energia da ligação química para o ATP. Via aeróbia ou oxidativa – Requer oxigênio Maior quantidade de ATP Via anaeróbica – Não requer oxigênio Menor quantidade de ATP PRODUÇÃO DE ATP A glicólise e o ciclo do ácido cítrico produzem pequenas quantidades de ATP diretamente, mas suas maiores contribuições para a síntese de ATP são elétrons com alta energia carreados pelo NADH e FADH2 para o sistema de transporte de elétrons na mitocôndria. A síntese do ATP utilizando o STE é chamada de fosforilação oxidativa, uma vez que o sistema requer oxigênio para agir como o aceptor final de elétrons e H+. A teoria quimiosmótica diz que a energia potencial armazenada pela concentração de íons H+ no espaço intermembrana é utilizada para construir a ligação do ATP. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 7 Fonte: SILVERTHORN, 2017. O metabolismo anaeróbio glicolítico converte glicose em lactato e em H+. O metabolismo glicolítico é 2,5 vezes mais rápido do que o aeróbio, mas NÃO é tão eficiente na produção de ATP. Fonte: SILVERTHORN, 2017. Fonte: SILVERTHORN, 2017. O piruvato é um ponto de intersecção das vias metabólicas aeróbicas e anaeróbicas; Pela glicólise, uma molécula de Bárbara Lorena @queroresumo_ | 8 glicose se converte em dois piruvatos, e rende 2 ATP, 2 NADH e 2 H+; A glicólise não requer a presença de oxigênio; O metabolismo aeróbio do piruvato pelo ciclo do ácido cítrico gera ATP, CO2 e elétrons de alta energia no NADH e FADH2; Elétrons de alta energia do NADH e FADH2 doam a sua energia conforme passam pelo sistema de transporte de elétrons. A sua energia é armazenada nas ligações de alta energia do ATP; O rendimento máximo de energia para o metabolismo aeróbio de uma glicose é de 30 a 32 ATP; No metabolismo anaeróbio, o piruvato converte-se em lactato, gerando 2 ATP por glicose. RESPOSTA DO METABOLISMO AO EXERCÍCIO O glucagon, o cortisol, as catecolaminas e o hormônio do crescimento influenciam o metabolismo da glicose e dos ácidos graxos durante o exercício. Esses hormônios favorecem a conversão do glicogênio em glicose. Embora as concentrações plasmáticas de glicose aumentem com o exercício, a secreção de insulina diminui. Essa resposta reduz a captação de glicose pela maioria das células, fazendo haver mais glicose disponível para os músculos que estão sendo exercitados. O consumo de oxigênio aumenta rapidamente no início do exercício. O excesso de consumo de oxigênio pós- exercício (EPOC) é parte do metabolismo normal, apresentando aumento de temperatura corporal e catecolaminas circulantes. As mitocôndrias musculares aumentam em tamanho e número com o treinamento aeróbico. Fonte: SILVERTHORN, 2017. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 9 Glicólise Quebra da glicose Gliconeogênese Síntese de glicose Glicogenólise Quebra do glicogênio Síntese de glicose Insulina e glucagon O pâncreas é um órgão que contém ambos os tipos de epitélio secretor: endócrino e exócrino. A secreção endócrina é proveniente de agrupamentos de células, chamadas de ilhotas, e inclui os hormônios insulina e glucagon (células beta e alfa pancreáticas). As secreções exócrinas incluem enzimas digestórias e uma solução aquosa de bicarbonato de sódio, NaHCO3. Alteração do nível de glicose no sangue - liberação de hormônios; Glucagon: baixo nível de glicose; estímulo à produção de glicose (alfa); Insulina: alto nível de glicose; estimulo a diminuição de glicose no sangue (beta); São hormônios derivado de proteínas - possui ação na membrana da célula; necessitando de um receptor de membrana pois, são grande e não conseguem atravessar. Fonte: SILVERTHORN, 2017. Insulina AnabólicoGlucagon Catabólico Cetogênese É o processo de produção de corpos cetônicos pelo fígado devido ao aumento da lipólise. Acontece durante o jejum prolongado, ausência de carboidratos na alimentação ou quadro de diabético simultaneamente a gliconeogênese (síntese de glicose) e a glicogenólise (quebra do glicogênio). É fonte de energia para o cérebro, coração e musculatura lisa em baixa quantidade. Atenção a formação de corpos cetônicos em excesso pode ser prejudicial ao organismo: Lesão renal, aumento da PA, resistência à insulina (DM). Estado alimentado ↑insulina Estado de jejum ↑glucagon Fonte: SILVERTHORN, 2017. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 10 Hiperglicemia ↑ Insulina Hipoglicemia ↑Glucagon Glucagon Origem nas células alfa do pâncreas; Antagonista à insulina; Função: prevenir a hipoglicemia (glicose < 100mg/dL); É um peptídeo de 29 aminoácidos; Tempo de meia-vida: 4-6 minutos; O fígado é o tecido-alvo do glucagon (órgão glicemiante) - consegue jogar glicose para o sangue devido a enzima glicose-6-fosfatase, fazendo com que a glicose saia do músculo; Existe uma forte relação entre a secreção de insulina e a inibição do glucagon. Dessa forma, acredita-se que as células alfa são reguladas pela insulina ao invés da concentração de glicose no plasma. Estima-se que, durante o jejum noturno, 75% da glicose produzida pelo fígado é proveniente das reservas de glicogênio, e os 25% restantes, da gliconeogênese; É estimulado por aminoácidos plasmáticos evitando a hipoglicemia após uma refeição com proteína pura levando a produção de glicose hepática; Regulação por retroalimentação: o aumento da glicose plasmática inibe a secreção de glucagon. Importante: Quais vias metabólicas são ativadas pelo glucagon? 1. Ativação da lipólise (triacil glicerol, ácidos graxos e formação de cetonas: beta oxidação); 2. Gliconeogênese ou neoglicogênese (formação de glicose no fígado); 3. Ativação da via glicolítica; 4. Ativação da proteólise e aminoacidolise (degradação de aminoácidos); 5. Glicogenólise (quebra de glicogênio para formar glicose). Fonte: SILVERTHORN, 2017. Insulina Origem nas células beta do pâncreas; É um peptídeo de 51 aminoácidos; Tempo de meia-vida: 5 minutos O aumento da glicose plasmática > 100mg/dL; Aumento da concentração de aminoácidos no plasma após uma refeição estimula a sua secreção; Ocorre a liberação antecipatória da insulina pelas incretinas (hormônios GI) alcançam a circulação sanguínea chegando até as células beta- pancreáticas; ocorre no intestino delgado (jejuno e íleo); secreção de GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon) e GIP (peptídeo inibidor gástrico); evita o aumento súbito na concentração de Bárbara Lorena @queroresumo_ | 11 glicose plasmática quando os alimentos são absorvidos; Hormônios GI – CCK e gastrina, amplificam a secreção de insulina; A atividade parassimpática causa o aumento da secreção de insulina e a simpática a sua inibição (estresse; ocasionando a cascata de regulação no pâncreas endócrino; reforçado pela liberação de catecolaminas na glândula suprarrenal); a adrenalina e a noradrenalina inibem a secreção de insulina e desviam o metabolismo para a gliconeogênese (formação de glicose) a fim de fornecer combustível extra para o sistema nervoso e o músculo esquelético (fuga); Células ou tecidos alvos: fígado, musculo e tecido adiposo em primeiro lugar, seguido de ruins e intestino não dependentes de insulina; Função: diminuir a glicose plasmática e aumentar o transporte para dentro da célula ou aumenta o uso metabólico da glicose; Desempenha ↑síntese de glicogênio; ↑metabolismo aeróbio da glicose; ↑síntese de proteínas e de triacilgliceróis; Necessita de transportadores: GLUT; Regulação por retroalimentação: diminuição dos níveis de plasmática interrompe a sua liberação; Pâncreas, Fígado, neurônio, rins: GLUT2 (Transportador de canal de membrana; responde a concentração); Detecção da concentração de glicose pelas células beta através do GLUT2 1. A insulina se insere na membrana das células beta-pancreáticas pelo transportador GLUT2; 2. As glicocinases atuam sobre a glicose-6- fosfato e a fosforilação produz ATP; 3. O ATP atua nos canais de potássio (K+) sensíveis a ATP – ocorre o fechamento dos canais; 4. A despolarização da célula causa a abertura dos canais de cálcio realizando a calcemia intracelular 5. Ocasionando a exocitose dos grânulos secretórios de insulina. Codificada como pré-pró-insulina Clivagem do peptídeo-n-terminal Enviada para o retículo endoplasmático como pró-insulina Pró-insulina contém a sequência da insulina + sequência do peptídeo C São empacotados juntas no complexo de golgi Proteases dentro do grânulo separam o peptídeo C da insulina: insulina madura Sob estímulo: o grânulo será exocitado contendo a insulina madura Calmodulina 2º mensageiro: auxilia na ativação da pro- insulina tornando-a ativa durante a sua liberação – exocitose. Importante: a insulina coloca glicose e potássio para dentro da célula. Estocagem: Glicose (captação e utilização da glicose pelos tecidos muscular e adiposo; aumenta o estoque de glicogênio no fígado e no músculo; reduz a produção de glicose no fígado); Proteínas (promove a síntese de proteínas e inibe a proteólise); Lipídios (síntese de triglicerídeos e inibe a lipólise). Bárbara Lorena @queroresumo_ | 12 No tecido adiposo e no músculo esquelético em repouso: Em jejum: A insulina aumenta o transporte de glicose na maioria das células sensíveis a insulina, mas não em todas; (GLUT4) - na sua ausência a quantidade de transportadores na membrana da célula fica muito reduzida; No estado alimentado: a insulina sinaliza para as células a necessidade de produzir e inserir transportadores GLUT4 na membrana, permitindo uma grande entrada de glicose para dentro da célula; Hepatócitos: Em jejum: sintetizam glicose e a transportam para o sistema circulatório através do GLUT2; No estado alimentado: o gradiente de concentração da glicose reverte-se e a glicose entra para dentro dos hepatócitos. Não é dependente de insulina porém, é influenciado pela mesma. TRANSPORTADORES DE GLICOSE GLUT1 Hemácias, BHC, rim, colon GLUT2 Fígado, céls. - pâncreas, céls. duodeno ↑capacidade; Responde a concentração GLUT3 Neurônios, placenta, testículos ↑afinidade GLUT4 Tec. Adiposo, m. esquelético, m. cardíaco Ação medida pela insulina GLUT5 Duodeno, testículos, espermatozoides, ↓rim, músculo, adipócitos, cérebro Transporta frutose GLUT6 Neurônios, placenta, testículos Pseudo-gene do GLUT3 GLUT7 Retículo endoplasmático de hepatócitos Associado a função do GLUT2 GLUT4 só responde na presença de insulina logo se o receptor de insulina não funcionar o GLUT4 não é ativado assim, não ocorre a translocação e a insulina não será inserido na membrana. Receptor de insulina: Possui quatro subunidades (2 alfa fora da célula e 2 beta dentro da célula); Pelo fato da insulina ser um hormônio proteico ela não consegue entrar na célula ocorrendo assim mudanças fora da célula nas subunidades alfa e consequentemente na beta proporcionando a ocorrência da fosforilação; Importante: a fosforilação deve ocorrer a formação de um aminoácido específico – TIROSINA (TYR) se fosforilar em serina não haverá resposta ao receptor da insulina ocasionando a resistência à insulina – um tipo de diabetes. 1. Alfa fora da célula e Beta dentro da célula; 2. Alfa encosta em beta ocasionando a fosforilação de aminoácidos (TIROSINA); 3. Síntese do GLUT4 4. Translocação do GLUT4 promovendo a entrada de glicose na célula. Tecido adiposo, muscular esquelético e cardíaco dependentes de GLUT4. AHIPERGLICEMIA faz com que a glicose entre em outras células onde o transportador NÃO seja dependente de Bárbara Lorena @queroresumo_ | 13 insulina, em sua maioria, GLUT2. Assim como a não fosforilação em tirosina. Atenção, pode inundar as células com glicose. Exemplo: fígado, ocasionando a esteatose hepática. 1º mensageiro insulina (porém não entra na célula necessitando de um segundo mensageiro); 2º mensageiro: IP3 (crescimento e diferenciação celular) e AKT (metabolismo de glicose; síntese de glicogênio; lipídios e proteínas, expressão gênica específica) - controlam as enzimas do metabolismo (anabolismo). A insulina proporciona a síntese de glicogênio, lipídios, expressão gênica específica e o controle de portas de entrada da célula - síntese de GLUT4 e controle da translocação (pegar o GLUT4 produzido pelo núcleo e pelo retículo rugoso e levar até a membrana da célula). Auxiliando a entrada de glicose nas células e tecidos dependentes de insulina. ↑ utilização da glicose (glicólise) ↑ armazenamento de glicose (glicogênese) Inibição das enzimas: 1. Degradam o glicogênio (↓ glicogenólise); 2. Síntese de glicose (↓gliconeogênese); 3. Degradação da gordura (↓lipólise). ↓ -oxidação de ácidos graxos Promove a conversão do excesso de glicose e aminoácidos em triacilgliceróis ↑ lipogênese Se for ingerida mais glicose do que é necessário para a síntese e para a produção de energia, o excesso é convertido em glicogênio ou ácidos graxos. Observação: a alanina é um aminoácido proteico não-essencial, dado que é produzida naturalmente pelo organismo humano. Atua como matéria prima para a síntese de glicose no fígado e nos músculos, quando se faz necessário a produção rápida de glicose. Importante: papel da insulina Controle da hiperglicemia; Inibe a fosforilação do glicogênio; Papel na via glicolítica. A via das pentoses fosfato: É uma via anaeróbica alternativa da utilização da glicose; NÃO produz ATP mas sim, NADPH. E pentose fosfato. Atua como reguladora da glicemia. Ocorre quando se é alcançado o limite de formação de glicogênio muscular; O NADPH produzido é utilizado pelas células dos tecidos em que ocorre a síntese de grande quantidade de ácidos graxos (fígado, tecido adiposo, glândulas mamárias durante a lactação). Também ocorre onde há síntese de colesterol e hormônios esteróides (fígado, glândulas adrenais e gônadas). Piruvato Acetil-CoA + Oxalacetato Citrato Isocitrato (não ocorre ação enzimática para dar continuidade ao ciclo de Krebs) Citrato (↑ concentração na mitocôndria) Formação de ácido graxo e triacilglicerol (Lipogênese) 1. Desvio da via oxidativa; 2. Produção de pentoses (ribose e desoxirribose | RNA e DNA); 3. Produção de NADPH (utilizada em várias reações do anabolismo | via de síntese). Bárbara Lorena @queroresumo_ | 14 ENZIMAS IMPORTANTES PFK-1 é uma enzima glicolítica que catalisa a transferência de um fosfato do ATP para a frutose-6-fosfato. É um importante ponto de controle da glicólise. Os reguladores alostéricos da PFK-1 são: frutose-2,6-bifosfato, ATP, ADP, AMP e citrato fazendo com que esta perca a afinidade com seu substrato, frutose-6- fosfato. A inibição da PFK-1 leva ao desvio da via para a via das pentoses fosfato. Isocitrato desidrogenase: é uma enzima que está incluída no ciclo do ácido cítrico, especificamente na terceira etapa do ciclo - a descarboxilação oxidativa do isocitrato - tendo como produto alfa-cetoglutarato e dióxido de carbono, convertendo NAD para sua forma reduzida: NADH. Fosfodiesterase inibe a lipólise e realiza a síntese de lipídios; Glicose-6-fosfato fosfatase: capacidade do fígado em formar glicose ; Lipase hormônio sensível: degradação de lipídios Glicogênio-fosforilase: promove a degradação do glicogênio Hexoquinase e Glicoquinase: inibe a ação do ATP sobre a glicose fazendo com que a glicose siga a via para o seu armazenamento. glicose livre glicose-6-fosfato (fosforilação da glicose); APLICAÇÃO CLÍNICA Momentos de estresse: O cortisol e a adrenalina circulante aumentam. As influências simpáticas no pâncreas endócrino reduzem a secreção de insulina e aumentam a secreção de glucagon. A combinação desses efeitos metabólicos de baixa insulina, elevados níveis de cortisol e glucagon agem de forma sinérgica, ou mais aditiva, e a concentração de glicose plasmática aumenta significativamente. Quando isso ocorre em momentos de estresse nos sujeitos diabéticos, é bastante indicado que se aumente a dosagem de medicamentos, a fim de manter as taxas de açúcares no sangue sob controle. Resistência à insulina: Demorada resposta ao ingerir glicose; resistência a ação da insulina; as células alfa não captam glicose estimulando a secreção de glucagon o que aumenta ainda mais os níveis de glicose no sangue. Como as células musculares e adiposas necessitam da ação da insulina para captar glicose. Ocorre a hiperglicemia = glicogenólise e gliconeogênese; Hormônios produzidos pelos adipócitos e são controlados pelo sistema nervoso (hipotálamo) Leptina: saciedade Grelina: vontade de comer Adiponectina: regula a degradação de lipídios; ela em baixa diminui a degradação de lipídios; atua regulando a enzima lipase. Função: Metabólica regulatória e sensibilizadora da insulina no fígado e nos músculos Atua como citocina anti-inflamatória e vasculoprotetora, Exerce papel importante como fator cardioprotetor na presença da síndrome de isquemia e reperfusão. O nível de glicogênio pode ser utilizado como indicador de saúde. Bárbara Lorena @queroresumo_ | 15 Lipase hormônio sensível É ativada durante o jejum. Na falta de insulina, por exemplo no jejum, e no diabetes mellitus, a lipase hormônio sensível fica intensamente ativada, e remove abundante quantidade de triglicérides dos adipócitos. Estes são lançados no plasma na forma de ácidos graxos livres (não como triglicérides), e são captados pelos hepatócitos. Utilização de melatonina Ajuda a promover o início do sono. Sua ingestão controla a quantidade de insulina liberada no dia seguinte: ↑ insulina. Excesso de treino pode ocasionar a síndrome de overtraining. Aumento da síntese muscular/hipertrofia ↑GH ↓ Miostatina Age inibindo a síntese de proteínas; inibição da proliferação celular; não ocorre a hipertrofia. Dessa forma, o seu bloqueio contribui para a hipertrofia. Utilização em doenças que ocasionam o comprometimento muscular. DIETAS Dieta rica em carboidratos Aumenta o risco de arteriosclerose Dieta low carbo A longo prazo pode desencadear sobrecarga renal; Aumenta o risco de arteriosclerose; Aumenta a degradação do triptofano diminuindo a produção de serotonina; Triptofamo Serotonina O triptofano é um aminoácido essencial. É utilizado pelo cérebro junto com a vitamina B3 — a niacina —, para ajudar o corpo a produzir a serotonina, um neurotransmissor relacionado ao humor e bem-estar, popularmente conhecido como hormônio da felicidade A proteína ingerida em excesso é estocada em forma de gordura; 1,5g por kg = quantidade de proteína necessária para ser ingerida por dia. Regulação da glicose na dieta low carbo A baixa de glicose ativa a beta-oxidação (quebra de gordura); ENERGIA; ↓glicose ↓piruvato ↓oxalacetato ↑degradação de lipídios ↑acetil-CoA (corpos cetônicos) Acetoacidose; Coma, se não controlado. Dessa forma, sem o consumo de glicose irá ativar a neoglicogênese ou gliconeogênese – produção de glicose por compostos anglicanos (não-açucares) levando a quebra de proteína em aminoácido. ↑piruvato ↓acetil-CoA Aumento da concentração de aminoácidos leva a ativação do glucagon e liberação da glicose na corrente sanguínea; Perda de muscular (perda de peso). Excesso de proteínas leva ao ciclo da ureia. Excesso de aminoácidos: sobrecarga do fígado e rins. IMPORTANTE: Sistema porta-hepática Isomerização do fosfato 6-fosfato via glicolítica; 1-fosfato via glicogênese; Fosfato proveniente da quebra do ATP. REFERÊNCIA: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
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